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JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

LEGENDAS PARA SEUS VIDEOS E FILMES - Como encontra-las e como incorpora-las aos seus vídeos fácilmente.


Já mostramos aqui  como encontrar, como baixar vídeos pela Internet, incluindo ai  os filmes que são os últimos lançamentos, mas também os que não são os últimos lançamentos, enfim um acervo enorme de filmes que estão ai nas nuvens.

Isso vai de encontro ao interesse da Indústria Cinematográfia e a indústria de software como a Microsoft por exemplo, que recentemente tem feito tudo para impedir essa proliferação do uso de suas obras, inclusive subornando autoridades na Suécia para prender os fundadores do PirateBay que convertem-se assim em mártires, e implantando dentro das opções de filmes a serem baixados no Pirate Bay, cópias protegidas que cortam o audio no meio do filme e colocam uma legenda alertando que a cópia não tem permissão para uso naquele dispositivo.

Todos esses esforços tem se revelado infrutíferos, porque o Piratebay, apesar dos ataques inclusive cibernéticos que tem sofrido teima em funcionar. Recentemente um ataque conseguiu tira-lo do ar, e imediatamente vários links proliferaram na internet permitindo o acesso a quem quisesse. Isso durou apenas algumas horas. Depois disso rápidamente o site voltou ao ar. O seu conteudo cabe em um PENDRIVE, já que não contém os filmes (A parte mais pesada) em si, mas apenas os links para os micros das pessoas que os tem ao redor do mundo. Portanto os "PIRATEBAY SLAVER's" rápidamente o colocam no ar de qualquer parte do mundo. É umafilosofia. É um compromisso. É uma bandeira contra o imperialismo e o domínio dos meios de comunicação, por um esquema imperialista. É um protesto, como o LINUX também é.

Quando eu digo nas nuvens, significa que eles não estão em nenhuma máquina específica, ou algum servidor especificamente, mas nas máquinas e computadores de várias pessoas ao redor do mundo. Essas pessoas que formam essa enorme tribo dos usuários de computadores e que compartilham seus arquivos com todos os usuários de computadores do planeta. Seguem o slogan das tribos do Piratebay que diz "COMPARTILHAI TUDO O QUE TIVERES". É a magia do P2P ou PROTOCOLO PONTO A PONTO, em que se alguém tem um arquivo, esse arquivo é baixado de quem tem e ao mesmo tempo fica disponível para os outros, de forma que cada um que começa a baixar aquele arquivo, também o compartilha com todos os outros, de tal  forma que você não baixa um arquivo de uma máquina específica, mas de várias máquinas ao mesmo tempo, o que impede a caracterização de crime de direito autoral, uma vez que todos que logam seus computadores em uma rede P2P cometem esse "ILÍCITO". Como prender todo o mundo?

Seria algo como um caminhão carregado de ovos e que tomba na estrada espalhando os seus ovos, e a multidão começa a catar os ovos. Como condenar os famintos que se atiram sobre a mercadoria? São roubados? Diriam "ACHADO NÃO É ROUBADO, QUEM PERDEU É DESCUIDADO".

Hoje encontramos nas redes P2P, não uma música específicamente só, mas o acervo inteiro de cantores como Roberto Carlos. Desde a sua primeira música até a ultima em um acervo integral em mp3. Também de Milton Nascimento, Ivete Sangalo, Frank Sinatra e práticamente todos. As redes P2P incluindo o EMULE, são pródigas em se encontrar verdadeiras jóias, filmes antigos e musicas que não seriam encontradas de outra forma. Por exemplo, recentemente ouvi uma menção ao filme "Shangrilá" ou "HORIZONTE PERDIDO" que foi um sucesso dos anos 50, e depois foi refilmado a cores nos anos 70.  Encontrei os dois filmes. Outra ocasião encontrei o clássico "AFUNDEM O BISMARCK" antes de ter sido re-lançado recentemente. Encontrei em Inglês, e depois descolei a legenda. Incorporei a legenda ao vídeo e o disponibilizei na nossa página de downloads.

Isso remete-nos a uma discussão sobre o direito autoral que hoje está no bojo dos debates sobre o LEGAL e o ILEGAL. Quem já não baixou um arquivo pela Internet? Uma música em mp3 ou um vídeo?  Difícil encontrar quem não o tenha feito, a não ser aqueles moralmente mais empedernidos, ou quem sabe, só o Bill Gates, pois é esse quem tem mais a perder com essa prática, mas ele já está rico!

Defendem os que querem modificar a lei, que a lei deveria ser mudada tendo em vista que  entramos em uma era de democratização da Internet, em que o público precisa ter acesso fácil à cultura, aos softwares etc...

Imaginemos por exemplo que o Windows 7 que hoje na sua edição mais cara, o "WINDOWS ULTIMATE" é vendido a algo em torno de R$700,00 (Setecentos Reais) ou U$350,00 (Trezendos e cinquenta dólares) no Brasil ao preço de hoje, só pudesse ser adquirido nas lojas e ninguém conseguisse utiliza-lo a não ser comprando-o. Com toda a certeza isso seria um grave inconveniente que impossibilitaria a maioria esmagadora dos cidadãos que hoje utilizam o computador de faze-lo. Com toda a certeza, esse entrave iria dificultar a difusão da informática no mundo e particularmente no Brasil onde o software é mais caro do que no resto do mundo, e seus cidadãos comparativamente menos abastados do que nos países do primeiro mundo.

O computador então teve uma difusão mais ampla devido principalmente ao software pirata que cumpre o seu papel de democratizar a informática, permitindo que um cidadão com parcos recursos que more em uma comunidade carente, podendo comprar um computador mais em conta, não precise investir uma quantia significativa, podendo dispor de programas piratas, que o irão atualizar e sintonizar com o que de melhor existe no mundo do software.

Essa peculiaridade foi de forma calculada utilizada pelo Bill Gates, o Criador da Microsoft, a maior empresa de Software do mundo, detentora da marca Windows, para difundir seus programas. Em una época em que todos protegiam seus programas, o "Bill" "DESPROTEGEU" os seus. Ou seja, ele permitiu que todos pudessem copia-los livremente. Dessa forma ele popularizou seus programas, pois todos poderiam possui-los simplesmente copiando. Acabou dominando o mercado.

Ainda hoje ele utiliza essa estratégia. Primeiramente permitindo que seus programas venham pré instalados legalmente em computadores adquiridos em lojas, por uma quantia simbólica. Depois permitindo que seus programas continuem a ser utilizados mesmo que sejam piratas. O máximo que faz é colocar alguma mensagem inconveniente, ou inscrição na borda da janela informando que aquele programa não é legal, e isso pode ser hoje fácilmente removido por meio de programas específicos para isso.

Provávelmente adotou essa estratégia quando por um curto espaço de tempo tentou proteger alguns Sistemas Operacionais, na época do Windows Vista. Provávelmente além de não alavancar as vendas do Windows Vista que foi um dos diversos "TIROS N'AGUA" da empresa de Bill Gates, viu a ameaça LINUX, seu mais que de perto concorrente gratuito começar a tomar corpo. Rápidamente deve ter voltado a permitir que os softwares piratas continuassem a funcionar com essas pequenas restrições. Mais recentemente o Windows 8, funciona mesmo não sendo legal com quase todas as peculiaridades do programa legal. Pequenas restrições o diferenciam, como por exemplo, não poder mudar o pano de fundo da tela principal, ou colocar um tema. Coisas que a pirataria rápidamente saberá como tratar.

A verdade é que o direito autoral, particularmente aquele que lida com software precisa mudar em um mundo que atingiu outros paradigmas de convivência do direito autoral. Uma das sugestões é colocar o software em nuvens. Para ser utilizado não mais se poderia instala-lo em uma máquina, mas utiliza-lo em rede, acessando-o via Internet. Isso implicaria em tornar o computador, apenas um terminal, com uma tela, uma placa de rede e um teclado. Sem disco rigido, sem leitor de cartão ou disco. Ao se acessar a rede e utilizar o software, estaria embutido uma remuneração pelo uso do direito autoral. Outra sugestão e essa é a mais lógica para mim, é tornar o software barato. Ao ser barato, todos se sentiriam estimulados a adquiri-lo por ter direito a suporte, e uma quantidade maior de pessoas iriam adquiri-lo, possibilitando que o autor faturasse não pelo preço elevado mas pela quantidade maior de pessoas que iriam adquirir essa obra.

Dito isso vamos ao que interessa:

Todos já sabem como encontrar os videos, encontrar as legendas, sincroniza-las, baixar tudo e assistir. Tudo isso já foi sobejamente discutido aqui.

Veja os links: (É só clicar no link para ser direcionado à matéria correspondente)







Se você ainda não leu essas matérias acima, é bom que as leia, porque elas lhe indicam como montar em sua casa um verdadeiro sistema de entretenimento que irá ser melhor do que o cinema.

Isso porque hoje você pode dispor em sua casa por um preço muito em conta de um senhor aparelho de TV que além de  alta definição ou HD, disporá de facilidade para assistir filmes em 3D (3 dimensões)  e principalmente precisará reproduzir determinados formatos de vídeo, que alguns aparelhos reproduzem e outros não. O formato a que eu me refiro é o formato mkv de MATROSKA VIDEO que é o preferido para disponibilização de vídeos em alta definição. Além de tudo isso será um aparelho fino, leve e com tela grande. (Pensar que um amigo meu pagou R$8.000,00 (Oito mil reais por uma TV de LCD de quarenta polegadas, sendo que hoje uma TV LED HD de 40 polegadas, 3D da Samsung pode ser comprada por R$1400,00 (Um mil e quatrocentos reais))

Veja os links:




Mas essa matéria aqui é para atualiza-lo sobre as novas tecnologias e facilidades que tornarão sua tarefa de entretenimento ainda mais prática e fácil.

Primeiramente vamos falar de um programa de Torrents que é uma verdadeira maravilha. Trata-se do "VUZE". Você pode baixa-lo nos links abaixo:


http://www.superdownloads.com.br/download/164/azureus/

Para linux:

http://www.superdownloads.com.br/download/184/azureus-linux/

Para Mac OS.

http://www.superdownloads.com.br/download/42/azureus-mac/




 O VUZE é um Cliente de BitTorrent baseado em Java com suporte a vários downloads simultâneos e interface em português brasileiro. Possui sistema de fila de espera e prioridade dos downloads, iniciar/parar de enviar arquivos e informações reais sobre a situação do arquivo torrent. Possui a função inédita de tracker embutido, onde você poderá criar o arquivo torrent e fazer o upload para o tracker e compartilhá-lo.
Roda em Ambiente gráfico X11.




Requer Java SE Runtime Environment (JRE) Em português No ranking semanal

Pelo meu depoimento pessoal, posso dizer que esse programa é muito rápido, e eficiente. Tem versão gratuita que funciona redondinho. Comparativamente, acho-o melhor do que o uTorrent.

Para utiliza-lo, basta ao acessar a página do PIRATEBAY, digitar o nome do filme em INGLÊS (Se o nome original for em INGLÊS, óbvio), sendo que na tela que se abrir deverá existir um número considerável de opções do filme buscado para baixar. Ao lado do nome do filme há uma ferradura, clique na ferradura que imediatamente o arquivo a ser baixado é incorporado e o VUZE começa a baixa-lo com uma velocidade e uma prioridade digna de nota.


OBS: O tamanho do arquivo em MEGABYTES ou GIGABYTES , dá dicas da qualidade do mesmo. Se o tamanho for em torno de 600 a 700 megabytes, para um filme em torno de duas horas, o filme tem uma qualidade razoavel, mas não uma super qualidade como os filmes em alta definição. Se o tamanho for em torno de 1,2 a 2,2 gigabytes de tamanho, provávelmente será em HD comprimido é lógico. Se for em torno de 3 gigabytes para cima, provávelmente é em full hd. ou seja resolução de 1920 por 1080 pixels.

OBSERVE também a quantidade de SEEDERs e LEEDERs, são os que tem o arquivo completo e os que tem o arquivo, estão baixando mas não está completo. Quanto maior esse número, mais rápido deve ser o seu download, já que mais máquinas estarão com o arquivo disponível. Se esse número for zero, provávelmente você terá dificuldade para baixar o arquivo.


TELA DO PIRATE BAY APÓS A PESQUISA, AO CLICAR NA FERRADURA.





A TELA DO VUZE QUE IMEDIATAMENTE INICIA O DOWNLOAD É COMO ABAIXO.






Bem, ao terminar o download, você imediatamente fica de SEED, ou seja, você será um dos que tem o arquivo baixado completo na sua máquina e outros poderão baixa-lo utilizando o arquivo que está na sua máquina.

Agora você precisará de uma legenda para ver o filme, e deve ser de preferência uma legenda sincronizada para que você não tenha o trabalho de sincroniza-la. Para isso existe uma nova ferramenta muito boa.

AQUI ESTÁ ELA. Clique na figura abaixo para baixa-lo e instala-lo. Ele baixa rápido e instala mais rápido ainda.



É um programa gratuito que se encarrega de encontrar a melhor legenda possível para o seu filme e baixa-lo para você além de renomeá-lo para que fique na mesma pasta em que o filme está e com o mesmo nome. (Condição necessária para que a legenda seja exibida automáticamente na TV ou no computador pelos PLAYERs que incorporam legenda.)

Depois de instala-lo, vá até a pasta que tem o filme que você acabou de baixar.

Na tela do VUZE, clique no filme que foi baixado com o botão direito do mouse.
Depois escolha a opção "ABRIR ARQUIVO".

Você então será direcionado para a pasta de downloads do VUZE. Uma pasta que está normalmente na pasta "videos" do usuario que está navegando no Windows.

Com o botão direito do mouse clique no nome do arquivo que acabou de ser baixado. No caso o arquivo do filme que é o arquivo com o tamanho compatível com o filme.

Abre-se então um menu de opções onde consta a opção de baixar a melhor legenda nacional para o arquivo, no caso o filme que você acabou de baixar. Veja a figura abaixo.


Essa opção é colocada no botão direito de seu mouse, sempre que você clicar em um filme, pelo programinha que você instalou.

A seguir o programa encontra a legenda para você e a disponibiliza para baixar natela abaixo.


Observe que o programa encontrou para o filme em questão, três opções de legendas em português do Brasil, onde a melhor é a primeira mas eu tenho a opção de escolher entre mais duas abaixo.

O programa também dá opção de baixar o poster do filme que pode ser usado para imprimir uma capa ou ilustrar a criação de um DVD na tela de abertura por exemplo.

Agora é só pressionar o botão "PRÓXIMO" que a seguir se irá ser direcionado para a tela final que se abrirá depois que o download da legenda for concluido, o que é bem rápido já que a legenda é um arquivo texto. O download é feito na mesma pasta em que o arquivo está e fica com o mesmo nome do filme, para que a reprodução automática da legenda seja possível.

O player indicado é um dos que aceita a exibição de legendas e é um dos melhores para exibição de filmes no computador.



Feito isso é só copiar para um pendrive, tanto o filme como a legenda e por meio de um DVD player ou BLURAY player com entrada para PENDRIVE e saida de HD ou seja com conexão HDMI conectado ao seu televisor full HD/3D.

Dessa forma será possível assistir ao seu filme preferido em HD no seu televisor HD, com tela grande.

A necessidade de se ter um DVD player ou BluRay player de preferêcia da marca Samsung, é porque esse aparelho exibe as legendas no formato SUBRIP que são arquivos com a extensão ".srt". A TV embora reproduza sem problemas o video em diversos formatos inclusive os que tem a extensão ".mkv" e que referem-se ao formato "matroska video", o que não é verdade para todos os aparelhosde TV, não reproduzem as legendas simplesmente colocando-as junto com o vídeo na mesma pasta e tendo os nomes identicos, diferenciando-se apenas pela extensão. No caso do vídeo pode ser ".mp4" ou ".mkv" e até Flash e a legenda com a extensão ".srt".

Para isso eu necessito de um aparelho de DVD ou BluRay quetenha essa capacidade. No caso é o que ocorre com os aparelhos da marca Samsung.

A TV por outro lado se estiver plugada à rede via cabo, estando essa rede gerenciada por um roteador, possibilitará executar arquivos de vídeo que estejam gravados em um computador qualquer que esteja presente na rede. Para isso é preciso que a TV esteja liberada. 

Para liberar a TV siga o seguinte caminho: PAINEL DE CONTROLE/CENTRAL DE REDE E COMPARTILHAMENTO.

Marque aqui sua REDE como uma rede doméstica. Para isso basta clicar em rede onde aparecerão as opções: REDE DOMÉSTICA, REDE PÚBLICA, REDE CORPORATIVA. Escolha "REDE DOMÉSTICA".

(OBS: Se sua rede WIFI está protegida por senha, ninguém penetra nela a não ser quem conheça a senha. Você também deve definir uma senha para usuário o que protegerá contra eventuais ataques externos já que para penetrar na rede é necessário a senha de usuario)

Abaixo clique em:
/ESCOLHER OPÇÕES DE GRUPO DOMÉSTICO E DE COMPARTILHAMENTO/ALTERAR AS CONFIGURAÇÕES DE COMPARTILHAMENTO AVANÇADAS.

Na tela que se abre marque os botões: ATIVAR DESCOBERTA DE REDE, ATIVAR COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS E IMPRESSORAS, ATIVAR COMPARTILHAMENTO PARA QUE QUALQUER PESSOA COM ACESSO A REDE POSSA LER E GRAVAR ARQUIVOS NAS PASTAS PUBLICAS.

Em "COMPARTILHAMENTO DE MIDIA" clique em "Opções de streaming de mídia" Abre-se então uma tela em que aparecerão os dispositivos que você tem plugado ao seu micro, inclusive sua TV. Ao lado de cada dispositivo haverá um botão que terá as opções "Permitido" e "Bloqueado". Clique na opção "Permitido" ao lado da sua TV.

Para ver sua TV na rede, na tela CENTRAL DE REDE E COMPARLILHAMENTO, clique em "Visualizar mapa completo".

Para que os videos sejam encontrados no seu computador, as pastas em que o vídeo se encontra precisam estar COMPARTILHADAS. Normalmente as pastas públicas já ficam compartilhadas por padrão, então se quiser encontrar seus vídeos mais fácilmente, coloque-os nas pastas PÚBLICAS.

COLOCANDO LEGENDAS EM SEUS VÍDEOS

Pode ocorrer que você queira incorporar as legendas aos vídeos e assim poder ve-las em seu TV sem necessidade do DVD Player ou do BluRay player, simplesmente acesando os vídeos pela rede, estando eles gravados no HD de seu computador, ou simplesmente plugando um Pendrive na porta USB de seu televisor.

Existem vários programas hoje que inserem legenda nos vídeos, seja inserindo as legendas em um DVD, que é o caso do programa "CONVERT X TO DVD" ou do esquema que usa o "VIRTUALDUB" junto com o "VOBSUB".

O programa "CONVERT X TO DVD" permite editar a tela de abertura do DVD inserindo legenda (No formato ".srt") como também colocar figuras na tela de abertura, ou animações ou videos. Permite ainda editar a aparência da legenda, tamanho, cores contornos, sombra etc... É um excelente programa para gerar DVD.

O programa VIRTUAL DUB em conjunto com o VOBSUB permite a geração de arquivos noformato ".avi" ou "dvix" com legendas incorporadas, permitindo também editar toda a aparência das legendas como no programa "CONVERT X TO DVD".

No entanto o método que iremos explicar aqui, consideramos mais prático e rápido, e é o método que utiliza o programa de conversão de formatos de vídeo, "FORMAT FACTORY".



Devemos exclarecer que não é qualquer formato de vídeo que é reproduzido na TV ou no DVD player, mas o Dvix, o MP4 e o Matroska, ".mkv" o são. Portanto é bom ficar em um desses formatos pois são formatos de vídeo que permitem videos com um nível de qualidade. O Format Factory é um dos melhores e mais rápidos conversores de vídeo, e uma das características que o tornam especial é que ele permite acrescentar legendas no formato .srt.

Daremos então um exemplo.

Escolhemos um vídeo para trabalhar e para isso, basta arrasta-lo para dentro da tela com o mouse, clicando em cima do arquivo a ser convertido, mantendo o botão do mouse pressionado e arrastando-o para dentro da Tela do FORMAT FACTORY, soltando o botão então.

Ao arrastar o vídeo para dentro da tela proposta, imediatamente o programa abre uma segunda tela perguntando para qual formato de vídeo você deseja converter.



O programa pergunta "TODOS" para, porque aceita mais de um arquivo de vídeo ou de audio para conversão.

Iremos escolher o formato MKV por ser um tipo de arquivo reconhecido e que permite uma boa qualidade. O nome do arquivo está na moldura superior da janela.

Após selecionar "TODOS PARA MKV" iremos clicar no botão "CONFIGURAÇÕES".

Abre-se então outra tela como abaixo.



Nessa segunda tela é possível moldar a conversão do vídeo, escolhendo o codificador, o tamanho, (Existem vários tamanhos padrão. Quanto maior o tamanho, melhor será a qualidade e quanto menor o tamanho, menor será a qualidade.) Óbviamente isso só se aplicará quando eu quiser diminuir o tamanho, pois aumentar o tamanho não irá acrescentar qualidade se o vídeo já não a tiver. Posso também interferir na taxa de quadros por segundo e outros parâmetros. O ideal é deixar dentro dos padrões, para que o vídeo seja mais fácilmente reconhecido pelos diversos players.

O importante para nós é que a tela permite acrescentar uma legenda adicional. Então clicamos nessa opção como mostrado na figura acima.


Ao abrir a opção legenda adicional é preciso clicar na primeira linha que aparece e a seguir no quadradinho pontilhado que aparece ao final da linha. Veja a tela a seguir.


A seguir é aberto uma tela onde se deve ir navegando até a pasta em que se encontra a legenda que se quer adicionar ao vídeo, no caso a legenda com o formato ".srt". É importante  verificar que o programa aceita outros formatos de legenda como mostrado.

Após selecionada a legenda, basta clicar em "OK" em todas as telas até retornar apara a tela de origem do FORMAT FACTORY.

TELA COM A LEGENDA JÁ INCORPORADA AO PROJETO DE CONVERSÃO.
Você pode personalizar a aparência da fonte clicando na tela principal do programa em "OPÇÕES" e a seguir em "Fonte da legenda".


O programa já vem com uma fonte padrão mas é possível carregar outra fonte. Já a cor dos caracteres e o seu contorno podem ser ajustados como mostrado.

A seguir é só clicar em "OK" e na barra superior clicar em "INICIAR".

O programa FORMAT FACTORY é fácilmente encontrado nos tradicionais sites de DOWNLOAD e é um programa gratuito.

Essa forma de incorporar legenda é ao meu ver umadas mais práticas e fáceis já encontradas por mim.


Feliz Ano de 2013.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

INDIOS - LIVRAI-NOS SENHOR DE TER SOBRE NOSSOS OMBROS O SANGUE DE NOSSOS IRMÃOS.

Caçador Uaiká
Rio Marauia - Alto Rio Negro AM

Receberam o nome de Índios, provávelmente porque Cristóvão Colombo pensou ter chegado às Indias quando chegou a essa nova terra que para êle era como que um novo planeta.


Parque Indígena do Xingu. Efeitos do Modo de Vida Urbano e da Urbanização sobre o Território Indígena (Resumo)
A criação do Parque do Xingu resultou de um longo processo de luta entre instituições do Estado brasileiro e setores da sociedade civil interessados no controle territorial e/ou privatização de terras. A superfície  do parque corresponde a uma pequena parcela da vasta região onde se encontrava presente, já no início do século XX, uma variedade significativa de etnias indígenas, localizadas mais especificadamente na bacia do alto rio Xingu, no estado brasileiro de Mato Grosso. Em 1961, foi criado oficialmente no Alto Xingu o Parque Nacional do Xingu que, em 1973, por força do Estatuto do Índio, foi alterado na sua condição jurídica para parque indígenaA ampliação do Parque Indígena do Xingu é atualmente uma das principais reivindicações de líderes indígenas endereçadas a Funai – Fundação Nacional do Índio. A partir deste fato, inicia-se a análise sobre os efeitos do processo de instauração do modo de vida urbano e da urbanização do território brasileiro na atual dinâmica sócio-espacial do Parque Indígena do Xingu.

Com uma cultura inteiramente diferente da nossa e com valores também muito diferentes, revelam que podem sim nos ensinar. Tem valores diferentes e na parte espiritual podem nos passar valores que deveríamos ter mas absortos que estamos na ilusão do mundo material, custamos a nosdar conta.

Em 18 de Janeiro de 2007, a FUNAI relatou ter confirmado a presença de 67 tribos não-contactadas no Brasil (com 32 confirmadas ), mais do que foi relatado em 2005. Com este aumento, o Brasil ultrapassou a ilha da Nova Guiné(dividida entre Indonésia e Papua Nova Guiné) como região com maior número de tribos não-contactadas (entretanto, números da Papua Nova Guiné não estão disponíveis). Grupos indígenas no Brasil, em especial as tribos isoladas, são frequentemente envolvidas em conflitos e estão ameaçadas por desmatamentos, por invasões e pelo descaso governamental. 
O Brasil é o país que possui o maior número de povos não-contactados em todo o mundo. As Terras Indígenas brasileiras que são reservadas exclusivamente para tribos isoladas, são as seguintes:
Índios guerreiros em aldeia isolada no sudoeste do município brasileiro de Feijó (AC).
As demais Terras Indígenas onde existe a presença de índios isolados, são as seguintes:
Índios isolados no estado brasileiro do Acre.



Durante a dança do Yamoricumã as Indias Suiá usam a vestimenta ritual chamada Uluri (mini-Tanga).

Feiticeiro dos índios Uaiká. -
Rio MARAUIA - ALTO NEGRO - AMAZONAS

India Surui - Rondônia -
Com colares de  tucúm e dentes de macaco.



ENTERREM MEU CORAÇÃO NO DELTA DO AMAZONAS 

Agradecimentos ao companheiro Claudio Ribeiro que nos enviou essa matéria.


Paulo Ramos Derengoski*

Quando o primeiro homem branco pôs os pés no litoral brasileiro – há quase quinhentos anos – recebeu, dos indiozinhos que se aproximaram sorrindo, um curioso presente: um cocar de penas brancas.
Meio envergonhado, ele retribuiu a oferta – e lhes deu um pesado sombreiro negro.


Tinham início as dolorosas relações entre “selvagens” e “civilizados”.
Começavam alegremente, terminariam mal. Pois dos cinco milhões de índios que naquela época viviam entre o Oiapoque e a barra do Chuí – entre o rio Javari e o Cabo de Santo Agostinho – hoje restam cerca de cem mil, na sua maioria desorientados, alquebrados, insanos, desdentados, entorpecidos, abobados.




Indio Ticuna com máscara em dia de festa.
Alto Solimões.



Foi na Amazônia que se desenvolveu a etapa mais dramática dessa destruição. Ali, em pleno Século das Luzes (2), um bando de molambentos se atirou sobre os indígenas, com o objetivo de se apossar de mão-de-obra barata para alimentar o monstro industrial da borracha.
Indio da tribo Uaiká datribo Makarimxinobetéri
Rio Marauia - Alto rio Negro - AM



A nação Waiká foi a primeira a receber o impacto. Sobre os Xirians caíram os abutres do ramo mercantil: mascates, comerciantes de armas e de cachaça. Os Guaharibos tiveram destruídas as habitações que constituíam a base de sua vida comunal primitiva – e se desintegraram.


Indio do povo Uaiká - Rio Marauia - Alto rio Negro AM
O massacre mais brutal foi nos vales do Juruá e do Purus, onde outrora se encontravam as maiores reservas de seringueiras do mundo. As nações Pano e Aruaque foram rapidamente dizimadas. Índios altivos arrojavam a fronte ao pó, diante da imensa superioridade do branco, de sua inteligência diabólica. 





Indios Uaiká preparando tubo para aspirar pó entorpecente.
Rio Marauia - Alto Rio Negro amazonas
Indios Yanomi - Rio Maturacá - Museu Indigena Salesiano.


Entrava em cena um especialista em matar índios: o “bugreiro”, capanga de tocaias e traições, aborto tardio do bandeirante predador, deus do jaguncedo.

Nos extensos vales do Tapajós e do Madeira, os Torás e os Munducurus tentaram constituir uma barreira ao avanço do branco. Também o povo Parintin cobrou um alto preço (em sangue) pela borracha, que um dia foi extraída da floresta para fabricar os pneus das limusines das grã-finas da Cote d’Azur – ou dos carros de combate que iriam rolar nas areias do Ryff africano.

Carijós, Xucurus, Potiguaras: deles só resta a memória. Contra os Timbiras travou-se uma luta prolongada, porque os índios se refugiavam na Serra Geral, de onde raramente saíam. Mas, quando se tornava difícil destruí-los pela guerra, eram atraídos para a periferia dos povoados sórdidos, onde as doenças e o álcool se encarregavam do resto.


Jovem India Suiá - Enfeitada para o cerimonial do YAMARICUMÃ
 Rio Suiá Missu - Reserva Indígena do Xingu.


Algumas nações foram jogadas contra outras, como os Crahós, que se especializaram em escravizar seus irmãos, para vendê-los aos brancos em troca de cachaça e sal. Somente os mais ariscos e alçados conseguiram sobreviver, como os Gaviões, que até hoje se escondem pelas margens do Tocantins.


No coração do Planalto Central, a nação Carajá foi das mais judiadas: os que restaram são atração turística na Ilha do Bananal, onde sacodem a bunda para fotografias coloridas.


Os ingênuos Xerentes – que chegaram a transformar d. Pedro II em seu “deus” - também desapareceram do mapa. No centro do país, ainda restam alguns Caiapós e Xavantes, que só sobreviveram por serem ferozes e arredios. E os Bororos, outrora notáveis pela robustez física, entraram em decadência.




Mocinha Txucahamei enfeitada para a festa do Jaboti -
Parque  nacional do Xingu.
No vasto pantanal do Mato Grosso viviam os Mbaiá-Guaicurús, os primeiros índios do continente a utilizar o cavalo como montaria. Aliados aos canoeiros Poiaguás, eles dominavam vasto território. Na guerra do Paraguai, chegaram a constituir batalhões, que lutaram ao lado dos brasileiros para impedir a penetração Guarani ao norte do rio Apa. Pois desses altivos cavaleiros restam hoje pouco mais do que dez indivíduos arrasados.



Tristes trópicos: Cadiveus, Guanás, Otis, Terenas, todos se acabaram. Alguns tomados de impulsos místicos alucinatórios, se suicidaram – ou fugiram em direção ao mar, numa ânsia louca de liberdade. Outros terminaram mendigando à beira das estradas asfaltadas do progresso, como os Botocudos, os Maxacalis e os Pataxós. No sul, os descendentes dos Cainguangues e dos Xoklengues se subdividiram em pequenas tribos, para fugir à penetração dos colonos.
Mulher Juruna decorando sua vasilha de barro.
Reserva indígena do Xingu.

Erro fatal: “bugreiros” profissionais foram contratados para extermina-los até à morte.







Mulheres Suiá socando milho - Reserva Indígena do Xingu.


Mas, não tenhamos ilusões... Apesar de todos os discursos (e artigos bonitos) estamos na antevéspera da descida do pano sobre a tragédia de nossas populações autóctones.

Poderoso Pajé - Tribo Kamayurã - Alto Xingu - MT
Os índios estão no fim. Em breve, deles só restará a memória: terão sido apagados como os poemas que o santo padre Anchieta – José do Brasil – um dia riscou nas areias das praias: varridos pelas ondas sempre fortes e renovadas do ódio, afogados pelo profundo mar da ignorância.

Preparo do Piqui Silvestre - Tribo indígena dos Cuicuros
 no Rio Curisevu - Parque Nacional do Xingu.

E quando raiar o milênio, quando alvorecer o século XXI entre as neblinas das florestas brasileiras, os índios já não poderão contemplar o brilho das espadas e a beleza dos estandartes.

Preparos para a festa do pequi
na aldeia dos índios Kuicúro no alto Xingu.
Nem ouvir o tropel empoeirado e colorido da morte.

(*) Paulo Ramos Derengoski é jornalista e agricultor em Santa Catarina.

Tribo Mehinaku - Alto Xingu
Publicado por “CADERNOS DO TERCEIRO MUNDO” - Edição Nº 117 – Dezembro de 1988 – Seção “Opinião”

(1) Alusão ao livro “Enterrem meu coração na curva do rio”
(2) Século XIX
Jovem índia Camaiurá em sua maloca - Parque Nacional do Xingu
Caçador Uaiká - rio Marauiá - Alto rio Negro - AM
Caçador Uiaká - Rio Marauia - Alto rio Negro Amazonas
Cocoti menino Laualapiti do rio Tuatuari com peixe Pacu flexado por ele - Reserva Indígena do Xingu.
Dança ritual YAMACURIMÃ executada pelos Suiá e Trumai no alto Xingu.
Reserva Indígena do Xingu
Dança ritual YAMARICUMÃ executada pelas mulheres Suiás e Trumai - Alto Xingu - Reserva Indígena do Xingu.
Dança ritual YAMARICUMÃ executada pelas mulheres Suiás e Trumai no Alto Xingu.
Reserva indígena do Xingu.
Indio Ticuna com máscara em dia de festa - alto Solimões
Indios Txucahamei - Parque Nacional do Xingu
Jovem índia Suiá - Parque Nacional do Xingu
Jovem índia Uiaká - Rio Marauia - Alto rio Negro Amazonas
Macuritza - Jovem índio da tribo dos Mehinaku
Rio Tuatuari - Parque Nacional do Xingu.
Menina moça Marúbo do rio Itui AM com pote de cerâmica.


Mocinha Suiá com flocos de mandioca. Reserva Indígena do Xingu

Menino Juruna Flexando - Reserva Indígena do Xingu
Menino Uaiká, da tribo Pukimabuetéri - Rio Marauia - Alto rio Negro - Amazonas - 2
Meninos Laualapiti com raposa doméstica - Reserva indígena do Xingu.
Mocinha da tribo dos Jurunas - Parque Nacional do Xingu
Mocinhas Iualapiti no rio Tuatuari - Reserva Indígena do Xingu.
Mocinhas Laualapiti no rio Tuatuari - Reserva indígena do Xingu
Museu do Indio - Manaus - AM
Têve, garoto Camaiurá pescando no rio Koluene - Reserva Indígena do Xingu.
Índia Uaiká confeccionando seu colar de missangas.
Rio Marauia - Alto rio Negro - AM
Durante a dança do Yamoricumã as Indias Suiá usam a vestimenta ritual chamada Uluri (mini-Tanga).
Indio Cinta Larga nas margens do Rio Aripuanã - Rondonia
Jovem India Suiá - Enfeitada para o cerimonial do YAMARICUMÃ
Rio Suiá Missu - Reserva Indígena do Xingu.

INDIOS DA AMÉRICA DO NORTE


AMOR A NATUREZA
______________________________________
Quem é o dono da pureza do ar e do resplendor da água?
(Seattle, chefe da nação Duwamish, do Estado de Washington, em resposta ao Presidente Franklin Pierce, dos EUA, em 1855, depois de receber a proposta do governo de comprar o território de seu povo)



Cacique Seattle é tida como uma profunda declaração de amor ao Meio Ambiente, brotada do coração puro e simples de um índio cheio de reconhecimento à Natureza por tudo de bom que ela dá ao homem. Eis a resposta:


A "CARTA" DO CACIQUE SEATTLE

Introdução: o cenário histórico

A equipe de Floresta Brasil fez uma pesquisa sobre a história da carta que o cacique Seattle teria mandado ao presidente norte-americano Franklin Pierce, em 1854, em resposta à proposta deste último de comprar terras que até então tinham “pertencido” à sua tribo.

Antes de continuarmos, parece oportuno observar que a palavra “chief”, da língua inglesa, tem como correspondente na língua portuguesa a palavra “cacique”. Assim, se estivermos falando português, parece mais adequado nos referirmos à personalidade que teria escrito a carta como “cacique Seattle”, e não "chefe Seattle". 

Um outro aspecto que resultou de nosso estudo é que descobrimos, para nossa surpresa, que é possível encontrar várias versões dessa "carta". O que imediatamente traz a dúvida: Qual das versões seria a “carta” verdadeira? Pois bem, continuando a pesquisa, descobrimos que muito provavelmente o cacique Seattle jamais escreveu carta alguma com o conteúdo que lhe é atribuído, ao presidente Franklin Pierce.

O que terá acontecido então? 

Pois bem: segundo as fontes que pesquisamos, os índios Duwamish habitavam a região onde atualmente se encontra o estado de Washington - no extremo Noroeste dos Estados Unidos, fazendo divisa com o Canadá. E a famosa "carta" parece ter sido, na verdade, um texto publicado em um jornal local baseado na inspirada reflexão que o cacique Seattle fez para sua tribo, reunida naquele deslumbrante cenário natural, sobre as relações do homem com a Natureza, em resposta à proposta presidencial, de compra de terra, trazida pessoalmente pelo recém-chegado encarregado de assuntos indígenas do governo norte-americano.

O primeiro registro conhecido sobre a fala do cacique Seattle parece ser um artigo publicado pelo Dr. Henry Smith, no Jornal Seattle Sunday Star, em 1887. O Dr.Smith teria estado presente quando do pronunciamento do Grande Cacique, tendo o texto do artigo se baseado nas anotações que seu autor teria feito na ocasião do discurso.

Para uma melhor compreensão do discurso em si um discurso cujo conteúdo e cujas palavras ainda hoje, passado mais de um século, soam tão sábias e profundas - resolvemos oferecer aos interessados no assunto 2 (dois) textos: 

- o primeiro texto traz a impressionante descrição que o Dr. Smith fez sobre o local onde o fato ocorreu, sobre a atitude dos ouvintes - de profundo silencio e atenção e, mais impressionante ainda, sobre a forte, solene e carismática personalidade do orador e, finalmente, sobre a forma com que a fala foi proferida. De fato, o cenário descrito faz com que nos perguntemos se aquele não foi um daqueles raros e mágicos momentos da história da humanidade em que um coração forte, sensível e inspirado, consegue verbalizar palavras que chegam fundo no coração de outros homens. Mesmo que estes outros homens, como nós, tomem conhecimento daquelas palavras muitos e muitos anos depois... Confirmando o que disse Seattle: “Minhas palavras são como as estrelas, que não empalidecem”

- o segundo texto é o pronunciamento do cacique propriamente dito. A versão que apresentamos é a tradução de uma das mais famosas versões divulgadas durante a década de 70. A foto do Grande Cacique Seattle (1787-1866) é de autoria de E.M.Sammis: seu original encontra-se na “Special Collection” da Universidade de Washington, sob o nº NA 1511.

Ambos os textos, do artigo do Dr. Henry A. Smithe e do pronunciamento em si, foram obtidos, em inglês, no site:


O texto do artigo do Dr. Henry Smith, que se encontra logo abaixo, foi traduzido pela equipe de Floresta Brasil diretamente do artigo original, publicado em inglês em 1887, que se encontra na seção em língua inglesa de nossa página (http://www.florestabrasil.org.br).


"O velho cacique Seattle era o maior índio que eu jamais havia visto. E o que tinha aparência mais nobre. Em seus mocassins, ele media mais de 1,80m, ombros largos, tórax amplo e traços finos. Seus olhos eram grandes, inteligentes, expressemos e amigáveis quando em repouso, e espelhavam fielmente os variados estados de espírito da grande alma que olhava através deles. Normalmente ele era solene, calado e digno, porém nas grandes ocasiões movia-se na multidão como um Titã entre Liliputianos, e o que dissesse era lei.

Quando se levantava para falar, em reuniões, ou para oferecer conselho, todos os olhos se voltavam para ele, e então frases profundas, sonoras e eloqüentes fluíam de seus lábios assim como trovões de cataratas fluindo continuamente de fontes inexauríveis. Suas diretrizes soavam tão nobres como teriam soado aquelas do mais cultivado chefe militar que estivesse no comando das forças de todo o continente. Nem sua eloqüência, nem sua dignidade ou sua graça haviam sido adquiridas. Elas eram tão próprias da sua personalidade quanto as folhas e as flores o são em um pessegueiro em flor.

Sua influência era maravilhosa. Ele poderia ter sido um imperador, mas todos os seus instintos eram democráticos, e ele comandava os seus leais cidadãos com suavidade e com paternal benignidade.

Ele sempre era alvo de especial atenção pelo homem branco, principalmente quando sentado à sua mesa. Era nessas ocasiões que ele demonstrava, mais do que em qualquer outro lugar, o cavalheirismo que lhe era genuíno.

Assim que o Governador Stevens chegou em Seattle e disse aos nativos que tinha sido indicado com comissário para assuntos indígenas para o território de Washington, estes lhe prepararam recepção frente dos escritórios do Dr. Maynard's, na margem próxima da Rua Principal - Main Street. 

A baía enxameava de canoas enquanto a margem esta tomada por uma morena e movimentada massa humana. Quando o timbre de trombeta da voz do velho cacique espalhou-se sobre a imensa multidão como o rufar de um tambor, formou-se um silêncio tão instantâneo e perfeito como aquele que segue o crack do trovão em um céu limpo.

Sendo então apresentado à multidão nativa pelo Dr. Maynard, em um tom conversacional, direto e objetivo, o Governador deu imediatamente início a uma explanação sobre sua missão, que é conhecida demais para que requeira recapitulação.

Quando ele se sentou, o cacique Seattle levantou-se com a dignidade de um senador que carrega em seus ombros a responsabilidade sobre uma grande nação.

Colocando uma mão sobre a cabeça do Governador, e lentamente apontando para o céu com o dedo indicador da outra, em tom solene e impressionante, começou seu memorável pronunciamento.

Fonte: "Trechos de um diário: O Cacique Seattle: Um cavalheiro por instinto". 10º artigo da série “Primeiras Reminiscências” - Seattle Sunday Star, 29 de outubro de 1887 do articulista Henry Smith (tradução livre, pela equipe de Floresta Brasil)




CARTA DO CACIQUE SEATTLE



“O Grande Chefe de Washington mandou dizer que deseja comprar a nossa terra.

O Grande Chefe assegurou-nos, também, de sua amizade e benevolência. Isto é muito gentil de sua parte, pois sabemos que não precisa de nossa amizade.

Vamos, porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos o homem branco virá com armas e tomará nossa terra. O Grande Chefe de Washington pode confiar no que o Chefe Seattle diz, com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na alteração das estações do ano.

Minha palavra é como as estrelas – elas não empalidecem.

Como poder comprar ou vender o céu ou o calor da Terra?
Tal idéia nos parece estranha.

Se não somos os donos da pureza e do frescor do ar ou do resplendor da água, como é possível comprá-los?


Performance dos Índios Canadenses em sua colorida dança tribal.
 Cada pedaço desta terra é sagrado para meu povo. Cada ramo reluzente do pinheiro, cada punhado de areia das praias, cada véu de neblina na floresta densa, cada clareira e cada inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na memória do meu povo.


A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do Homem Vermelho.



O Homem Branco esquece a sua terra natal quando, depois de morto, vai vagar por entre as estrelas.



Nossos mortos jamais esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do Homem Vermelho. Somos parte desta terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia – são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sulcos úmidos das campinas, o calor que emana do corpo de um mustang, e o Homem – todos pertencem à mesma família.



Portanto, quando o Grande Chefe de Washington manda dizer que deseja comprar nossa terra, ele exige muito de nós.



O Grande Chefe manda dizer que irá reservar para nós um lugar em que possamos viver satisfeitos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Por conseguinte, iremos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Mas isso não vai ser fácil. Esta terra é sagrada para nós.



Esta água brilhante que corre nos rios e regatos não é apenas água, mas sim o sangue de nossos ancestrais.



Se te vendermos a terra, terás de te lembrar que ela é sagrada e terás de ensinar a teus filhos que é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos conta os acontecimentos e as recordações da vida de meu Povo.



O murmúrio d’água é a voz de meu pai, de meus antepassados.


Os rios são nossos irmãos, pois saciam nossa sede. Os rios transportam nossas canoas e alimentam nossos filhos. Se te vendermos nossa terra, terás de lembrar e ensinar a teus filhos que os rios são nossos irmãos e teus também. Portanto, terás de dispensar aos rios a afabilidade que dedicarias a um irmão.



Aqui está  um símbolo do glorioso passado da Nação Canadense. As montanhas do canadá que abrigam esses índios, resplandecem por seus famosos tons avermelhados e o grande chefe Aguia pequena faz parte de uma das tribos mais espetaculares dessa nação pela profusão de cores que são a marca registrada dessas tribos Indigenas.


Sabemos que o Homem Branco não compreende o nosso modo de viver, os nossos costumes. Para ele, uma porção de terra é igual a outra, tem o mesmo significado que qualquer outra, porque ele é como um forasteiro que chega na calada da noite e tira da terra tudo o de que necessita. A terra não é sua irmã, mas sim sua inimiga. E, depois que a conquista, ele vai embora, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados, e não se incomoda. Arrebata a terra das mãos de seus filhos, e não se importa. Ficam esquecidos a sepultura de seu pai e o direito de seus filhos à herança. Ele trata a sua Mãe – a Terra – e seu Irmão – o Céu – como coisas que podem ser compradas, saqueadas, vendidas como ovelhas ou miçangas cintilantes.

Sua voracidade arruinará a Terra, deixando para trás apenas um deserto.

Não sei. Nossos modos de vida, nossos costumes, diferem dos teus. A visão de tuas cidades fere os olhos do Homem Vermelho. Mas, talvez, isto seja assim por ser o Homem Vermelho um “selvagem” que de nada entende.

Não há sequer um lugar calmo nas cidades do Homem Branco. Não há lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o tinir das asas de um inseto.
Mas, talvez, assim seja por ser eu um “selvagem” que nada compreende.

O barulho parece apenas insultar os ouvidos.

O território é o corpo de uma nação.

E que vida é aquela se um homem não pode ouvir a voz solitária do curiango* ou, de noite, a conversa dos sapos em volta de um brejo ou de uma lagoa?

Sou um Homem Vermelho, e nada compreendo. O índio prefere o suave sussurro do vento a sobrevoar a superfície de um lago e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva do meio-dia, ou recendendo a pinheiro.

O ar é precioso para o Homem Vermelho, porque todas as criaturas respiram e o compartilham em comum – os animais, as árvores, o homem.

O Homem Branco parece não perceber, nem sentir, o ar que respira. Como um moribundo em prolongada agonia, ele é insensível ao ar fétido.

Mas se vendermos nossa terra ao homem branco, terás de te lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seu espírito com toda a vida que ele sustenta.

O vento que deu ao nosso bisavô o seu primeiro sopro de vida, também recebe o seu último suspiro.

E se te vendermos nossa terra, deverás mantê-la reservada, como um santuário, um lugar em que o próprio Homem Branco possa ir saborear o vento, adoçado com a fragrância das flores silvestres das pradarias.

Assim, pois, vamos considerar tua oferta para comprar nossa terra.

Se decidirmos aceitar, farei uma condição: o Homem Branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.

Sou um “selvagem” e desconheço que possa ser de outro jeito. Tenho visto milhares de bisões* apodrecendo nas pradarias, abandonados pelo homem branco que os abateu a tiros disparados de um trem em movimento.

Sou um “selvagem” e não compreendo como um fumegante cavalo-de-ferro* possa ser mais importante do que o bisão que, nós os índios, sacrificamos apenas para o sustento de nossas vidas.

O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito, porque tudo quanto ocorrer aos animais logo acontecerá com o homem. Tudo está interligado.

Deves ensinar a teus filhos que o chão debaixo de seus pés são as cinzas de nossos antepassados. Para que tenham respeito à terra, ao país, conta a teus filhos que ela foi enriquecida com as vidas de nosso povo; que a riqueza da terra são as vidas da parentela nossa. Ensina a teus filhos o que temos ensinado aos nossos: que a terra é nossa Mãe. 

Se pensas que és um grande homem e melhor do que os outros da tribo, vás a floresta e diante de um imenso pinheiro verás que grande homem és.

Tudo quanto ocorrer com a terra, recairá sobre os filhos da terra. Se os homens cospem no chão, cospem sobre eles próprios.

De uma coisa sabemos: a terra não pertence ao Homem. É o Homem que pertence à terra. Disto temos certeza: todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Há uma ligação em tudo.

Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem que teceu a trama da vida; ele é meramente um de seus fios. Tudo o que ele fizer ao tecido da vida, a si próprio fará.

Os nossos filhos viram seus pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio, envenenando seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias – eles não são muitos. Mais algumas horas, mesmo uns invernos, e nenhum dos filhos das grandes nações peles-vermelhas que viveram nesta terra, ou que têm vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar sobre os túmulos de um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.

Nem o homem branco, cujo Deus com ele passeia e conversa como amigo para amigo, pode ficar isento do destino comum. Poderíamos ser irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa temos certeza - e que o homem branco venha, talvez, um dia a descobrir: nosso Deus é o mesmo Deus. Talvez julgues, agora, que O podes possuir do mesmo jeito como desejas possuir nossa terra, mas não podes. Ele é Deus da humanidade inteira e é igual Sua piedade, Sua compaixão, para com o homem vermelho e o homem branco. Esta terra é querida e preciosa por Ele e causar-lhe dano ou ferí-la é cumular de desprezo seu Criador. Os brancos também passarão. Talvez mais cedo do que todas as outras raças.

Continua poluindo a tua cama e hás de acordar uma noite sufocado pelos próprios dejetos.

Porém, ao perecerem, vocês brilharão intensamente, com fulgor, abrasados* pela força do Deus que os trouxe a esta terra e que, por algum desígnio, alguma razão especial, lhes deu o domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho.

Esse destino é para nós um mistério, pois não podemos imaginar como será quando todos os bisões forem massacrados, os cavalos bravios domados, as brenhas das florestas carregadas do odor de muita gente e a vista das velhas colinas obstruída por fios que falam*.

Onde ficará o emaranhado da mata? Terá acabado.

Onde estará a águia? Irá acabar.
Indio canadense com sua vestimenta de guerra.


 Restará dar adeus à andorinha e à caça.


O fim da vida e o começo da luta para sobreviver.



Compreenderíamos, talvez, se conhecêssemos com que sonha o homem branco, se soubéssemos quais as esperanças que transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais as visões do futuro que oferece às suas mentes para que possam formar desejos para o dia de amanhã.

O primogênito da tenda é o chefe da tenda mas quando se torna fraco com a idade precisa de uma razão para viver.


Somos, porém, “selvagens”. Os sonhos do homem branco são para nós ocultos. E por serem ocultos, temos de escolher nosso próprio caminho. Se consentirmos, será para garantir as reservas que nos prometeste. Lá, talvez, possamos viver os nossos últimos dias conforme desejamos. Depois de o último Homem Vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará vivendo nestas florestas e praias, porque nós as amamos como ama um recém-nascido o bater do coração de sua mãe.



Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueças de como era esta terra quando dela tomaste posse. E com toda a tua força, o teu poder e todo o teu coração, conserva-a para teus filhos e ama-a como Deus nos ama a todos.



De uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é por ele amada. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum.”

Performance dos Índios Canadenses em sua colorida dança tribal.


Notas

(*) 1) – Curiango – ave noturna
2) – Bisão – búfalo selvagem das pradarias norte-americanas
3) – Cavalo-de-ferro - trem
4) - “... Vocês brilharão intensamente, com fulgor, abrasados...” - Referência ao holocausto nuclear?
5) - “... fios que falam...” – Telégrafo
Traduzido dos fragmentos publicados na revista “Norsk Natur” 10 (1), 1974, Oslo, Noruega, e United Nations Environment Programme – Media Pack’76, por Roberto Tamara. Adaptado, também, da tradução de Irina O. Bunning.

Ouvindo o familiar som da  grande floresta Canadense, o chefe Índio veste a sua tradiconal indumentaria para uma celebração especial.
A presente carta do Chefe Seatle ao Presidente dos EUA, considerada como a declaração mais bela e profunda já feita até agora a respeito da defesa da Vida na Terra, foi lida por Russell Peterson, Presidente do Conselho Federal de Qualidade do Meio-Ambiente, dos Estados Unidos, durante a reunião da Associação Americana para o Progresso da Ciência, em Nova York, em maio de 1975. Russel Peterson observou que “da nossa moderna perspectiva – 120 anos depois (Obs.: Hoje, em 2005, são 150 anos) - a carta de Seattle parece ser uma profecia expressiva, se não de todo desconcertante”. Este texto foi distribuído pela ONU no Programa para o Meio-Ambiente.
Sobre o assunto de terras dos índios, manifestou-se Michael Black no artigo “Enterrem meu coração em Wounded Knee”, publicado em “The Mother Earth News”, número 12, novembro de 1971, North Madison, Ohio, nos seguintes termos:
“... o índio percorre as suas terras tribais pacificamente e com simplicidade, com grande reverência pelo país e seus habitantes. Depois, vem o homem branco, aos tropeções, para alcançar os campos auríferos da Califórnia ou as ricas glebas dos altiplanos. O índio não passa de coisa irritante, de uma barreira incômoda que tem que ser removida e posta de lado, se é que se deve cumprir o destino manifesto. As boas terras são roubadas e designadas como reservas as terras que o homem branco desprezou ou já saqueou. Aqueles que não querem ir para as reservas são caçados impiedosamente. Às vezes, mesmo aqueles que haviam concordado em ir, são atacados (por exemplo, Sand Creck) e ocorrem massacres sobre os quais se estende o manto de segredo e que tornam My Lai (aldeia vietnamita destruída, junto com todos os habitantes, por um destacamento do Exército dos EUA, durante a guerra do Vietnã, cujo nome entra na história como símbolo da intolerância racial, política e ideológica) parecer obra de amadores. Uma vez dentro da reserva, o índio é freqüentemente forçado a se mudar outra vez, para mais longe da sua antiga terra natal, depois que é descoberto ouro ou se planeja uma estrada conveniente para a Costa Ocidental. Dentro da reserva, ele é alimentado com os restos de comida do homem branco pelos supervisores corruptos e inescrupulosos e as palavras de desabafo significam a morte”.

“É claro que o crime dos nossos antepassados é de um tipo como nunca antes o mundo chegou a ver. Não foi o crime de um louco só, como Hitler ou Stalin. Foi um crime perpetrado por uma nação inteira... uma nação que, não se contentando em subjugar pela força um povo, apressou-se a destruir um modo de vida inteiro...”

“Para uma nação poderosa como a nossa, conduzir uma guerra contra uns poucos nômades que lutam pela vida, em tais circunstâncias, é um espetáculo dos mais humilhantes, uma injustiça sem paralelo, um crime nacional dos mais revoltantes que mais tarde fará descer sobre nós ou nossos pósteros o julgamento do Céu” – Black Whiskers Sanborn, 1867. (Sanborn, junto com um punhado de outros, foi o amigo mais achegado que os índios em qualquer época tiveram no meio dos homens brancos).

“Vender a terra?... Por que não vender o ar, as nuvens, o mar imenso?”- Tecumseh, Chefe do povo Shawnee (1768-1813).

“Não se nos afiguravam como “selvagens” as grandes planícies abertas, as belas colinas onduladas e os rios serpenteando através do emaranhado da vegetação. Só para o homem branco, a Natureza não passava de sertões selvagens e somente para ele o país estava “infestado” de animais “ferozes” e de gente “selvagem”. Para nós tudo era mansidão.
A terra era generosa e por todos os lados havia bênçãos do Grande Mistério. Só quando vieram os homens barbudos do Leste e, com a fúria brutal, passaram a cumular de injustiças a nós e as famílias que amávamos, ela – a terra, tornara-se para nós selvagem. Foi quando os próprios animais da floresta começaram a fugir com a aproximação do homem do Leste que principiou para nós o Oeste Selvagem”. Cacique Luther Urso Em Pé, dos Oglala Sioux.

“Nós nos contentávamos em deixar as coisas permanecerem como o Grande Espírito as havia feito. Eles, os homens brancos, não se contentavam e até mudariam o curso dos rios se estes não lhes servissem como eram”. (Um índio Nez Percé).