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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

PREFIRO A MORTE DO QUE PASSAR PARA A HISTÓRIA COMO MENTIROSO AO POVO BRASILEIRO



Lula é recebido por milhares em Curitiba após depoimento a Moro: “Tenho a vergonha na cara que eles nunca tiveram. Nesse momento em que todo mundo denuncia todo mundo, eu desafio eles a terem coragem de ir pra rua como eu tenho, e abraçar cada homem, cada mulher, cada criança. Eu tenho comigo a verdade e jamais mentiria a vocês. Prefiro a morte do que passar para a história como mentiroso”.



Em discurso curto, de 17 minutos, no início da noite de hoje (13) na Praça Generoso Marques, centro de Curitiba, após seu segundo depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a desafiar seus acusadores e a força-tarefa da Operação Lava Jato a provarem que ele praticou atos ilícitos.

“Não sei quantos processos eu tenho, eu não sei se eles vão cansar. Eu não vou cansar. Se eles estão com medo que eu possa voltar a me candidatar, é bom eles terem medo, porque a gente vai consertar esse país”, disse.

“Tenho a vergonha na cara que eles nunca tiveram. Nesse momento em que todo mundo denuncia todo mundo, eu desafio eles a terem coragem de ir pra rua como eu tenho, e abraçar cada homem, cada mulher, cada criança. Eu tenho comigo a verdade e jamais mentiria a vocês. Prefiro a morte do que passar para a história como mentiroso ao povo brasileiro”, afirmou Lula.

O ex-presidente fez um pedido: “é que quem está me acusando tenha a dignidade de, em algum momento, ir para a mesma televisão que me acusa e pedir desculpa”.

Vestindo terno e gravata, com os quais prestou o depoimento, se mostrou à vontade diante da praça lotada e declarou não estar nervoso. “Ao invés de ficar nervoso, eu fico orgulhoso, porque depois de mais de dois anos investigando minha vida, gravando Marisa e eu, gravando Dilma e eu, gravando meus filhos, invadindo a nossa casa, até agora eles não encontraram uma única verdade nas acusações.”

Para Lula, seus acusadores são mentirosos. “A desgraça de quem conta uma mentira é passar o resto da vida mentindo para justificar a primeira mentira”, afirmou. “Só quero que a operação Lava Jato tenha coragem de dizer: ‘nós não temos provas contra o Lula’. Nós mentimos. E eu vou continuar minha peregrinação”, prometeu.

O ex-presidente usou a ironia para dizer que cometeu um erro imperdoável, para a elite brasileira. “Eu fiz com que o trabalhador brasileiro, durante 12 anos, tivesse aumento real de salário, e o salário mínimo aumentasse 74%. Por sonhar, muita gente já morreu e foi castigada no mundo.”

Ele terminou o discurso homenageando a militância que o acolheu na capital de Curitiba. “Se querem me cassar, me prender, se querem me condenar achando que isso vai acabar com a luta, eu considero cada um de vocês um Lulinha. Um Lula incomoda muita gente, mas milhões de Lulas incomodam muito mais”, disse.
Como Kubitschek e Getúlio

A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), declarou antes do discurso de Lula que a importância do ato era “mostrar a nossa resistência”. “Não adianta a Justiça de Curitiba. Se querem impedir Lula, tenham coragem e apresentem um candidato”, desafiou. Ela citou os ex-presidentes Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek como dois líderes perseguidos pelos mesmos “que não têm compromisso com o Estado brasileiro, aqueles que ganham muito pelo Estado, se utilizam do Estado e fazem um discurso moralista”.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, desafiou: “Quero perguntar ao poder judiciário do Brasil por que o presidente Lula está aqui, se não cometeu nenhum crime? A primeira premissa é que Lula é inocente. Eleição sem Lula é fraude”. Vagner afirmou que a elite quer impedir Lula de ser candidato “porque deram golpe para retirar direitos dos trabalhadores”. “Eles não fariam isso na democracia”, disse.

No depoimento que prestou ao juiz Sergio Moro, Lula terminou questionando o magistrado: “Vou terminar fazendo uma pergunta ao senhor: vou chegar em casa amanhã e vou almoçar com oito netos e uma bisneta de seis meses. Posso olhar na cara dos meus filhos e dizer que vim a Curitiba prestar depoimento a um juiz imparcial?” Moro respondeu que não cabia a Lula fazer tal pergunta. “Mas, de todo modo, sim”, afirmou.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

DESMONTANDO AS MENTIRAS DE PALLOCI

Um trabalho e uma análise muito bem feita do site Diego Gonzalez, demonstra claramente por contradições entre as afirmações de Palloci, Emílio Odebrest e Marcelo Odebresht que Palloci e Marcelo Odebresht armam uma mentira e estão entrando em contradição.

PARTE 1



PARTE 2




PARTE 3                              





Palocci, o ouro de tolo de Moro
Nem tudo que reluz é ouro (dito popular)
por Edivaldo Dias de Oliveira
Depois de amanhã quarta feira, é dia 13, número emblemático do PT e de todxs nós petistas, com ou sem carteirinha, como eu.

É também o dia do segundo depoimento de Lula, frente a frente com Moro em segundo processo. No primeiro, dizem, Lula ganhou de lavada, aplicando-lhe uma surra merecida, mas o juiz é o dono da bola e Lula foi condenado. Também será condenado nesse segundo enfrentamento, mas parece que Moro não quer tomar mais uma surra do condenado como da outra vez, mas vai.

Para evitar a surra tomou o depoimento de Palocci, preso há quase um ano, preso mais próximo do ex presidente, segundo contam. Fez Palocci ajoelhar no milho, delatando o amigo como criminoso, para ter sua pena reduzida, pelo amor de Deus! Pois como diz a música de Zé Ramalho, Vila do sossego “Nas torturas, toda carne se trai” e embora haja exceções como Zé e Vaccari, o ex ministro não ficou entre elas.

Tudo isso uma semana antes do depoimento de Lula, numa demonstração pública de que a prática da tortura vem se tornando corriqueira em Curitiba, através da PF, Procuradoria e Justiça de lá, com a cobertura e ou acobertamento da Rede Globo, como foi no período militar, sem que para isso haja por parte dos torturadores qualquer preocupação em esconder ou dissimular a sua prática, como ocorria naquele tempo sombrio, muito pelo contrário, fazem questão de demonstrar o que fazem, como fazem e contra quem fazem, e quem não gostar que vão se entender com eles, que eles torturam também.

Curitiba ainda será conhecida como a capital nacional da tortura, graças a Lava Jato.

Qualquer semelhança com a existência de milícias nos morros cariocas ou do PCC em São Paulo não é mera coincidência. Num caso como noutro, estamos diante da falência do Estado e quando isso ocorre, impera a delinquência, a lei da selva grassando por todo o país, como nos mostra os chefões dos morros e da Lava a Jato. É o tempo perfeito para o surgimento do tirano, do salvador da pátria, se bem que este já foi posto lá pelos milicianos de Curitiba, que fazem o papel de lugares tenentes da Globo, que agora quer desalojá-lo de lá. O que vai ser difícil por se tratar de bandidos que não tem para onde ir se não para a cadeia, são pessoas desesperadas e dispostas a matar e morrer, como aqui já escrevi. Quanta diferença de quem eles tiraram!

Mas voltemos ao dia 13. Moro está certo de ter nas mãos uma pepita de ouro, capaz de colocar Lula também de joelhos, na lona. Ledo engano: é ouro de tolo, daquele que fazendeiros malandros espalhavam por suas terras no velho oeste americano para vendê-las a aventureiros incautos e ambiciosos a peso de ouro, que tem o nome cientifico . Vou mostrar;

- Sendo Palocci o mais próximo amigo de Lula a depor, é dele também a maior responsabilidade em apresentar provas documentais de seu depoimento e isso ele não fez e não fará.
- Temer tem Rocha Loures, a quem disse a Joesley ser seu homem de confiança, apto a pegar mala de dinheiro com direito a filmagem.
- Lúcio Funaro está entregando pilhas de documentos da sua delação.
- Geddel reservou um apartamento só para guardar malas e caixas de dinheiro dele e provavelmente dos amigos.
O que Palocci entregou? Nada.
- O que disse sobre a existência de provas contra Lula? Nada.
- O Amigo preso mais intimo do Lula não tomou parte em nenhuma reunião importante com ele envolvendo valores escusos. Que estranho!
- Não trocou nenhum telefonema com ele relacionado com corrupção, mesmo em conversas disfarçadas, codificadas. Que confiança!
- Não trocaram e-mails sobre temas afins. Que coisa!
- Não estabeleceram uma ponte entre ambos, alguém com quem pudesse trocar informações e que agora pudesse apontar como prova entre as partes. Santa ingenuidade Batman! Palocci ingênuo...?

- Mesmo num lance de traição Janotiana, poderia entregar seu secretário particular como a pessoa que fazia o meio de campo; não fez.

A maior prova do seu falso brilhante é a entrega de Dilma na mesma bandeja de Lula, pois todos sabem do rancor que nutre por ela, como sabem também que Dilma pode ser portadora de muitas incompetências, como todos nós, mas o apreço pelo mal feito não está entre elas e foi por isso que Palocci não se criou em seu governo.

Quem, entre todos os delatores, mais deveria dar concretude, prova, aos desejos, devaneios e convicções do juízo de fala fina e faro grosso nada entregou ou disse que entregaria. Mas o juízo se deu por satisfeito, achando que tem nas mãos o mapa do tesouro, se não o tesouro inteiro.

A (i)responsabilidade e desfaçatez de Moro em condenar Lula em mais um processo fraudulento ficará muito maior aos olhos do mundo e toda a Lava Jato vai se desmoronando como um castelo de areia, ou como a Mãos Limpas em que o juiz se inspira e que teve um final desastroso para a sociedade italiana.

Aos italianos foi dado Berlusconi, a nós o Temer, aos dois povos um rastro de destruição, escândalos e roubos muito mais nocivos do aqueles que disseram combater.

Moro, após o depoimento de Palocci, deveria ser o maior interessado no adiamento da oitiva de Lula, até que o depoente entregasse as provas do que delatou. Mas não fará isso, pois no fundo sabe que as provas não existem nem vem ao caso.

Por tudo isso, no dia 13 de setembro de 2017, Moro crava mais um prego no caixão da Lava jato, cuja destruição e desmoralização ele e Dallagnol são os maiores responsáveis.

Ps. Ouro de tolo tem o nome cientifico de pirita, daí talvez o fato de deixar muita gente embriagada ao se deparar com ela. Quem sabe um dos muitos nomes da “marvada” tenha se originado daí.




domingo, 10 de setembro de 2017

DESTRUIR LULA E O PT É PARAR A HISTÓRIA - AS DELAÇÕES SÃO MONTADAS EM CURITIBA.

Eugênio Aragão: A ilusão da direita política – destruir Lula e o PT é parar a história.





O POVO DO NORDESTE É AMOROSO. E QUANDO AMA, AMA COM O CORAÇÃO.


No quarto artigo da Série Em Defesa de Lula, ex-ministro Eugênio Aragão fala que a destruição do PT e de Lula é a “cereja do bolo da direita”. A série será publicada até 13 de setembro.

Eugênio Aragão formou-se em direito pela Universidade de Brasília (UnB) em 1982. Tornou-se mestre em direito internacional dos direitos humanos pela Universidade de Essex (Inglaterra) em 1994, e doutor em direito pela Ruhr-Universität Bochum (Alemanha) em 2007, com menção summa cum laude.[3]



É professor adjunto da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília desde 1997.

Carreira inicial no serviço público e advocacia
Ingressou no serviço público federal em 1980, como agente administrativo no Conselho Federal de Educação do Ministério da Educação e Cultura. Ali, trabalhou sob as ordens de Yesis Ílcia y Amoedo Passarinho, que lhe ensinou os primeiros passos na função pública. 

Em 1982, ao se tornar bacharel em Direito, foi nomeado pela então ministra Esther de Figueiredo Ferraz para exercer o cargo de Coordenador de Assuntos Jurídicos do Conselho Federal de Educação. Ao mesmo tempo, iniciou-se na advocacia na Sociedade de Advogados Nunes Leal, escritório de Victor Nunes Leal, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, e José Paulo Sepúlveda Pertence, que também viria a se tornar, mais tarde, ministro do STF.



Em 1985, ao limiar da nova república, Aragão foi chamado a trabalhar no Ministério da Justiça a convite de Luiz Carlos Sigmaringa Seixas. Foi seu substituto como Diretor-Geral do Departamento Federal de Justiça e, com seu afastamento para concorrer à eleição para a Assembleia Nacional Constituinte, assumiu a titularidade da direção-geral, sendo ministro de Estado Paulo Brossard. Em final de 1986, foi convidado pelo professor Cristovam Buarque, então reitor da Universidade de Brasília, para o cargo de Chefe da Assessoria Jurídica da Reitoria, ali se desempenhando até outubro de 1987, quando tomou posse no cargo de Procurador da República.
Ministério Público Federal.

Aragão ingressou no Ministério Público Federal como procurador da República em 1987. Atuou perante o Supremo Tribunal Federal em matéria criminal, assistindo o procurador-geral da República, entre 1987 e 1989. Entre 1991 e 1993, foi diretor da Associação Nacional dos Procuradores da República

Na extinta Secretaria de Coordenação da Defesa dos Interesses Difusos e Direitos Coletivos da Procuradoria Geral da República, Aragão atuou na defesa dos direitos dos povos indígenas entre 1989 e 1991. Nessa qualidade, foi responsável, junto com a procuradora Deborah Duprat, pela propositura da primeira ação coletiva para demarcação de terra indígena, o Parque Indígena Yanomami, na fronteira da Venezuela

A partir de abril de 1991, foi Procurador-Geral da FUNAI, na gestão do sertanista Sydney Possuelo naquele órgão. Depois, de volta ao Ministério Público Federal, foi coordenador da defesa do patrimônio público entre 1992 e 1993.

Em 1995, foi promovido a procurador regional da República, atuando principalmente em matéria criminal e em causas de desapropriação para reforma agrária, foi cedido, em 1999-2000, pelo MPF e pela Universidade de Brasília, à Organização das Nações Unidas, para servir no Timor Leste, como chefe interino do Departamento de Assuntos Judiciais, da Administração Transitória da ONU naquele território (UNTAET), sob a direção de Sérgio Vieira de Mello.



Em 2004, recebeu promoção a subprocurador-geral da República. Nessa qualidade, foi membro da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, em Matéria de defesa dos povos indígenas. Teve atuação na defesa dos povos Guaranis, propondo o tratamento transnacional de políticas públicas em seu apoio no Mercosul. Foi membro, também, do Centro De Cooperação Jurídica Internacional e participou, dentre outras, da delegação que negociou o Acordo de Auxílio Mútuo em Matéria Penal com a Alemanha, bem como se empenhou, junto aos governos suíço e da ilha de Jersey, pela recuperação de ativos desviados do Município de São Paulo pelo ex-prefeito Paulo Maluf

Foi responsável pela criação, juntamente com Juan Emilio Oviedo Cabañas, pelo lado paraguaio, pela criação da Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul.

A partir do mesmo ano, foi Diretor-Geral Adjunto da Escola Superior do Ministério Público da União por dois mandatos (2004-2008). Foi Coordenador da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (2008-2011), em matéria de defesa do patrimônio público. Estabeleceu linha de atuação sobre desenvolvimento territorial do arquipélago do Marajó e intensa cooperação com o Ministério da Agricultura para reestruturação da defesa agropecuária. 

Foi seguidamente componente da banca de concurso público para o provimento do cargo de procurador da república (2008-2014), conselheiro do Conselho Superior do MPF (2009-2011) e Procurador-Geral da República Interino (2001).

De 2011 a 2013, foi Corregedor-Geral do MPF, promovendo a descentralização regional, para maior eficiência de atuação.

Foi vice-procurador geral eleitoral de 2013 a 2015.

Foi cotado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.

Ministério da Justiça

Em março de 2016, Aragão foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para o cargo de Ministro da Justiça, em substituição ao procurador Wellington César Lima e Silva, que decidiu deixar o governo após decisão do STF. Esse impedimento, porém, não se aplicaria a Aragão, por ele haver ingressado no MP antes da vigência da Constituição brasileira de 1988.

Em 12 de abril de 2016, uma decisão proferida pela juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura da 7ª Vara Federal, todavia, suspendeu a nomeação do ministro. 

A decisão atendeu ao pedido de uma ação popular, argumentando que ele não poderia ser ministro por integrar o Ministério Público. 

Em 13 de abril, a Advocacia Geral da União(AGU) recorreu e derrubou a decisão da juíza de suspender a nomeação.

Em 12 de maio de 2016, o Senado afastou a presidente Dilma Rousseff do cargo, sendo exonerados quase todos os ministros, entre os quais Aragão.

Retorno à advocacia
Em 2 de junho de 2017, aposentou-se do Ministério Público Federal e regressou à advocacia, passando a prestar consultoria em direito empresarial e direito internacional junto ao escritório ECEA Advogados e Consultores, em Brasília.




sábado, 9 de setembro de 2017

O FIM DE PALLOCI, O PULHA.

A HISTÓRIA SE LEMBRARÁ DE TI COMO O TRAIDOR

Antonio Palocci Filho é um traidor de carteirinha. Isto é sabido há muito tempo por bastante gente, mas sua história sempre restou submersa graças à astúcia em encobrir o caráter diminuto, parasita, de quem está por cima.



O ministro José Dirceu distribuiu a interlocutores no PT e no whatsapp o seguinte comentário sobre o pulha:


"Só luta por uma causa quem tem valor. Os que brigam por interesse têm preço. Não que não me custe dor, sofrimento, medo e às vezes pânico. Mas prefiro morrer que rastejar e perder a dignidade."



Sua vida política é o melhor testemunho. Nos idos da juventude, colou-se à corrente trotskista Liberdade e Luta quando esta era a sensação do movimento estudantil. Com essa vestimenta, tornou-se presidente do centro acadêmico mais importante da região, da faculdade de medicina da USP em Ribeirão Preto.

AFINAL REVELADO O CARATER
O surgimento do PT deu a Palocci a chance de estrear na “grande política”. A primeira coisa que fez foi romper com a corrente trotskista. A Libelu tinha princípios em excesso, defendia a luta de classes, a independência diante dos patrões. Era pura demais. O que foi um trunfo para Palocci durante certo tempo, no ambiente fervilhante da universidade, virou um fardo no horizonte do arrivista.


E lá se foi Palocci. Rompeu com a Libelu, tornou-se vereador e elegeu-se prefeito. Com algum poder nas mãos, começou a mostrar o que pretendia com a política. Uma de suas patranhas inaugurais foi armar uma concorrência fraudulenta de merenda escolar. Montou um edital tão restritivo que apenas uma empresa podia vencer: a que oferecesse molho de tomate com ervilhas. Não era a troco de nada, óbvio.
O inquérito andou a passo de tartaruga até ser arquivado muitos anos depois.

Detalhe: nesta época Palocci já era todo poderoso ministro da Fazenda. É fácil imaginar, no Judiciário brasileiro que todos conhecem, se alguém teria ânimo para peitá-lo em algo aparentemente tão pequeno. Mas o cheiro de ervilha com tomate nunca o abandonou.


Sua intuição em juntar o vermelho-tomate da rebeldia estudada com o verde-ervilha das notas graúdas de dólar já havia aparecido de novo com a infame Carta aos Brasileiros, da qual foi mentor e fiador.

Refresque-se a memória: a Carta surgiu como um compromisso público com os banqueiros e o grande capital apavorados com a vitória de Lula nas eleições que se aproximavam, em 2002. Era um atestado de rendição antecipada, que viria a aprisionar os governos seguintes dentro dos limites aceitáveis ao establishment.

É verdade que, mesmo assim, o Brasil conheceu nas épocas de Lula e mesmo de Dilma governos que jamais fizeram tanto pelo povo. Mas a capitulação cobrou a fatura no impeachment de 2016. 

Neste intervalo, Palocci exibiu toda sua desenvoltura entre os tubarões da riqueza. Era o interlocutor preferido do pessoal de dinheiro gordo. Nenhum banqueiro ou grande empresário saia de semblante baixo de seu gabinete. 

Destino diferente tiveram gente como o humilde caseiro Francenildo Costa. Testemunha de bacanais que Palocci promovia para agradar a si mesmo e a escória circulante em Brasília, Francenildo foi alvejado com a quebra do seu sigilo bancário. Uma vez provada a razão do caseiro, Palocci perdeu o posto, mas não a majestade e, principalmente, a gratidão eterna dos espoliadores da riqueza nacional. 

Em sua coluna publicada nesta sexta-feira, 8, no jornal Folha de s. Paulo, Mônica Bergamo diz que, na visão de especialistas, Palocci dá um “sinal evidente” de que quer agradar o MPF.

Foi com base nisso que Palocci continuou recheando o próprio bolso. Seu patrimônio não parou de crescer fora do governo sob a fachada de uma empresa de consultoria. A falta de explicações sobre tamanho enriquecimento custou-lhe o cargo de chefe da Casa Civil de Dilma. 

Mas Palocci nunca esteve nem aí. A esse respeito, é interessante procurar algum discurso público ou manifestação sinceramente enfática do personagem no poder em defesa dos interesses brasileiros ou do povo. Será tempo perdido.



Jornalista Fernando Morais lamenta a postura do ex-ministro Antônio Palocci em sua delação ao juiz Sérgio Moro, concentrada nos ex-presidentes Lula e Dilma e no PT; "Curiosamente, ao contrário do sentimento que me despertavam os desbundados dos anos 70, não fiquei com nojo do Palocci. Fiquei com pena, muita pena", diz Morais


Palocci sempre preferiu ambientes refrigerados, a sombra dos bastidores e a luz estroboscópica de festanças libidinosas – ante-sala de cofres muito bem provisionados. 

Para quem conhece tudo isso, o depoimento de Palocci não traz nenhuma surpresa. A mentira e as negociatas sempre foram sua especialidade. Se Joesley larápio diz que é professor no ramo da roubalheira, Palocci se mostrou catedrático na matéria. Seu único compromisso é com ele mesmo, com as verdinhas e com o beneplácito dos poderosos e da grande mídia. 

Esta última, é claro, não está em nem um pouco interessada em ressaltar as contradições flagrantes entre os dois depoimentos de Palocci. 

Nós estamos. 

Vamos a algumas. 

Primeiro, Palocci declarou que nunca ouvira falar no tal italiano que a Odebrecht afirmava ser ele nas planilhas da empresa. Agora, afirma na cara dura que é ele mesmo – só faltou dar o depoimento no idioma daquele país. 

Conta também que Lula e Emilio Odebrecht combinavam em detalhes o pagamento de propinas. Mas o próprio Emílio negou peremptoriamente em seus depoimentos ter discutido com Lula valores de bandalheiras ou coisa parecida. 

Palocci terminou seu depoimento inicial ameaçando incriminar gente graúda das finanças nacionais com nomes, endereços e o que mais fosse. Tudo desapareceu da oitiva de agora. Nesse meio-tempo, Palocci trocou de advogados, negociou sem parar com procuradores e, com certeza, recebeu acenos bastante polpudos daqueles que prometia denunciar. 

A prova decisiva de que se trata de uma armação muito bem calculada, como tudo o que Palocci sempre fez, é justamente a falta de prova. Mais uma vez, o país está diante de palavras, apenas palavras. 

Enquanto o país assiste estarrecido a malas de dinheiro sujo empanturrando um apartamento de um cardeal do golpismo; a um “ladrão geral da república” organizando de própria voz a compra do silêncio de criminosos e de juízes; a um assessor graduado saltitando pelas ruas de São Paulo com uma valise incriminadora; a um senador tucano rasgando o verbo literalmente em monstruosidades comprovadas; enquanto acontece tudo isso, a boca de Palocci vomita somente uma narrativa sem uma mísera prova material. 

Talvez por vergonha –mesmo os canalhas sempre guardam alguma dentro de si--, Palocci deu o testemunho fantástico (a alusão ao programa não é casual) de costas para o advogado de Lula.

Sua fala escorreu com a frieza dos traidores contumazes, tal qual um Joaquim Silvério dos Reis dos tempos atuais.

A semelhança acaba aí. Também nesse caso, a história se repete como farsa. 

O traidor dos inconfidentes entregou fatos reais que mostraram o caminho para enforcar Tiradentes. 

Palocci enredou-se numa trama de mentiras para salvar seu próprio pescoço. 

Aceitou o jogo sujo das delações orquestradas a um preço que em breve virá a público.

Eis a verdade que nenhuma Globo vai contar.

Joaquim Xavier


A história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula. Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro.

A acusação do Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com recursos desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o caso é julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso. Sobre a tal “planilha”, mesmo Palocci diz que era um controle interno do Marcelo Odebrecht e que “acha” que se refere a ele. Ou seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula.

Palocci falou de uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam testemunhas de suas conversas. Todas falas sem provas.
Marcelo por sua vez diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter contado isso para Lula.

O réu Glauco da Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e locatário não se confunde com propriedade oculta.

Processos fora da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não apontam nem ato de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal.

O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira.

Cristiano Zanin Martins

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

UM TORTURADO ENTREGA ATÉ A MÃE.


Durante todo o tempo em que se afirmava que  as declarações de Antonio Palloci seriam bombasticas, esperavamos ansiosos que ele viesse a público não para condenar Lula, seu amigo de partido no caso o PT, mas sim para entregar as relações promíscuas com a rede Globo e com os Bancos, como deu a entender.

Essa insinuação rende-lhe por sinal um aumento da pena segundo palavras do próprio Juiz Sérgio Moro, que entendeu ai uma espécie de ameaça.

Imagino o frisson que tal ameaça não deve ter causado para o império Globo e para os Bancos que tem "rabo preso" com essa prováveis delações, mas como esse grupo tem o Juiz Moro sob controle, o referido, não se pre-dispôs a ouvir as tais informações.
 

O que a facção criminosa do ministério público de Curitiba (Pois induzir depoimentos falsos sob  tortura psicológica é um crime) desejava mesmo é que Palloci entregasse Lula, e com toda certeza instruiram os advogados de Palloci para convencê-lo a atender seus sórdidos propósitos, prometendo-lhe benefícios.

Colocando-nos no lugar de Palloci, imaginemos que não lhe reste muito mais do que os doze anos e meio a que foi condenado, embora suponho, depois de cumpridos quatro anos dos quais dois ele já cumpriu, ele possa requerer progressão da pena e ficar em regime semi aberto. É um castigo desumano demais para uma pessoa que tem já uma idade avançada.

Eu penso que a prisão é o mais desumano dos castigos. A privação da liberdade é as vezes pior do que a morte, que a rigor é o acesso a liberdade plena. Uma pessoa nas condições de Palloci tem que fazer um esforço muito grande para não entrar em depressão, e acredito que muitos não conseguem.

Penso também que há uma diferença entre um político que eventualmente comete um deslize apropriando-se de recursos indevidos, e um criminoso que no fundo é um psicopata e atenta contra a vida e os bens de terceiros com uso da força. 

São situações diferentes, pois no primeiro caso há uma instigação a que poucos na nossa sociedade suportariam não envolver-se, e no segundo caso seria o caso de pessoas fora do comportamento comum, nesse caso verdadeiros antisociais.

Pois Palloci nos seus momentos de meditação que deve te-los tido em quantidade, deve ter pensado, relutado, mas fraquejou. É normal, é humano. Não deve ter nada que Palloci mais deseje que voltar para a convivência de seus familiares, quem sabe, poder colocar uma bermuda e ir na esquina comprar um pão.

Assim depois de pensar muito deve ter aceito a proposta dos advogados açodados pelos vagabundos do MP de Curitiba, os mesmos que estavam lá na estréia do filme "A LEI É PARA TODOS MENOS PÀRA OS TUCANOS".

Mas que valor tem esse depoimento? Para Moro que condena sem provas talvez, mas conversas do tipo "Ele me disse mas eu não presenciei"  ou tem uma planilha que eu "acho" que é da Odebresht, a rigor não tem valor como provas. 

Ao contrário de Palloci que se diz o consultor que indicou a não compra do terreno, Lula não recebeu valores em suas contas e não se deixou comprometer. 

Então há duas hipóteses ai. Ou Lula era o mais esperto de todos, o que não seria de se esperar de um retirante Nordestino, ou ele é realmente HONESTO.

Eu prefiro acreditar na segunda hipótese até porque segundo a lei, todo cidadão é INOCENTE até prova em contrário.
 
 
DECLARAÇÃO DE LULA

A história que Antonio Palocci conta é contraditória com outros depoimentos de testemunhas, réus, delatores da Odebrecht e provas e que só se compreende dentro da situação de um homem preso e condenado em outros processos pelo juiz Sérgio Moro que busca negociar com o Ministério Público e o próprio juiz Moro um acordo de delação premiada que exige que se justifique acusações falsas e sem provas contra o ex-presidente Lula. 

Palocci repete o papel de réu que não só desiste de se defender como, sem o compromisso de dizer a verdade, valida as acusações do Ministério Público para obter redução de pena e que no processo do tríplex foi de Léo Pinheiro. 

A acusação do Ministério Público fala que o terreno teria sido comprado com recursos desviados de contratos da Petrobrás, e só por envolver Petrobrás o caso é julgado no Paraná por Sérgio Moro. Não há nada no processo ou no depoimento de Palocci que confirme isso. Sobre a tal “planilha”, mesmo Palocci diz que era um controle interno do Marcelo Odebrecht e que “acha” que se refere a ele. Ou seja, nem Palocci conhecia a tal planilha, quanto mais Lula. 

Palocci falou de uma série de reuniões onde não estava e de outras onde não haveriam testemunhas de suas conversas. Todas falas sem provas. 

Marcelo por sua vez diz ter pedido que seu pai contasse para Lula e Emílio negou ter contado isso para Lula.

O réu Glauco da Costa Marques reafirmou em depoimento ser o proprietário do imóvel vizinho ao da residência do ex-presidente e ter contrato de aluguel com a família do ex-presidente, e que está recebendo o aluguel. Uma relação de locador e locatário não se confunde com propriedade oculta. 

Processos fora da devida jurisdição com juiz de notória parcialidade, sentenças que não apontam nem ato de corrupção nem benefício recebido, negociações secretas de delação com réus presos que mudam versões de depoimento em busca de acordos com o juízo explicitam cada vez mais que os processos contra o ex-presidente Lula na Operação Lava Jato em Curitiba não obedecem o devido processo legal. 

O Instituto Lula reafirma que jamais solicitou ou recebeu qualquer terreno da empresa Odebrecht e jamais teve qualquer outra sede que não o sobrado onde funciona no bairro do Ipiranga em residência adquirida em 1991. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma que jamais cometeu qualquer ilícito nem antes, nem durante, nem depois de exercer dois mandatos de presidente da República eleito pela população brasileira.


quarta-feira, 6 de setembro de 2017

“SE HOJE EU TENHO UM CARRO, UMA CASA E POSSO ME VESTIR ASSIM É POR CAUSA DO LULA”

Grávida de sete meses, Jainae Bárbara Alves de Almeida, 27, pintou a barriga com os dizeres “Lula 2018” e foi até o hotel onde o ex-presidente estava hospedado, em Mossoró (RN), para tirar uma foto com ele. Ao lado do marido, Wenio Rodrigues Figueira Ge, 28, ela se acomodou em uma das poltronas e esperou. “Ano que vem meu filho vai votar no Lula”, disse ela. “Votamos nele de qualquer jeito”, emendou o marido. “Porque antes dele, o filho de um pedreiro ia ser pedreiro. Hoje ele pode ser advogado, doutor, o que ele quiser”.
 
 


As cidades por onde a caravana passou ao longo dos 22 dias pelo Nordeste recebiam a comitiva com festa. Na beira das estradas por onde paravam os três ônibus, uma van e alguns carros que formavam o comboio, seus eleitores soltavam fogos de artifício, choravam, rezavam, queriam pegar na mão, beijar, ou simplesmente tocar no ex-presidente, que saía do ônibus e era ovacionado, em uma espécie de convulsão coletiva.
 
 
 
“Abram caminho que seu Chiquinho da Farmácia desmaiou”, gritava um senhora, em Upanema (RN). Ao lado dela, dona Josefa Rodrigues da Silva, 65, aos prantos, mal conseguia falar. Só conseguia repetir “ele foi muito bom”. As crianças são vestidas com as melhores roupas, e os adultos, na maioria dos casos, saem de vermelho para receber o petista.

Apesar do clima de comoção, a adoração pelo ex-presidente, que muitos chamam de “pai”, tem um forte componente racional. Perguntados pela reportagem sobre o sentimento que têm pelo petista, todos recordam do legado de seu Governo, o antes e depois de Lula, para justificar a emoção. “Antes dele a gente aqui nunca tinha passado por uma porta do banco”, contou Maria Lúcia Rodrigues, 62, em Quixadá (CE). “Ele deu crédito para os pobres, ninguém mais fez isso”.


Em Marcolândia (PI), uma multidão esperava pelo ato político começar debaixo de um sol a pino. “Olha ele lá em cima, pai”, disse Maria dos Prazeres ao pai, seu João Bazilo, 78, um homem forte, com cara de turrão. Assim que viu Lula no palco, seu João rompeu o choro. “Desde 89 que meu pai briga com a televisão por causa do Lula”, conta a filha. “No dia do impeachment [da ex-presidenta Dilma Rousseff], ele teve que tomar calmante”. Vendo o choro de um homem daquele tamanho, a equipe da caravana levou seu João para abraçar o ex-presidente. Dado o abraço, seu João proferiu apenas uma frase: “Ele é forte, né?”, e desabou a chorar de novo.
Com 71 anos, o ex-metalúrgico ficou rouco durante a caravana, em decorrência de um resfriado que pegou na primeira parte da jornada e das exaustivas vezes em que pegou um microfone para falar. No Ceará, levou mais de dez horas entre Quixadá e Juazeiro do Norte, depois de parar oito vezes na estrada, para ser recebido por seus eleitores. Em condições normais, a viagem duraria cinco horas. Apesar disso, não perdeu o bom humor. “Não fala muito ‘eu te amo’, porque eu tô solteiro, hein”, disse, em Upanema (RN), depois de ouvir a declaração de uma eleitora.

Sabendo da sua legião de eleitores, o pré-candidato do PT à presidência usou seu discurso para tentar reacender uma militância feita, em partes, de pessoas que se esconderam após assistir aos casos de corrupção envolvendo o partido. “Toda vez que vocês acharem que nenhum político é honesto, ainda assim vocês não podem desanimar”, disse, em Teresina (PI). “Não dá pra vocês ficarem tomando Coca-Cola e dizendo que ninguém presta. Vocês são a política”, bradou, sob aplausos.

Preparando-se para o pior, repetiu algumas vezes ao longo da viagem que se não puder ser candidato em 2018, indicará alguém para cumprir a tarefa. Em 2010, o metalúrgico foi o holofote de sua candidata,
Dilma Rousseff, que levou as eleições presidenciais e acabou por se reeleger em 2014. O mesmo ocorreu em São Paulo em 2012, quando Lula lançou a candidatura de Fernando Haddad à prefeitura da cidade. Os tempos eram outros, a Operação Lava Jato ainda não existia e o PT não era um dos protagonistas dos casos de corrupção envolvendo a Petrobras. Mas o apadrinhamento foi um fator importante para essas candidaturas.

Ainda não é possível medir a influência de Lula sobre um outro candidato em todas as regiões do país. Mas em muitos lugares do Nordeste, seus eleitores prometem ser fiéis às vontades do ex-presidente. “Se Lula mandar eu votar em um cachorro, eu voto”, disse o sargento do Corpo de Bombeiros de Mossoró (RN), Sandoval Dantas, 36. Ele afirma ter se formado em Direito com a ajuda do Prouni e diz que sua casa foi construída graças ao Minha Casa Minha Vida. “Se eu tenho um carro, uma casa, posso me vestir assim”, diz ele, de camiseta polo, calça jeans e tênis, “é por causa dele. Por isso, se ele mandar eu votar num periquito, eu voto”.