Desse valor, cerca de dois terços dos gastos estão relacionados somente à quimioterapia e, com o avanço nos tratamentos e o aumento no número de novos casos da doença, a expectativa é que os gastos também saltem.
Segundo o Instituto Oncoguia, projeções indicam que, entre 2010 e 2030, o investimento mundial em tratamentos oncológicos deve subir de US$ 290 bilhões para US$ 458 bilhões.
O problema é que, apesar do alto investimento e dos avanços na medicina, o acesso a tratamentos de ponta é extremamente desigual.
Segundo pesquisas, países ricos apresentam a maior incidência de casos de câncer. Porém, mesmo assim, 70% das mortes pela doença ocorrem em locais onde a renda é média e baixa.
Isso pode ser atrelado ao custo dos tratamentos oncológicos, especialmente os de ponta. No caso da terapia-alvo, por exemplo, tratar um único paciente pode chegar a custar R$ 600 mil. Na imunoterapia esse valor é anual.
Mas, o Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre o tratamento oncológico?
Sim! Porém, é importante levar em consideração a relação entre a demanda por tratamento e os limites impostos pelo orçamento público.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano de 2019, 150 milhões de brasileiros dependiam do SUS, número que correspondia a mais de 70% da população inteira na época.
Em um levantamento realizado pelo pesquisador André Medici com dados do Ministério da Saúde, em 2005, os gastos com tratamento cirurgias, quimio e radioterapia totalizaram R$ 1.128,6 bilhões no Brasil.
Em 2014, os gastos com as mesmas coisas chegaram a R$ 2.496 bilhões.
Outro levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que considerou gastos com cirurgias oncológicas, radioterapia, quimioterapia e iodoterapia do CD, indicou que o país gastou R$ 470,05 milhões em 1999, R$ 1.569 bi em 2009 e R$ 3.280,25 bi em 2015.
Apesar do alto investimento, a demanda por atendimento é muito alta e, como resultado, o paciente fica por meses ou até mesmo anos em uma fila de espera. Quando a terapia finalmente é disponibilizada, já é tarde demais.
Como ficam os pacientes que têm plano de saúde?
De acordo com a Lei dos Planos de Saúde (nº 9.656), a operadora deve custear o tratamento das doenças elencadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), da Organização Mundial de Saúde (OMS).
O acesso ao tratamento é um direito do paciente.
Esse é o caso do câncer, que deve ser tratado pelo plano de saúde mediante prescrição médica.
Contudo, mesmo sendo um direito do paciente, a cobertura do tratamento oncológico é um alvo recorrente das negativas das operadoras de saúde. Com isso, muitos pacientes são impedidos de realizar o tratamento pois não têm como custear a terapia particular.
É possível reduzir o preço do tratamento do câncer?
O câncer é dividido em estágios conforme a gravidade e progressão da doença:Estágio 0: também chamado de carcinoma em situ, é o estágio em que a doença está restrita à área inicial onde apareceu;
Estágio 1: estágio de desenvolvimento inicial do tumor na área de início, ainda sem comprometimento linfático;
Estágio 2: o câncer começa a se espalhar pelo tecido inicial ou por mais de um tecido, já com comprometimento linfático;
Estágio 3: carcinoma localmente avançado, espalhado por mais de um tecido e causando comprometimento linfático;
Estágio 4: metástase à distância (se espalhando para outros órgãos ou todo o corpo);
Estágio 5: fase terminal.
De acordo com uma pesquisa financiada pelo Tribunal de Contas da União, no ano de 2010, 60,5% dos casos de câncer diagnosticados no Brasil já estavam nos estágios 3 e 4, fase em que os custos do tratamento costumam ser entre 60% e 80% maiores que nos estágios 1 e 2.
Segundo um estudo realizado em 2016 com dados do Datasus, o custo do tratamento oncológico cresce conforme a doença se agrava. Isso porque, em estágios tardios, são utilizados tratamentos mais intensos e, consequentemente, mais caros.
Outro estudo, realizado pela UNIMED de Belo Horizonte entre 2008 e 2010 com 447 pacientes, o custo do tratamento dos pacientes diagnosticados em estágio avançado, que foi de 35 milhões de dólares, seria de apenas 5 milhões de dólares caso a doença fosse detectada na fase inicial.
Com base nisso, entende-se que a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer podem fazer uma grande diferença nos gastos com tratamento.
Como evitar ter o câncer.
Para evitar ter essa doença é importante tomar certos cuidados antes que essa doença venha a encontrar espaço para se desenvolver dentro de nós.
01 - Primeira providência.
Evite ter tristezas profundas, ódio e grandes abalos emocionais e quando os tiver (Porque em alguns casos são inevitáveis) saiba supera-los, buscando conforto espiritual.