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quarta-feira, 19 de março de 2008

OS ESTADOS UNIDOS ESTÃO FALIDOS - A QUESTÃO É APENAS DE QUANDO ISSO VIRÁ A TONA.


Rudo de Ruijter,Investigador independente - Holanda


http://babylontoday.com/national_debt_clock.htm ==> Placar da Dívida externa Americana




Aqueles que utilizam o dólar fora dos Estados Unidos pagam permanentemente uma contribuição àquele país. Esta consiste numa inflação de 1,25 milhão de dólares por minuto. É o resultado do crescimento rápido da dívida externa dos Estados Unidos. A metade das suas importações é simplesmente acrescentada à dívida externa e é paga pelos detentores de dólares no estrangeiro através da inflação.

Além disso, estes detentores não parecem conscientes de que o curso do dólar não passa de uma fachada fracturada. Se não compreenderem o que ainda a retém de pé, arriscam-se a que esta lhes caia na cabeça de surpresa.

Entretanto, bem camuflado, o dólar está no centro de diversos conflitos dos Estados Unidos.



CONTEUDO DESSA MATÉRIA


1. Procura mundial de dólares
2. Compras gratuitas pelos Estados Unidos
3. Falidos e ainda assim continuam
4. Reservas de dólares do Japão e da China
5. Conflitos camuflados
6. Como se roubam reservas de petróleo?
7. Euro versus dólar
8. Células cancerígenas verdes

1. Procura mundial de dólares

Até 1971: dólar = ouro

Até 1971 cada dólar Americano representava um peso fixo em ouro. Os Estados Unidos dispunham de enormes reservas de ouro, que cobriam a totalidade da quantidade de dólares posta em circulação. Quando bancos estrangeiros tinham mais dólares do que pretendiam, podiam trocá-los por ouro. Esta era a razão mais importante porque o dólar era aceite por toda a parte do mundo.

A partir de 1971: o petróleo da OPEP é pago em dólares

Em 1971, o valor do dólar foi separado do peso fixado em ouro. De facto, isto foi uma medida da aflição do presidente Nixon. A guerra do Vietnam havia esvaziado os cofres do Estado. Os Estados Unidos haviam impresso mais dólares do que o permitiam as suas reservas de ouro. Desde então, o valor do dólar é determinado pela lei da oferta e da procura nos mercados de câmbio.

Nesta época os Estados Unidos ainda produziam bastante petróleo para o seu consumo próprio. Para proteger suas empresas petrolíferas, haviam instaurado limitações às importações de petróleo. Em contra-partida do levantamento destas limitações, os países da OPEP prometiam não mais vender o seu petróleo senão em dólares. Na época o dólar já era a moeda mais utilizada no comércio mundial. Portanto, nada de especial?

Todos os países têm necessidade de dólares

A partir de 1971, todos aqueles que desejam importar petróleo devem antes comprar dólares.
[1] É aqui que começa a festa para os Estados Unidos. Quase todo o mundo tem necessidade de petróleo, portanto todo o mundo quer dólares.

Os compradores de petróleo do mundo inteiro dão os seus yens, coroas, francos e outras moedas. Em troca recebem dólares, com os quais podem comprar petróleo nos países da OPEP. A seguir, os países da OPEP vão gastar estes dólares. Poderão naturalmente fazer isso nos Estados Unidos, mas também em todos os outros países do mundo. Com efeito, todo o mundo quer dólares, pois todo o mundo terá novamente necessidade de petróleo.



2. Compras gratuitas pelos Estados Unidos

Neste comércio de petróleo, há necessidade de uma quantidade importante de dólares. Muitos destes dólares não servem senão no ciclo no exterior dos Estados Unidos, ou seja, entre os outros países do mundo e os países da OPEP.

A princípio não existiam suficientes dólares para isso. Eles deviam ser impressos nos Estados Unidos. [2] Isso lhes custava papel e tinta verde. A seguir, estes dólares deviam ser postos à disposição no estrangeiro, nos lugares onde os compradores de petróleo dele tinham necessidade. E é aqui que se chega ao lucro gigantesco. Com efeito, não existe senão um modo de colocar estes lindos bilhetes novos à disposição no estrangeiro: os Estados Unidos vão fazer compras com eles. E uma vez que esta quantidade de dólares fica em uso permanente no estrangeiro, os Estados Unidos nada fornecem em troca. As suas compras portanto são gratuitas!

Estas compras gratuitas perpetuam-se. Uma vez que são precisos mais dólares no comércio de petróleo, pela subida de preços ou de volumes, estes são benefícios para os Estados Unidos. Isto não se limita aos crescimentos no comércio de petróleo, pois vale igualmente para a utilização do dólar no resto do comércio mundial. A globalização, o livre comércio mundial, a privatização mundial dos serviços públicos, como por exemplo os serviços de gás, água, electricidade, telefone e transportes públicos, devoram quantidades enormes de dólares. São sempre mais dólares que desaparecem nos quatro cantos do mundo. E em primeiro lugar isto significa sempre compras gratuitas para os Estados Unidos!

Dívida

Evidentemente, isto implica que os Estados Unidos criam dívidas com todas estas compras gratuitas. Pois um dia o estrangeiro poderia vir fazer compras nos Estados Unidos com todos estes dólares e então, finalmente, os Estados Unidos deveriam fornecer alguma coisa em troca.

Balança comercial

Para não correr risco, os Estados Unidos deveriam ter o cuidado de manter o equilíbrio entre as suas importações e as suas exportações. A partir de 1971, data em que uma quantidade acrescida de dólares fora posta em circulação, só em 1972 as vendas ultrapassaram as compras. A seguir começou a descida e os Estados Unidos vivem cada vez mais pendurados no resto do mundo. [3]

Só no ano 2004, o défice na balança comercial foi de 650 mil milhões de dólares! [4] Numa população de 300 milhões, isto quer dizer que cada cidadão dos Estados Unidos comprou 2.167 dólares de mercadorias estrangeiras, pelas quais não pagou.

Face a este défice da balança comercial, não houve melhoria na balança de pagamentos. A dívida externa dos Estados portanto aumentou em 650.929.500.000 dólares num ano. Isto equivale a 1,25 milhão de dólares por minuto!

O défice do comércio externo dos Estados Unidos é mais importante no seu comércio com a China (162 mil milhões de dólares), o Japão (76), o Canadá (66), a Alemanha (46), o México (45), a Venezuela (20), a Coreia do Sul (20), a Irlanda (19), a Itália (17), a Malásia (17). [5]

O curso do dólar

Qualquer outro país que compra mais do que vende verá diminuir o valor da sua moeda. Quando não se pode comprar grande coisa com uma moeda, a procura baixa, tal como o seu curso no mercado de câmbios. Mas o que vale para os outros países não vale para os Estados Unidos. O mundo inteiro tem tanta necessidade de dólares para comprar petróleo que há sempre procura.

Os Estados Unidos consomem ¼ da produção mundial de petróleo. Quando o curso do dólar ascende, unicamente o preço para os outros ¾ dos consumidores de petróleo é que sobe. Para os Estados Unidos o preço não se move.

Quando o preço da OPEP sobe, é preciso acrescentar dólares ao ciclo. Se o consumo permanece o mesmo, eles podem ser impressos e acrescentados à circulação, sem que o curso do dólar baixe.

Em 2004 os Estados Unidos produziam a metade do petróleo que consumiam, a outra metade (1/8 do consumo mundial de petróleo) era importada. De todos os dólares suplementares que são necessários aquando de um aumento dos preços da OPEP, 7/8 são portanto necessários no exterior dos Estados Unidos. A cada aumento dos preços do petróleo os Estados Unidos podem financiar o seu próprio aumento do sobrecusto graças a bilhetes novos e, simultaneamente, fornecer sete vezes mais dólares ao estrangeiro. Portanto, mais uma vez, fazer compras gratuitas e criar dívidas suplementares (a dependência das importações de petróleo aumenta rapidamente; em 2006 os Estados Unidos já deviam importar 60 por cento do seu consumo).

Os Estados Unidos dispõem de quantidades de truques de prestidigitação para manter o curso do dólar. Quando, no estrangeiro, a utilização do dólar aumenta, basta-lhe esperar um pouco para reagir à procura acrescida para ver o curso subir. Os Estados Unidos podem pôr mais dólares em circulação quando o curso sobe demasiado. Podem recomprar dólares eles próprios quando a procura baixa. Por exemplo: vendendo obrigações, como títulos do Tesouro. Para os Estados Unidos isto entretanto implica despesas: os juros. Todos estes juros reunidos já são de tal forma elevados que eles devem fazer sempre novos empréstimos para pagá-los. A dívida dos Estados Unidos cresce cada vez mais rapidamente.


3. Falidos e ainda assim continuam

Em
http://www.babylontoday.com/national_debt_clock.htm pode ser vista a última cifra da dívida e a rapidez com que ela ascende por segundo… 45% desta soma é devida a credores estrangeiros. A dívida externa é de tal forma elevada que os Estados Unidos já não podem reembolsá-la. Os Estados Unidos estão falidos.

Apesar disso os dólares são comprados e vendidos como antes. Para as compras de gás e de petróleo, eles são sempre necessários. Enganado pelo curso do dólar, que parece de boa saúde, o comércio mundial continua a fazer os seus negócios em dólares. Business as usual? Seguindo a lógica habitual da economia, um curso mais baixo deveria conduzir a mais exportações e menos importações. É porque os compradores estrangeiros podem comprar menos caro. Entretanto, enquanto os vendedores estrangeiros forem bastante loucos para aceitarem dólares, não é um problema para os Estados Unidos emitir um pouco mais destes bilhetes verdes. Dar alguns dólares a mais por peúgas chinesas ou por artigos electrónicos do Japão? Não há problema algum. Os Estados Unidos deixam simplesmente que a sua dívida externa suba um pouco mais rápido. Mais dólares para um mesmo artigo significa inflação. E 1% de inflação significa ao mesmo tempo que o valor da dívida já existente diminui 1%. Portanto, os Estados Unidos não têm qualquer interessem em travar suas importações.

No comércio do petróleo, uma baixa do dólar é geralmente seguida da sua consequência lógica. A longo prazo os exportadores de petróleo não aceitarão um valor menor pelas suas vendas. Se o curso do dólar baixa 10%, é quase certo que os preços do petróleo aumentarão 10% de modo a que o valor permaneça pelo menos idêntico.

Se não houver mais necessidade de dólares para comprar petróleo, o resto do mundo não terá nenhuma vantagem em continuar a servir-se do dólar. Apenas desvantagens. O dólar não representa mais equivalência em ouro e a dívida externa gigantesca conduzirá à consequência lógica: o curso do dólar cairá. E quando os estrangeiros não aceitarem mais dólares, os Estados Unidos não poderão mais imprimi-los para viver às custas do resto do mundo. Não poderão mais manter o seu exército custoso. Perderão a sua influência.

Dissolução da dívida

A queda do dólar terá um efeito secundário miraculoso para os Estados Unidos. Quando o dólar já não valer mais nada, a dívida externa terá ao mesmo tempo desaparecido. Com efeito, esta é composta de dólares que se encontram no estrangeiro. No limite, atingirão o valor do papel velho. Mas ai! A queda do dólar será igualmente acompanhada pela falência de bancos, empresas e organizações internacionais, cujo destino está ligado ao do dólar.

4. Reservas de dólares do Japão e da China

Um grupo importante de compradores de dólares é constituído pelos bancos centrais dos diferentes países. Os bancos centrais guardam reservas estratégicas. São reservas em moeda estrangeira, com as quais estes bancos podem recomprar a sua própria moeda, se porventura grandes quantidades forem propostas nos mercados de câmbio. Assim, eles podem impedir que o curso da sua moeda caia. Eles guardam estas reservas na moeda mais aceite do mundo, até agora o dólar. Mas na China, no Japão, e igualmente em Formosa e na Coreia do Sul, estas reservas de dólares subiram muito acima do que é estrategicamente necessário. [6]

Não é tanto porque estes bancos gostem de guardar os dólares, ao contrário. Estes países exportam muito e, em consequência, massas de dólares afluem para eles. Elas devem ser trocadas contra a moeda local para pagar os trabalhadores e as matérias-primas. Se a procura de dinheiro local empurra o seu curso para o alto, os produtos tornam-se mais caros para o estrangeiro. Assim, para não por em perigo a posição exportadora do país, os bancos centrais tentam manter o curso da moeda estável. E é por isso que compram dólares maciçamente, evitando assim que o curso da sua própria moeda aumente.

Para estes países isto é um grande problema. Por todos estes dólares armazenados, os bancos centrais emitem dinheiro local. Portanto, de facto, os trabalhadores recebem inflação em troca dos seus produtos exportados. [7]

Desta maneira exportam trabalho e matérias-primas em troca de nada. Para os bancos centrais, estes dólares rendem quase nada. Os dólares certamente podem ser trocados por obrigações, como os títulos do Tesouro, e render algum juro. Mas mesmo estes juros não pagam definitivamente senão a si próprios, uma vez que os Estados Unidos pagam-nos simplesmente com um novo aumento da sua dívida externa.

Durante este período, o valor de todos estes dólares armazenados é tributário das flutuações de curso nos mercados de câmbio. E além disso, devido à dívida externa gigantesca dos Estados Unidos, o dólar ameaça implodir a qualquer momento. Estes bancos centrais estão encalhados entre a necessidade de se desfazerem destas reservas de dólares, a necessidade de comprarem dólares para manterem o curso da sua própria moeda e, eventualmente, de comprar dólares quando o curso do mesmo arrisca-se a cair nos mercados mundiais de câmbio. Enquanto isso, os Estados Unidos deixam subir a sua dívida externa cada vez mais rapidamente. Por quanto tempo pode isto ainda continuar?

Peritos do Asian Development Bank estimam que o curso do dólar deveria descer de 30% a 40%. [8] Tamanha baixa comporta o risco de que um número importante de bancos e empresas vendam os seus dólares rapidamente e que mesmo os bancos centrais não queiram ou não possam mais impedir a queda total do dólar. Aquele que vende os seus dólares em primeiro lugar safa-se, quem espera não tem senão de calcular as suas perdas.

5. Conflitos camuflados

Para manter a procura permanente de dólares, as vendas de petróleo devem continuar em dólares. É por isso que os Estados Unidos tentam manter a maior influência possível, por um lado sobre o mercado do petróleo, pelo outro sobre os dirigentes locais. Deste modo asseguram simultaneamente o seu aprovisionamento em petróleo. E, para os dirigentes locais, há contratos lucrativos a obter com os quais se pode apropriar de um máximo de benefícios na produção de petróleo.

O medo ganha sempre à razão

Mas quando estes dirigentes locais não quiserem mais vender seu petróleo em dólares, os Estados Unidos terão um problema. Neste caso, o presidente dos Estados Unidos não explicará quanto o seu país é dependente da procura de dólares. O conflito será, pois, sempre camuflado. Para isso, sistematicamente, será escolhido um tema emocional. Outrora era o perigo comunista, hoje é o perigo terrorista, fundamentalista e outros medos populares tais como "o inimigo tem armas de destruição maciça" ou "o inimigo tenta fabricar armas nuclares". Que, racionalmente, não exista qualquer prova é sem importância. As emoções dominarão sempre. Mesmo o facto de as acusações serem invertidas, com provas para demonstrar, não é notado por quase ninguém: os Estados Unidos têm armas de destruição maciça e já as utilizaram; os Estados Unidos têm armas nucleares e já as utilizaram. Em 2006 ainda ameaçaram fazer uso delas. Mas, mais uma vez, a partir do momento em que as acusações são vertidas emocionalmente, o ser humano desliga sua inteligência. A razão já não é um argumento para manter a paz. O teatro já não se concentra senão em torno das acusações. E uma vez que nenhum especialista de armas de destruição em massa ou de armas nucleares tem a palavra, praticamente ninguém descobre o problema real dos Estados. Façamos uma ronda para ver alguns conflitos mais de perto.

A Venezuela

Na Venezuela os Estados Unidos tentam há vários anos fazer cair o presidente Chavez, com o pretexto de que é um perigoso comunista. Chavez nacionalizou a indústria do petróleo [8a] e exporta uma parte do óleo em transações por troca, como por exemplo petróleo contra os cuidados médicos de Cuba. Nas transações de troca não há necessidade de dólares e assim os Estados Unidos não podem lucrar.

O Iraque

Até 1990 os Estados Unidos tinham contactos comerciais lucrativos com Saddam Hussein. Saddam era um bom aliado, pois em 1980 havia tentado libertar o pessoal da embaixada dos Estados Unidos em Teerão. Em 1989, Saddam acusava o Kuwait de inundar o mercado de petróleo e fazer cair os preços. Em 1990, Saddam anexava o Kuwait. Isto provocou uma viragem imediata na atitude dos Estados Unidos. Com a anexação do Kuwait, Saddam dispunha de 20% das reservas mundiais de petróleo. Os iraquianos são portanto expulsos do Kuwait pelos Estados Unidos, apoiados por uma coligação de 134 países, e postos a pão e água durante dez anos no quadro de um embargo das Nações Unidas.

Apesar de os Estados Unidos terem sonhado durante anos com uma maneira de restabelecer a sua influência no Iraque, a passagem de Saddam ao euro, em 6 de Novembro de 2000 [9] , devia tornar a guerra inevitável. O dólar afundava e em Julho de 2002 a situação tornava-se de tal como crítica que o Fundo Monetário Internacional advertia que a divisa dos EUA arriscava-se a soçobrar. [10] Alguns dias depois, em Downing Street (Londres), eram discutidos os planos de ataque. [11] No mês seguinte, o vice-presidente Cheney proclamava que doravante era certo que o Iraque dispunha de armas de destruição em massa. [12] Utilizando este pretexto, os Estados Unidos invadiram o Iraque a 19 de Março de 2003. Dia 5 de Junho 2003 restabeleciam as vendas do petróleo iraquiano em dólares. [13]

O Irã

Com o Irã, os Estados estão em conflito desde 1979, quando perderam influência sobre a sua produção de petróleo. Segundo os Estados Unidos, o Irã é um país de fundamentalistas perigosos.

A posição geográfica do Irã, entre o Mar Cáspio e o Oceano Índico, complicava as ambições dos Estados Unidos quanto à exploração das ricas reservas de gás e de petróleo da margem leste do Mar Cáspio. Para transportar este gás e este petróleo com destino aos mercados mundiais, sem passar pela Rússia ou o Irã, deviam ser construídos pipelines através do Afeganistão. Isto resultou em vários conflitos de interesse com o Irão. George W. Bush ia usar a presença de Osama bin Laden como pretexto para começar uma guerra contra o Afeganistão. [14]

Em 1999 o Irã anunciava publicamente que estava igualmente pronto a aceitar euros pelo seu petróleo. O Irã vende 30% do seu petróleo à Europa, o resto sobretudo à Índia e à China, e nem uma gota aos Estados Unidos após o embargo que os próprios Estados Unidos estabeleceram. Apesar das ameaças de Bush, que mencionava o país no seu famoso "eixo do mal", o Irã começou a vender petróleo em euros a partir da primavera de 2003.

A seguir o Irã queria também estabelecer a sua própria bolsa de petróleo, independente do IPE e do NYMEX. Ela devia abrir as portas a 20 de Março de 2006. Tendo em conta a fraqueza do dólar nesta época, um êxito desta bolsa conduziria ao desastre do dólar e portanto dos Estados Unidos. No princípio de 2006 as tensões cresceram seriamente. [15]

Finalmente, a abertura da bolsa foi retardada. Rapidamente, o presidente Putine abriu então uma bolsa na Rússia, o que fazia com que esta bolsa iraniana perdesse interesse. [16] [17] [18]

Os Estados Unidos acusam o Irã de pretender fabricar bombas nucleares. Isto não é novo. O Irã e outros países árabes sentem-se efectivamente ameaçados pelo arsenal nuclear de Israel, que não é membro do Tratado de Não Proliferação. Em 1981 Israel havia bombardeado a central nuclear quase pronta de Osirak, no Iraque. Desde então, vários países árabes pensam em munir-se de armas nucleares para contrapor-se à ameaça israelense. [19]

Pode parecer estranho que um país dispondo de petróleo queira energia nuclear. O Irã exporta petróleo bruto, mas importa produtos petrolíferos refinados. Estes são necessários para a iluminação, o aquecimento, o transporte e a indústria da sua população em crescimento. Para muitos iranianos, o preço real destes produtos seria demasiado elevado. É por isso que são vendidos barato, com perdas para o Tesouro iraniano. A passagem à electricidade deve proporcionar energia a todo o país a um preço comportável. O Irã tem necessidade dos rendimentos destas exportações de petróleo a fim de financiar as importações dos muitos outros produtos de que o país tem necessidade.

As centrais iranianas parecem um alvo privilegiado para os seus adversários. Se elas fossem destruídas, o Irã deveria consumir seu petróleo ao invés de exportá-lo em euros. Ultimamente, o responsável da AIEA, El Baradei, advertiu estes adversários para não atacareem as centrais iranianas. [20]

Hoje, tomando o Irã como pretexto e como teste, foi tramado um golpe duplo. Juntamente com os outros países dotados de armas nucleares, mais a Alemanha e o Japão, os Estados Unidos querem apossar-se do mercado mundial dos combustíveis para centrais nucleares. Com este plano, a procura de dólares seria assegurada por um longo período, mesmo para além do ninho do petróleo. [21]

A Rússia

Desde 2006 a Rússia também virou as costas ao dólar. [22] Ao vender o excedente de dólares aos bancos centrais, o presidente Putine teve o cuidado de que isto não tivesse consequências sobre o curso do dólar. Entretanto, a base para procura mundial de dólares diminuiu bastante. Os Estados Unidos têm necessidade da Rússia para o assalto ao mercados dos combustíveis nucleares, portanto as represálias parecem pouco prováveis.


6. Como se roubam reservas de petróleo?

Ainda há um outro aspecto quanto ao abuso do dólar. Durante as manifestações contra a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, a maior parte dos manifestantes compreendia que não se tratava de armas de destruição em massa. O Iraque tem a segunda maior reserva de petróleo do mundo. Os manifestantes percebiam que os Estados Unidos estavam em busca do petróleo iraquiano. É verdade, mas como se podem roubar reservas de petróleo que se encontram debaixo da terra e são tão gigantesca que não se pode levá-las?

Faz-se isso com a moeda. Ao impor que este petróleo não fosse vendido senão em dólares, os Estados Unidos tornaram-se de uma penada seus proprietários. Os Estados Unidos são os únicos que têm o direito de imprimir dólares e poderão dispor deles livremente a qualquer momento. Os outros países que quiserem comprar petróleo do Iraque devem primeiro comprar dólares. De facto, é neste exacto momento que eles o pagam aos Estados Unidos. Os dólares que compram são direitos para receberem uma certa quantidade de petróleo (como no Ikea quando se compra um móvel: primeiro paga-se na caixa e recebe-se um documento, com este papel pode-se buscá-lo na porta de mercadorias atrás da loja). Os dólares portanto são documentos para petróleo. E como todo o mundo tem sempre necessidade de petróleo, todo o mundo quer destes documentos.

A passagem ao euro de Saddam Hussein, no princípio de Novembro de 2000, não era portanto apenas um ataque ao curso do dólar, mas implicava igualmente que os Estados Unidos não mais poderiam dispor livremente da segunda maior reserva de petróleo mundial. Os Estados Unidos deveriam comprar euros para delas dispor. Desde o restabelecimento da venda em dólares do petróleo iraquiano, a 5 de Junho de 2003 [23], os Estados Unidos têm novamente, pelo menos financeiramente, a livre disposição do petróleo iraquiano. Mas ainda é preciso homens de palha à frente do país e impedir que o comércio do petróleo iraquiano não vire outra vez as costas para o dólar. Isto é mais fácil de dizer do que de fazer.

A economia do dólar

A economia do dólar não se limita às fronteiras dos Estados Unidos. Não há apenas as reservas de petróleo etiquetadas em dólares a dela fazer parte. Igualmente as empresas, bancos e investimentos pagos em dólares dela participam, pouco importa onde se encontrem. São como ilhotas da economia do dólar. Os benefícios e dividendos retornam aos seus proprietários. Aliás, o valor destes investimentos é influenciado pelo curso da troca do dólar. Os vendedores de petróleo, que vendem em dólares, são actores na economia do dólar e comportam-se geralmente como perfeitos representantes dos interesses dos Estados Unidos. Consideram do seu
próprio interesse.

7. Euro versus dólar

O euro está cotado desde Janeiro de 1993. Em Junho de 2005 o curso era o mesmo do momento da sua introdução: US$ 1,22. A nova moeda já experimentou flutuações múltiplas durante a sua curta vida. A partir de 1998 o euro afundava-se cada vez mais, até que Saddam Hussein passe ao euro. Apesar de o comércio de petróleo iraquiano ter sido restabelecido em dólares em Junho de 2003, o avanço do euro continuava. O Irã havia começado a vender o seu petróleo em euros.


O euro tornou-se uma pequena moeda mundial. Entre Julho de 2004 e Julho de 2005, a parte do dólar no comércio mundial desceu de 70% para 64%. Um pouco menos destes 64% referem-se à parte dos Estados Unidos no comércio mundial. Mas se o euro quiser tornar-se tão importante quanto o dólar, ainda tem muito caminho a percorrer.

Euro: mesmas desvantagens que o dólar

Em princípio, o euro apresenta os mesmos riscos do dólar. Enquanto houver um motor permanente para uma procura de euros, como por exemplo vendas de petróleo em euros, a zona euro poderia fazer dívidas e deixá-las crescer infindavelmente.

Para evitar dívidas, a zona euro deveria guardar nos seus cofres uma quantidade equivalente em moedas estrangeiras no valor dos euros fora da Europa. Por que o faria? O truque da prestidigitação do crédito sem fim funciona sem problemas para os Estados Unidos já há mais de 30 anos!

Se os países produtores de petróleo venderem seus óleo em duas ou três divisas diferentes, como foi encarado, isto significa somente que os três países em causa poderão fazer o mesmo truque de prestidigitação que os Estados Unidos. A longo prazo isto multiplicaria os problemas por três. A única solução para isto seria que os países produtores de petróleo aceitassem todas as divisas existentes no mercado. Teerã já considerou aceitar mais do que uma única moeda. Passo a passo.


8. Células cancerígenas verdes

O facto de os Estados não não deixarem senão crescer a sua "dívida externa" e de chegarem até a utilizar a força militar para prolongar esta exploração faz com que não se possa mais falar de uma dívida externa normal, tal como aquela que se conhece no comércio internacional entre os demais países do mundo. No que se refere aos Estados Unidos, pode-se falar de roubo. Também se pode falar até mesmo de burla ou de taxa imperial que os Estados Unidos impõem aos utilizadores estrangeiros do dólar. Mas há mais.

Cada bilhete de dólar é um reconhecimento de dívida dos Estados Unidos, uma promessa de que entregarão alguma coisa em troca. Pela quantidade enorme destes reconhecimentos de dívida postos em circulação, os Estados Unidos não estão mais em condições de reembolsar as suas dívidas desde há muito tempo. Estão em falência. A obrigação de pagar o gás e o petróleo em dólares mantém uma procura permanente. O curso do dólar é entretanto mantido de modo artificial, como através do armazenamento dos dólares nos bancos centrais da China, do Japão, de Formosa e de outros países. Como isto significa um empobrecimento da população destes países e como os Estados Unidos fazem crescer a sua dívida externa cada vez mais rápido, chegará um momento em que estes bancos centrais terão de parar de armazená-los. A questão portanto não é de que o dólar deverá cair, e sim de QUANDO cairá.

Como o mundo está enganado com a aparente boa saúde do curso de câmbio, muitos operadores do comércio mundial ainda aceitam estes bilhetes que se aninham em todas as economias do mundo como células cancerosas. A questão é incontornável. Todas as economias infectadas serão arrastadas no dia em que a procura de dólares cair e o império dos Estados Unidos soçobrar.

terça-feira, 18 de março de 2008

UMA NOVA GRANDE DEPRESSÃO????

Após a segunda guerra Mundial com as potências Européias esfaceladas e o mundo dividido entra as novas duas super potências que surgiram, os Estados Unidos da América impuseram uma nova ordem econômica mundial.
Essa nova ordem econômica estabelecia que o Dólar passaria a ser a moeda de transação internacional. Tal pacto entre as nações ficou estabelecido no Acordo de BRETTON WOODS. Foi a REORDENAÇÃO ECONÔMICA DO MUNDO.

A reordenação econômica:
No plano econômico, foi realizada nos EUA a conferência de Bretton Woods em 1944, onde a potência norte-americana se valendo do fato de ter acumulado com o conflito cerca de metade da riqueza mundial impôs as regras do jogo. As principais medidas tomadas na conferência foram: a criação do padrão monetário dólar-ouro, em substituição do padrão ouro, vigente até aquele momento, e a criação de organismos internacionais importantes como Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), conhecido também como Banco Mundial, e do Fundo Monetário Internacional (FMI), ambos com sede em Washington nos EUA o que já demonstra a influência dos EUA nesses organismos.

Essas medidas visavam a reconstrução da economia mundial capitalista, mas com o acirramento da Guerra Fria, para garantir o sucesso da doutrina Trumman, os EUA lançou em 1947 o plano Marshall, a fim de reconstruir os países europeus destruídos pela guerra, e o Plano Colombo, na década de 50 para estimular o desenvolvimento dos países do sul e sudeste asiático.

Por sua vez a URSS criou o COMECON (Conselho de assistência Econômica Mútua), organização que tinha por objetivo estimular o desenvolvimento dos países socialistas aliados da URSS, através de ajuda dada por esse país, como o que aconteceu com CUBA.
Com a criação do BANCO mundial e do Fundo Monetário Internacional, os Estados Unidos passariam práticamente a adotar uma doutrina econômica que visava garantir a HEGEMONIA NORTE AMERICANA sobre o mundo.
Os Bancos Americanos passaram a oferecer empréstimos em Dólares aos países como o Brasil com elevado potencial para desenvolvimento, objetivando o endividamento desses países e posteriormente o seu necessário atrelamento à políticas ditadas pelo Banco Mundial e o FMI.
O Banco Mundial empresta àqueles países que ficam atrelados às suas orientações e às políticas de Washington. Os Bancos comerciais só rolam dívidas e emprestam àqueles que tem o aval dessas instituições.
No fundo tudo é um CLUBE. O CLUBE dos países capitalistas. Quem não está do lado deles e subserviente a eles está fora e portanto inviavel economicamente pois tudo fica entrelaçado dentro de uma rede intrincada de relações comerciais que dependem do aval dos principais organismos reguladores da economia Mundial.
Na verdade a economia Americana a muito está falida e só espera o momento de outra grande depressão. Será essa a hora?

AÇÕES DE BERNANKE NÃO DEVEM BASTAR PARA FREAR CRISE

Fonte:Paul Krugman (economista) Extraído do jornal `Folha de S.Paulo` de 15.03.08

Há quatro anos, um economista acadêmico chamado Ben Bernanke co-escreveu artigo técnico que poderia ter sido intitulado `Coisas que o Federal Reserve Poderia Tentar se Estivesse Em Desespero` -embora isso não fosse evidenciado por seu título real: `Alternativas de Política Monetária no Rumo Zero -Uma Pesquisa Empírica`.
Hoje, o Fed está desesperado de fato, e Ben Bernanke, na condição de seu presidente, está adotando algumas das sugestões do artigo. Infelizmente, porém, as ações do Fed de Bernanke -apesar de inéditas em seu alcance- provavelmente não bastarão para frear a espiral descendente da economia.
E, se meu palpite estiver correto, existe outra implicação disso: a economia desagradável da crise financeira não vai demorar a ter efeitos políticos também desagradáveis. Para compreender o que está acontecendo, é preciso saber um pouco sobre como a política monetária geralmente opera.
O poder econômico do Federal Reserve se baseia no fato de ele ser a única instituição autorizada a aumentar a chamada `base monetária`: folhas de papel verde portando retratos de presidentes mortos, somadas a depósitos que bancos privados mantêm no Fed e podem converter em papel verde a seu bel-prazer.
Quando o Fed fica preocupado com o estado da economia, reage, basicamente, imprimindo mais papel verde e usando-o para comprar títulos de dívidas de bancos.
Os bancos, então, usam o papel verde para conceder mais empréstimos, o que leva empresas e famílias a gastar mais, e a economia, a se expandir.
Esse processo pode ser quase mágico em seus efeitos: um comitê em Washington passa algumas instruções técnicas a uma corretora de negócios em Nova York, e, de uma hora para outra, a economia gera milhões de empregos.
Às vezes, porém, a mágica não funciona. E agora está sendo uma dessas vezes. Hoje em dia, é raro que uma semana passe sem recebermos a notícia de mais um desastre financeiro.
Parte disso é inevitável: não há nada que Bernanke possa ou deva fazer para impedir as pessoas que apostaram na alta eterna dos preços dos imóveis residenciais de perderem dinheiro.
Mas o Fed está tentando conter os prejuízos decorrentes do colapso da bolha imobiliária, impedindo-a de provocar uma recessão profunda ou de destruir mercados financeiros que nada tinham a ver com o setor imobiliário residencial.
Imprimir papel verdeAssim, Bernanke e seus colegas vêm fazendo o de costume: imprimir papel verde e usá-lo para comprar títulos de dívida.
Infelizmente, essa política não vem tendo muito efeito sobre as coisas que importam. Os juros sobre os títulos de dívida governamentais diminuíram -mas o caos financeiro faz com que os bancos não se disponham a assumir riscos, e está ficando mais difícil, e não mais fácil, para empresas contraírem empréstimos.
Como resultado, é quase certo que a tentativa do Fed de evitar a recessão tenha fracassado. E cada nova informação econômica -como a notícia de que as vendas no varejo caíram no mês passado- intensifica o medo de que a recessão seja profunda e prolongada.
Agora, então, o Federal Reserve adota uma das opções sugeridas no artigo de 2004, sobre coisas a fazer quando a política monetária convencional não estiver surtindo efeito.
Em lugar de seguir sua prática usual de comprar só dívida segura do governo americano, o BC norte-americano anunciou nesta semana que vai verter US$ 400 bilhões -quase metade das reservas disponíveis- em outras coisas, incluindo títulos de dívida garantidos -sim, é isso mesmo- por hipotecas residenciais. A esperança é que isso estabilize os mercados e ponha fim ao pânico.
Oficialmente o Federal Reserve não vai comprar diretamente os títulos lastreados por hipotecas -vai apenas aceitá-los como caução, em troca de empréstimos. Mas não há dúvida de que está assumindo algum risco com hipotecas. Será isso um socorro para os bancos, até certo ponto? Sim.
Mesmo assim, não é isso o que me preocupa. O que me preocupa é que, apesar da escala extraordinária da ação de Bernanke -que eu saiba, nenhum outro banco central de país adiantado já se expôs a tanto risco de mercado-, o Fed ainda não conseguirá controlar a economia.
A razão disso é que US$ 400 bilhões soam como muito dinheiro, mas ainda é pouco em vista das dimensões do problema.
De fato, os primeiros retornos sobre os mercados de crédito vêm sendo decepcionantes. Os indicadores de estresse financeiro, como o `TED spread` (não queira saber o que é), estão um pouco melhores do que estavam antes do anúncio do Fed mas não muito, e as coisas ainda estão muito longe de terem voltado ao normal.
Alternativa E se essa iniciativa fracassar? Tenho certeza de que Bernanke e seus colegas estão freneticamente ocupados estudando outras ações que poderiam adotar, mas há um limite ao que o Federal Reserve cujos recursos são limitados e cujo mandato não se estende ao resgate de todo o sistema financeiro pode fazer quando confrontado com o que, cada vez mais, está se configurando como uma das grandes crises financeiras da história. Caberá aos políticos decidir os próximos passos.
Houve tempo em que eu pensava que os maiores problemas que o próximo presidente enfrentaria seriam como sair do Iraque e o que fazer em relação à saúde. Nesse ponto, porém, desconfio de que o maior problema da próxima administração será decidir que partes do sistema financeiro socorrer, como pagar as contas para fazer a faxina da confusão criada e como explicar suas ações a um público enfurecido.

quinta-feira, 13 de março de 2008

BLU RAY e FULL HD


Mudanças nas nossas vidas à vista. A TV de alta definição definitivamente veio para ficar, porque é de uma qualidade surpreendentemente maior do que a Televisão atual, e os modelos que estão realmente preparados para receber as imagens em alta definição são as TVs que tem a especificcação FULL HD ou seja Alta definição total, são um pouco mais caras e são no momento minoria nas prateleiras da lojas especializadas. A maioria não tem a especificação FULL HD ou seja 1080 linhas de resolução.



Entretanto mudanças se verificam também em relação aos filmes que alugamos nas locadoras. Em breve não serão mais em DVD mas em BLU-RAY. Os players de BLU-RAY estão despencando de preço. Hoje já está sendo possível comprar um reprodutor de BLU-RAY por preços que variam entre 300 a 400 reais.


O concorrente do Blu-RAY que era o HD-DVD já foi à lona e assim como o BETAMAX que concorria com o VHS é uma tecnologia superada. BLU RAY é na verdade uma mídia que é capaz de armazenar 25 GIGABYTES de dados e por isso pode gravar filmes em alta resolução no padrão 1080 linhas. Essas mídias são ainda muito caras. Uma mídia virgem BLU RAY custa R$100,00 (Cem reais), mas a novidade é que já se está sendo possível baixar pela internet filmes em alta definição (BIT TORRENT e P2P), de tal forma que o interesse em comprar filmes muito caros no formato BLU RAY vem perdendo o interesse, já que é posível baixa-los pela Internet e grava-los em PEN DRIVES sem risco de se perder a mídia virgem e muito cara.


No entanto espera-se para breve a queda dos preços das mídias BLU-RAY com a produção em escala o que acontecerá a partir do momento que a mídia for se popularizando. Para isso algumas empresas estão baixando o preço com prejuizo para popularizar esse formato o que irá aposentar definitivamente primeiramente o CD e depois o DVD.


A importancia que tudo isso tem é que terá um impacto grande em nossas vidas no futuro, quando as imagens de hoje serão coisas do passado, como o é a TV preto e branco.


Carlos Roberto Honorio da Silva

segunda-feira, 3 de março de 2008

FAZENDO UP-GRADE NO SEU COMPUTADOR COM MIL REAIS

Quem tem um computador com barramento de vídeo AGP (com o respectivo SLOT AGP) e com memórias DDR, que são computadores muito comuns a cerca de um ano ou um ano e meio atrás, certamente estará desejando fazer um UP-GRADE ou seja uma atualização do seu computador, para um que tenha memórias DDR2 e placas de vídeo PCI EXPRESS.


Isso ocorre principalmente porque as memórias DDR2 estão atualmente mais baratas e são mais rápidas do que as memórias DDR, e as placas AGP estão deixando de ser fabricadas, pois o padrão melhor e mais rápido é o padrão PCI EXPRESS.


É bom se prevenir porque a indústria já está se preparando para lançar as memórias DDR3, e todas as vezes que se tem que fazer uma mudança desse tipo, há também necessidade de se mudar a PLACA MÃE do computador.


Além do mais os processadores estão chegando no limite de desempenho. A indústria hoje faz verdadeiros malabarismos para conseguir aumentar o desempenho dos processadores, e o máximo que consegue depois de exaustivos implementos é um aumento insignificante de desempenho.


É assim que os processadores de quatro núcleos não conseguem ser mais velozes do que os de dois núcleos e os de dois núcleos tem um desempenho apenas ligeiramente superior aos de um núcleo.


Isso ocorre porque quanto mais núcleos existem, mais o processador gasta energia e desempenho para fazer com que os diversos núcleos se entendam e conversem entre si. Esse é um verdadeiro processamento paralelo.







Uma série de gráficos comparativos pode ilustrar bem esse fenômeno em um teste comparativo.


No entanto aqui damos um orçamento para quem queira fazer um UP GRADE gastando MIL REAIS.





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PLACA MÃE: PC CHIPS MODELO: P17G
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ÓTIMO UPGRADE.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

OS EVANGELHOS BÍBLICOS


Os evangelhos que estão na Bíblia fazem parte de um conjunto muito maior de evangelhos. Foram selecionados no primeiro concílio da Igreja Católica, o CONCÍLIO DE NICÉIA convocado pelo primeiro imperador católico Constantino que adotou o Cristianismo que era uma doutrina que se propagava no mundo ROMANO dominado por volta do ano 300dc. Foi na verdade uma ação que teve fundo mais político do que realmente devocional. Até então os cristãos eram perseguidos e jogados aos Leões



Quais foram na verdade as tramas e os acontecimentos que envolveram esses fatos, e qual a autoridade que tinha a igreja católica para proclamar os livros escolhidos da Bíblia como os que realmente eram verdadeiros sendo até hoje considerados A PALAVRA DE DEUS?



Os primitivos cristãos ou seja aqueles que eram perseguidos não tinham essa Bíblia compilada pelos CATÓLICOS. Tinham sim um conjunto muito maior que até hoje está nos porões do VATICANO, mas cujas cópias circulam por todo o mundo. Encerram narrativas que mostram episódios da infancia de Jesus, e visões proféticas e apocalípticas, bem como os do velho testamento que narram episódios da vida dos Judeus.



Foram livros escritos por homens, dai não poderem ser considerados como a palavra de Deus, porém são o testemunho vivo de fatos importantíssimos que merecem estudo e reflexão.



Um Breve resumo Histórico dos Evangelhos Apócrifos



O CONCÍLIO DE NICÉIA


325 D.C – É realizado o Concílio de Nicéia, atual cidade de Iznik, província de Anatólia ( nome que se costuma dar à antiga Ásia Menor ), na Turquia asiática. A Turquia é um país euro-asiático, constituído por uma pequena parte européia, a Trácia, e uma grande parte asiática, a Anatólia. Este foi o primeiro Concílio Ecumênico da Igreja, convocado pelo Imperador Flavius Valerius Constantinus ( 285 - 337 d.C ), filho de Constâncio I. Quando seu pai morreu em 306, Constantino passou a exercer autoridade suprema na Bretanha, Gália ( atual França ) e Espanha. Aos poucos, foi assumindo o controle de todo o Império Romano.

Desde Lúcio Domício Aureliano ( 270 - 275 d.C ), os Imperadores tinham abandonado a unidade religiosa, com a renúncia de Aureliano a seus "direitos divinos", em 274. Porém, Constantino, estadista sagaz que era, inverteu a política vigente, passando, da perseguição aos cristãos, à promoção do Cristianismo, vislumbrando a oportunidade de relançar, através da Igreja, a unidade religiosa do seu Império. Contudo, durante todo o seu regime, não abriu mão de sua condição de sumo-sacerdote do culto pagão ao "Sol Invictus". Tinha um conhecimento rudimentar da doutrina cristã e suas intervenções em matéria religiosa visavam, a princípio, fortalecer a monarquia do seu governo.


Na verdade, Constantino observara a coragem e determinação dos mártires cristãos durante as perseguições promovidas por Diocleciano, em 303. Sabia que, embora ainda fossem minoritários ( 10% da população do império ), os cristãos se concentravam nos grandes centros urbanos, principalmente em território inimigo. Foi uma jogada de mestre, do ponto de vista estratégico, fazer do Cristianismo a Religião Oficial do Império : Tomando os cristãos sob sua proteção, estabelecia a divisão no campo adversário. Em 325, já como soberano único, convocou mais de 300 bispos ao Concílio de Nicéia. Constantino visava dotar a Igreja de uma doutrina padrão, pois as divisões, dentro da nova religião que nascia, ameaçavam sua autoridade e domínio. Era necessário, portanto, um Concílio para dar nova estrutura aos seus poderes.


E o momento decisivo sobre a doutrina da Trindade ocorreu nesse Concílio. Trezentos Bispos se reúnem para decidir se Cristo era um ser criado ( doutrina de Arius ) ou não criado, e sim igual e eterno como Deus Seu Pai ( doutrina de Atanásio ). A igreja acabou rejeitando a idéia ariana de que Jesus era a primeira e mais nobre criatura de Deus, e afirmou que Ele era da mesma "substância" ou "essência" ( isto é, a mesma entidade existente ) do Pai. Assim, segundo a conclusão desse Concílio, há somente um Deus, não dois; a distância entre Pai e Filho está dentro da unidade divina, e o Filho é Deus no mesmo sentido em que o Pai o é. Dizendo que o Filho e o Pai são "de uma substância", e que o Filho é "gerado" ("único gerado, ou unigênito", João 1. 14,18; 3. 16,18, e notas ao texto da NVI), mas "não feito", o Credo Niceno, estabelece a Divindade do homem da Galiléia, embora essa conclusão não tenha sido unânime. Os Bispos que discordaram, foram simplesmente perseguidos e exilados.


Com a subida da Igreja ao poder, discussões doutrinárias passaram a ser tratadas como questões de Estado. E na controvérsia ariana, colocava-se um obstáculo grande à realização da idéia de Constantino de um Império universal que deveria ser alcançado com a uniformidade da adoração divina.


O Concílio foi aberto formalmente a 20 de maio, na estrutura central do palácio imperial, ocupando-se com discussões preparatórias na questão ariana, em que Arius, com alguns seguidores, em especial Eusébio, de Nicomédia ; Teógnis, de Nice, e Maris, de Chalcedon, parecem ter sido os principais líderes. Como era costume, os bispos orientais estavam em maioria. Na primeira linha de influência hierárquica estavam três arcebispos : Alexandre, de Alexandria ; Eustáquio, de Antioquia e Macário, de Jerusalém, bem como Eusébio, de Nicomédia e Eusébio, de Cesaréia. Entre os bispos encontravam-se Stratofilus, bispo de Pitiunt ( Bichvinta, reino de Egrisi ). O ocidente enviou não mais de cinco representantes na proporção relativa das províncias : Marcus, da Calabria ( Itália ) ; Cecilian, de Cartago ( África ) ; Hosius, de Córdova ( Espanha ) ; Nicasius, de Dijon ( França ) e Domnus, de Stridon ( Província do Danúbio ). Apenas 318 bispos compareceram, o que equivalia a apenas uns 18% de todos os bispos do Império. Dos 318, poucos eram da parte ocidental do domínio de Constantino, tornando a votação, no mínimo, tendenciosa. Assim, tendo os bispos orientais como maioria e a seu favor, Constantino aprovaria com facilidade, tudo aquilo que fosse do seu interesse.


As sessões regulares, no entanto, começaram somente com a chegada do Imperador. Após Constantino ter explicitamente ordenado o curso das negociações, ele confiou o controle dos procedimentos a uma comissão designada por ele mesmo, consistindo provavelmente nos participantes mais proeminentes desse corpo. O Imperador manipulou, pressionou e ameaçou os partícipes do Concílio para garantir que votariam no que ele acreditava, e não em algum consenso a que os bispos chegassem. Dois dos bispos que votaram a favor de Arius foram exilados e os escritos de Arius foram destruídos. Constantino decretou que qualquer um que fosse apanhado com documentos arianistas estaria sujeito à pena de morte.


Mas a decisão da Assembléia não foi unânime, e a influência do imperador era claramente evidente quando diversos bispos de Egito foram expulsos devido à sua oposição ao credo. Na realidade, as decisões de Nicéia foram fruto de uma minoria. Foram mal entendidas e até rejeitadas por muitos que não eram partidários de Ário. Posteriormente, 90 bispos elaboraram outro credo ( O "Credo da Dedicação" ) em, 341, para substituir o de Nicéia. (...) E em 357, um Concílio em Smirna adotou um credo autenticamente ariano.


Portanto, as orientações de Constantino nessa etapa foram decisivas para que que o Concílio promulgasse o credo de Nicéia, ou a Divindade de Cristo, em 19 de Junho de 325. E com isso, veio a conseqüente instituição da Santíssima Trindade e a mais discutida, ainda, a instituição do Espírito Santo, o que redundou em interpolações e cortes de textos sagrados, para se adaptar a Bíblia às decisões do conturbado Concílio e outros, como o de Constantinopla, em 38l, cujo objetivo foi confirmar as decisões daquele.


A concepção da Trindade, tão obscura, tão incompreensível, oferecia grande vantagem às pretensões da Igreja. Permitia-lhe fazer de Jesus Cristo um Deus. Conferia a Jesus, que ela chama seu fundador, um prestígio, uma autoridade, cujo esplendor recaia sobre a própria Igreja católica e assegurava o seu poder, exatamente como foi planejado por Constantino. Essa estratégia revela o segredo da adoção trinitária pelo concílio de Nicéia.


Os teólogos justificaram essa doutrina estranha da divinização de Jesus, colocando no Credo a seguinte expressão sobre Jesus Cristo : “Gerado, não criado”. Mas, se foi gerado, Cristo não existia antes de ser gerado pelo Pai. Logo, Ele não é Deus, pois Deus é eterno ! Espelhando bem os novos tempos, o Credo de Nicéia não fez qualquer referência aos ensinamentos de Jesus. Faltou nele um "Creio em seus ensinamentos", talvez porque já não interessassem tanto a uma religião agora sócia do poder Imperial Romano.


Mesmo com a adoção do Credo de Nicéia, os problemas continuaram e, em poucos anos, a facção arianista começou a recuperar o controle. Tornaram-se tão poderosos que Constantino os reabilitou e denunciou o grupo de Atanásio. Arius e os bispos que o apoiavam voltaram do exílio. Agora, Atanásio é que foi banido. Quando Constantino morreu ( depois de ser batizado por um bispo arianista ), seu filho restaurou a filosofia arianista e seus bispos e condenou o grupo de Atanásio.


Nos anos seguintes, a disputa política continuou, até que os arianistas abusaram de seu poder e foram derrubados. A controvérsia político/religiosa causou violência e morte generalizadas. Em 381 d.C, o imperador Teodósio ( um trinitarista ) convocou um concílio em Constantinopla. Apenas bispos trinitários foram convidados a participar. Cento e cinquenta bispos compareceram e votaram uma alteração no Credo de Nicéia para incluir o Espírito Santo como parte da divindade. A doutrina da Trindade era agora oficial para a Igreja e também para o Estado. Com a exclusiva participação dos citados bispos, a Trindade foi imposta a todos como "mais uma verdade teológica da igreja". E os bispos, que não apoiaram essa tese, foram expulsos da Igreja e excomungados.


Por volta do século IX, o credo já estava estabelecido na Espanha, França e Alemanha. Tinha levado séculos desde o tempo de Cristo para que a doutrina da Trindade "pegasse". A política do governo e da Igreja foram as razões que levaram a Trindade a existir e se tornar a doutrina oficial da Igreja. Como se pode observar, a doutrina trinitária resultou da mistura de fraude, política, um imperador pagão e facções em guerra que causaram mortes e derramamento de sangue.


As Igrejas Cristãs hoje em dia dizem que Constantino foi o primeiro Imperador Cristão, mas seu "cristianismo" tinha motivação apenas política. É altamente duvidoso que ele realmente aceitasse a Doutrina Cristã. Ele mandou matar um de seus filhos, além de um sobrinho, seu cunhado e possivelmente uma de suas esposas. Ele manteve seu título de alto sacerdote de uma religião pagã até o fim da vida e só foi batizado em seu leito de morte.



OBS : Em 313 d.C., com o grande avanço da "Religião do Carpinteiro", o Imperador Constantino Magno enfrentava problemas com o povo romano e necessitava de uma nova Religião para controlar as massas. Aproveitando-se da grande difusão do Cristianismo, apoderou-se dessa Religião e modificou-a, conforme seus interesses. Alguns anos depois, em 325 D.C, no Concílio de Nicéia, é fundada, oficialmente, a Igreja Católica...


Há que se ressaltar que, "Igreja" na época de Jesus, não era a "Igreja" que entendemos hoje, pois se lermos os Evangelhos duma ponta à outra veremos que a palavra «Igreja», no sentido que hoje lhe damos, nem sequer neles é mencionada exceto por aproximação e apenas três vezes em dois versículos no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18 e Mt 18, 17), pois a palavra grega original, usada por Mateus, ekklêsia, significa simplesmente «assembleia de convocados», neste caso a comunidade dos seguidores da doutrina de Jesus, ou a sua reunião num local, geralmente em casas particulares onde se liam as cartas e as mensagens dos apóstolos. Sabemo-lo pelo testemunho de outros textos do Novo Testamento, já que os Evangelhos a esse respeito são omissos. Veja-se, por exemplo, a epístola aos Romanos (16, 5) onde Paulo cita o agrupamento (ekklêsia) que se reunia na residência dum casal de tecelões, Aquila e Priscila, ou a epístola a Filémon (1, 2) onde o mesmo Paulo saúda a ekklêsia que se reunia em casa do dito Filémon ; num dos casos, como lemos na epístola de Tiago (2, 2), essa congregação cristã é designada por «sinagoga». Nada disto tem a ver, portanto, com a imponente Igreja católica enquanto instituição formal estruturada e oficializada, sobretudo a partir do Concílio de Nícéia, presidido pelo Imperador Constantino, mais de 300 anos após a morte de Cristo.


Onde termina a IGREJA PRIMITIVA dos Atos dos Apóstolos e começa o Catolicismo Romano ?


Quando Roma tornou-se o famoso império mundial, assimilou no seu sistema os deuses e as religiões dos vários países pagãos que dominava. Com certeza, a Babilônia era a fonte do paganismo desses países, o que nos leva a constatar que a religião primitiva da Roma pagã não era outra senão o culto babilônico. No decorrer dos anos, os Líderes da época começaram a atribuir a si mesmos, o poder de "senhores do povo" de Deus, no lugar da Mensagem deixada por Cristo. Na época da Igreja Primitiva, os verdadeiros Cristãos eram jogados aos leões. Bastava se recusar a seguir os falsos ensinamentos e o castigo vinha a galope. O paganismo babilônico imperava a custa de vidas humanas.


No ano 323 d.C, o Imperador Constantino professou conversão ao Cristianismo. As ordens imperiais foram espalhadas por todo o império : As perseguições deveriam cessar ! Nesta época, a Igreja começou a receber grandes honrarias e poderes mundanos. Ao invés de ser separada do mundo, ela passou a ser parte ativa do sistema político que governava. Daí em diante, as misturas do paganismo com o Cristianismo foram crescendo, principalmente em Roma, dando origem ao Catolicismo Romano. O Concílio de Nicéia, na Ásia Menor, presidido por Constantino era composto pelos Bispos que eram nomeados pelo Imperador e por outros que eram nomeados por Líderes Religiosos das diversas comunidades. Tal Concílio consagrou oficialmente a designação "Católica" aplicada à Igreja organizada por Constantino : "Creio na igreja una, santa, católica e apostólica". Poderíamos até mesmo dizer que Constantino foi seu primeiro Papa. Como se vê claramente, a Igreja Católica não foi fundada por Pedro e está longe de ser a Igreja primitiva dos Apóstolos ...


Em resumo : Por influência dos imperadores Constantino e Teodósio, o Cristianismo tornou-se a religião oficial do Império Romano e entrou no desvio. Institucionalizou-se; surgiu o profissionalismo religioso; práticas exteriores do paganismo foram assimiladas; criaram-se ritos e rezas, ofícios e oficiantes. Toda uma estrutura teológica foi montada para atender às pretensões absolutistas da casta sacerdotal dominante, que se impunha aos fiéis com a draconiana afirmação : "Fora da Igreja não há salvação".


Além disso, Constantino queria um Império unido e forte, sem dissenções. Para manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a ditadura religiosa, as autoridades eclesiásticas romanas deviam manter a ignorância sobre as filosofias e Escrituras. A mesma Bíblia devia ser diferente. Devia exaltar Deus e os Patriarcas mas, também, um Deus forte, para se opor ao próprio Jeová dos Hebreus, ao Buda, aos poderosos deuses do Olimpo. Era necessário trazer a Divindade Arcaica Oriental, misturada às fábulas com as antigas histórias de Moisés, Elias, Isaías, etc, onde colocaram Jesus, não mais como Messias ou Cristo, mas, maliciosamente, colocaram Jesus parafraseado de divindade no lugar de Jezeu Cristna, a segunda pessoa da trindade arcaica do Hinduísmo.


Nesse quadro de ambições e privilégios, não havia lugar para uma doutrina que exalta a responsabilidade individual e ensina que o nosso futuro está condicionado ao empenho da renovação interior e não à simples adesão e submissão incondicional aos Dogmas de uma Igreja, os quais, para uma perfeita assimilação, era necessário admitir a quintessência da teologia : "Credo quia absurdum", ou seja, "Acredito mesmo que seja absurdo", criada por Tertuliano ( 155-220 ), apologista Cristão.


Disso tudo deveria nascer uma religião forte como servia ao império romano. Vieram ainda a ser criados os simbolismos da Sagrada Família e de todos os Santos, mas as verdades do real cânone do Novo Testamento e parte das Sagradas Escrituras deviam ser suprimidas ou ocultadas, inclusive as obras de Sócrates e outras Filosofias contrárias aos interesses da Igreja que nascia.


Esta lógica foi adotada pelas forças clericais mancomunadas com a política romana, que precisava desta religião, forte o bastante, para impor-se aos povos conquistados e reprimidos por Roma, para assegurar-se nas regiões invadidas, onde dominava as terras, mas não o espírito dos povos ocupados. Em troca, o Cristianismo ganhava a Universalidade, pois queria se tornar "A Religião Imperial Católica Apostólica Romana", a Toda Poderosa, que vinha a ser sustentada pela força, ao mesmo tempo que simulava a graça divina, recomendando o arrependimento e perdão, mas que na prática, derrotava seus inimigos a golpes de espada.


Então não era da tolerância pregada pelo Cristianismo que Constantino precisava, mas de uma religião autoritária, rígida, sem evasivas, de longo alcance, com raízes profundas no passado e uma promessa inflexível no futuro, estabelecida mediante poderes, leis e costumes terrenos.


Para isso, Constantino devia adaptar a Religião do Carpiteiro, dando-lhes origens divinas e assim impressionaria mais o povo o qual sabendo que Jesus era reconhecido como o próprio Deus na nova religião que nascia, haveria facilidade de impor a sua estrutura hierárquica, seu regime monárquico imperial, e assim os seus poderes ganhariam amplos limites, quase inatingíveis.


Quando Constantino morreu, em 337, foi batizado e enterrado na consideração de que ele se tornara um décimo terceiro Apóstolo, e na iconografia eclesiástica veio a ser representado recebendo a coroa das mão de Deus.



OS LIVROS RETIRADOS DAS SANTAS ESCRITURAS


Os quatro evangelhos canônicos, que se acredita terem sido inspirados pelo Espírito Santo, não eram aceitos como tais no início da Igreja. O bispo de Lyon, Irineu, explica os pitorescos critérios utilizados na escolha dos quatro evangelhos ( reparem na fragilidade dos argumentos...) : "O evangelho é a coluna da Igreja, a Igreja está espalhada por todo o mundo, o mundo tem quatro regiões, e convém, portanto, que haja também quatro evangelhos. O evangelho é o sopro do vento divino da vida para os homens, e pois, como há quatro ventos cardiais, daí a necessidade de quatro evangelhos. (...) O Verbo criador do Universo reina e brilha sobre os querubins, os querubins têm quatro formas, eis porque o Verbo nos obsequiou com quatro evangelhos”.


As versões sobre como se deu a separação entre os evangelhos canônicos e apócrifos, durante o Concílio de Nicéia no ano 325 D.C, são também singulares. Uma das versões diz que estando os bispos em oração, os evangelhos inspirados foram depositar-se no altar por si só !!! ... Uma outra versão informa que todos os evangelhos foram colocados por sobre o altar, e os apócrifos caíram no chão... Uma terceira versão afirma que o Espírito Santo entrou no recinto do Concílio em forma de pomba, através de uma vidraça (sem quebrá-la), e foi pousando no ombro direito de cada bispo, cochichando nos ouvidos deles os evangelhos inspirados...


A Bíblia como um todo, aliás, não apresentou sempre a forma como é hoje conhecida. Vários textos, chamados hoje de "apócrifos", figuravam anteriormente na Bíblia, em contraposição aos canônicos reconhecidos pela Igreja.


Segundo o Dicionário Aurélio, o termo Apócrifos significa :

" Entre os Católicos, Apócrifos eram os Escritos de assuntos sagrados que não foram incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas ". ( destaque nosso ).


Obs - Note que o próprio Dicionário Aurélio registra a expressão : " divinamente inspiradas ". Por que será ?



Maria Helena de Oliveira Tricca, compiladora da obra Apócrifos, Os Proscritos da Bíblia, diz: "Muitos dos chamados textos apócrifos já fizeram parte da Bíblia, mas ao longo dos sucessivos concílios acabaram sendo eliminados. Houve os que depois viriam a ser beneficiados por uma reconsideração e tornariam a partilhar a Bíblia. Exemplos : O Livro da Sabedoria, atribuído a Salomão, o Eclesiástico ou Sirac, as Odes de Salomão, o Tobit ou Livro de Tobias, o Livro dos Macabeus e outros mais. A maioria ficou definitivamente fora, como o famoso Livro de Enoch, o Livro da Ascensão de Isaías e os Livros III e IV dos Macabeus."


Perguntamos : Quais foram os motivos para excluir esses Livros das Santas Escrituras definitivamente ? Será que os "santos padres" daquela época se achavam superiores aos Apóstolos e mártires que vivenciaram de perto os acontecimentos relacionados a Cristo e ao judaísmo ? De que poder esses mesmos "santos padres" se revestiam a ponto de afirmarem que alguns Textos Evangélicos não representavam os ensinamentos e a Palavra de Deus ?


Visando maiores esclarecimentos, sugerimos, para aqueles que desejam aprofundar-se no assunto, uma leitura dos Livros que tratam com mais detalhe esse tema, os quais podem ser encontrados no Site Submarino :
Parte 1 e Parte 2



Existem mais de 60 evangelhos apócrifos, como os de Tomé, de Pedro, de Felipe, de Tiago, dos Hebreus, dos Nazarenos, dos Doze, dos Setenta, etc. Foi um bispo quem escolheu, no século IV, os 27 textos do atual Novo Testamento. Em relação ao Antigo Testamento, o problema só foi definitivamente resolvido no ano de 1546, durante o Concílio de Trento. Depois de muita controvérsia, acalorados debates e até luta física entre os participantes, o Concílio decretou que os livros 1 e 2 de Esdras e a Oração de Manassés sairiam da Bíblia. Em compensação, alguns textos apócrifos foram incorporados aos livros canônicos, como o livro de Judite (acrescido em Ester), os livros do Dragão e do Cântico dos Três Santos Filhos (acrescidos em Daniel) e o livro de Baruque (contendo a Epístola de Jeremias).


Os católicos não foram unânimes quanto a inspiração divina nesses livros. No Concílio de Trento houve luta corporal quando este assunto foi tratado. Lorraine Boetner ( in Catolicismo Romano ) cita o seguinte : " O papa Gregório, o grande, declarou que primeiro Macabeus, um livro apócrifo, não é canônico. O cardeal Ximenes, em sua Bíblia poliglota, exatamente antes do Concílio de Trento, exclui os apócrifos e sua obra foi aprovada pelo papa Leão X. Será que estes papas se enganaram ? Se eles estavam certos, a decisão do Concílio de Trento estava errada. Se eles estavam errados, onde fica a infalibilidade do papa como mestre da doutrina ? "


No inicio do cristianismo, os evangelhos eram em número de 315, sendo posteriormente reduzidos para 4, no Concílio de Nicéia. Tal número, indica perfeitamente as várias formas de interpretação local das crenças religiosas da orla mediterrânea, acerca da idéia messiânica lançada pelos sacerdotes judeus. Sem dúvida, este fato deve ter levado Irineu a escrever o seguinte: " Há apenas 4 Evangelhos, nem mais um, nem menos um, e que só pessoas de espírito leviano, os ignorantes e os insolentes é que andam falseando a verdade ". Disse isso, mesmo diante dos acontecimentos acima relatados e que eram de conhecimento geral.


Havia então, os Evangelhos dos Naziazenos, dos Judeus, dos Egípcios, dos Ebionistas, o de Pedro, o de Barnabé, entre outros, 03 dos quais foram queimados, restando apenas os 4 “sorteados” e oficializados no Concílio de Nicéia.


Celso, erudito romano, contemporâneo de Irineu, entre os anos 170 e 180 D.C, disse: "Certos fiéis modificaram o primeiro texto dos Evangelhos, três, quatro e mais vezes, para poder assim subtraí-los às refutações".


Foi necessária uma cuidadosa triagem de todos eles, visando retirar as divergências mais acentuadas, sendo adotada a de Hesíquies, de Alexandria; e de Pânfilo, de Cesaréía e a de Luciano, de Antióquia. Mesmo assim, só na de Luciano existem 3.500 passagens redigidas diferentemente. Disso resulta que, mesmo para os Padres da Igreja, os Evangelhos não são fonte segura e original.


Os Evangelhos que trazem a palavra "segundo", que em grego é "cata", não vieram diretamente dos pretensos evangelistas.


A discutível origem dos Evangelhos, explica porque os documentos mais antigos não fazem referência à vida terrena de Jesus.


Não é razoável supor que uma "palavra divina" possa ser alterada assim tão fácil e impunemente por mãos humanas. Que fique na dependência de ser julgada boa ou má por juízes e dignitários eclesiásticos.


Só me foi possível escrever este livro através dos conceitos que pude assimilar da obra Na Luz da Verdade, a Mensagem do Graal de Abdruschin. ( Segundo o Dic. Aurélio: Graal – Vaso Santo de esmeralda que segundo a tradição corrente nos romances de cavalaria, teria servido a Cristo na última Ceia, e no qual José de Arimateia haveria recolhido o Sangue que de Cristo jorrou quando o centurião lhe desferiu a lança ).


Como vá vimos no artigo "Qual a importância dos apócrifos?", existem alguns livros escritos antes ou pouco depois de Cristo que tinham como intenção figurar como Escritura Sagrada.

Mas, pelo Magistério da Igreja e assistência do Espírito Santo, esses livros espúrios foram definitivamente afastados, restando apenas o cânon bíblico que guardamos até hoje. Por esse motivo, muitos desapareceram, outros sobreviveram em uma ou outra comunidade
antiga, ou, ainda, em traduções, fragmentos ou citações.

A seguir, apresentamos uma lista exaustiva de livros apócrifos do Antigo e do Novo Testamento que, embora longa, provavelmente não esgota todos os livros escritos ou existentes, porém, bem demonstra a quantidade de livros escritos com a intenção de "completar" a Bíblia.

Incluímos também, ao final, os manuscritos encontrados em Qumran, nas grutas do Mar Morto, que foram escritos ou preservados por uma comunidade que vivia nesse deserto separada dos grupos religiosos da Palestina do tempo de Jesus (Saduceus, Fariseus, Samaritanos, etc.). Esse grupo, denominado Essênio, como podemos ver, considerava o Antigo Testamento como Escritura Sagrada (inclusive os deuterocanônicos), mas tinha como característica própria seguir ainda outros "livros sagrados".

Portanto, temos como apócrifos as seguintes obras:

ANTIGO TESTAMENTO

1. Apocalipse de Adão
2. Apocalipse de Baruc
3. Apocalipse de Moisés
4. Apocalipse de Sidrac
5. As Três Estelas de Seth
6. Ascensão de Isaías
7. Assunção de Moisés
8. Caverna dos Tesouros
9. Epístola de Aristéas
10. Livro dos Jubileus
11. Martírio de Isaías
12. Oráculos Sibilinos
13. Prece de Manassés
14. Primeiro Livro de Adão e Eva
15. Primeiro Livro de Enoque
16. Primeiro Livro de Esdras
17. Quarto Livro dos Macabeus
18. Revelação de Esdras
19. Salmo 151
20. Salmos de Salomão (ou Odes de Salomão)
21. Segundo Livro de Adão e Eva
22. Segundo Livro de Enoque (ou Livro dos Segredos de Enoque)
23. Segundo Livro de Esdras (ou Quarto Livro de Esdras)
24. Segundo Tratado do Grande Seth
25. Terceiro Livro dos Macabeus
26. Testamento de Abraão
27. Testamento dos Doze Patriarcas
28. Vida de Adão e Eva

NOVO TESTAMENTO

1. A Hipostase dos Arcontes
2. (Ágrafos Extra-Evangelhos)
3. (Ágrafos de Origens Diversas)
4. Apocalipse da Virgem
5. Apocalipse de João o Teólogo
6. Apocalipse de Paulo
7. Apocalipse de Pedro
8. Apocalipse de Tomé
9. Atos de André
10. Atos de André e Mateus
11. Atos de Barnabé
12. Atos de Filipe
13. Atos de João
14. Atos de João o Teólogo
15. Atos de Paulo
16. Atos de Paulo e Tecla
17. Atos de Pedro
18. Atos de Pedro e André
19. Atos de Pedro e Paulo
20. Atos de Pedro e os Doze Apóstolos
21. Atos de Tadeu
22. Atos de Tomé
23. Consumação de Tomé
24. Correspondência entre Paulo e Sêneca
25. Declaração de José de Arimatéia
26. Descida de Cristo ao Inferno
27. Discurso de Domingo
28. Ditos de Jesus ao rei Abgaro
29. Ensinamentos de Silvano
30. Ensinamentos do Apóstolo [T]adeu
31. Ensinamentos dos Apóstolos
32. Epístola aos Laodicenses
33. Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
34. Epístola de Jesus ao rei Abgaro (2 versões)
35. Epístola de Pedro a Filipe
36. Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
37. Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
38. Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
39. Epístola do rei Abgaro a Jesus
40. Epístola dos Apóstolos
41. Eugnostos, o Bem-Aventurado
42. Evangelho Apócrifo de João
43. Evangelho Apócrifo de Tiago
44. Evangelho Árabe de Infância
45. Evangelho Armênio de Infância (fragmentos)
46. Evangelho da Verdade
47. Evangelho de Bartolomeu
48. Evangelho de Filipe
49. Evangelho de Marcião
50. Evangelho de Maria Madalena (ou Evangelho de Maria de Betânia)
51. Evangelho de Matias (ou Tradições de Matias)
52. Evangelho de Nicodemos (ou Atos de Pilatos)
53. Evangelho de Pedro
54. Evangelho de Tome o Dídimo
55. Evangelho do Pseudo-Mateus
56. Evangelho do Pseudo-Tomé
57. Evangelho dos Ebionitas (ou Evangelho dos Doze Apóstolos)
58. Evangelho dos Egípcios
59. Evangelho dos Hebreus
60. Evangelho Secreto de Marcos
61. Exegese sobre a Alma
62. Exposições Valentinianas
63. (Fragmentos Evangélicos Conservados em Papiros)
64. (Fragmentos Evangélicos de Textos Coptas)
65. História de José o Carpinteiro
66. Infância do Salvador
67. Julgamento de Pôncio Pilatos
68. Livro de João o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria
69. Martírio de André
70. Martírio de Bartolomeu
71. Martírio de Mateus
72. Morte de Pôncio Pilatos
73. Natividade de Maria
74. O Pensamento de Norea
75. O Testemunho da Verdade
76. O Trovão, Mente Perfeita
77. Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
78. "Pistris Sophia" (fragmentos)
79. Prece de Ação de Graças
80. Prece do Apóstolo Paulo
81. Primeiro Apocalipse de Tiago
82. Proto-Evangelho de Tiago
83. Retrato de Jesus
84. Retrato do Salvador
85. Revelação de Estevão
86. Revelação de Paulo
87. Revelação de Pedro
88. Sabedoria de Jesus Cristo
89. Segundo Apocalipse de Tiago
90. Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
91. Sobre a Origem do Mundo
92. Testemunho sobre o Oitavo e o Nono
93. Tratado sobre a Ressurreição
94. Vingança do Salvador
95. Visão de Paulo

ESCRITOS DE QUMRAN

1. A Nova Jerusalém (5Q15)
2. A Sedutora (4Q184)
3. Antologia Messiânica (4Q175)
4. Bênção de Jacó (4QPBl)
5. Bênçãos (1QSb)
6. Cânticos do Sábio (4Q510-4Q511)
7. Cânticos para o Holocausto do Sábado (4Q400-4Q407/11Q5-11Q6)
8. Comentários sobre a Lei (4Q159/4Q513-4Q514)
9. Comentários sobre Habacuc (1QpHab)
10. Comentários sobre Isaías (4Q161-4Q164)
11. Comentários sobre Miquéias (1Q14)
12. Comentários sobre Naum (4Q169)
13. Comentários sobre Oséias (4Q166-4Q167)
14. Comentários sobre Salmos (4Q171/4Q173)
15. Consolações (4Q176)
16. Eras da Criação (4Q180)
17. Escritos do Pseudo-Daniel (4QpsDan/4Q246)
18. Exortação para Busca da Sabedoria (4Q185)
19. Gênese Apócrifo (1QapGen)
20. Hinos de Ação de Graças (1QH)
21. Horóscopos (4Q186/4QMessAr)
22. Lamentações (4Q179/4Q501)
23. Maldições de Satanás e seus Partidários (4Q286-4Q287/4Q280-4Q282)
24. Melquisedec, o Príncipe Celeste (11QMelq)
25. O Triunfo da Retidão (1Q27)
26. Oração Litúrgica (1Q34/1Q34bis)
27. Orações Diárias (4Q503)
28. Orações para as Festividades (4Q507-4Q509)
29. Os Iníqüos e os Santos (4Q181)
30. Os Últimos Dias (4Q174)
31. Palavras das Luzes Celestes (4Q504)
32. Palavras de Moisés (1Q22)
33. Pergaminho de Cobre (3Q15)
34. Pergaminho do Templo (11QT)
35. Prece de Nabonidus (4QprNab)
36. Preceito da Guerra (1QM/4QM)
37. Preceito de Damasco (CD)
38. Preceito do Messianismo (1QSa)
39. Regra da Comunidade (1QS)
40. Rito de Purificação (4Q512)
41. Salmos Apócrifos (11QPsa)
42. Samuel Apócrifo (4Q160)
43. Testamento de Amran (4QAm)

OUTROS ESCRITOS

1. História do Sábio Ahicar
2. Livro do Pseudo-Filon