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JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

QUANTO MAIS AUMENTA A COVARDIA CONTRA LULA MAIS ELE SE TORNA POPULAR. NO BRASIL E NO MUNDO








O cancelamento do registro da candidatura de Lula se deve ao aliciamento da casta de servidores públicos representada por procuradores da República, juízes, desembargadores e ministros das cortes superiores de ju$tiça – que ganham em um mês o que um trabalhador de salário mínimo precisa esperar cinco anos para receber – pelos setores mais conservadores da sociedade que não suportavam a ascensão social das camadas mais pobres da população promovida pelos governos petistas.



Essas conquistas sociais alimentaram o ódio ao PT , que começou a se cristalizar quando o primeiro governo Lula melhorou a qualidade de vida das camadas mais pobres da população com o aumento do salário mínimo, que equivalia a 70 dólares nos governos tucanos de Fernando Henrique Cardoso, foi a 293 dólares sob Lula e atingiu 348 dólares em dezembro de 2012, no primeiro governo de Dilma.




Essa valorização do trabalho implicou na ascensão social das parcelas mais pobres da população e levou o senador Aécio Neves (PSDB), que seria derrotado na eleição presidencial de 2014, a tramar a derrubada de Dilma já a partir de 2013, quando patrocinou junto com os industriais da FIESP as manifestações de rua do MBL (Movimento Brasil Livre) que desembocaria no impeachment da presidenta, na metade do seu segundo governo.


À valorização do trabalho somaram-se nos governos do PT outras conquistas sociais, muito próximas às reformas de base que o presidente João Goulart tentava implantar no País quando foi derrubado pelos militares no golpe de 1964 para estabelecer a mais sanguinária ditadura da história do Brasil, que duraria até 1985 e representou o maior retrocesso em nosso processo civilizatório.


A reforma agrária de Jango interrompida pelos militares foi realizada em grande escala pelos governos do PT, que ofereceu aos pequenos agricultores, além de terra, crédito e assistência técnica, um programa de comercialização das safras da agricultura familiar que garantia o escoamento da produção de alimentos a preços justos.

O financiamento da agricultura familiar, que nos governos do PSDB de Fernando Henrique somaram R$ 6,6 bilhões, foram multiplicados quase cinco vezes nos governos do PT de Lula e Dilma, chegando a R$ 28,9 bilhões na safra 2015/2016.

Esse aumento da participação da agricultura familiar no financiamento agrícola fez crescer e acirrou contra o PT os ânimos da bancada ruralista no Congresso Nacional, defensora dos interesses dos grandes proprietários e do agronegócio.



Na atual campanha presidencial, a bancada ruralista é representada pela vice do candidato Geraldo Alckmin (PSDB-Centrão), a senadora Ana Amélia (PP-RS).

Acresça-se às conquistas o Bolsa Família – programa que retirou o Brasil do Mapa da Fome, alimentando cerca de 30 milhões de brasileiros que quando Lula chegou ao poder viviam abaixo da linha da miséria – o acesso à universidade de pobres e negros, as cotas raciais para igualar oportunidades no serviço público, do apoio às minorias LGBT a oferta de melhor atendimento de saúde às populações mais carentes, com a criação do SAMU e a contratação de milhares de médicos cubanos para levar assistência médica onde os médicos brasileiros se negam a ir, e o fim do regime de escravidão das empregadas domésticas com a assinatura da carteira, direitos trabalhistas e oferta de creches e transporte escolar aos seus filhos.



Essas conquistas sociais foram aborrecendo cada vez mais aquela parcela mais rica de brasileiros, de um por cento ou menos da população, engordada pela casta de procuradores e magistrados com seus altos salários.

Lugar nessa casta começa a ser reivindicado por delegados da Polícia Federal, que voltaram a perseguir professores universitários saudosos da ditadura militar quando tinham a função de linha auxiliar dos órgãos da repressão e da tortura.

Todo esse ápice da nossa pirâmide social não suportava mais ver os filhos de seus empregados dividir com os seus os bancos das universidades, ou eles mesmos, com seus empregados, as poltronas dos aviões de carreira.



Formou-se das conquistas sociais da população mais pobre do País o caldo de cultura propício ao golpe que tirou Dilma e levou o PSDB a colocar Temer na chefia a nação e participar do seu governo com quatro ministros.

Um golpe escandalosamente confirmado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal, mas que precisava ir além, para evitar a volta de Lula anunciada pela reação popular à derrubada de Dilma.

Arranjou-se, como os militares fizeram com Juscelino Kubitschek, um tríplex para Lula, convocou-se um juiz para condená-lo e um “colegiado” de segunda instância para confirmar a farsa judiciária, para enquadra Lula na Lei de Ficha Limpa.



Por fim, os tribunais superiores, dos quais por um fator de economia a Ju$tiça brasileira já pode prescindir, comprovaram sua participação no golpe com a confirmação do impedimento de Lula.

Agiram não apenas como o bando de covardes definido pelo ex-presidente, mas destilando ódio sobre as conquistas sociais dos mais pobres, que ameaçam, lá adiante, concorrer no mercado de trabalho em pé de igualdade com seus filhos.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Meu título de eleitor está igual ao TRIPLEX. Ele está no meu nome mas é de LULA. Eu voto em quem ele mandar. #LULAVALEALUTA


Quem acompanha a trajetória de Lula com o mínimo de independência e bom senso, sabe perfeitamente que o que se pratica contra o ex-presidente da República é uma perseguição Político-Judiciária. 

Entretanto existem muitas outras pessoas que o odeiam. Pessoas que não suportam ver um ex-operário metalúrgico governar os destinos do País com absoluto êxito. São pessoas que em geral tem recursos, acessam a internet e que jamais gostaram de Lula e do PT. Essas pessoas falam mal do presidente que é amado por boa parcela da população desde os anos em que o governo Lula surfava nas ondas do seu bem sucedido governo. 

O Ator Osmar Prado mencionou a Liberdade de Lula ao receber seu KIKITO. O prêmio concedido pelo festival de cinema de que participou.

Como Lula terminou seu segundo mandato com 87% de aprovação e essas pessoas sempre detestaram o PT, fica fácil detecta-las. São 13% do conjunto da população (100-87=13). São pessoas que gostariam de viver em Miami, detestam o Brasil pois consideram que aqui é um Haiti sul americano e falam mal dos Brasileiros. Dizem que Brasileiro é preguiçoso, que gosta de viver encostado nas benesses do governo, odeiam o Neimar, torcem contra a seleção Brasileira, principalmente se o governo for o governo do PT, e adoraram o 7x1 que a seleção Brasileira amargou na copa realizada no Brasil.


Em sua cegueira odiosa que lhes promove doenças, porque a maledicência, o inconformismo e o ódio são fontes de problemas orgânicos, não conseguem perceber que vivem em um país tropical maravilhoso em que existe uma organização social que nos permite viver com boas cotas de felicidade e bem estar, que os brasileiros são laboriosos e trabalhadores e muito cooperativos desde que se saiba promover essas qualidades, que o país de dimensões continentais e predestinado a ser uma grande nação, é livre de cataclismas, guerras e revoluções e além de tudo é belíssimo com seus imensos litorais de praias douradas e adornadas por palmeiras e por uma das mais extraordinárias naturezas do mundo, além de ser fonte para a humanidade de matérias primas, água em abundância, fauna e flora extraordinárias e agora até petróleo. É um país amado em todo o mundo.


Os estrangeiros que aqui chegam se encantam e dizem que nós devemos agradecer a Deus por termos um país tão lindo. Muitos se estabelecem aqui gratos pelo acolhimento de que são alvo, pois o tipo Brasileiro é receptivo a todos.

Entretanto essa classe média que até hoje não se conforma com a abolição da escravidão, sonha em ir para Miami, para chegando lá sofrer discriminação contra Latinos e muitas vezes viver lá em casas de cômodos, ou em quartinhos apertados, e trabalhando de sol a sol, mas podendo dentro de seu orgulho dizer. "Eu moro em Miami". 


Eu conheci alguns Brasileiros que moravam clandestinamente nos Estados Unidos e no Canadá. Um deles trabalhava como eletricista fazendo bicos e conseguia defender uns 1100 dólares por mês. Pagava 400 dólares de aluguel por um quarto. Provavelmente guardava a mesma quantia por mês sonhando com alguma coisa melhor. Acho válido desde que as opções no Brasil tenham sido muito ruins, mas com algum estudo e algum trabalho, acredito ser possível melhor sorte no Brasil mesmo.


Uma parcela no entanto de Brasileiros que hoje são contra Lula, são pessoas que se deixaram enganar pelo noticiário manipulador da "rede BOBO" que não é composta exclusivamente pela "rede BOBO", o jornal "O BOBO" e a radio "CGN", mas também por todas as outras emissoras de canais abertos, pelo mercado financeiro específicamente uma organização denominada "EMPIRICUS" que vende serviços financeiros, corretoras etc... 



Esse grupo de empresas foi controlado a muito tempo pelo comando dos interesses NORTE AMERICANOS e eles se baseiam em uma máxima do ministro da propaganda Nazista que dizia: "UMA MENTIRA REPETIDA MIL VEZES TRANSFORMA-SE EM UMA VERDADE". Essa máxima propalada por Goebbels, foi que levou o povo alemão a acreditar que com as tropas soviéticas cercando Berlin e já em seus subúrbios, seria possível ainda reverter a sorte da segunda guerra mundial, e lutaram muito, e tornaram a tomada de Berlin o episódio mais sangrento da guerra, o osso mais duro que os soviéticos tiveram que roer nas palavras de um militar soviético, e tudo isso inutilmente. 600 mil vidas poderiam ser poupadas nessa luta que já estava perdida.


A direita no entanto não tem outra alternativa. Para controlar o voto popular só lhe resta uma alternativa. Enganar o povo e para isso o seu estratagema mais eficaz tem o nome de "corrupção". Em nome da corrupção derrubaram Getúlio Vargas, João Goulart e agora pretendem sepultar Lula. Está na hora da reação. É preciso consciência e tomar o destino em nossas mãos. Vamos votar 13 de cima a baixo ou no PC do B que foi o único partido que esteve ao lado do PT sempre incondicionalmente. Vamos tomar o Brasil para nós, povo brasileiro.


O cidadão enganado então fica a pensar, já que confia na Justiça. Se Lula está preso é porque é culpado. Provavelmente ele não leu, não acompanhou, não viu como foi montada a farsa. Ele confia na TV, no Jornal Nacional, nos Jornais ditos "MAINFRAME", controlados por esse poder paralelo.


Mas o mundo lá fora, principalmente o mundo civilizado, já percebeu o que se passa aqui, embora vez por outra apareça algum personagem de direita, já muito manjado para ser a voz dissonante. 


Por isso Lula tem o apoio de diversos chefes de estado, do Papa Francisco, do Bono Vox, de artistas de Hollywood, e também Brasileiros, da Igreja católica Anglicana com D. Orwandil, do Frei Leonardo Boff, da Monja Budista Cohen, entre muitos e muitos outros. Por isso os personagens dessa trama de terror que coloca uma parte expressiva da população Brasileira na cadeia junto com Lula, tem sido vaiados no exterior e começam a ser vaiados aqui no Brasil também. A população enganada por sua vez está começando a perceber que foi lograda e está mudando sua posição lenta porém decisivamente.


O reflexo definitivo dessa posição mundial foi o apoio inconteste da comissão de direitos humanos da ONU que consolidou a determinação de que o governo Brasileiro dê a Lula o direito de concorrer sob pena de dano irreparável. Dessa forma sua eleição ficaria sob júdice, já que o mundo espera a reversão da pena imposta ao ex-presidente.

Nesse momento o atento telespectador Brasileiro deu um nó na cabeça. "Se a comissão de direitos da ONU julgou o caso Lula e o favoreceu, abrindo inclusive a afirmação de que ele não foi tratado com justiça, então está de fato havendo perseguição."


A Comissão de Direitos Humanos da ONU é totalmente imparcial e analisa tecnicamente todas as provas. Não iria constrangir a Justiça Brasileira a troco de nada. Então "no fundo desse ANGU tem CAROÇO".

Fica então comprovado que LULA de fato vem sendo perseguido. É nada mais nada menos do que a ONU quem o afirma, por meio do seu comitê de direitos humanos que responde por ela.


É preciso voltar a ser feliz de novo.

Jornal GGN - O candidato a vice-presidente da República pelo PT, Fernando Haddad, após visita a Lula em Curitiba, nesta segunda, afirmou que o ex-presidente decidiu recorrer ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas e ao Supremo Tribunal Federal, em busca de uma liminar que garanta sua candidatura, a despeito da decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral. Na semana passada, o TSE decidiu que Lula está ínelegível por causa da condenação no caso triplex, e determinou sua substituição no prazo de 10 dias.

Por 6 votos a 1, o TSE colocou a Lei da Ficha Limpa acima do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos, que o Brasil internalizou, ou seja, transformou em lei doméstica por meio do Decreto Legislativo 311/2009. Apenas o ministro Edson Fachin entendeu que a liminar do Comitê de Direitos Humanos da ONU, que garante Lula na eleição, suspende o efeito da Ficha Limpa, embora tenha concordado com a situação de inelegibilidade.

Segundo Haddad, a busca pela liminar no Supremo ocorre justamente por conta do prazo de 10 dias imposto pelo TSE para substituição da cabeça da chapa. Enquanto a Corte não decise, o PT pode manter o programa eleitoral com Haddad protagonizando 75% das peças veiculadas em rádio e TV, e Lula, 25%.



Haddad afirmou que Lula decidiu recorrer do julgamento na Justiça Eleitoral em respeito à "soberania" do voto popular. O ex-presidente lidera as pesquisas de intenção de voto.

O ex-prefeito não deu detalhes do que será feito na ONU, na área "criminal", mas afirmou a iniciativa será protocolada ainda nesta segunda.

No Twitter, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, escreveu: "Denunciaremos a ONU o não cumprimento do q determinou em relação a candidatura de Lula, assim como entraremos c/ recursos judiciais cabíveis p/ defender essa candidatura. Seguiremos denunciando as injustiças contra Lula e contra o povo brasileiro. Não vivemos tempos normais no BR."

Desde 2016, o ex-presidente tem no Comitê de Direitos Humanos uma reclamação contra o Estado Brasileiro, feita com base no Pacto Internacional, alegando parcialidade e abusos da Lava Jato. A liminar concedida pelo órgão da ONU em 17 de setembro, determinando ao Brasil que garanta Lula na eleição ainda que ele continue preso em Curitiba, é produto desse processo que tramita no Comitê e que será julgado em 2019, apenas.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A FALTA DE VERBAS DA PEC DA MORTE LEVOU NOSSO MUSEU NACIONAL - OBRIGADO TEMER POR ESSA DESGRAÇA.




Olha o que tinha lá dentro

Preciosidades
Cronicas de Nuremberg

Pergaminho datado do século XI com manuscritos em grego sobre os quatro Evangelhos, o exemplar mais antigo da Biblioteca Nacional e da América Latina. 

Biblia de Moguncia
A Bíblia de Mogúncia, de 1462, primeira obra impressa a conter informações como data, lugar de impressão e os nomes dos impressores, os alemães Johann Fust e Peter Schoffer, ex-sócios de Gutemberg.

A crônica de Nuremberg, de 1493, considerado o livro mais ilustrado do século XV, com mapas xilogravados tidos como os mais antigos em livro impresso.

Bíblia Poliglota de Antuérpia, de 1569, Obra monumental do mais renomado impressor do século XVI: Cristóvão Plantin.

A primeira edição de “Os Lusíadas”, de 1572.

A primeira edição da “Arte da gramática da língua portuguesa”, escrita pelo Padre José de Anchieta em 1595.

Encyclopédie Française

O “Rerum per octennium...Brasília”, de Baerle (1647), com 55 pranchas a cores desenhadas por Frans Post.

Exemplar completo da famosa Encyclopédie Française, uma das obras de referência para a Revolução Francesa.

O primeiro jornal impresso do mundo, datado de 1601. 

Exemplar único e considerado raríssimo do livro publicado em 1605 pelo autor Hrabanus Maurus, que criou o caça-palavras em forma de poesia visual.



O prédio onde hoje funciona o Museu Nacional/UFRJ foi uma doação do comerciante Elias Antônio Lopes ao príncipe regente D. João, em 1808, ano da chegada da família real ao Rio. Após a morte de dona Maria I, em 1816, D. João mudou-se definitivamente para o Paço de São Cristóvão, onde permaneceu até 1821. D. Pedro I e D. Pedro II também moraram por lá. Com o fim do Império, em 1889, toda a família se exilou na França. O palácio foi, então, palco da plenária da primeira Assembleia Constituinte da República, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891. O Museu Nacional se mudou para o palácio no ano seguinte, 1892. “Acho que o palácio em si é o item individual mais importante da coleção porque conta boa parte da história do nosso País”, diz Alex Kellner.





Meteorito Bendegó 


Também exposto no saguão do museu está o maior meteorito já encontrado no Brasil, o Bendegó, com 5,36 toneladas. A rocha é oriunda de uma região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem cerca de 4,56 bilhões de anos. O meteorito foi achado em 1784, em Monte Santo, no Sertão da Bahia. Na época do achado era o segundo maior do mundo. Atualmente, ocupa a 16ª posição. A pedra espacial integra a coleção do Museu Nacional desde 1888.

A primeira réplica de um dinossauro de grande porte já montada no Brasil é outra das maiores atrações do Museu Nacional. Tanto assim que o Maxakalisaurus topai, um herbívoro de 9 toneladas e 13 metros de comprimento, tem uma sala só para ele. O dinossauro viveu há cerca de 80 milhões de anos na região do Triângulo Mineiro. “Sem dúvida, ele é o preferido do público”, sustenta Alex Kellner. “É o meu preferido também”, confessa o diretor, que é paleontólogo.



As múmias também estão entre os grandes destaques do acervo. O corpo mumificado de um índio Aymara, grupo pré-colombiano que vivia junto ao Lago Titicaca, entre o Peru e a Bolívia, abre a série de múmias andinas do Museu Nacional. Trata-se de um homem, de idade entre os 30 e os 40 anos, cuja cabeça foi artificialmente deformada, uma prática comum entre alguns povos daquela região. Os mortos Aymara eram sepultados sentados, com o queixo nos joelhos e amarrados. Uma cesta era tecida em volta do defunto, deixando de fora apenas as pontas dos pés e a cabeça.



KHERIMA – Múmia feminina do Período Romano, Século I-III d.C. Tratada com cuidado para produzir naturalidade. Seus membros foram enfaixados separadamente, bem como cada dedo das mãos. Sobre o abdômen está pintada a figura do deus Imset, um dos quatro filhos de Hórus, o guardião dos mortos. Exemplar raro, pois existem apenas nove em todo o mundo em exposição. Origem provável: Tebas Ocidental. Em exposição no Museu Nacional/UFRJ. — em Museu Nacional/UFRJ.
O Museu Nacional tem a maior coleção de múmias egípcias da América Latina. A maior parte das peças foi arrematada por D. Pedro I, em 1826. São múmias de adultos, crianças e também de animais, como gatos e crocodilos. A maioria é proveniente da região de Tebas. Lápides com inscrições em hieróglifos também fazem parte da coleção.

Os fósseis da preguiça-gigante e do tigre-de-dente-de-sabre que viveram há mais de 11 mil anos são dois expoentes do período da megafauna brasileira e encantam as crianças há décadas, muito antes das primeiras réplicas de dinossauros serem montadas no museu. Diferentemente dos dinossauros, os animais da megafauna conviveram com os homens pré-históricos. A preguiça-gigante chegava a ter o tamanho de um carro como o Fusca. “A preguiça foi, durante muito tempo, o maior organismo fóssil montado”, conta Alex Kellner. “Fiquei com o coração partido, ainda criança, quando descobri que não era um dinossauro.”

O trono do rei de Daomé está na coleção do Museu Nacional desde 1818. O reino da África, criado no século 17, se situava onde hoje está o Benin e durou até o fim do século 19. A peça foi uma doação dos embaixadores do Rei Adandozan (1797-1818) ao príncipe regente D. João VI. O reino ficou conhecido por ter um exército formado por mulheres guerreiras.

O Museu Nacional tem uma coleção significativa de peças indígenas, mostrando a importância desses povos na formação do País. Um dos maiores destaques são as máscaras feitas pelos índios Ticuna, que representam entidades sobrenaturais e são usados no “ritual da moça nova”, que marca a primeira menstruação das meninas e sua entrada na vida adulta.

A Biblioteca Central do Museu Nacional foi criada em julho de 1863 e uma das maiores da América Latina na área de ciências antropológicas e naturais. São mais de 500 mil títulos, entre eles obras raras, como a publicação “Historia naturale”, de autoria de Plínio, o Velho, datada de 1481 – a obra mais antiga da coleção.


Na época da minha graduação não era incomum encontrarmos referências ao Museu Nacional da Quinta da Boa Vista (RJ) enquanto estudávamos sobre a história da Arqueologia Brasileira. O Museu Nacional é uma das instituições cientificas mais antigas do Brasil. Seu acervo é composto por peças de diferentes culturas que foram coletadas pelos antigos imperadores, D. Pedro I e D. Pedro II, ou presenteadas por outros colecionistas e frutos de escavações arqueológicas no país.





A priori a área do prédio pertencia ao comerciante Elias Antônio Lopes e era composta por um casarão. A propriedade, porém, foi “presenteada” ao rei D. Joaõ VI em março de 1808 e a partir de 1817 tornou-se oficialmente a morada da Família Real (BAKOS, 2004; ECHEVERRIA, 2014). O nome Quinta da Boa Vista se deu pelo fato de que naquela época era possível ver o mar de um dos seus ângulos, do outro a floresta da Tijuca e o Corcovado (ECHEVERRIA, 2014). Foi lá onde viveu D. Pedro I e nasceu D. Pedro II e a sua herdeira, a princesa Isabel (ECHEVERRIA, 2014). Essa última no exílio descreveu como era esta região:


O palácio de S. Cristóvão fica situado num arrabalde do Rio, numa pequena elevação, ao centro de grande e belo parque, que durante minha infância se destacava pelas alamedas ensobradas de mangueiras, tamarineiros e outras árvores. (…) Mais tarde, por inspiração de meu pai, traçou Glaziou a grande avenida em linha reta, margeada de árvores, conduzindo ao pátio fronteiro à bela fachada do Palácio. Dos andares superiores desse paço avista-se um trecho de mar do lado do Caju: de dois outros lados, descobre-se o esplêndido panorama que tem por fundo a Tijuca e o Corcovado. (A vista do alto desta montanha é uma das mais belas que conheço.) (ECHEVERRIA, 2014; pág. 26, 27)


Um jornalista alemão chamado Carl von Koseritz igualmente comentou como era o lugar neste período:


O parque, muito grande, oferece à vista de quem chega bonitas perspectivas de paisagem, mas está malcuidado, primeiro pelas circunstâncias de penúria da Corte e depois porque é público o que faz com que centenas de famílias — que gozam da generosidade e da bondosa permissão do casal imperial — se tenham nele estabelecido e o ocupem na plantação de suas couves. Existem assim numerosas casas, grandes e pequenas, com suas cercas, jardins, etc. que se espalham por toda a Quinta, assim como escolas e estabelecimentos industriais — enfim, uma espécie de pequeno mundo, que a ilimitada inclinação para fazer o bem do casal imperial ali criou, talvez nem sempre para a segurança da propriedade imperial, como certos episódios ainda há pouco mostram. No palácio propriamente não existem guardas; estes se encontram em uma casa guarda, que fica do lado direito, a alguma distância. (ECHEVERRIA, 2014; pág. 204)

Também era lá onde foram realizados os festejos da família. Em época de São João, por exemplo, D. Pedro II armava no parque grandes fogueiras e brincava com as suas filhas e as amigas delas. As crianças do bairro e os filhos dos criados igualmente eram convidados, criando uma grande festa (ECHEVERRIA, 2014).


Estátua da imperatriz D. Teresa e as princesas Leopoldina e Isabel.

Os imperadores e o Egito Antigo:

Paralelamente a vida pacata no palácio e sem muitas frivolidades, como relatam os visitantes da época, D. Pedro II se prestava como mecenas, realizando doações para ações culturais e era muito curioso em relação aos avanços tecnológicos e às histórias advindas da Antiguidade. Sua esposa, D. Teresa, embora mais introspectiva que o marido e tida por muitos historiadores equivocadamente como “invisível” e “sem muitas qualidades”, possuía bastante interesse pelo antiquarismo e Arqueologia. Sabia, por exemplo, da importância do artesanato indígena e importou para o Brasil artefatos clássicos (ECHEVERRIA, 2014).

O casal imperial fez três viagens ao exterior (abrindo espaço para a Primeira, a Segunda e a Terceira Regência da Princesa Isabel). A primeira em 1871, ocasião em que além de conhecer alguns países europeus tiveram a oportunidade de ir ao Egito; e a segunda teve início em 1876 (BAKOS, 2004), cuja turnê mais uma vez foi até este país africano.


Estátua de D.Pedro II
Sabe-se que ao menos na segunda viagem D. Pedro II cultivou um diário onde se mostrava bastante encantado com a nação que outrora foi comandada por faraós. Seu interesse o fez se corresponder com famosos egiptólogos da época. Foi desta segunda viagem que ele trouxe ao Brasil um sarcófago lacrado como souvenir (BAKOS, 2004). A prática da compra ou o oferecimento de artefatos era comum nesta época, além de vista como uma atividade diplomática admirável. Neste período era comum também que reis ou as pessoas necessariamente ricas possuíssem em seus palácios, palacetes ou mansões um gabinete para curiosidades, criados não somente para o deleite pessoal, mas para demonstrar o poder aquisitivo e influência cultural do seu dono.

Família imperial no Egito.

Mas o sarcófago trazido por D. Pedro II não foi o primeiro artefato adquirido para ser exposto em solo brasileiro: o seu pai, D. Pedro I, comprou no Brasil, em 1827, a coleção de um estrangeiro que estava em passagem pelo país. Ainda na época os artefatos foram doados para o Museu Real, que tinha sido fundado anos antes, em 6 de junho de 1818 e que no reinado de D. Pedro II, em 1842, passou a ser chamado de Museu Nacional (BRANCAGLION JR., 2004).

Em 1889, quando a Famíla Imperial sofreu o golpe que veio a se converter em Proclamação da República, após sofrer um golpe por parte dos militares, o casal imperial e a princesa regente foram mantidos sob cerco no Paço Imperial e em meio a surdina da madrugada deportados pelo poder provisório. Não tiveram a oportunidade de visitar pela última vez o Palácio da Quinta da Boa Vista, que passou então a ser a cede da Assembleia Constituinte e em 25 de junho de 1892 torna-se o Museu Nacional. Durante estes mais de 100 anos o interior do edifício foi desfigurado, não permitindo saber com certeza absoluta a antiga serventia de cada cômodo ainda existente.

Família imperial no Egito

Em seu papel como museu parte da coleção egípcia dos imperadores — inclusive a que estava no Museu Real — hoje está disponível para a visitação, com destaques para uma múmia de uma mulher de procedência desconhecida, datada do Período Greco-Romano, o ataúde selado da cantora Shaamonemsu, o sarcófago de um homem chamado Hori, múmias de animais e algumas estelas funerárias (BRANCAGLION JR., 2004).

O primeiro pesquisador a tentar fazer um catálogo das peças e um levantamento histórico das mesmas foi o russo Alberto Childe, então em seu papel de curador do museu entre os anos de 1912 e 1938 (BRANCAGLION JR., 2004). Depois temos o egiptólogo inglês Kenneth Kitchen, que em 1990, ao lado da arqueóloga brasileira Maria Beltrão, lançou um catálogo da coleção intitulado “Catálogo da coleção do Egito Antigo existente no Museu Nacional, Rio de Janeiro”.

domingo, 2 de setembro de 2018

A SUBVERSÃO DA DEMOCRACIA E A OPOSIÇÃO PELA FORÇA.


Todos que acompanharam o rumoroso caso da condenação do ex-presidente LULA, perceberam que ele é inocente, porque isso está muito evidente.



A maior evidência foi as filmagens no interior do triplex, que revelam que não existiu nenhuma reforma.




Se formos ler a sentença, está lá escrito que a reforma teria custado mais de dois milhões de reais. Mas que reforma é essa? A simples visualização do imóvel revela que não existiu reforma, e portanto toda a condenação foi montada em cima de uma mentira. Nem mesmo o Apartamento custa esse valor.


Como visto na foto, os móveis são muito simples. O Colchão é barato, não é "King Size" até porque o espaço do quarto não permite, as esquadrias são das mais baratas. Diante disso entende-se porque o Presidente Lula não quis o apartamento. Nem eu iria querer. Agora querer dizer que essa reforma custou mais de dois milhões de reais é abusar da nossa inteligência.


A cozinha então é uma verdadeira piada. O Fogão é um fogão de quatro bocas muito simples, encostado em um canto. A cozinha é minuscula. Não é aquela cozinha espaçosa com fogão embutido e forno embutido. É uma cozinha de família pobre. As instalações da pia aparente e os móveis são muito muito simples. O piso não é porcelanato e sim uma cerâmica.




O Banheiro é outra piada. Piso cerâmico, uma bancadinha muito simples feita com um granito dos mais em conta e um vazo sanitário dos mais baratos encontrados nas liquidações das casas de materiais de construção. Com caixa acoplada. Acho que erraram nos números. Não é dois milhões. É 20 mil reais.


As portas, o teto, as fechaduras, o lustre, nada indica presença de ostentação ou riqueza. tudo do mais simples e barato possível.



Entretanto baseado nessa mentira, acusa-se Lula e pior. Agora se condena o mesmo ao pagamento de 31 milhões de reais, porque? Baseado em quê? Já que o apartamento foi Leiloado na ultima hora por dois milhões porque um parente do Alckmin comprou com prejuízo, porque ninguém queria esse triplex por esse valor. Na verdade o parente do Alckmin comprou o apartamento para que o leilão não ficasse desmoralizado.

Mas já que a Justiça Brasileira parece estar comprada, cooptada, e os representantes que deveriam defendê-la insistem em desmoraliza-la, rasga-la, enterra-la transformando o Brasil em uma Coréia do Norte, e isso pode enganar muitos Brasileiros que pensam que a Justiça tem sempre razão, vem a ONU. A ONU estuda o caso Lula e ineditamente se contrapõe à Justiça Brasileira e diz que LULA não teve justiça e por isso deve ter respeitados seus direitos políticos.

Essa decisão da ONU passa a ter força de lei porque o Brasil se comprometeu por decreto a respeitar as decisões da ONU. Entretanto mesmo assim os garotinhos mimados do STF que foram errôneamente colocados lá por indicação do PT e esse foi um erro terrível, e estou falando do ministro Roberto Barroso, Carmem Lúcia, Rosa Weber, e Luiz Fux que hoje querem fazer nome em prejuízo do país, insistem em se contrapor a determinação da ONU e isso pode nos levar a ser uma nova Coréia do Norte, onde direitos humanos e Constituição não tem nenhum valor.

A consequência de tudo isso é que já existem focos de reação e a indignação popular pode estourar a qualquer momento, bem como o surgimento de grupos que desejem se opor pela força.



O Levante Popular da Juventude é uma organização de jovens militantes voltada para a luta de massas em busca da transformação da sociedade. SOMOS A JUVENTUDE DO PROJETO POPULAR, e nos propomos a ser o fermento na massa jovem brasileira. Somos um grupo de jovens que não baixam a cabeça para as injustiças e desigualdades.

A nossa proposta é organizar a juventude onde quer que ela esteja. Deste modo, nos organizamos a partir de três campos de atuação:






Frente Estudantil






Frente Territorial




Frente Camponesa

Lamento que o sítio foi usado para acusar meu filho e meu amigo”: o depoimento de Jacó Bittar, que Moro não ouviu.


Jacó Bittar é uma testemunha central para elucidar o caso do sítio de Atibaia, que o Ministério Público Federal atribui a Lula.

Mas, no dia 18 de junho, Sergio Moro decidiu não tomar o seu depoimento.

O juiz considerou que o depoimento é de “duvidosa relevância” e invocou razões humanitárias. “Não seria viável (ouvi-lo) sem expor o depoente a risco ou a constrangimento”, afirmou.

É que Jacó Bittar, com quase 78 anos de idade, tem mal de Parkinson e quase não sai de seu apartamento, em São Vicente, no litoral de São Paulo.

A defesa de Lula sugeriu que fosse aceito um depoimento dele por escrito, mas os procuradores não concordaram, sob a alegação de que não poderia haver contraditório.

Como não?

Bastava aos procuradores encaminharem as perguntas por escrito, que elas seriam respondidas. É assim que funciona o depoimento por escrito, tomado em condições excepcionais.

Apesar de Moro cancelar o depoimento, a defesa de Lula obteve uma declaração pormenorizada de Bittar, prestada a um escrivão que foi à sua residência (mais abaixo, a íntegra).

O depoimento ao escrivão, que tem fé pública, foi juntado ao processo.

“Ciente de sua responsabilidade civil e penal”, Jacó contou como teve a ideia de comprar o sítio de Atibaia, que foi registrado no nome do filho, Fernando.

Ele queria um local próximo de São Paulo, para que fosse frequentado por ele, os filhos e os amigos.

“Desde o início, minha ideia era que o Lula e a Marisa frequentassem o sítio com total liberdade, assim como os meus filhos”, disse.

Jacó tinha dinheiro para comprar o sítio?

“Para a compra do sítio em Atibaia, eu fiz uma doação para o Fernando de um valor que recebi por causa da anistia política. Isso também está declarado”, assinalou.

Na verdade, Fernando recebeu cerca de 500 mil reais, pagos por uma das matrículas da propriedade, a que tem a casa e outras benfeitorias.

A outra parte do sítio, bem maior, área de mata, tem registro em outra matrícula, no valor de 1 milhão de reais, e foi comprada por Jonas Suassuna, sócio de Fernando Bittar.

Jonas teria feito a compra como investimento, e para atender a um pedido do filho de Jacó, já que o proprietário na época, Adalton Santarelli, se recusava a vender apenas uma parte da propriedade.

Comprado o sítio, conta Jacó, ele acertou com Marisa que parte do acervo presidencial seria levado para lá.

Lula mora num apartamento em São Bernardo do Campo que não é grande o suficiente para guardar os presentes que recebeu enquanto estava na presidência.

Não eram coisas valiosas, mas que um presidente deve receber com frequência: garrafas de vinho, por exemplo. Vinhos bons, mas nenhum Romanée-Conti.

Muitas caixas foram levadas para lá e um galpão foi levantado para servir como adega improvisada.

Nesse local, não havia climatização, como exige a guarda de vinhos. As garrafas foram colocadas em caixas de madeira, e ficaram lá.

No réveillon de 2010 para 2011, já com Lula fora da presidência, as duas famílias foram juntas para o Forte dos Andradas, no litoral de São Paulo, dependências que pertencem ao Exército, a convite do então ministro da Defesa, Nélson Jobim.

Depois de 15 dias juntos, foram todos para o sítio, que, segundo ele, Lula desconhecia.

“Pelo que sei, o Lula só ficou sabendo da existência do sítio nessa oportunidade, pois a Marisa dizia que queria fazer uma supresa para ele sobre a existência desse lugar que foi concebido para que nossas famílias frequentassem juntas, aliás, como sempre aconteceu nas nossas vidas”, narrou ao tabelião.

Lula e Jacó estavam juntos na Forte dos Andradas, 15 dias. Pode-se duvidar da palavra de Jacó, mas é impossível negar que as duas famílias eram mesmo muito próximas.

Parece estranho que Jacó Bittar comprasse o sítio com o objetivo declarado de compartilhar com a família de Lula.

Estranho para quem não conhece a relação de Jacó e Lula. Ele mesmo conta:
“Conheci Luiz Inácio Lula da Silva em 1978. Naquela época, ele era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e eu era presidente do Sindicato dos Petroleiros de Campinas. Fundamos juntos o Partido dos Trabalhadores em 1980. (…) nos tornamos grandes amigos e nossas família convivem intensamente desde então. Frequentei muito a casa de Lula com Theresa (sua ex-mulher) e com os meus filhos, assim como ele, a Marisa e os filhos frequentaram a minha casa, tendo o Fábio (filho de Lula) chegado a morar comigo algum tempo em Sousas. Tenho os filhos de Lula como se fossem meus próprios filhos e sei que ele tem o mesmo sentimento em relação com meus filhos”.

Uma das demonstrações de apreço de Lula e Marisa pela família de Jacó é que o neto deste, Guilherme, filho de Fernando Bittar, foi levado várias vezes para os palanques dos eventos oficiais da presidência, e ficou com o primeiro-casal.


Marisa no sítio, com o neto de Jacó Bittar, Guilherme



Lula tem um jeito peculiar de se relacionar com amigos, incompreensível para a maioria das pessoas. O ex-presidente costuma alargar o conceito de família.

No livro “A Verdade Vencerá”, Lula conta que teve três sogras: a da primeira mulher, que faleceu, a do primeiro casamento da Marisa, que também era viúva quando casou com Lula, e a mãe da Marisa.
Rindo, contou durante a entrevista que é a base do livro:

“Eu sou um cara tão bom que tratava como sogra a mãe do ex-marido da Marisa, e ela morou comigo; então, eu tive três sogras”.

Uma dos indícios que o Ministério Público utiliza para acusar Lula de ser o proprietário de fato do sítio em Atibaia é que ele passou muito tempo na propriedade, entre 2011 e 2016.

Os procuradores somaram o número de vezes que os carros da segurança de Lula passaram pelo pedágio do rodovia Fernão Dias no período: 540. Como tem pedágio na ida e na volta, chegaram à conclusão equivocada de que Lula foi 270 vezes para o sítio nesse período.

Não levaram em consideração que os seguranças oficiais têm turnos de trabalho e, num feriado, por exemplo, depois de 36 horas, são rendidos por outra equipe, que se desloca em outro carro.

Jacó explica que, num período, Lula praticamente morou no sítio.

“Quando o Lula teve o câncer, em 2012, oferecemos o sítio para ele fazer o tratamento e ele passou longos períodos lá. Eles sempre me ligavam do sítio para contar como ele estava. Nessa época, eu já ia menos ao sítio por causa do aumento da minha dificuldade de andar e de subir ladeiras e escadas”, relatou.

Ele conta que Fernando pensou em vender sua parte do sítio — a outra continuaria com Jonas Suassuna. “Isso gerou uma briga na nossa família”, disse.

Combinei com o Fernando que somente venderíamos se precisássemos realmente do dinheiro e que o Lula teria uma preferência na compra”, afirmou.

Por fim, registrou no depoimento:

“As idas frequentes e bem vindas do Lula e da Marisa são decorrentes de uma amizade iniciada há quatro décadas e do relacionamento íntimo que temos. Lamento profundamente que esse sítio tenha sido utilizado para acusar o meu filho e o meu amigo”.

O depoimento de Jacó foi anexado ao processo sob a condução de Moro no dia 20 de junho.

Pode-se duvidar de Jacó Bittar, mas esta é uma história com começo, meio e fim, diferentemente da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, cheio de ilações e nenhuma prova.

Jacó tem a seu favor o registo no IR da doação que fez ao filho já em 2011, muito antes da PF e procuradores baixarem em Atibaia para tentar, sem êxito, conseguir alguma declaração ou prova de que Lula é o proprietário do sítio Santa Bárbara.