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RALPH VIANA |
Este artigo, de autoria de Ralph Viana, foi matéria na revista BEM ESTAR, de Porto Alegre.
QUANDO O CORPO CURA
Uma terapia simples e eficiente, que aproveita os recursos do próprio corpo, dissemina-se pelo Brasil e é discutida em jornais e em programas dominicais da televisão.
Por Ralph Viana.
30/04/2007AUTO-HEMOTERAPIA - CARTA ABERTA DO FILHO DR. LUIZ MOURAÁLVARO MOURASr(a)s Profissionais de Saúde.Sou filho do médico Dr. Luiz Moura que teve a imagem denegrida no programa de televisão “Fantástico” da TV Globo exibido no dia 22/04/2007. A credibilidade das informações divulgadas em um programa de variedades exibido em uma rede de televisão não deve ter o mesmo peso que o depoimento de um presidente de um conselho profissional. O que se viu na matéria citada acima foi a divulgação (indevida e não autorizada) de um depoimento gravado em vídeo dos resultados obtidos com a prescrição pelo Dr. Luiz Moura do tratamento com auto-hemoterapia, pitacos de um repórter, depoimentos de pacientes satisfeitos com o tratamento e entrevistas com presidentes de conselhos profissionais totalmente despreparados (e desinformados) para exercer função tão importante para a sociedade brasileira. A começar pela presidente do CRM-RJ, Dra. Márcia Rosa de Araújo.Este conselho em janeiro de 2006 autorizou o Dr. Luiz Moura a realizar o tratamento com auto-hemoterapia em decisão unânime de seus conselheiros. Que papelão doutora, desconhecer as decisões tomadas pelos seus pares em data tão recente! Bem, temos também o depoimento do presidente do CFM Dr.Edson Andrade, chamando meu pai de picareta e afirmando que o mesmo estaria ganhando dinheiro com um vídeo gravado por pessoas sérias que não concordam que um tratamento tão eficaz e barato caia no esquecimento porque não está na moda.Dr.Edson Andrade, se o senhor tivesse se dado ao trabalho de fazer uma pesquisa rápida pela internet poderia ter se esquivado de dar este depoimento vergonhoso, mas a notoriedade concedida instantaneamente pelos meios de comunicação faz com que algumas pessoas esqueçam de algo chamado ética.Sr(a)s. Presidentes do CFM e CRM, caso estejam realmente interessados em defender a população e a classe médica de profissionais que não professam os ideais de Hipócrates, acessem o site do Institute of Sciense (www.instituteofSciense.com) e adquiram uma versão em pdf por US$ 27.00 do trabalho Autohemotherapy Reference Manual & Historical Review de autoria de S. H. Shakman. Este pesquisador listou 916 artigos publicados no período de 1905 a 1982, sendo que ao final do trabalho, nas referências bibliográficas temos os autores, período dos estudos e países onde foram realizados os congressos ou foi publicado o artigo.O que mais chama a atenção é a diversidade de países onde os estudos foram realizados, tais como China, Rússia, Alemanha, Romênia, Itália, Espanha, França, Bélgica, etc. Caso haja interesse por trabalho de médicos brasileiros temos também: - Imunoterapia – Dr. Ricardo Veronesi; - Autohemotransfusão - Dr. Jessé Teixeira; - Auto-Hemoterapia – Dr. Luiz Moura, Prof. Dr. José de Fellipe Junior, Dra. Berenice Wilke.Srs. presidentes do CFM, CRM-RJ, CRM-PE, Conselho Federal de Farmácia e da Sociedade Brasileira de Hematologia, a Auto-Hemoterapia é uma técnica que está sendo estudada e utilizada desde 1905 em diversos países com inúmeros relatos de melhora ou cura dos pacientes, o que mais é necessário para ser aprovada? Ao utilizar o conceito citado pelo(a)s Sr(a)s (o tratamento não têm fundamento científico ou não foi comprovada a sua eficácia), eu acredito que 90% dos medicamentos em uso hoje deixariam de poder figurar nas prateleiras das farmácias.Qual remédio precisa de cem anos de pesquisa para ser aprovado? Chamar alguém de picareta porque esta pessoa estuda e aplica os conhecimentos obtidos para curar ou amenizar o sofrimento das pessoas, sei lá, acho melhor deixar o julgamento sobre este senhor a cargo das pessoas que conhecem meu pai e se beneficiam de um tratamento que por ser barato e eficiente e jamais estará na moda e na mídia.Que Deus nos proteja dos poderosos picaretas!Álvaro Moura
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Dr. Luiz Moura à direita |
Técnica tradicional da saúde, utilizada desde 1911, está nas manchetes de jornais e programas de televisão do Brasil. Não por seus reconhecidos e comprovados benefícios, mas porque querem interditá-la, mesmo sem conhecerem suas bases e as experiências feitas a respeito. A manchete do programa Fantástico em 2007 excedeu em seu julgamento prévio, "auto picaretagem", apesar de mostrar depoimentos de várias pessoas que declararam que melhoraram enormemente com seu uso, depois que médicos desistirem de seus casos.
Na intenção de trazer informações substanciais e profundas a seus leitores, e não apenas opiniões, o BEM ESTAR decidiu dedicar sua matéria de capa a este assunto que atualmente ocupa o lugar central nos debates sobre técnicas terapêuticas complementares.
O QUE É?
Auto-Hemoterapia é uma técnica de estimulação imunológica que consiste da retirada de sangue da veia (da prega do cotovelo) e reposição imediata no músculo da nádega ou do braço da própria pessoa, estimulando assim o Sistema Retículo-Endotelial (S.R.E), o que provoca a quadruplicação dos macrófagos em todo organismo (ABMC, 2004).
CRM PERDE AÇÃO CONTRA A REVISTA FOCO E É CONDENADO A PAGAR OS HONORÁRIOS
A Justiça Federal do Rio Grande do Norte publicou em seu site a sentença do Juiz da 5ª Vara da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte, Ivan Lira de Carvalho, que negou direito de resposta ao Conselho Regional de Medicina – CRM referente a matéria sobre auto-hemoterapia publicada na revista FOCO. A mesma sentença condenou o CRM a pagar honorários no valor de R$ 1.000,00 ao advogado da revista, que foi representada pelo jornalista Marcus César Morais. Segundo a sentença, a “a reportagem impugnada foi publicada nos limites do exercício do direito de expressão, assegurado pelo art. 5º, inciso IV, da Constituição Federal, não havendo que se falar em direito de resposta.”
A ação ordinária de autos nº 0002610-33.2010.4.05.8400 - julgada improcedente em medida liminar e na sentença definitiva - foi impetrada pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte contra Marcus César C de Morais (Editora Foco) pretendendo o direito de resposta em relação à matéria intitulada a "Autohemoterapia - a cura pelo sangue". Segundo a sentença, “Verificou-se que a veiculação da reportagem "Autohemoterapia - a cura pelo sangue" não possui um caráter ofensivo à personalidade da parte autora nem contém informações inverídicas ou inexatas, tendo inclusive, ressaltado a polêmica que envolve o referido tratamento médico.”
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO
O CRM pleiteava direito de resposta em relação à matéria publicada no dia 27 de janeiro de 2010, na edição n.º 159, ano IX, da Revista FOCO, sobre a "autohemoterapia - a cura pelo sangue". Aduzia, em síntese, que no dia 27 de janeiro de 2010 foi publicada na aludida edição a matéria escrita pela jornalista Micheline Borges, que analisando o conteúdo da matéria haveria necessidade de esclarecer aos leitores revista, bem como a toda população de forma geral, aspectos de suma relevância sobre a técnica, tendo em vista que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o Conselho Federal de Medicina, o Conselho Federal de Farmácia, o Conselho Federal de Enfermagem e a Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia já se pronunciaram contrariamente ao seu uso.
Em resposta, a parte acusada mostrou que e a Revista Foco de fevereiro de 2010 publicara reportagem abordando o posicionamento do seguimento da classe médica que é contrária à auto-hemoterapia. Analisando o caso, o juiz observou que a pretensão autoral não merecia ser acolhida. E argumentou que “A Constituição Federal assegura a todos a livre manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato (art. 5º, inciso IV); e que “Por outro lado, também é assegurado pela Carta Magna o direito de resposta, proporcional ao agravo (art. 5º, inciso V)”. Continuou a sentença que “No caso dos autos, entendo que a veiculação da reportagem "autohemoterapia - a cura pelo sangue" na revista acima mencionada não possui um caráter ofensivo à personalidade da parte autora nem contém informações inverídicas ou inexatas, tendo inclusive, ressaltado a polêmica que envolve o referido tratamento médico”.
Finalizando a sentença, afirma o juiz Ivan Lira de Carvalho que “Diante disso, é patente que a reportagem impugnada foi publicada nos limites do exercício do direito de expressão, assegurado pelo art. 5º, inciso IV, da Constituição Federal, não havendo que se falar em direito de resposta. Posto isso, julgo improcedente o pedido deduzido na peça inaugural.” Em seguida, a sentença inclui a condenação ao CRM: “Condeno a parte autora ao pagamento de honorários advocatícios, os quais fixo em R$ 1.000,00 (um mil reais), na forma do art. 20, § 4º, do CPC.”
Segundo o médico Ricardo Veronesi, o macrófago é uma célula importante no mecanismo de defesa do sistema imunológico do organismo, já que responde por várias funções: destruição de vírus, bactérias, complexos auto-imunes e células anormais (neoplásicas); eliminação do excesso de colesterol; limpeza de esteróides; regulação de hormônios; auxilia na desintoxicação do organismo e metabolismo de drogas; remoção de microagregados de fibrina e prevenção de coagulação intra-vascular. Portanto, a auto hemoterapia funcionaria como uma vacina inespecífica, estimulando o organismo a fortalecer suas defesas contra qualquer agressão externa. Esta é sua função primordial.
ESCLERODERMIA TEM CURA COM AUTOHEMOTERAPIA
De acordo com o depoimento do Dr. Luiz Moura, que pode ser conferido no site abaixo, “Esclerodermia” tem cura! É só clicar no endereço que em seguida já será possível conferir o vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=-tjHk1SvxsI
Um outro caso da doença tratado com a Auto-Hemoterapia, pode ser observado na publicação de uma conceituadíssima “Faculdade” da área médica da Europa.
Deve-se ressaltar, porém, que a referida publicação aparece sob o “cauteloso” preâmbulo que adverte: “Artigo de Investigação”.
ESENFC – ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE COIMBRA (PORTUGAL)
Revista de Enfermagem Referência - II Série Nº9 Março 2009 – às pp.51-59
Se faz necessário dizer que a entidade portuguesa se utilizou do material confeccionado pelos cientistas brasileiros:
Telma Geovanini* Mestre em Enfermagem – Coordenadora do Curso Enfermagem da UNIPAC;
Manoel Mozart Corrêa Norberto** Médico Cirurgião Geral e Mastologista
Ambos os autores, sob os auspícios da UNIPAC – Universidade Presidente Antonio Carlos–Juiz de Fora
Para colocarmos um pouco mais de luz sobre o assunto, vamos ler um trecho do próprio artigo:
ADB, 48 anos, branca, do lar, diagnóstico de esclerodermia, portadora de extensas feridas com predominância de tecido necrótico, envolvendo os membros inferiores dos joelhos para baixo e outra ferida com cratera profunda na mama direita. Não era hipertensa nem diabética, antes da doença não fazia uso de nenhuma medicação, excepto analgésicos. Fazia tratamento com médico vascular em Leme e antes de iniciar a auto-hemoterapia o médico vascular havia prescrito penicilina Benzatina 1.200.000U 1 frasco a cada 20 dias. Com a auto-hemoterapia sentiu melhoras em cabelo, pele, sono tranquilo, aumento de apetite.
Iniciou tratamento em 9 de Agosto de 2006, recebendo durante quatro meses aplicações de 20ml de sangue nas 12 primeiras semanas e 10ml da 13a semana em diante. O sangue era colhido de veias periféricas, escolhidas criteriosamente alternando-se semanalmente os locais da punção nos membros superiores direito e esquerdo.
As injecções do sangue colhido foram feitas nos músculos ventroglúteo, glúteos máximo e mínimo direito e esquerdo, também se alternando as regiões de aplicação e aplicando-se 5ml em cada uma de quatro regiões, por via intra-muscular profunda, utilizando-se seringa de 20ml e agulha 25 X 7 para a punção e 30X8 para as aplicações. A limpeza das feridas era realizada nas mesmas ocasiões com técnica limpa, constando de irrigação directa das lesões com solução isotónica de cloreto de magnésio a 10%. O uso do cloreto de magnésio para limpeza de feridas é defendido por Moura (2006). Ele regula o metabolismo de cálcio no organismo impedindo as calcificações, activa o sistema imunológico e actua nas bursites e na osteoporose.
Foi recomendada a suplementação alimentar calórico-proteica da cliente e sua movimentação activa e passiva, alternada com repousos diários com os membros inferiores elevados de 30 a 45 graus. Procurou-se oferecer uma assistência integral, com abordagem nos aspectos bio-psico-espirituais da cliente, oferecendo-se apoio emocional e estímulo à interacção participativa da mesma em todo o processo.
Ao final do tratamento a cliente apresentou melhora acentuada do quadro clínico, com remissão dos sintomas e granulação de 70% da área afectada nos membros inferiores, enquanto que a ferida da mama cicatrizou totalmente, como pode ser comprovado nos registos fotográficos. As imagens apresentadas para comparação do “antes” e “depois”, foram efectuadas no início do tratamento em 09/08/2006 e em 20/12/2006...
O texto completo pode ser obtido no endereço abaixo. Nele, as pessoas interessadas podem receber maiores informações, não só sobre a ESCLERODERMIA, mas também sobre a própria AUTO-HEMOTERAPIA.
http://www.esenfc.pt/rr/admin/conteudos/downloadArtigo.php?id_ficheiro=261&codigo=
Espero ter colaborado com vocês, meus prezados leitores.
Que Deus nos ajude, dando-nos mais e mais do Seu amor e misericórdia!
Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé (1João 5.4).
UM POUCO DA HISTÓRIA
Apesar dos vários comentários das "autoridades" médicas, afirmando que a auto hemoterapia não tem fundamentação científica ou estudos prévios, uma simples pesquisa é suficiente para traçar seu percurso histórico.
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Em 1911, o médico F. Ravaut registrou sua utilização em diversas enfermidades infecciosas, em particular na febre tifóide e em várias dermatoses. O Dr. Ravaut usou também a auto-hemoterapia em certos casos de asma, urticária e estados anafiláticos (Dicionário Enciclopédico de Medicina, Tomo 1, de L. Braier).
Em 1912, o professor Sicard, da Sorbonne, Paris, utilizou-a empiricamente em tratamento de infecções e também para tratar da acne juvenil, com resultados muito positivos. Tal prática disseminou- se na Europa.
Em 1941, o Dr. Leopoldo Cea, no "Dicionário de Términos Y Expressiones Hematológicas", pg. 37, cita: Auto hemoterapia: "método de tratamento que consiste em injetar a um indivíduo cierta cantidad de sangre total (suero Y glóbules) tomada de este mismo indivíduo". No mesmo ano, o Dr. H. Dousset, coloca a auto–hemoterapia na classificação de técnicas indispensáveis: "É muito útil em certos casos, para dessensibilizações".
Em 1976, Stedman, no "Dicionário Médico", 25ª edição, pg. 129, cita a utilização da auto hemoterapia, descrevendo seu procedimento. O mesmo acontece no livro "Index Clínico" – Alain Blacove Belair, publicado em 1977.
Ou seja, a auto hemoterapia é uma técnica reconhecida há muito tempo no campo médico, indicada por várias autoridades e com vários estudos publicados. Portanto, não cabe os argumentos das "autoridades" de que se trata de uma técnica pouco conhecida e sem estudos realizados.
Brasil na Vanguarda - Mas no Brasil é que foi realizada a pesquisa mais esclarecedora sobre o tema. O professor Jésse Teixeira, médico consagrado em nosso país (talvez o médico brasileiro mais conhecido entre as décadas de 1940/60) , provou que o Sistema Retículo-Endotelial era ativado pela auto-hemoterapia, em seu trabalho publicado e premiado em 1940 na "Revista Brasil – Cirúrgico", no mês de Março.
Dr. Jésse Teixeira provocou a formação de uma bolha na coxa de pacientes, com cantárida, substância irritante. Fez a contagem dos macrófagos – células de defesa do sistema imunológico. Antes da auto-hemoterapia, a cifra foi de 5%. Após a auto-hemoterapia a cifra subiu a partir da 1ª hora, chegando após 8 horas a 22%. Manteve-se em 22% durante 5 dias e finalmente declinou para 5% no 7º dia após a aplicação. Ou seja, o estudo comprovou que a auto hemoterapia
provoca a quadruplicação dos macrófagos, aquelas células multi-funcionais do sistema imunológico descritas por outro eminente médico brasileiro, Dr. Ricardo Veronesi. Uma pesquisa científica conclusiva.
Dr. JESSÉ TEIXEIRA
Artigo publicado em março de 1940, na Revista Brasil Cirúrgico, da lavra do doutor Jessé Teixeira, trabalho este inclusive premiado pela Academia de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. No ensaio em questão o citado médico relatava suas experiência baseadas no tratamento de 150 casos ocorridos no Hospital de Pronto Socorro do Rio de Janeiro utilizando como técnica a autohemoterapia que coniste na retirada de 20cc de sangue da prega do cotovelo que imediatamente são injetados na nádega do próprio paciente.
O Dr. Jessé Teixeira explica no artigo que o sistema retículo endothelial de ASCHOFF-LANDAU é poderosamente estimulado pela autohemoterapia, relatando a seguinte experiência:
O Dr. Jessé Teixeira explica no artigo que o sistema retículo endothelial de ASCHOFF-LANDAU é poderosamente estimulado pela autohemoterapia, relatando a seguinte experiência:
a) Um emplastro de cantarídas, colocado sobre a pele da coxa, determina a formação de pequena vesícula. Aspirado o conteúdo da vesícula em um tubo em "U", depois de seco e corado, a contagem do diferencial revela uma incidência de monócitos por volta de 5%. Após a autohemoterapia, a cifra de monócitos, no conteúdo da vesícula, se eleva em oito horas para 22% e, após 72 horas, ainda há 20%, caindo a curva gradualmente para voltar ao normal após 07 dias.b) Pela prova Vermelho Congo se evidencia a capacidade de armazenar corantes do S.R.E - essa capacidade acentua-se consideravelmente após a injeção de sangue.
c) outro teste estimula a determinação do indice bactrericida dos humores, segundo o método WRIGTH. Após a injeção na nádega de 20cc de sangue retirados do prega do cotovelo, o índice mostra um acréscimo, que, dentro de oito horas, chega a um máximo de 15 a 20 valores normais. Assim, a elevação dos monócitos, a elevação do índice bactericida dos humores, prova estimulação dos poderes defensivos do organismo, através do S.R.E.
No mesmo artigo o Dr. Jessé Teixeira relata o emprego da autohemoterapia em 150 pacientes que se submeteram a cirurgias diversas, afirmando que o índice de infecção pós operatória foi zero.Esse artigo tem propósitos apenas informativos. NÃO FORNECE ORIENTAÇÕES MÉDICAS. quanto o autor e divulgador não se responsabilizam por quaisquer conseqüências possíveis oriundas de qualquer tratamento, procedimento, exercício, modificação na dieta, ação ou aplicação de medicamento que resultem da leitura ou observância das informações aqui contidas. A publicação dessas informações não constitui a prática da medicina, e não substituiu o conselho do seu médico ou outro profissional de saúde. Antes de adotar qualquer tipo de tratamento, o leitor deve procurar atendimento médico ou outro profissional da saúde.
ESTUDOS IMPRESSIONANTES!
A partir dessa constatação, Dr. Jésse Teixeira realizou um estudo com a aplicação da auto-hemoterapia em pacientes que foram submetidos à cirurgia de pulmão, comprovando seu impressionante efeito: 0% de infecção hospitalar ou complicações pós-operatórias! Utilizou ele a autohemotransfusão de 20 cc logo após a operação; estando o doente ainda na mesa de operação.
A pesquisa foi baseada em 150 observações, das quais, a maioria, pertencentes à cirurgia de urgência (sem realização de profilaxia prévia), através dos casos passados pelo Serviço "Daniel de Almeida" a cargo do Dr.Jorge Doria, no Hospital de Pronto Socorro, no Rio de Janeiro, em 1937. Esta foi a primeira pesquisa brasileira publicada sobre o assunto, tendo sido premiada na
categoria de originalidade, em março de 1940, na Revista "Brasil Cirúrgico". (Nota do Redator: Tenho disponível o trabalho, tanto xerocado em sua grafia original, quanto com ortografia atualizada).
Nosso país, que tão raramente se destaca no campo da pesquisa em qualquer área, obteve, através deste trabalho, uma posição de destaque na pesquisa médica no campo da imunologia. O não conhecimento desta pesquisa e sua não utilização na saúde pública por décadas mostra o quanto não é valorizada a iniciativa dos pesquisadores nacionais (vale lembrar que tivemos um presidente,
Tancredo Neves, que morreu de infecção hospitalar!)
Outros trabalhos significativos foram feitos pelo Dr Luiz Moura, eminente médico carioca, o primeiro presidente médico do INAMPS. Quando estudante de Medicina, Dr. Moura acompanhou o trabalho de seu pai, Dr. Pedro Moura, aplicando a auto-hemoterapia em pacientes que iriam à cirurgia, na Casa de Saúde S. José, no Rio de Janeiro, com a finalidade de evitar infecção ou complicações pulmonares pós-operatórias.
Fala o Dr. Luiz Moura: "Entre 1943 e 1947, quando cursava a Faculdade Nacional de Medicina apliquei a auto-hemoterapia seguindo a indicação de meu pai, Professor Pedro Moura, nos pacientes que ele operava na Casa de Saúde S. José. A primeira aplicação era feita na residência do paciente e a segunda 5 dias depois, na Casa de Saúde, no quarto do paciente. A dosagem era sempre de 10ml. A finalidade da aplicação era evitar infecção ou outra complicação infecciosa
pulmonar, já que a anestesia na época era feita em geral com éter, que irritava bastante os pulmões. O cirurgião geral, Dr. Pedro Moura, adotou este método face ao sucesso da experiência do Professor Jésse Teixeira que registrou em 150 cirurgias as mais variadas, 0% de complicações infecciosas post-operatórias, em 1940".
Dr. Luiz Moura depois de formado continuou aplicando a auto- hemoterapia em casos de acne juvenil e dermatoses de fundo alérgico. Em 1976, um fato ampliou sua visão sobre a técnica: aplicou a auto- hemoterapia no Dr. Garófalo, seu colega e amigo, que estava com obstrução arterial na coxa direita. Durante 4 meses, de 7 em 7 dias aplicou 10 ml de sangue. Após este período, o Dr. Garófalo, já podendo caminhar normalmente, submeteu-se a novos exames e comprovou que a artéria estava livre de obstrução, e indicou ao Dr. Luiz o trabalho de outro eminente médico brasileiro, que pesquisava na mesma linha na imunologia, o Dr. Ricardo Veronesi abrindo o campo para o tratamento das doenças auto-imunes.
A partir de diversos tratamentos e estudos de caso, o Dr. Luiz Moura passou a ser considerado uma referência mundial na utilização da técnica de auto-hemoterapia, tanto como pesquisador quanto como divulgador. Suas pesquisas e prática clínica passaram a indicar um grande leque de possibilidades da aplicação da auto- hemoterapia, além de outros procedimentos terapêuticos
complementares. A respeito de seu trabalho inovador, foram gravados dois vídeos, de cerca de 2 horas e meia de duração cada: o "Energia da Vida" (realizado em 1992 por Luiz Sarmento e Ralph Viana) e "Auto- hemoterapia – Contribuição para a Saúde" (março de 2004, direção de Luiz Sarmento e Ana Martinez), que foram os vídeos que deram a dimensão nacional à auto hemoterapia e que foram citados e mostrados no Fantástico.
A disseminação da auto hemoterapia é visível também na internet, onde há inúmeras referências a tratamentos e aplicações (como nas diversas enfermidades do tipo anafilático: coriza espasmódica, asma, eczemas, urticária, etc.
Na pesquisa na internet, constatamos que em Scottsdale, no estado de Arizona - EUA, o tratamento com a auto-hemoterapia (em diversas enfermidades) pode ser incluída no Plano de Saúde Pessoal, no Envita Natural Medical Center da America.
Também na rede (
www.InstituteOfScience.com ) está disponível o impressionante trabalho de 296 páginas: "AUTOHEMOTHERAPY REFERENCE, MANUAL & HISTORICAL REVIEW - Autologous Blood in the History and Future of Medicine: From Bloodletting to Stem Cells Incorporating considerations of associated fields of AUTOLOGOUS-VACCINE-THERAPY and AUTOTHERAPY", escrito por S.Hale Shakman, Ph. D, do INSTITUTE OF SCIENCE. [1]
UM CASO EMBLEMÁTICO
O Dr. Luiz Moura é pródigo em detalhes em suas anotações sobre os mais diversos casos que tratou com a auto hemoterapia. Um deles abriu as portas da utilização da auto hemoterapia como coadjuvante no tratamento das doenças auto-imunes (quando o próprio corpo se ataca). Em suas palavras: "Em setembro de 1976 internou-se na Clínica Médica do Hospital Cardoso Fontes uma paciente cujo diagnóstico foi esclarecido pela consultora dermatológica da Clínica, Dra. Ryssia Alvares Florião. Feitas as biópsias nas mamas, abdômen e coxa de A.S.O. (F) – 52 anos, e encaminhadas estas à patologista do Hospital, Dra. Glória de Morais Patello, o diagnóstico foi: esclerodermia, fase final.
A Dra. Ryssia que tinha sido residente em Clínica Dermatológica em Nova York, Estados Unidos, para onde convergiam os pacientes com esclerodermia, disseque "pouco podia fazer pela paciente, pois aquela Clínica era nada mais que um depósito de esclerodérmicos"
Iniciei o tratamento da paciente no dia 10/09/1976. Com a intenção de provocar o desvio imunológico (as defesas passarem a se concentrar no sangue injetado) e assim aliviar a paciente, apliquei 5 ml de sangue em cada deltóide e 5ml em cada glúteo, de 5 em 5 dias. A paciente já não caminhava há 8 meses e não deglutia sólidos, só líquidos, devido a estenose do esôfago. Um mês depois, no dia 10/10/1976 a paciente saía andando do Hospital, com alta melhorada
assinada pela Dra. Ryssia.
A paciente continuou o tratamento com a dose de 10 ml de sangue por semana. Em maio de 1977, sete meses depois, a paciente A.S.O. foi reinternada para avaliação, sendo constatada uma grande melhora em relação ao dia 10/10/1976 quando teve alta no ano anterior.
Surgiu na ocasião um concurso patrocinado pelo Laboratório Roche/Hospital Central da Aeronáutica. Redigimos então um trabalho minuciosamente documentado tanto com exames complementares como também com fotografias em slides da paciente em setembro de 1976 e maio de 1977. Surpreendentemente,o concurso cujo tema era originalidade, não publicou o trabalho".
Aí começa a desvendar-se o lado sombrio e subterrâneo dos interesses contrariados por esta tradicional prática médica. Afinal, a auto hemoterapia, por estimular o sistema imunológico provou sua eficiência em diversas patologias sem a utilização de medicamentos! Uma seringa e uma agulha ao invés de remédios caros e de uso continuado. Fica evidente que os interesses mercadológicos da poderosa indústria farmacêutica são confrontados por uma prática simples e de comprovada eficiência (zero de infecção hospitalar em 150 casos é uma boa medida, não?).
DISSEMINAÇÃO, RESISTÊNCIAS E INTERESSES
Os diversos casos citados pelo Dr. Luiz Moura em vários artigos e por outros profissionais que passaram a utilizar a auto hemoterapia, como a enfermeira Ida Zaslavsky, em Florianópolis, chamaram a atenção de vários profissionais em todo o Brasil, que também tiveram acesso ao vídeo e passaram a incluir esse procedimento em suas clínicas. Os incontáveis resultados favoráveis com este tratamento coadjuvante (a auto hemoterapia é utilizada de forma complementar) e a conseqüente divulgação boca a boca por parte dos pacientes beneficiados tornou-a rapidamente popular. Afinal trata-se de uma terapia eficaz e barata, com mínimas contra indicações, própria para um país pobre e com um sistema de saúde precário. Em Recife passou a ser utilizada na rede pública, em Postos de Saúde, com bons resultados, segundo o médico que está à frente do projeto e que fez esta declaração ao Fantástico.
A resposta das instituições profissionais da saúde não demorou. Não reconhecendo as evidências, propondo mais estudos ou sua utilização na rede pública, mas surpreendentemente desaconselhando seu uso, como alguns conselhos de medicina e de enfermagem fizeram (a princípio até que estudos mais conclusivos fossem feitos). E, pior, simplesmente proibindo sua prática, como fizeram alguns conselhos estaduais, baseados no argumento de que não se trata de um procedimento científico!
A discussão sobre cientificidade, seus métodos e limitações, é pertinente, mas não cabe no espaço deste artigo, até porque os dados e estudos sobre a auto hemoterapia citados são mais do que abundantes. O que cabe é perguntar por que se proíbe arbitrariamente um procedimento médico tradicional que não utiliza medicamentos, apesar das evidências, de vários estudos e de inumeráveis relatos pessoais positivos?
A auto hemoterapia poderia ser criticada por sua suposta menor eficácia comparada aos medicamentos modernos, ou por ser um procedimento fora de uso (como as ventosas) pela medicina tecnológica atual. Mas sua proibição, extemporânea e irracional, gera a inevitável conjetura: que interesses estão sendo
contrariados? Quem está perdendo com a disseminação da auto hemoterapia? Serão aqueles que apregoam e têm lucros fantásticos (boa a lembrança do nome) com a venda de medicamentos?
Com certeza não são os pacientes que se submeteram ao procedimento, pois em todas as matérias publicadas em jornais e as veiculadas pela televisão, não apareceu nenhum cidadão ou cidadã reclamando de sua ineficácia, muito pelo contrário.
COMENTÁRIOS FINAIS
Seria de se esperar que os dirigentes desses conselhos, de medicina e de enfermagem, estudassem minimante o tema antes de se pronunciarem publicamente ou interditarem a utilização de uma técnica tão bem avaliada por seus usuários, tanto por sua eficiência quanto por seu baixíssimo custo (além de evitar todos os efeitos colaterais conhecidos provocados pelo excesso de medicamentos). A resposta ao Fantástico do médico que condenou a sua prática, à pergunta sobre o porquê de tantos depoimentos favoráveis de clientes da auto hemoterapia, "É o efeito placebo", mostra o despreparo de alguém a quem caberia dar uma resposta científica, tão cobrada por ele na condenação.
Só nos resta constatar que no Brasil do vale tudo, só não valem, verdadeiramente, os interesses da população. Mas é inevitável que, como disse Caetano Veloso, "enquanto os homens exercem os podres poderes", a população faz seu papel, cuidando da melhor maneira de sua saúde, pois os poderosos nunca o fizeram.
O movimento em prol da hemoterapia está crescendo fortemente entre seus usuários (vide comunidade no orkut), que afirmam que continuarão a utilizá-la, independentemente da decisão "oficial". Profissionais de saúde estão passando a assinar um necessário termo de responsabilidade (feito por advogados
usuários da auto hemoterapia) para continuarem exercendo seu direito de ajudar seus clientes. O movimento cresce.
É provável que este momento fique na história com a mesma marca da "Revolta da vacina", quando várias "sumidades" e "autoridades" quiseram proibir e incitaram a população a resistir à vacinação contra a febre amarela, no Rio de Janeiro. A determinação de Oswaldo Cruz conseguiu ultrapassar as resistências e
as vacinas (consideradas "uma prática perigosíssima" por aqueles), salvaram milhões de pessoas. Inacreditavelmente, cem anos depois estamos novamente frente o mesmo dilema (com outros interesses por trás, é claro). O Brasil é um país sui generis.
[1] Nota da k. autora deste blog: Institute Of Science -1158 26th St., #323 - Santa Monica, CA - 90403 (310)281-6760. Email:
mail@instituteofscience.com.
Segundo S. H. Shakman , diretor executivo do Institute Of Science, em Santa Mônica, Califórnia, eles estão fazendo pesquisas sobre a auto-hemoterapia: "We have been engaged in intensive studies involving:The practice of
"Autohemotherapy", the predominantly extravascular reinjection of autologous blood. Autohemotherapy appears to be the culmination of centuries of utilization of autologous blood in therapy, encompassing activities ranging from bloodletting to the latest trends in bone-marrow and stem cell transplantation".