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quarta-feira, 18 de março de 2009

A PETROBRAS E OS DERIVATIVOS


Corre a boca pequena que as dificuldades da Petrobras, principalmente depois que a estatal após faturar o recorde que uma empresa latino americana jamais sonhou, ou R$36 bilhões de reais, e adotado uma série de medidas de contenção de despesas, teria aplicado recursos em DERIVATIVOS, e tido um prejuizo após o crack da economia americana, principalmente em função dos DERIVATIVOS que viraram pó.




(Por isso especula-se a resistência da empresa em pagar uma PLR menor do que o lucro que teve justificaria)




Os DERIVATIVOS viraram a propósito o novo termo econômico em moda.


Portanto entenda o que são derivativos no mercado financeiro


Por Juliana Rosa

Para tentar se defender de oscilações de preços futuros de um ativo financeiro ou até mesmo alavancar suas aplicações, investidores apostam em derivativos, que são ativos financeiros que derivam, como o próprio nome já diz, de um outro ativo.


As modalidades mais utilizadas são a termo e de opções nas bolsas de valores e as operações na Bolsa de Mercadorias & Futuro (BM&F), como negociação de algumas commodities agrícolas, câmbio, ouro e índices como o futuro do Ibovespa.


Quem acha que o preço do ativo a ser negociado vai subir entra na operação como comprador. Assim, garante que, mesmo que daqui a um tempo o preço suba, ele comprará pelo preço combinado. Mas se o preço cair, o investidor pode ter que pagar pela quantia combinada, que pode ser maior do que a encontrada no mercado à vista.



Em opções, depois de pagar um prêmio ao vendedor, o comprador pode ou não exercer seu direito de compra, ou seja, pode optar. Os vencimentos ocorrem sempre na terceira segunda-feira dos meses pares do ano. Já no contrato a termo, passado o tempo combinado – os vencimentos acontecem normalmente 60 ou 90 dias a partir da assinatura do contrato – as duas partes são obrigadas a liquidar a operação.



No mercado a termo, é preciso depositar garantias. No caso do vendedor coberto (que já tem as ações), as próprias ações negociadas. Já as garantias do vendedor e do comprador descoberto são depositadas em dinheiro, títulos e cartas de fiança, por exemplo. No contrato de opções, o comprador tem que pagar uma quantia ao vendedor pelo direito, se quiser, de comprar as ações.



Mesmo que não compre, o dinheiro do prêmio não é devolvido.
Liquidar antes do prazo


O economista Antônio Gonçalves explica que as operações a termo podem ser liquidadas antes do vencimento e, por isso, é definido no contrato quem pode pedir antecipação e se o valor a ser pago terá que ser integral ou proporcional ao número de dias combinado.


Os derivativos são usados para fazer hedge. Se uma empresa tem dívidas a pagar em dólar pode fechar na BM&F um contrato de dólar futuro para garantir que pagará a cotação desejada quando tiver que quitar a dívida. "Dessa forma, mesmo que a moeda americana ultrapasse a cotação fixada, a empresa comprará pelo preço combinado. Neste caso, ela estará protegida, ou seja, fez um hedge", explica Gonçalves.



Os derivativos, quando não são usados como hedge, são investimentos de alto risco. Vamos supor que alguém resolveu fechar um contrato futuro de café como vendedor e apostou que, se hoje vale R$ 14, vai custar R$ 12 daqui a 30 dias. Passado esse prazo, se a cotação cair apenas para R$ 13, e esse alguém não tiver o café, terá que comprar no mercado por R$ 13 para vender por R$ 12 (o valor combinado). Ou seja, vai perder dinheiro, explica o diretor de análise de investimentos da corretora Diferencial, Zulmir Tres.



Veja alguns exercícios para entender isso.



DERIVATIVOS - EXERCÍCIOS

1) Uma pessoa necessita pagar uma dívida mas não tem disponibilidade no momento. Como possui ouro, pensou em vendê-lo para saldar o compromisso. Também não quer se desfazer permanentemente deste ativo, e gostaria de recomprá-lo em breve tendo em vista que deverá ter uma entrada de caixa em poucos dias. Assim, irá realizar uma operação caixa. Consulta sua instituição financeira e verifica que poderá negociar uma barra de 250 gramas por R$ 42 o grama e comprar uma opção de compra com preço de exercício de R$ 40 por grama a R$ 3,40. Desta forma garantirá o preço máximo que irá pagar pelo ativo (R$ 40 por grama).

Caixa gerado pela venda do ouro: R$ 42 x 250 gramas = R$ 10.500
Desembolso pela compra da opção de compra: R$ 3,40 x 250 gramas = R$ 850

Entrada de caixa no início da operação: R$ 10.500 – R$ 850 = R$ 9.650
Preço a pagar pela barra de ouro caso exerça a opção: R$ 40 x 250 gramas = R$ 10.000

Prazo até o vencimento da opção: 38 dias úteis

Para fins de simplicação, desconsidere as comissões pagas.


2) O gestor de um fundo necessita transformar parte dos ativos em caixa para fazer frente a alguns resgates de cotistas. Para tanto, pretende vender 10.000 ações de Petrobrás PN a R$ 51 por ação. Como possui a expectativa de que a ação de Petrobrás irá subir mais de 10% nos próximos dias, gostaria de garantir o preço de recompra destas 10.000 ações com o dinheiro esperado de novos cotistas que ingressarão no fundo. Assim, adquire 10.000 opções PETRG50 (preço de exercício de R$ 50) por R$ 2,70 cada opção. Veja que o gestor garante que, no máximo pagará R$ 50 por ação de Petrobrás PN para reincorporar as 10.000 ações à carteira do fundo. Se na ocasião em que for recomprar as ações elas estiverem abaixo de R$50 no mercado, ele fará a compra no pregão (pagando mais barato) em vez de exercer a opção.
Prazo até o vencimento: 18 dias úteis.

Caixa gerado pela venda das 10.000 ações Petrobrás PN:
R$ 51 x 10.000 ações = R$ 510.000
Desembolso pela compra da opção de compra: R$ 2,70 x 10.000 = R$ 27.000

Entrada de caixa no início da operação: R$ 510.000 – R$ 27.000 = R$ 483.000
Preço a pagar pelas ações caso exerça as opções: R$ 50 x 10.000 = R$ 500.000
Qual a taxa de juros da operação, no período e anualizada?


3) Um investidor deseja fazer uma operação de financiamento de opções. Para tanto deseja operar com a ação da Petrobrás PN e opções da série PETRG48 (preço de exercício X = R$ 48,00). O financiamento com opções tem a mecânica inversa da operação caixa. Neste caso, ele deverá comprar ações da Petrobrás PN e vender opções de compra. Verifica junto a uma corretora os preços correntes do ativo e do derivativo:

Petrobrás PN = R$ 51,00
PETRG48 = R$ 3,82
O investidor irá que operar com um lote de 1.000 ações.
O vencimento das opções ocorre em 18 dias úteis.

Desembolso inicial:
Compra de Petrobrás PN (saída de caixa): R$ 51,00 x 1.000 ações = R$ 51.000
Venda das Opções (entrada de caixa): R$ 3,82 x 1.000 opções = R$ 3.820
Desembolso Inicial: R$ 47.180

Entrada de caixa caso venha a ser exercido: R$ 48.000

Caso ele venha a ser exercido até o vencimento das opções, qual a rentabilidade que obterá na operação e qual a rentabilidade anualizada da operação?


4) Caso o investidor resolva arriscar um pouco mais e, em vez de vender a opção da série com preço de exercício 48, venda 1.000 opções da série PETRG50, a um preço de exercício de R$ 50 e um prêmio de R$ 2,70, qual a rentabilidade que obterá na operação e qual a rentabilidade anualizada, se for exercido? (o preço de mercado da ação e o prazo até o vencimento da opção são os mesmos da questão anterior)

5) Um investidor deseja montar uma trava de alta. Entra em contato com a sua corretora e verifica os seguintes preços para as opções de compra de Petrobrás e da ação de Petrobrás:
Ação da Petrobrás PN (código PETR4) = R$ 50,44
Opção da PETR4 com preço de exercício R$ 50 (código PETRG50) = R$ 1,74
Opção da PETR4 com preço de exercício R$ 52 (código PETRG52) = R$ 0,76
Caso ele consiga montar a trava de alta com estes preços, qual será, respectivamente, o desembolso inicial, e o resultado da operação se, no vencimento, a ação de Petrobrás PN ficar abaixo de R$50 e acima de R$52. Note que o resultado da operação inclui o desembolso inicial.


6) Se, ao invés de montar uma trava de alta, este mesmo investidor montasse uma trava de baixa com as mesmas opções, qual seria o embolso inicial e o resultado final da trava, no vencimento, se PETR4 ficar abaixo de R$50 e acima de R$52?

7) Um investidor deseja realizar uma operação de Box-3 (modalidade geração de caixa) com 1.000 ações de Petrobrás PN que estão em sua carteira, a fim de saldar uma dívida imediata. Sabendo-se que o prazo entre a realização da operação e o vencimento das opções é de 14 dias úteis, qual a entrada de caixa no início da operação, a saída de caixa no final da operação e a taxa anual equivalente para 252 dias úteis (sem levar em conta corretagens), considerando os preços abaixo:

Ação da Petrobrás PN (código PETR4) = R$ 50,44
Opção de compra de PETR4 com preço de exercício R$ 50 (código PETRG50) = R$ 1,74
Opção de venda de PETR4 com preço de exercíco de R$ 50 (código PETRS50) = R$ 0,90

Obs.: Note que serão negociadas 1.000 opções de compra e 1.000 opções de venda.

8) Um produtor rural deseja fazer hedge de parte de sua colheita de soja e verifica que o soja está sendo vendido a futuro, para o próximo vencimento, o equivalente a R$ 34,00 a saca de 60 kg. Caso o produtor efetive a operação de venda a futuro por este preço e, se o preço à vista do soja no vencimento do contrato futuro estiver a:
Cenário 1 – Preço à vista do soja no vencimento do contrato = R$ 30,00
Cenário 2 – Preço à vista do soja no vencimento do contrato = R$ 36,50
quanto este produtor deverá ter recebido/pago, em termos de ajustes diários, à Bolsa de Futuros entre o momento da operação e o vencimento do contrato, caso opte pela liquidação por diferença financeira?

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