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terça-feira, 9 de setembro de 2014

A VISÃO DA CORUJA DE MINERVA.

Noam Chomsky
05/09/2014
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Matéria em colaboração de Paulo Correia.

Avram Noam Chomsky (Filadélfia7 de dezembro de 1928) é um linguistafilósofo e ativista político norte-americano, professor de Linguística no Instituto de Tecnologia de Massachusetts .Seu nome está associado à criação da gramática ge(ne)rativa transformacional. É também o autor de trabalhos fundamentais sobre as propriedades matemáticas das linguagens formais, sendo o seu nome associado à chamada Hierarquia de Chomsky.Seus trabalhos, combinando uma abordagem matemática dos fenómenos da linguagem com uma crítica do behaviorismo,nos quais a linguagem é conceitualizada como uma propriedade inata do cérebro/mente humanos, contribuem decisivamente para a formação da psicologia cognitiva, no domínio das ciências humanas.Além da sua investigação e ensino no âmbito da linguística, Chomsky é também conhecido pelas suas posições políticas de esquerda e pela sua crítica da política externa dos Estados Unidos. Chomsky descreve-se como um socialista libertário, havendo quem o associe ao anarcossindicalismo.O termo chomskiano é habitualmente usado para identificar as suas idéias linguísticas embora o próprio considere que esses tipos de classificações (chomskiano, marxista, freudiano) "não fazem sentido em nenhuma ciência", e que "pertencem à história da religião, enquanto organização".[

coruja de minerva
O símbolo oficial dos illuminati é a Coruja de Minerva – deusa romana da sabedoria. A coruja, caracterizada por hábitos diferentes das outras aves, é ave de rapina por excelência, e, além de observadora, é misteriosa, esperta e muito curiosa, já que possui uma visão muito rara e apurada (unidirecional: ele gira quase que completamente a cabeça, sendo possível observar praticamente todos os lados), algo muito superior às demais classes de animais. Seu olhar penetra nas trevas como a inteligência penetra na obscuridade das coisas.

Dadas as informações acima é fácil perceber nesse líbelo de Noam Chomsky uma crítica velada ao público leigo mas não agora depois da nossa matéria àos Illuminatis, já que eles  dominam o poder temporal e a CORUJA DE MINERVA é o seu símbolo.


ISSO ME FAZ LEMBRAR A CARTA TESTAMENTO DE GETÚLIO VARGAS. NUNCA TÃO ATUAL.
Cópia da Carta-testamento de Getúlio Vargas, 24 de agosto de 1954:
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Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

I
Não é nada agradável tentar imaginar os pensamentos que devem estar passando pela cabeça da Coruja de Minerva quando a noite cai e ela empreende a tarefa de interpretar a era da civilização humana, que pode agora estar se aproximando de seu fim inglório.

A era se iniciou há quase 10 mil anos no Crescente Fértil, que se estende das terras do Tigre e do Eufrates pela Fenícia, pela costa oriental do Mediterrâneo até o Vale do Nilo, e de lá para a Grécia e para além dela. O que está acontecendo nessa região fornece lições dolorosas de quão fundo a espécie pode chegar.

Denis Halliday
As terras do Eufrates e do Tigre têm sido palco de horrores indizíveis nos últimos anos. A agressão de George W. Bush-Tony Blair em 2003, que muitos iraquianos compararam com as invasões mongóis do século 13, foi mais um golpe fatal. 

Ela destruiu grande parte do que sobreviveu às sanções da ONU ao Iraque, movidas por Bill Clinton, e foi condenada como "genocida" pelos diplomatas ilustres Denis Halliday e Hans von Sponeck, que a administraram antes de renunciarem em protesto. Os relatos devastadores de Halliday e von Sponeck receberam o tratamento usual dispensado aos fatos indesejados.
Hans von Sponeck

Uma das terríveis consequências da invasão americano-britânica foi descrita no "guia visual da crise no Iraque e na Síria" do "New York Times" da seguinte forma: Bagdá sofre uma mudança radical --de bairros mistos em 2003 para enclaves sectários fechados em ódio. Os conflitos inflamados pela invasão espalharam-se e agora estão rasgando toda a região em pedaços.

Patrick Cockburn, correspondente do "The Independent"
no Oriente Médio e um dos analistas mais
bem informados sobre o EI
Grande parte da área do Tigre-Eufrates está nas mãos do EI e de seu Estado islâmico autoproclamado, uma caricatura sombria da forma extremista de islamismo radical que tem seu lar na Arábia Saudita. Patrick Cockburn, correspondente do "The Independent" no Oriente Médio e um dos analistas mais bem informados sobre o EI, descreve-o como "uma organização fascista em muitos aspectos, horrível, muito sectária, que mata qualquer pessoa que não acredita em sua forma particularmente rigorosa do Islã".

A primavera árabe, que despertou tantas esperanças em todo o mundo democrático, está morta e enterrada. Sobrevive milagrosamente na Tunísia, mas desapareceu no Egito, onde as eleições livres levaram ao poder a Irmandade Muçulmana, que começou a instalar uma teocracia excludente e agressiva e foi tirada do governo por uma ditadura militar demente. 
Na Líbia, a ditadura paranoica de Kadafi acabou em pedaços e seu caudilho foi liquidado, mas o país vive agora uma anarquia sangrenta onde facções religiosas e militares se matam sistematicamente e na qual, sem dúvida, os fundamentalistas islâmicos terminarão prevalecendo.
O caso mais trágico, sem dúvida, é o do Iraque. A intervenção militar destruiu a tirania sanguinária de Saddam Hussein, mas, depois de um breve parêntese no qual parecia que um regime de legalidade e liberdade poderia criar raízes, foi declarada uma guerra sectária entre xiitas e sunitas, e os terroristas da Al Qaeda e outras organizações extremistas islâmicas se fizeram presentes e perpetraram verdadeiras orgias de atrocidades, condição para que um movimento ainda mais cruel e fanático do que a Al Qaeda, o Estado Islâmico, se apoderasse de parte do país da mesma forma que na Síria e instalasse ali um novo Califado, no qual imperam
a sharia e demais formas extremas de barbárie, como decapitar, crucificar e enterrar vivos aqueles que se negam a se converter ao ramo fundamentalista do Islã, em que as mulheres são escravizadas e, ainda crianças, entregues como concubinas aos militares e futuros “mártires”.



Cockburn também aponta para a contradição na reação ocidental ao surgimento do EI: os esforços para conter seu avanço no Iraque junto com outros para minar o principal adversário do grupo na Síria, o regime brutal de Bashar Assad. Enquanto isso, uma grande barreira para a disseminação da praga do EI para o Líbano é a Hezbollah, inimigo odiado dos EUA e de seu aliado israelense. E, para complicar ainda mais a situação, os EUA e o Irã partilham agora uma preocupação justificada com a ascensão do Estado Islâmico, assim como outros nessa região altamente conflituosa.

O Egito mergulhou em um de seus períodos mais sombrios, sob uma ditadura militar que continua a receber o apoio dos EUA. O destino do Egito não estava escrito nas estrelas. Durante séculos, tem havido vias alternativas bastante viáveis e, não raro, uma mão imperial pesada impediu o caminho.

Hezbollah
Depois dos horrores das últimas semanas, é desnecessário comentar sobre o que emana de Jerusalém, que era considerado um centro moral na história remota.

Hezbollah

Oitenta anos atrás, Martin Heidegger exaltou a Alemanha nazista como a maior esperança para resgatar a gloriosa civilização dos gregos dos bárbaros do Oriente e do Ocidente. Hoje, os bancos alemães estão esmagando a Grécia sob um regime econômico projetado para manter sua riqueza e poder.

O provável fim da era da civilização é prenunciado em um novo relatório do Conselho Intergovernamental de Mudança do Clima (IPCC), que geralmente tem opiniões conservadoras do que está acontecendo no mundo físico.

O relatório conclui que as emissões crescentes de gases de efeito estufa arriscam gerar "impactos graves, generalizados e irreversíveis para as pessoas e os ecossistemas" ao longo das próximas décadas. O mundo está se aproximando da temperatura em que será impossível deter a perda da vasta camada de gelo sobre a Groenlândia. Junto com o derretimento do gelo da Antártida, isso poderia elevar o nível do mar e inundar as grandes cidades, bem como as planícies costeiras.

A era da civilização coincide de perto com a época geológica do Holoceno, que começou há mais de 11 mil anos. A época anterior, do Pleistoceno, durou 2,5 milhões de anos. Os cientistas sugerem que uma nova era começou cerca de 250 anos atrás, o Antropoceno, período em que a atividade humana teve um impacto dramático sobre o mundo físico. Não se deve ignorar a mudança das eras geológicas.




C

Um índice para o impacto humano é a extinção de espécies, que hoje está seguindo mais ou menos o mesmo ritmo que há 65 milhões de anos, quando um asteroide atingiu a Terra. Essa foi a causa presumível para o fim da era dos dinossauros, que abriu caminho para os pequenos mamíferos proliferarem e, por fim, para os seres humanos modernos. Hoje, o ser humano é o asteroide, condenando grande parte da vida à extinção.

Existe no momento duas vertentes sobre o aquecimento global. Uma que é mantida pelos Illuminatis que costuma alardear a crise provocada pelo aumento da temperatura terrestre. O que eles imaginam no futuro é cobrar pelo direito de consumir oxigênio e eliminar gás carbônico que todos os seres humanos fazem inclusive os animais promovem, e também eliminar gases intestinais que colaboram para o aumento da temperatura global. Aqueles que combatem a NOVA ORDEM MUNDIAL, afirmam que essa é uma pregação equivocada, como é mostrado no gráfico.


O relatório do IPCC reafirma que a "grande maioria" das reservas de combustíveis conhecidas deve permanecer no solo para evitar riscos intoleráveis para as gerações futuras. Enquanto isso, as grandes empresas de energia não fazem segredo de seu objetivo de explorar essas reservas e descobrir outras.


Um dia antes da divulgação das conclusões do IPCC, o "New York Times" informou que grandes estoques de grãos do centro-oeste estão apodrecendo para que a produção do boom do petróleo de Dakota do Norte possa ser enviada por via ferroviária para a Ásia e a Europa.

Uma das consequências mais temidas do aquecimento global antropogênico é o descongelamento das regiões do permafrost. Um estudo publicado na revista "Science" adverte que "temperaturas mesmo ligeiramente mais quentes (menos do que o previsto para os próximos anos) poderiam começar o derretimento do permafrost, que por sua vez corre o risco de desencadear a liberação de grandes quantidades de gases de efeito estufa presas no gelo", com possíveis "consequências fatais" para o clima mundial.

Arundhati Roy
Arundhati Roy sugere que a "metáfora mais apropriada para a insanidade dos nossos tempos" é a geleira de Siachen, onde os soldados indianos e paquistaneses mataram uns aos outros no campo de batalha mais alto do mundo. 

A geleira agora está derretendo e revelando "milhares de cartuchos, tambores de combustível vazios, machados de gelo, botas velhas, tendas e todos os tipos de resíduos gerados por milhares de seres humanos guerreando" em um conflito sem sentido. Com o derretimento das geleiras, a Índia e o Paquistão enfrentam desastre indescritível.

Espécie triste. Pobre Coruja.

(O mais recente livro de Noam Chomsky é "Masters of Mankind: Essays and Lectures, 1969-2013". Chomsky é professor emérito de linguística e filosofia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, EUA.)
Tradutor: Deborah Weinberg
Noam Chomsky
Noam Chomsky é um dos mais importantes linguistas do século 20 e escreve sobre questões internacionais.

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