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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

MARACUTAIAS DA TUCANALHADA

Materia enviada por Email por Osmar Rocha Machado.

Me digam: isso é tudo mentira? Sinceramente, não fui conferir estas informações.

Algumas excelentes (e esclarecidas) pessoas amigas minhas afirmam que nos governos do PSDB e Cia. nunca houve maracutais, sacanagens, roubalheiras, saques aos cofres públicos etc etc etc... e que os governantes e pessoas ligadas ao poder (políticos, empresários ou não) eram de "alto nível" (ou de melhor escolaridade do que muitos que vemos por aí hoje - com o que tenho que concordar).

Porém, o que seria exatamente uma pessoa de "alto nível"? Seria "alto nível moral", "alto nível ético", "alto nível de competência técnica" ou "alto nível de escolaridade"?

(repito: "Não existem anjos..." - a desonestidade, seja de onde venha, não deve ser aceita) .... Atenção: sei que pra vcs isso é "chover no molhado".



Resta então analisar os números da macroeconomia e os planos de governo...

(e lutar contra a corrupção e a vigarice, cada um a seu modo)



Um abraço,

Osmar.

P.S.:

1. alguns(mas) amigo(a)s hiperativo(a)s não terão paciência pra ler o que se segue, mas vale, pelo menos, uma leitura em diagonal (dinâmica);



2. que chatice!!!

O PODER ECONÔMICO... Paulo Henrique Cardoso?

Para quem não sabe, o Paulo Henrique Cardoso, filho de FHC, tinha uma “agência de publicidade e comunicações” que era responsável pelas publicidades das empresas que estavam sendo privatizadas. E tem mais... Depois de privatizadas, algumas dessas empresas fizeram contratos com a agência do Paulo Henrique que se responsabilizou pela “comunicação interna e publicidade” das mesmas.

Em Volta Redonda, por exemplo, o material publicitário da privatização da CSN foi assinado pela empresa do Paulo Henrique. O mesmo aconteceu durante a venda (entrega) da Vale do Rio Doce.

Querem mais? “O fiasco dos 500 anos”.

As festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental e a réplica da caravela de Cabral ficou enguiçada no meio do oceano. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo Ministério Público pela participação no episódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000, como parte dessas comemorações.

Paulo Henrique Cardoso, 45 anos, é sociólogo por formação acadêmica (estudou na Unicamp), mas nunca exerceu a carreira. Atualmente é diretor-geral da revista “Brasil Sempre”, uma publicação trimestral com mais de 150 páginas, com oito mil exemplares de tiragem.

A revista não é vendida em bancas. Por um antigo contrato, é distribuída para embaixadas, organismos internacionais e empresas. A revista é uma produção do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds), uma ONG que é sustentada por 55 grupos empresariais.

Mas é bom prestar atenção para o detalhe. Vejam a lista dos conselheiros editoriais da revista. Na página 2 vemos nomes como Álvaro Cunha, das Organizações Odebrecht, Jorge Gerdau Johannpeter, da Metalúrgica Gerdau, Antônio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim, Benjamin Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional, só para citar alguns dos que financiam a revista do Paulinho Henrique. São os mesmos que aparecem nas privatizações de estatais durante o governo FHC.

PHC chegou a cursar Economia na Unicamp, mas acabou formando-se em Sociologia. Ainda assim, não exerceu a profissão. Abraçou a carreira de marketing e publicidade e fundou, nos anos 70, uma produtora independente, a Rádio 2. Como “papai” ainda não estava no poder, a produtora durou pouco.

Na década seguinte ele passou por duas produtoras (Intervalo e Miksom), mas a coisa começou a mudar quando “papai” FHC virou senador. PHC foi trabalhar na Rádio MEC e depois na extinta TV Manchete.

Em 1995, quando “papai” colocou a faixa presidencial, Paulo Henrique arrumou emprego na ex-estatal Companhia Siderúrgica Nacional. Começou fazendo a campanha publicitária da empresa, mas já tinha feito a campanha da privatização. Sua principal função, depois, era cuidar da imagem institucional da siderúrgica.

Depois da privatização da Light, no Rio de Janeiro, (maio de 1996), PHC veio assumir um novo cargo de “gerente de marketing” da ex-estatal. Como se vê, uma carreira construída com trabalho e suor... do povo brasileiro, é claro!



Quando era ainda ministro da saúde no governo FHC, Serra fazia campanhas contra o fumo, mas nunca disse uma só palavra contra bebidas alcoólicas, em particular as cervejas. Mas como tudo na vida tem uma explicação, isto também deveria ter.

Verônica Serra, filha de José Serra, era advogada recém-formada e, entre 1995 e 1997, ganhou uma bolsa de estudos nos EUA para o caríssimo curso de MBA (Mestre em Administração de Negócios) na renomada Universidade de Harvard. Até aí, tudo bem e devemos parabenizar a Verônica por sua capacidade de conseguir uma bolsa em tão renomada Universidade.

Mas quem bancou essa bolsa foi a Fundação Educar, criada 3 anos antes por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Ou seja, os donos do Grupo Garantia! Não lembram do Grupo? O Grupo Garantia participou ativamente das privatizações tucanas, já nesta época!

O problema é que os três sócios são também donos da cervejaria Brahma (desde 1989) e compraram a Antarctica formando a AmBev, depois uniram-se à uma cervejaria belga, constituindo a InBev, hoje a maior cervejaria do mundo.

O presidente da SABESP, Gesner de Oliveira, é um homem-chave no esquema dos bastidores da campanha eleitoral de José Serra (PSDB/SP). Sempre fez o elo de ligação entre os tucanos e o poder econômico. Ele estava à frente do CADE no governo de FHC/Serra, e, segundo o jornalista Luis Nassif, a forma como a Ambev foi beneficiada pelo CADE nesta época foi escandalosa: “O parecer que autorizou a compra da Antárctica – estabelecendo o maior monopólio da história do país, na área de bebidas e alimentos – é uma página vergonhosa na história do direito econômico brasileiro.”

A cervejaria e o Grupo Garantia tem vasto relacionamento com o PSDB. Vários diretores transitaram entre cargos no governo FHC e a diretoria do grupo. E é grande financiadora do iFHC (Instituto FHC). A afinidade é tamanha que muitas das agências de publicidade e marqueteiros que fizeram campanhas para a cervejaria, também fizeram campanhas políticas para os tucanos.

Mas... quem é Verônica Serra?

Já no final do governo FHC, a revista “Isto É Dinheiro” resolveu promover a filha de José Serra. Ver http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/14457_VERONICA+SERRA

Vejamos alguns trechos da matéria escrita por Ivan Martins:

“Quantas mulheres importantes existem na Internet brasileira? Se você está com dificuldade em lembrar de um nome, anote este: Verônica Serra. Ela tem 30 anos e diz que já ganhou na rede mais dinheiro do que sonhava ganhar a vida inteira. Ativa e bem relacionada, a moça pilota do Itaim, como sócia, o escritório latino-americano da International Real Returns (IRR), uma empresa de administração de ativos com US$ 600 milhões de capital europeu. Nos últimos 13 meses, essa advogada com MBA em Harvard ajudou a criar 12 empresas de Internet (oito delas fora do Brasil) e montou uma teia de relações que a coloca no centro do nascente setor de capital de risco brasileiro. (...)”

“O pulo do gato da sua carreira de capitalista de risco foi Harvard, para onde Verônica mudou-se em 1995 com uma bolsa de estudos. (...) Mas os dois anos em Harvard serviram, sobretudo, para que montasse uma rede de relações pessoais que são a chave do seu trabalho, (...). Mesmo os concorrentes que não gostam do seu estilo – arrogante, dizem -- admitem que a moça tem excelentes contatos. Foi um amigo de curso que a colocou em contato, por exemplo, com os jovens argentinos que fundaram o site de finanças Patagon. Quando eles quiseram entrar no Brasil, em janeiro de 99, Verônica ajudou a contratar um CEO, arranjou parceiros estratégicos e deu conselhos gerais para o implante do negócio. Foi paga com ações da companhia. No início de março, quando o banco Santander comprou 75% da Patagon por US$ 550 milhões, as ações de Verônica já valiam 100 vezes mais. E ela não vendeu. (...)”

“Hoje, ela tem no currículo quatro empresas na Argentina, duas no Chile e três nos Estados Unidos, lançadas por empresários latinos. Ela entra com assessoria, participação de 5% a 20% do negócio e, algumas vezes, atração de outros investidores. Os planos desses empreendedores chegam a ela, entre outras vias, pelo Círculo Pinguim – uma rede informal montada em torno dos fundadores da Patagon e seus amigos. A maioria deles, como Verônica, tem passagens nas universidades americanas. (...)”

Verônica Serra, filha do José Serra, emitiu nota negando ter sido sócia de Verônica Dantas, irmã do tristemente famoso Daniel Dantas, numa empresa chamada “Decidir.com”, cuja sede fica na Argentina. A necessidade de tal esclarecimento surgiu depois da prisão de Verônica Dantas e de seu irmão.

Segundo Verônica Serra, ela nunca viu a outra Verônica, a Dantas. Elas não eram sócias da empresa, apenas integravam o “conselho de administração”, e o objetivo principal da Decidir não era o de facilitar que os seus clientes se tornassem fornecedores do Estado. De acordo com Verônica, a Decidir apenas prestava “serviços nas áreas de checagem de crédito, verificação de identidade e processamento de pagamentos”.

Documento comprobatório da sociedade:

Mas, como vimos na matéria da “Isto É”, enaltecendo Verônica, ela era, sim, sócia da empresa! E a Verônica Dantas era representante do grupo Opportunity!!!!

E a Madona ganhou um milhão de dólares para visitar o Serra!

Alguns devem estar pensando que a visita da Madona ao Serra não tem relação com a Verônica, mas é melhor conhecer os detalhes. Porque a cervejaria Ambev, a mesma que pagou a bolsa de estudos para a filha do Serra, doou 1 milhão de dólares para a ONG Success for Kids, da cantora. Isto ocorreu na noite do dia 12 de fevereiro de 2010 e a fotografia está nos jornais.

Só para recordar: a Ambev pagou a bolsa da Verônica; o presidente da Sabesp no governo Serra (SP), Gerner de Oliveira, era o presidente do CADE no governo FHC, e autorizou a fusão Brahma-Antarctica.

Então... é só ligar os fatos! A conversa com Madonna deve ter sido mais ou menos assim: “A gente te dá US$ 1 milhão para a sua ONG, mas... precisamos de um favorzinho... uma visita de cortesia ao Palácio dos Bandeirantes para dar uma forcinha no nosso candidato...”

Um dos principais assessores de Serra na atual campanha presidencial, responsável por desenvolver o programa de política energética do governo PSDB, é David Zylbersztajn. No último dia 3 de agosto, foi para os jornais criticar a “política energética de Lula”. Em matéria publicada no “Estadão”, ele chama a política do Lula de “estatizante” e que isto está prejudicando o país. Na mesma matéria ele se diz contrário a criar uma estatal para cuidar do pré-sal. Tudo bem? Até aí, nada a estranhar. Todos podem ter opiniões e expressá-las. O problema é quando vamos ver quem é o tal David Zylbersztajn!

Ele é (era) genro de FHC (casado com Beatriz Cardoso). Foi diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo e estava encarregado de preparar a empresa para a privatização. Na época o então ministro das Comunicações, Sérgio Motta, disse que ele foi escolhido para “desmontar o esqueleto da Petrobras, osso por osso”. Para quem esqueceu, Sérgio Motta (ou “Serjão trator”) foi aquele ministro de FHC envolvido na venda da Telebrás e da Vale do Rio Doce!

Na mesma época Zylbersztajn foi também “nomeado” pelo sogrão para o conselho administrativo do Banco do Brasil. Sua tarefa? Apressar a privatização do BB.

Antes disto, ele havia ocupado o cargo de secretário de Energia de São Paulo e comandou as privatizações das três estatais de energia elétrica mais caras do Estado: CESP, Eletropaulo e Companhia Paulista de Força e Luz.

No caso desta última (a Companhia Paulista de Força e Luz) o roubo é imenso! A CPFL é responsável por 06% do consumo nacional de energia. Para quem não tem idéia, isto corresponde a todo o consumo do Chile! A falcatrua foi grande. O leilão aconteceu na Bolsa de Valores de São Paulo e o preço mínimo era de US$ 1,7 bilhão, mas aí entrou a “mão mágica” do governo FHC e o BNDES deu uma “ajudinha” ao comprador, emprestando 70% do valor de compra. Em outras palavras, o desgoverno FHC anunciou um corte de 2 bilhões de reais na área social, para economizar, e emprestou cerca de 1,3 bilhão para que o grupo VBC (Votorantim, Bradesco e Camargo Correa), vencedor do leilão que só durou cinco minutos! Ah! Um pequeno detalhe: o grupo VBC ganhou também 20 anos para pagar este “empréstimo”. Tudo comandado pelo Zylbersztajn!

As privatizações das empresa elétricas de São Paulo são exemplares para mostrar o que pretendem os tucanos se voltarem ao poder. As três hidroelétricas vendidas - CESP, Eletropaulo e Companhia Paulista de Força e Luz – valiam 42 bilhões de dólares, mas o Governo paulista arrecadou pouco mais de 10 bilhões com a venda. O restante do dinheiro “sumiu”!

Quem estava dirigindo todo o processo de privatização em São Paulo? O genro de FHC e atual assessor de Serra, David Zybersztajn. Aliás, foi o segundo familiar de FHC envolvido em negócios suspeitos. O primeiro é a nora Ana Lúcia Magalhães Pinto, casada com Paulo Henrique Cardoso (aquele das privatizações e que agora dirige uma revista financiada pelas empresas que ganharam os leilões) e indiciada juntamente com os irmãos donos do Banco Nacional, que já causou ao país um prejuízo de cerca de 10 bilhões de dólares. Depois do escândalo, Paulo Henrique arrumou uma separação com Ana Lúcia e passou a namorar Tereza Collor de Mello, viúva do irmão do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

TUCANALHADA!!!!!!!!

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