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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

DEUS QUER ISSO?

Nem uma folha cai de uma arvore que não seja pela vontade de Deus. Isso é certo. Nesse caso como pode Deus permitir que aconteçam as tragédias que assistimos? Na verdade é porque ele respeita o nosso livre arbítrio.

Seria o mesmo que dizer a uma criança de dois anos para que não colocasse o dedo na tomada, porque senão ela receberia um choque elétrico. Ao se virar as costas, a criança coloca o dedo na tomada e recebe um choque. Foi a vontade da criança. E isso foi bom para ela porque assim finalmente aprendeu que não deve fazer isso.

As coisas negativas que acontecem normalmente tem uma finalidade que é nos ensinar alguma coisa. Deus permite porque sabe que dessa forma aprenderemos alguma coisa que não aprenderíamos apenas com conselhos.

Na verdade existem duas formas de se aprender as coisas. Uma é seguindo conselhos, procurando aprender e aplicando o que se aprendeu na vida. Outra é sofrendo as consequências de nossa imprevidência. A primeira forma sempre será a mais sábia.

Mas nesse caso dirá alguém, como pode então nascer uma criança cega ou paralítica ou com leucemia? Deus irá querer isso? Poderá permitir, porque sabe que assim será melhor. Nós não conseguimos compreender o porquê, porque não entendemos as razões de Deus, mas ele tem suas razões.

As pistas para isso, podem ser encontradas nas palavras de Jesus.



(Mateus 18:9) -  E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti; melhor te é entrar na vida com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno. 

Essa passagem não significa que se deva arrancar o olho no sentido literal da palavra, mas diz que é melhor não ter um olho do que te-lo e com isso acabar ir parando no Inferno. Vai dai várias interpretações e entendimentos.

O inferno ai significa a verdadeira morte. Aquela que perdura além da vida terrena. A "VIDA" ai citada é o estado em que se ficará depois da vida na Terra, ou seja no mundo espiritual.

Como a vida espiritual é a que perdurará pela eternidade, pois está relacionada a "VIDA ETERNA", compensa muito mais ficar sem o olho aqui mas ficar bem lá na "VIDA ETERNA", que é a verdadeira vida e que irá perdurar pela eternidade.

Deus sabendo disso, permite que a criança venha a nascer cega pois sabe que assim ela ganhará a vida eterna. Caso contrário, ele que sabe todas as coisas, percebe que a criança perdera a vida eterna. A nossa visão aqui na terra pode acarretar nossa cegueira aqui mesmo nessa vida.


(João 9:39) -  E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem sejam cegos. 

Tendemos a acreditar que as tragédias desse mundo são terríveis, quando isso não é verdade. A morte, embora nenhum de nós a desejemos, por instinto de conservação, não é algo ruim quando se está iluminado. Ao contrário a abastança e a falsa felicidade dessa vida pode ser ai sim a grande tragédia. Isso fica muito claro na parábola de Lázaro.
(Lucas 16:19) - Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. 
(Lucas 16:20) - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
 (Lucas 16:21) - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. 
(Lucas 16:22) - E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
(Lucas 16:23) - E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
(Lucas 16:24) - E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
(Lucas 16:25) - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
(Lucas 16:26) - E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
Dessa forma a morte pode ser uma bênção. Há casos que se tem que merecer a morte. Veja por exemplo o caso de MARCIA, e o seu relato do que se poderia chamar de Experiência de quase morte.

Tínhamos ido de férias para Araxá, provenientes de Belo Horizonte, meu pai, mãe e mais 3 irmãs. Eu era a mais velha. Em Araxá, no Grande Hotel, que existe até hoje, havia piscina externa e internas.

Havia chovido nos dias anteriores e a água da piscina estava verde, muito turva. O sol estava forte e meu pai, muito claro passou óleo bronzeador nele, em mamãe e nas filhas. Eu pulei na água e fui brincando de ir para um dos lados, mas a piscina tinha um degráu, não era uma descida suave, e de repente eu caí neste degrau. Perdi o pé, e comecei a subir e descer na água, gritando socorro algumas vezes. lembro-me de bolhas de oxigênio que soltava e subiam enquanto eu descia. Subi e desci umas quatro vezes, e a última coisa que me lembro desta parte foi que papai pulou na água, e tentou me agarrar mas estávamos escorreguentos pelo óleo. Aí perdi os sentidos.

De repente eu estava fora da água, seca, me sentindo feliz, e vendo um filme que parecia um cinema 360º. Começou do presente ( o dia) e foi indo em marcha a ré, era muito rápido, mas conseguia ver todos os momentos de minha vida, com cheiros e sabores, era sensorial. Quando chegou no dia do meu nascimento vi-me transportada sem saber como para um túnel que girava mas que não me deixava tonta.

O túnel parecia ser feito de núvens, mas mudavam de cor o tempo todo e era imenso em largura e altura. Pessoas andavam neste túnel, parecendo deslizar, e eu deslizava também, em direção a uma luz que havia no fundo, muito dourada, mas que não cegava a vista. Era uma luz aconchegante. Eu ía indo sem nem entender porque, mas me sentia apenas feliz.

Então alguém que me pareceu um homem, ele tinha a cabeça envolta num manto, parecido mais com um capuz marrom, me chamou pelo meu nome e disse:- Você não era para estar aqui, mas se quiser pode continuar. Eu perguntei: E se eu não continuar , o que acontece? Ele respondeu que eu iria viver a vida para a qual tinha vindo. Eu hesitei um pouco e ele então fez um festo que me pareceu alguém abrindo uma cortina de núvens e eu vi la embaixo os meus pais e irmãs e eles pareciam desesperados. Vi meu corpo arroxeado na beira da piscina, e algumas pessoas correndo pelo gramado, chegando perto.

No instante seguinte o túnel tinha desaparecido, e eu estava de volta ao meu corpo, sentindo-me muito mal, e surda. Fui atendida no posto médico do Grande Hotel, e tomei antibióticos e soro. Dois dias depois voltamos para Belo Horizonte. Minha surdez passou gradualmente, em pouco mais de 15 dias, e comecei a sonhar(?) com o homem do capuz todas as noites por 3 anos.

Estabelecemos uma relação de amizade, e ele disse que estaria comigo durante toda a minha vida. Não consegui que ninguém entendesse o que se passava comigo, comecei a ler livros que estavam muito além de minha capacidade de 12 anos, e apenas quando li o livro do Dr. Raymond, foi que vi algo igual, mas aí eu já era adulta.

Nunca esquecerei, e o que mais me impressionou foi o filme de todas as minhas recordações, e ainda mais: "sensorial"! Isto levou-me posteriormente a estudar física e psicologia, mas nunca levou-me a nenhuma religião.

Perdi todo o medo da morte, porque sei que morrer seria passar por aquilo, o que não era absolutamente desprazeiroso. 

Foi difícil  expressar em palavras o tipo de experiência?  

Sim     À época, e já se vão 50 anos, ninguém me entendia por mais que eu tivesse relatado o ocorrido a meus pais, a alguns professores e médicos. Achavam que eu estava relatando algum tipo de sonho que teria tido, impressionada pelo trauma do afogamento.


Havia alguma ocorrência de  risco de vida associada na época da experiência?      

Sim     Claro, eu não respirava, nem tinha batimentos cardíacos, nem pulso.

Em qual momento, durante a experiência, você estava em seu maior nível de consciência e vigilância?    Durante o tal filme das recordações.
Qual a comparação entre seu maior nível de consciência e vigilância durante a experiência e a consciência e vigilância normais de seu cotidiano?          

Normal consciousness and alertness            Sua visão diferia , de algum modo, de sua visão habitual?          

Sim     Eu podia ver tudo em 360 graus, e as cores eram fantásticas.

Sua audição diferia, de algum modo, de sua audição habitual?           

Sim     Sim, enquanto a experiencia durou, mas depois, quando entrei em meu corpo fiquei surda.

Você vivenciou uma separação da sua consciência do seu corpo?     

Sim. 

Quais as emoções que você sentiu durante a experiência?        

Paz, tranquilidade, felicidade.

Você passou por um túnel ou um recinto cercado?            

Sim    Já foi descrito acima

Você viu uma luz? 

Sim     Descrito acima

Você encontrou ou viu outros seres? 

Sim     Eles estavam também dentro do tal túnel mas não reconheci ninguém.

Você vivenciou uma recapitulação de acontecimentos do passado em sua vida?   

Sim     Já contei sobre a recapitulação. Sobre o ítem (a) acima, eu era muito nova para tal...

Você notou ou ouviu algo relacionado a pessoas ou fatos durante sua experiência que pôde ser comprovado posteriormente?  

Não       

Você viu ou visitou alguns locais, planos ou dimensões bonitos?        

Sim     Sim, o túnel.

Você teve alguma sensação de espaço ou tempo alterados?     

Sim     Como conseguiram me mostrar toda a minha vida em segundos....

Você teve a sensação de conhecer uma sabedoria oculta, ordem universal e/ou desígnio?         

Não            

Você  alcançou uma barreira ou estrutura física limitante?          

Não       

Você passou a ter consciência de ocorrências futuras?  

Sim           Comecei a ter precognições, sonhos proféticos, comecei a ser capaz de localizar objetos perdidos, etc. 

Você desenvolveu algum dom mediúnico, paranormal ou outros dons especiais depois da experiência , que você não possuía antes?  

Não sei se o que descrevi em #34 e #35 serviriam como resposta.

Você compartilhou essa experiência com outras pessoas?        

Não       

Você tinha algum conhecimento de experiência de quase-morte antes de sua própria experiência?           

Não       

Qual é o  seu ponto de vista sobre o realismo de sua experiência pouco depois (dias/semanas) que ela aconteceu?             

Eu fiquei muito abalada emocionalmente.

Uma ou mais partes da experiência foram particularmente significativas e importantes para você?             

Eu comecei a me sentir sem medo da morte, a acreditar que haveria vida após a morte, e comecei a sentir a presença de pessoas que já tinha morrido e eu conseguia conversar mentalmente com elas. O homem que tinha o capuz esteve comigo em pensamento por 3 anos e me ensinou muita coisa. Até hoje eu o chamo de meu guia.
 Porque hoje muitos falam sobre isso e eu me sinto feliz de ter sido uma das pessoas que passaram por esta experiência fantástica, e também porque eu sei que esta experiência mudou muito os rumos de minha vida, embora eu fosse apenas uma menina.

Seus relacionamentos mudaram de maneira específica como resultado de sua experiência?      

Não            

Suas crenças/práticas religiosas mudaram de maneira específica como resultado de sua experiência?            

Sim     Eu me tornei mais curiosa, achava as pessoas da minha idade muito bobas, e lia mais que o normal para ver se descobria mais a respeito.Religiosamente nada mudou, mesmo porque sou atéia e sempre fui.

Depois da experiência, você teve outras ocorrências em sua vida, (medicamentos ou substâncias) que reproduziram  alguma parte dela?            

Não       

Há algo mais relacionado à experiência que você gostaria de acrescentar?       

Não

As perguntas formuladas e as informações por você fornecidas até agora descrevem sua experiência de maneira correta e abrangente?
            

Sim     

Há outras perguntas que possamos formular para ajudá-lo (a) a relatar sua experiência?       

Não

Esse relato é apenas um de muitíssimos outros. Em comum todos eles relatam uma sensação prazeirosa no intervalo em que se fica "morto". Alguns não querem nem voltar. O túnel, a luz, a vida que passa ante seus olhos, tudo é muito semelhante nos relatos.
















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