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quarta-feira, 27 de junho de 2012

SE EU COMEÇASSE MINHA CARREIRA PROFISSIONAL HOJE SERIA UM PROFISSIONAL EM TI


Marcos Sakamoto, presidente da Associação
das Empresas Brasileiras de Tecnologia
da Informação (Assespro-SP)

Imagine uma área de atividade em que há mais empregos do que profissionais. E isso não é culpa dos salários baixos, já que em média um trabalhador desse setor ganha 6 000 reais por mês. Só há uma exigência: você precisa dominar a técnica e, quanto mais qualificado, melhor.



Muito se fala em déficit de profissionais de TI, nas vagas que sobram por ai e na má qualidade do ensino técnico e superior, e sempre que se toca nesse assunto, como nessa reportagem http://bit.ly/p2lZAR, vemos os comentários óbvios.


Profissional acomodado:


“Reclamam que não há profissionais, mas exigem que o cara seja Adm. Linux e MS, pleno em Java e PHP e sênior em Oracle, pra pagar R$1800,00 e vale refeição”.


Profissional que se deu bem:


“Eu não tenho o que reclamar da área de TI, ganho bem e vaga não falta, é só uma questão de se dedicar, claro que a faculdade não forma um profissional completo, mas isso não é só em TI”.


Profissional frustrado:


“Hoje trabalho na área administrativa, larguei a TI, estudar o tempo todo, gastar uma grana com certificação e não ter retorno.. isso é burrice”.


Profissional que esta começando:


“Estou no segundo ano da faculdade, pretendo ser certificado LPI, MS, Oracle e Java, ai quando terminar a faculdade farei uma pós em Gestão de Projetos”
Profissional que estava sem nada pra fazer:


“hehehe… é né concordo com os comentários, todos!”
Ok, o ultimo eu inventei, mas o resto são representações dos comentários que sempre aparecem. As vagas que exigem muito e pagam bem são escassas, as vagas que exigem pouco e pagam bem mais ainda e as que exigem pouco e pagam pouco são as mais comuns. Se um empregador tem uma vaga com muitos requisitos e paga pouco ela não será preenchida, se um profissional de TI quer ganhar bem mas não tem qualificação, ficará desempregado ou aceitará um valor menor.
Acho que nunca escrevi nada tão óbvio, talvez minha lista de compras, mas não conta, e tem quem não entenda isso, empregador e empregado.
Tudo isso foi só uma reflexão, uma constatação do óbvio, algo assim.
Um abraço e até mais pessoal.

 Postado por  em CarreiraTI Corporativa

Já adivinhou qual é o setor? Isso vem acontecendo na área de tecnologia da informação (TI), cujos profissionais desenvolvem programas e dão suporte a outras áreas que dependem dos computadores e sistemas de uma companhia, ou seja, a empresa inteira.


"O setor tem cerca de 800 000 trabalhadores e faltam outros 100 000", diz Luís Mário Luchetta, presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro). E as empresas estão cada vez mais desenvolvendo projetos que envolvem tecnologia. "Fora isso, muitas multinacionais vieram para o Brasil."






A 4ª edição da Conferência da Qualidade de Software, promovida pela ASR Consultoria e Assessoria em Qualidade, reúniu em 2011  cerca de mil empresas. A edição 2011 trouxe à tona o debate a respeito do “fator humano na implementação da melhoria de processos”. Segundo especialistas, a falta de mão de obra qualificada, hoje estimada em cem mil postos de trabalho para a área, compromete o desenvolvimento do setor.


O cenário da TI no País é o já bastante conhecido: faltam profissionais, falta qualificação e as empresas buscam apoiar como podem um crescimento com qualidade, em virtude do que alegam ser um apoio restrito do governo ao mercado.


“A indústria de TI gera, por exemplo, quatro vezes mais empregos que a indústria automobilística”, afirma Marcos Sakamoto, presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-SP). “Mas o apoio governamental e a visibilidade da indústria de TI é muito menor. E não podemos dizer que seja por conta de relevância, porque a indústria de TI é transversal, ou seja, permeia as várias verticais.”


Além disso, segundo Sakamoto, a grande demanda por profissionais é um entrave para a própria questão da qualidade. Enquanto as empresas procurarem suprir esta necessidade, não conseguirãom ter o foco em otimização de processos e outras melhorias operacionais. Isso também impede, segundo o executivo, que a área de TI tenha uma grande empresa nacional forte, como em outros setores, a exemplo da Embraer.


“Quando resolvermos este problema da demanda de profissionais, se é que vamos resolver, o próximo passo é o da qualidade”, afirma Sakamoto. “E eventos como este já são uma prévia do que seria este próximo passo. O setor de TI precisa deixa de ter um papel acessório no País. E isso já tem sido feito com a criação de massa crítica e com a geração de valor agregado que a indústria promove.”

O executivo afirma que falta ainda motivação no setor para reivindicar apoio governamental e que, diferentemente de setores como o comércio, há uma introspecção dos empresários da tecnologia em relação a pressionar e a encampar causas que talvez melhorassem as condições do mercado.“E então o que vemos é uma grande compra de empresas menores por parte de grandes empresas, o que muitas vezes retira a identidade das empresas que são adquiridas”, finaliza.


Ao todo o país tem 6 000 empresas, 94% delas de micro ou pequeno porte. O analista de sistemas paulistano Rubens Del Monte, de 27 anos, é um exemplo de quem está se dando bem em TI. Ele terminou a faculdade em 2007 e é gerente de projetos da consultoria espanhola Indra. "Nunca fiquei desempregado", diz o analista. Ele fez curso de aperfeiçoamento na Venezuela e na Espanha.


E agora pode receber uma promoção lateral, ocupando outro cargo de gerente na empresa, ou virar diretor. Ao contrário de muitas outras carreiras em que, por exemplo, saber dominar uma reunião já conta pontos, em TI o que vale mesmo é o aprendizado. "A melhor maneira de crescer é ter um conhecimento técnico.


Quanto mais certificados de conclusão de curso, melhor", afirma. A Indra optou por testar esses conhecimentos dando preferência a jovens talentos e os treinando até que estejam preparados. "Só em 2011 já abrimos 200 vagas e devemos abrir outras 200 até dezembro", diz Osvaldo Pires, diretor de RH da empresa. A companhia procura jovens de 19 a 24 anos que tenham formação em cursos de tecnologia.


Os salários para quem começa lá beiram os 2 800 reais. Um profissional sênior ganha 6 000 reais. "Agora, se a especialidade dele for mais requisitada, se ele dominar o sistema SAP, esse valor sobe para 10 000 reais."

Gerentes de qualidade de software podem ganhar até R$ 10,4 mil de acordo com a 39ª edição de pesquisa salarial realizada pela empresa de recrutamento Catho. Segundo o estudo, os salários mais baixos são dos estagiários, que chegam a receber, em média, R$ 873.


Coordenadores podem ter salários de R$ 5,9 mil e a média salarial para analistas seniores é de R$ 4,4 mil.


Analistas plenos e juniores ganham, respectivamente, R$ 2,8 mil e R$ 2,2 mil.


Pesquisa Salarial e de Benefícios é atualizada a cada três meses e traz dados de 1.874 cargos, de 218 áreas de atuação profissional e de 48 ramos de atividade econômica, dentro de 21 regiões geográficas do Brasil, além de sete faixas de faturamento para classificação de porte de empresa. Nesta edição, contou com mais de 158 mil respondentes, de mais 19 mil empresas em 3503 cidades de todo o Brasil.
Veja a tabela completa.
Gerente de Qualidade de SoftwareR$ 10.445,83
Coordenador, Supervisor ou Chefe de Qualidade de SoftwareR$ 5.923,42
Analista de Qualidade de Software SêniorR$ 4.413,56
Analista de Qualidade de Software PlenoR$ 2.833,34
Analista de Qualidade de Software JúniorR$ 2.247,58
Assistente de Qualidade de SoftwareR$ 1.091,63
Estagiário de Qualidade de SoftwareR$ 873,20

Estamos vendo em diversos locais entrevistas, reportagens e assim sucessivamente, relatando o déficit de profissionais na área de TI, muitas empresas relatam falta de interesse dos jovens na profissão, falta de comprometimento, falta de especialização e principalmente falta de mão de obra qualificada.
Por sua vez os profissionais da área de TI reclamam que as empresas buscam “super-heróis” e não humanos para as vagas, devido às exigências para se candidatar a alguma vaga, vamos a um exemplo: solicita que o profissional tenha conhecimento avançado com Windows, intermediário com Linux, tenha conhecimento intermediário com virtualização, tenha conhecimento intermediário com SQL, conhecimento básico de Exchange, tenha conhecimento de implantação de cenário com AD e integração com ferramentas de terceiros, Inglês fluente e em até alguns casos Espanhol intermediário, por um salario considerado baixo por parte dos profissionais.
Quem está certo? As empresas por considerarem que não se possui mão de obra qualificada, ou os profissionais por acreditarem que as empresas buscam super-heróis e pagam salario baixo?
Acredito que a falha seja de ambas as partes, as empresas precisam de pessoas qualificadas para trabalharem e isto ninguém nega, mas como dito no artigo – Certificação ou Faculdade? – acredito que as empresas tem que entender que as disponibilidades expostas para se adquirir todo este conhecimento não seja tão fácil, assim como dito pelo Rafael, as faculdades deixam a desejar, e apenas de certificação não se faz um bom profissional.
Talvez criar programas de Training, dar oportunidade de estagio a estudantes da área, e assim sucessivamente pode trazer o beneficio da tão sonhada “mão de obra qualificada”, como já li e vivenciei no dia a dia, na área de TI muitas coisas da Teoria não se aplicam a pratica, uma coisa é você ler um cenário perfeito, outro é você ter disponível um Hardware ou um Software nem tão adequado assim, e ter que adapta-lo para suprir as necessidades das empresas.
Por outro lado os profissionais pecam no seguinte quesito, muitos conhecem o produto X ou Y e se aprofundam apenas naquele produto, sem sequer abrir os olhos para novos produtos, soluções e assim sucessivamente, fazendo com que ele seja excelente profissional com o produto X ou Y, mas se ele precisar integrar X com Z “esquece”, pois ele não terá o mínimo de conhecimento em Z para lhe dizer se irá funcionar está integração ou não.
Outra questão que os profissionais pecam é com relação à outra língua, vivemos em um mundo Globalizado, através da Internet possuímos acesso a diversos materiais dos mais diversos locais espalhados pelo globo, mas muito deste conhecimento encontra-se em Inglês, ou seja, o profissional acaba perdendo a oportunidade de conhecer a ferramenta Z , pois a maioria de seu conteúdo, material para estudo, manual, e assim sucessivamente encontrasse em Inglês, ou seja, uma língua secundaria como Inglês e Espanhol, deixou de serluxo e passou a ser essencial não só para a vida pessoal, mas principalmente para a vida profissional.
Considero que este super-déficit pode ser diminuído, desde que as empresas estejam dispostas a contratar pessoas e não a super-heróis, e que os novos funcionários estejam dispostos a aprender diariamente, seja este aprendizado em produtos e serviços ou em outras línguas, desta forma ambos os lados passaram a ter uma sintonia melhor.
Sinta-se a vontade para complementar o artigo e expor sua opinião.


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