Domingo fomos obrigados a assistir a um espetáculo deprimente. Sabe quando você vê na cara dos políticos SAFADOS o cinismo e a hipocrisia?
O governo de Cuba condenou "energicamente o golpe de estado parlamentar" no Brasil e afirmou que apoia resolutamente a presidente Dilma Rousseff, que enfrenta um julgamento político e a possível destituição.
"Cuba condena energicamente o golpe de estado parlamentar que está em marcha no Brasil e apoia resolutamente o povo e o legítimo governo deste país irmão, assim como a presidente Dilma Rousseff", afirma um comunicado da chancelaria publicado no jornal oficial Granma.
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Eles falam em nome de Deus, falam em nome dos filhos, dos netos e da família, falam em nome da pátria, falam em nome de lugares que os elegeram, de trabalhadores, mas na verdade o que eles estão defendendo não é um BRASIL mais justo e mais digno. Na verdade eles defendem as vantagens que lhes foram prometidas no palácio Jaburu, pelo Michel Temer.
Jurista Dalmo de Abreu Dallari, jurista: Não há crime de responsabilidade |
Foi deprimente ver a cara de VAGABUNDO do Eduardo Cunha, a cara de GANGSTER, CAPO DE TUTI CAPI, que impassível ante as acusações permanecia calmo como se dissesse, "E dai, eu roubo mesmo, quem tiver bala que me tire daqui."
O CALHORDA VAGABUNDO sequer levantou-se para dizer uma palavra em sua defesa. VAGABUNDO, LADRÃO, SAFADO. GOLPISTA é um elogio para ele. Aqueles que ali estavam não estavam preocupados se Dilma cometeu crime ou não, eles queriam é mais. Foi como alguns disseram. Não um julgamento justo, mas um julgamento político.
Alguns deputados exteriorizavam seu ódio que exalava seu cheiro podre e nauseabundo. O VAGABUNDO do Jair Bolsonaro, chegou a dizer. "PERDERAM EM 64 e PERDERAM AQUI". Cuspindo nos cadáveres de milhares de trabalhadores, estudantes e jornalistas que deram suas vidas combatendo a abominável ditadura militar.
Em 1992, Cunha foi acusado de superfaturamento na Telerj e contratou servidores sem concurso
Em 1993, Cunha foi acusado de participação no Esquema PC
Em 1999, Cunha foi demitido da Companhia Estadual de Habitação por fraudes em licitações
Em 2001, Cunha foi investigado pela Receita por movimentações incompatíveis com sua renda
Em 2007, Cunha esteve ligado em negócios suspeitos da Furnas Centrais Elétricas com o grupo Gallway, sediado em um paraíso fiscal
Em 2015, Cunha é acusado de receber propina na Lava Jato e tem contas secretas na Suíça descobertas
Eu admiro os poucos deputados, algumas mulheres, alguns jovens que tiveram a coragem de no meio da matilha de lobos selvagens que espumavam pelos dentes, terem a coragem de proferirem o seu "NÃO" que se engasgava na garganta de uma população traída, tantas vezes humilhada pisada, destratada e desconsiderada. Via-se chegar ao fim o sonho.
Mas existe um velho ditado que diz. Se não queres que seus escravos se revoltem, não lhes dê a esperança e depois a tire. É melhor deixa-los sempre sem esperança. E a esperança lhes foi dada e depois tirada.
Entretanto eu penso que o PT está muito longe de morrer e explico porquê. Toda a população que foi a rua apoiar o GOLPE, espera com isso um resultado. Se o PT for afastado da cena, não lhes caberá por outro lado responsabilidade sobre o que virá.
O grupo de Michel Temer é um grupo NEOLIBERAL e o receituário que tem para a economia passa pela extinção dos programas sociais, pela adoção de medidas duras e antipopulares. Dessa forma em algum tempo essa população que foi às ruas irá perceber o erro que cometeu, quando ver que o desemprego se agravará, que os programas sociais serão extintos e o leilão provável de suas empresas públicas.
Dessa forma em 2018 essa conta será paga, e o PT que iria ter que pagar esse preço lá, o preço do chamado "AJUSTE FISCAL" poderá pousar como arauto de uma nova época, porque currículo o LULA tem para mostrar.
O risco é nos afogarmos em águas rasas. Embora importantíssima, a decisão quanto à destituição ou preservação do mandato da presidente Dilma não terá o condão de resolver nossos mais graves problemas.
O PSOL dirá não a este pedido de impeachment porque considera, com grandes juristas, que decretos orçamentários suplementares e “pedaladas" não caracterizam crime de responsabilidade de governante, passível de traumática perda de mandato. Fosse assim, vários outros estariam na mesma condição, inclusive, retroativamente, ex-presidentes da República.
Diremos também não à articulação de setores dos grandes negócios, de parte da mídia, de partidos e parlamentares ultraconservadores, alguns saudosistas da ditadura. Este novo pacto de elite pretende, com sua pauta de retrocessos, entregar o governo inteiro ao PMDB — que está longe de ser um padrão de moralidade na vida pública nacional.
Nosso não é a um processo que, além da fragilidade jurídica, tem como condutor político o deputado-réu Eduardo Cunha. Ele, descaradamente, aceitou o pedido de impeachment de Dilma (ao tempo em que engavetava o de Michel Temer) por mera vingança, retaliando seu ex-aliado PT, que admitiu nossa representação contra Cunha no Conselho de Ética.
Nosso não é à continuada cena de cinismo explícito: corruptos “indignados” com a corrupção, legalistas louvando transgressões à lei, partidos dependentes do dinheiro dos grandes grupos econômicos escondendo, com discurso de ocasião, sua voluntária servidão.
Nosso não é, porém, grávido de sim. Um sim à continuidade das investigações da Lava-Jato, sem arbitrariedade e seletividade de vazamentos, sem “heróis salvacionistas". Para que o Ministério Público e a Justiça coloquem a nu o sistema corrompido de financiamento do sistema partidário-eleitoral em troca de contratos públicos, nesse abjeto conluio histórico que envolve empreiteiras e quase todas as legendas e figurões do nosso capitalismo de compadrio.
Nosso sim é a um novo modelo econômico, lastreado em reforma tributária progressiva e restrição ao alto rentismo. Um modelo soberano, orientado para o mercado interno, que garanta relações justas de trabalho.
E que caminhe para novas formas de produção e consumo, vinculadas ao urgente cuidado ambiental neste planeta envenenado.
Nosso sim é a uma nova relação Estado-Sociedade, baseada na participação popular permanente e na transparência da gestão pública. Por uma reforma política — que o atual Congresso se recusou a fazer — que institua referendo revogatório de mandatos e limites austeros a gastos de campanha (só agora sem recursos de empresas, graças ao STF). Por nova dinâmica democrática vivificada em partidos que expressem conteúdo programático, expelindo o clientelismo e o fisiologismo. Nosso sim, enfim, é à busca permanente do verdadeiro poder instituinte, segundo a Constituição: o povo.
· 9 abr 2016, Chico Alencar é deputado federal (Psol-RJ) CHICO ALENCAR
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