Vamos iniciar essa matéria fazendo uma afirmação 100% verdadeira. Essa afirmação eu vou colocar abaixo em letras garrafais para que fique bem claro.
"O CRIME NÃO COMPENSA"
Fazemos essa afirmação porque acompanhamos a vida de diversas pessoas que se envolveram com crimes e o resultado foi que depois de um período, mesmo aquelas pessoas que pareciam que iriam ter um retorno com uma atividade criminosa acabaram por sucumbir, a uma lei que não é humana. É uma lei universal. A lei do retorno. Todos colhem o que plantam. Se alguém planta amor, vai colher amor. Se planta o mal seja de que forma for, vai colher o mal de alguma forma.
Entretanto os anos 70 no Brasil foram os anos em que a atividade criminosa, mais especificamente a atividade criminosa mais ligada a um comportamento mafioso se tornou glamourizada.
Em 1972, ficou muito famoso o filme que ganhou todos os Oscars daquele período e que foi uma espécie de manual.
O filme era um manual para os políticos e empresários que naqueles momentos enveredavam por uma senda de comportamentos mafiosos, seja na vida pública como políticos ou como empresários. Eram anos de ditadura militar. O Sr. Paulo Maluf era prefeito de São Paulo e oferecia um carro zero kilometro para cada jogador campeão do mundo.
Entretanto o próprio filme nos mostra que o crime não compensa apesar de parecer divinizado em certo momento. O fim dos protagonistas das ações criminosas no filme é uma demonstração das leis universais.
Você pode baixar o filme "O PODEROSO CHEFÃO" ou "O PADRINHO" no link abaixo direto do nosso Google Drive, aqui.
O filme era um manual para os políticos e empresários que naqueles momentos enveredavam por uma senda de comportamentos mafiosos, seja na vida pública como políticos ou como empresários. Eram anos de ditadura militar. O Sr. Paulo Maluf era prefeito de São Paulo e oferecia um carro zero kilometro para cada jogador campeão do mundo.
Entretanto o próprio filme nos mostra que o crime não compensa apesar de parecer divinizado em certo momento. O fim dos protagonistas das ações criminosas no filme é uma demonstração das leis universais.
Maluf era o prefeito da cidade de São Paulo e na euforia da conquista do tricampeonato mundial de futebol pela seleção brasileira ele resolveu presentear cada jogador com o que era, na época, um dos orgulhos da indústria automobilística nacional — um fusca. Sua generosidade foi contestada em Ação Popular movida pelo advogado Lopes Enei. Cada um dos 25 carrinhos é avaliado, em dinheiro de hoje, em R$ 25 mil.
O primeiro recurso sobre o caso (RE 77.205) chegou ao STF ainda em meados da década de 70. Na ocasião, o tribunal acolheu as razões da Ação Popular, entendendo que o ato foi lesivo aos cofres do município, pois havia sido baseado em uma lei que não respeitou o quorum mínimo para aprovar a doação dos carros.
Além disso, não se teria atendido ao requisito do interesse social da comunidade. Em 1983, Paulo Maluf ajuizou Ação Rescisória no Supremo para desconstituir a decisão anterior. O primeiro resultado só saiu em 1995 e foi favorável ao ex-prefeito.
Por maioria, o STF entendeu que a ação de Maluf era procedente. O argumento vencedor baseou-se na Constituição de 1969, que não previa o Recurso Extraordinário quando uma lei federal era violada por meio de uma lei local. A Corte entendeu que a decisão anterior foi baseada apenas em análise de normas locais e, por isso, merecia ser revogada.
Posteriormente, o autor da Ação Popular recorreu por meio de embargos infringentes, que foram a julgamento em 2002. O relator da questão na ocasião, ministro Néri da Silveira, votou pela manutenção da condenação de Maluf a ressarcir os cofres públicos e foi acompanhado pela ministra Ellen Gracie. No entanto, a maioria manteve o julgamento anterior da Ação Rescisória, que beneficiou o ex-prefeito.
Você pode baixar o filme "O PODEROSO CHEFÃO" ou "O PADRINHO" no link abaixo direto do nosso Google Drive, aqui.
Paralelamente ficou no imaginário popular uma frase atribuída a um jogador campeão do mundo, no caso Gerson que usou uma frase infeliz ao afirmar que gostava de levar vantagem em tudo. Veja o vídeo abaixo.
Certamente só pelo fato de estar fumando, Gerson já não estava levando vantagem em tudo, mas essa frase ficou cunhada no imaginário popular.
A ditadura militar propiciava o avanço da corrupção pois ninguém podia contesta-la e assim os empréstimos irrigavam o chamado "MILAGRE BRASILEIRO", deixando muitas porcentagens nas contas de muitos tomadores de empréstimos do exterior.
O casamento harmonioso das empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato com as obras públicas é mais antigo do que muitos pensam: começou no governo Juscelino Kubitschek (1955-1960) e teve sua “lua-de-mel” na ditadura militar (1964-1985). Essa é a análise de especialistas ouvidos pelo UOL e que fizeram uma retrospectiva sobre a história das empreiteiras no Brasil.
Autor da tese de doutorado “A ditadura dos empreiteiros”, o historiador Pedro Campos avalia que, no regime militar, as empreiteiras começaram a se nacionalizar e se organizaram, ganhando força no cenário político e econômico. Para isso, elas criaram associações e sindicatos.
“Até a década de 50, eram construtoras que tinham seus limites no território do Estado ou região. O que acontece de JK pra cá é que eles se infiltraram em Brasília”, explica Campos, professor do Departamento de História e Relações Internacionais da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro).
CONSTRUÇÃO DE BRASILIA. |
A construção de Brasília, fundada em 1961, foi um marco para a história das construtoras: foi a partir de então que elas se uniram. “Ali, reuniram-se empreiteiras de vários Estados e começaram a manter contato, se organizar politicamente. Depois, passaram pelo planejamento da tomada de poder dos militares e pautaram as políticas públicas do país.”
Com a chegada ao poder dos militares, as empreiteiras passaram a ganhar contratos do governo muito mais volumosos que os atuais. “Se eles era grandes, cresceram exponencialmente no regime militar. Se elas hoje são muito poderosas, ricas e têm um porte econômico como construtoras, posso dizer que elas eram maiores. O volume de investimentos em obras públicas era muito maior. Digamos que foi uma lua-de-mel bastante farta e prazerosa”, comentou.
A CONSTRUÇÃO DA PONTE RIO NITERÓI CUSTOU MAIS DE 100 VEZES O VALOR PROJETADO |
Entre as centenas de obras feitas no período miliar, há casos emblemáticos como a ponte Rio-Niterói, que foi feita por um consórcio que envolveu Camargo Corrêa e Mendes Junior entre 1968 e 1974. Já a Hidrelétrica Binacional de Itaipu, que teve o tratado assinado em 1973 e foi inaugurada em 1982, foi feita pelas construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Mendes Júnior. As mesmas Mendes Júnior e a Camargo Corrêa Transamazônica, que começou em 1970 foi inaugurada, incompleta, em 1972.
A INAUGURAÇÃO DA INEXISTENTE E CARÍSSIMA TRANSAMAZÔNICA. |
Apesar de denúncias de pagamento de propina terem sido escancaradas com a operação Lava Jato da Polícia Federal, o historiador acredita que a corrupção envolvendo empresários da construção e políticos é antiga.
“Todos os indícios são de que a corrupção não aumentou. O que a gente tem hoje é uma série de mecanismos de fiscalização que expõe mais, bem maior do que havia antes. Na ditadura não tinha muitos mecanismos fiscalizadores, e que o havia era limitado”, afirmou.
O DESPERDÍCIO DE DINHEIRO COM A CONSTRUÇÃO DAS USINAS NUCLEARES. |
Por Pablo Villaça, em seu Facebook
“Há algo de podre no reino da Petrobrás”, diria Marcellus a Horácio ao ler os relatos da Lava-Jato. E estaria correto. Há algo de podre, de profundamente corrompido na estatal.
Negar isso é tolice.
Mas tolice ainda maior é sugerir, como FHC e Aécio Neves vêm tentando fazer, que isto é obra do PT e do governo Dilma. Pois não, não é: como o jornalista Ricardo Boechat lembrou recentemente, chegou a vencer um prêmio Esso ao denunciar roubos na Petrobrás – em 1989.
Já na década de 90, durante a gestão de FHC, o jornalista Paulo Francis foi processado pela diretoria da Petrobrás ao denunciar roubos na estatal – em vez de investigar o que estava havendo, o então presidente limitou-se a tentar apaziaguar os ânimos ao pedir que os diretores desistissem do processo. (A propósito: Francis errou ao denunciar sem provas. Tampouco compartilho da opinião de que sua morte seja responsabilidade moral daqueles que o processaram. Ainda assim, resta a passividade de FHC.)
Como se não bastasse, Paulo Roberto Costa, longe de ser “cria” do PT, era funcionário de carreira da Petrobrás desde 1978 – e começou a ocupar cargos de diretoria ainda na gestão de FHC.
(Não, não estou acusando Cardoso de ser cúmplice ou mesmo de estar ciente do que ocorria na Petrobrás; estou apenas pontuando que a trajetória de Costa é antiga.)
Enquanto isso, a outra ponta desta história, que envolve o doleiro Youssef, é ainda pior para os tucanos: além de ter envolvimento antigo com lavagem de dinheiro através do ESTATAL Banestado durante o governo FHC (segundo a Foxlha, “o maior escândalo já investigado no Brasil sobre remessas ilegais”), Costa foi beneficiado pela delação premiada pelo mesmo juiz Moro que agora conduz a Lava-Jato e viu vazamentos específicos de depoimentos de Costa ocorrerem durante as eleições sem fazer nada para impedi-los – o que se torna ainda pior quando sabemos que ele tem ligações com um deputado do PSDB.
Não é à toa que o procurador-geral da República afirmou, em entrevista recente, que a investigação foi usada para manipular as eleições, já que – outra incrível coincidência – o advogado de Youssef foi nomeado para o conselho administrativo da Sanepar sob indicação de Beto Richa, governador do (adivinhem!) PSDB.
Por outro lado, há boas notícias: graças a uma lei sancionada por Dilma no início do ano, desta vez não apenas a roubalheira está sendo investigada (e vale lembrar que foi na gestão dela que Paulo Roberto Costa finalmente foi demitido) como os CORRUPTORES finalmente estão sendo presos.
Aliás, é fundamental notar que não é um acaso o fato de as quatro principais empreiteiras do país – e cujos diretores encontram-se presos – terem doado fortunas a praticamente todos os partidos, comprovando a urgência da Reforma Política e da implementação do financiamento público das campanhas. Tampouco é surpresa que o partido que mais recebe doações destas “quatro irmãs” seja o PSDB.
É curioso notar, por exemplo, que das 9 empreiteiras envolvidas na Lava-Jato, SEIS financiaram a campanha de Aécio (9) – e é igualmente fundamental observar que CINCO delas dividiram as obras da Cidade Administrativa, obra absurda e desnecessária que Aécio empurrou sobre os mineiros, num custo superior a 2 BILHÕES de reais, em vez de investir em obras de infra-estrutura que realmente beneficiariam o estado. Aliás, estranhamente dois prédios IDÊNTICOS acabaram sendo construídos por dois consórcios DIFERENTES, o que é inexplicável.
Enquanto isso, FHC, que se diz “envergonhado” diante das notícias sobre a Petrobrás (embora não tenha investigado as denúncias feitas em sua época, já que tudo era engavetado), não se mostra embaraçado diante do fato de uma das empreiteiras da Lava-Jato ter feito um aeroporto “de presente” em sua fazenda.
O que está acontecendo agora é, ao mesmo tempo, fantástico e vergonhoso. Fantástico por FINALMENTE trazer à baila uma corrupção sistêmica antiga que consumia a Petrobrás (cujo valor é tão importante para os brasileiros que, apesar de tudo, ainda se tornou uma das maiores e mais lucrativas empresas do mundo nos últimos 12 anos) e investigar corruptores; vergonhoso por estar sendo usada politicamente por uma oposição que simplesmente não tem condições morais e históricas de posar de virtuosa – como já demonstrei acima. Ao contrário: esta oposição deveria se sentir constrangida por jamais ter feito nada para coibir os roubos que agora estão sendo expostos.
Em vez disso, prefere se esforçar para impedir que a presidenta recém-eleita governe, prejudicando, com isso, todo o país em função de seu rancor por terem perdido as eleições – e é trágico ver Aloysio Nunes, um SENADOR e ex-candidato a VICE-PRESIDENTE, ir a um ato público no qual pedidos de golpe militar são disparados.
Porque, ao contrário do que os reacionários gostam de dizer para justificar seu golpismo, o PT JAMAIS pediu o impeachment de FHC, pois sabia que deveria respeitar a voz do povo, por mais que desta discordasse.
Democracia não é só saber governar; é também permitir que se governe quando se perde uma eleição. Pelo visto, o PSDB não sabe fazer nem uma coisa nem outra.
Triste.
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