Madonna, Cher, Diplo, Dua Lipa, Ellen Page e Alfonso Herrera estão entre as personalidades que aderiram à campanha #EleNão nas últimas semanas.
Cher, Ellen Page, Madonna e Alfonso Herrera: artistas internacionais que posicionaram contra Bolsonaro
Roger Waters, ex-Pink Floyd, causou controvérsia esta semana em São Paulo ao projetar no telão de seu show no Allianz Parque a hashtag da campanha popular #EleNão, contra a eleição do candidato Jair Bolsonaro (PSL). O cantor também incluiu o nome do presidenciável em uma lista de líderes políticos considerados protagonistas do chamado "neofascismo", tais como os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, a líder nacionalista francesa Marine Le Pen, e o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.
O posicionamento de Waters contra o candidato, que disputará o segundo turno com Fernando Haddad (PT) no próximo dia 28 de outubro, pegou de surpresa alguns milhares de fãs. No entanto, ele não é nem de longe único entre artistas e celebridades internacionais. Nas últimas semanas, diversos expoentes do showbizz usaram as redes sociais para se manifestar contra Bolsonaro e alertar seus fãs brasileiros sobre o retrocesso que a figura do ex-capitão do Exército pode representar para o País.
Veja a seguir 15 personalidades do mundo do entretenimento que se posicionaram contra o candidato do PSL à Presidência.
Madonna
BEN STANSALL VIA GETTY IMAGES
Madonna se posicionou contra Bolsonaro por meio de seu perfil no Instagram. Usando a ferramenta Instagram Stories, a rainha do pop compartilhou uma imagem na qual aparecia com a boca vedada por uma fita com a inscrição freedom (liberdade). A hashtag #EleNão aparecia no topo da imagem junto com as frases: "Ele não vai nos desvalorizar. Ele não vai nos oprimir. Ele não vai nos calar". Além disso, era possível ler uma segunda hashtag: #endfascism (fim do fascismo).
Cher
BARCROFT MEDIA VIA GETTY IMAGES
Ícone da comunidade LGBT em todo o mundo – e estrela do filme Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo -, Cher aderiu à campanha contra Bolsonaro via Twitter. No fim de setembro, a diva pop replicou em seu perfil oficial uma mensagem de um fã clube brasileiro que dizia: "Triste que o Brasil está enfrentando o seu próprio Trump. Um candidato homofóbico e racista está liderando as campanhas. Significaria muito se todos nós pudéssemos compartilhar esse #EleNão para apoiar isso".
Diplo, produtor e DJ
DIMITRIOS KAMBOURIS VIA GETTY IMAGES
Parceiro de Anitta e Pabllo Vittar no hit Sua Cara, o dj e produtor norte-americano Diplo manifestou apoio à campanha #EleNão compartilhando em seu perfil oficial no Twitter uma imagem com a hashtag. O tweet acumula mais de 65 mil curtidas.
Dua Lipa, cantora
AXELLE/BAUER-GRIFFIN VIA GETTY IMAGES
Dua Lipa foi uma das primeiras celebridades internacionais a aderir a campanha #EleNão contra presidenciável Jair Bolsonaro. No Twitter, a cantora inglesa postou a hashtag acompanhada de um comentário de Peter Meiszner, editor do jornal The New York Times que compara o candidato do PSL a Donald Trump. "E você achava que Trump era ruim: 'ele disse que preferia que seu filho morresse a ser gay. E, na frente das câmeras, ele disse a uma congressista que não a estupraria porque ela é feia'. O Brasil flerta com um retorno aos dias sombrios", consta no tweet.
Antoni Porowski, integrante do Queer Eye
EMMA MCINTYRE VIA GETTY IMAGES
Integrante do programa da Netflix Queer Eye, o chef Antoni Porowski compartilhou em seu Twitter a hashtag #EleNão acompanhada das palavras de incentivo: "Permaneçam fortes, Brasil".
Stephen Fry, escritor, comediante e cineasta
JACK TAYLOR VIA GETTY IMAGES
Stephen Fry entrevistou Bolsonaro há 5 anos para seu documentário Out There, que trata sobre o avanço da homofobia no mundo. A produção foi exibida pela BBC, no Reino Unido. Em declarações à imprensa, o cineasta descreve o encontro como um dos "mais sinistros" que já teve com um ser humano. Em setembro passado, antes do primeiro turno das eleições, Fry enviou um depoimento em vídeo ao BuzzFeed News Brasil no qual se posiciona mais uma vez contra o presidenciável. "As declarações dele, o discurso que usa contra negros, mulheres e claro a comunidade LGBTQ em particular é genuinamente aterrorizante", disse Fry. "E vai resultar em mais cabeças quebradas nas calçadas, mais sangue derramado, mais mortes, mais infelicidade, menos aceitação, mais pais chorando. E isso não pode estar certo."
Dan Reynolds, vocalista da banda Imagine Dragons
ETHAN MILLER VIA GETTY IMAGES
Dan Reynolds e sua banda Imagine Dragons foram uma das principais atrações do Lollapalooza Brasil, realizado em São Paulo no início do ano. Em setembro, o músico se posicionou contra Bolsonaro compartilhando no Twitter um artigo do jornal The New York Times sobre o candidato do PSL junto com o comentário: "Isso não representa o Brasil que eu conheço e amo". Dias depois, Reynolds usou uma camiseta com os dizeres da campanha #EleNão nos bastidores do festival de música iHeartRadio, realizado em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Ellen Page, atriz, diretora e produtora
RICH POLK VIA GETTY IMAGES
A atriz e ativista Ellen Page (Juno, A Origem, Menina Má.Com) entrevistou Bolsonaro em 2015 para a série documental Gaycation, que abordou em sua passagem pelo Brasil o grave problema da homofobia. "Bolsonaro é um político com grande poder e influência. E é devastador saber que uma pessoa com tanta influência tem tanto desdém pela comunidade gay", disse a atriz após o lançamento da produção, hoje disponível na plataforma Hulu. Há poucos dias, Page aderiu à campanha #EleNão. Em seu perfil no Instagram, a atriz compartilhou uma mensagem de alerta aos seus seguidores: "ele é um homem perigoso, homofóbico, racista e misógino que atualmente lidera a corrida presidencial no Brasil".
Indya Moore, atriz e modelo trans
HANNA LASSEN VIA GETTY IMAGES
Uma das estrelas de Pose - a série de TV com o maior elenco trans da história -, Indya Moore também endossou a campanha internacional contra Bolsonaro. Ela compartilhou no Twitter a imagem que se tornou símbolo da campanha juntamente com o apelo: "Brasil! Não vote no Bolsonaro! Ele é anti-LGBTQ e misógino. Ele está manipulando as massas para criminalizar e discriminar as pessoas por não serem cis/hétero. Proteja suas famílias inocentes, amigos e entes queridos, do dano capital existencial desnecessário".
Shangela, drag queen
SAMIR HUSSEIN VIA GETTY IMAGES
Antes do primeiro turno da eleição presidencial, a drag queen americana Shangela compartilhou no Twitter uma imagem com a hashtag #EleNão acompanhada de uma mensagem destinada aos brasileiros. "Para todos os meus fãs no Brasil... É importante se envolver e fazer sua voz ser ouvida. Faça questão de votar na próxima eleição presidencial e lutar por igualdade, respeito e amor. Amo todos vocês", escreveu a drag que foi3 vezes participante do talent show RuPaul's Drag Race
Alfonso Herrera, ator e cantor
JENNY ANDERSON VIA GETTY IMAGES
Ator e cantor mexicano, ex-integrante do grupo RBD e estrela das séries Sense8 e The Exorcist, Alfonso Herrera usou o Twitter no último domingo (7), dia do primeiro turno da eleição presidencial, para fazer um apelo aos fãs brasileiros: "Brasil, última chamada... Depois não como voltar atrás", escreveu o artista. A mensagem acompanhava um vídeo feito pela sucursal americana do jornal El País, que compilava momentos "polêmicos" do candidato na abordagem de questões ligadas a minorias políticas. Esta foi a segunda vez que Herrera usou seu Twitter para se pronunciar sobre Bolsonaro. Em setembro, o ator compartilhou um artigo da revista The Economist junto com a afirmação "nova ameaça à América Latina".
Édgar Ramírez, ator
AXELLE/BAUER-GRIFFIN VIA GETTY IMAGES
O ator venezuelano Édgar Ramírez, da premiada minissérie American Crime Story: O Assassinato de Gianni Versace, compartilhou em seu perfil no Instagram uma imagem com a hashtag da campanha contra Bolsonaro e a legenda: "Unidos contra a misoginia, o racismo e a homofobia em qualquer lugar onde isso queira se estabelecer. O Brasil resiste".
Madeline Brewer, atriz
STEVE GRANITZ VIA GETTY IMAGES
Madeline Brewer já fez parte do elenco de Orange Is The New Black e atualmente pode ser vista na série The Handmaid's Taile. Junto com um artigo do jornal The New York Times (o mesmo que foi replicado por Dan Reynolds), a atriz postou no Twitter uma mensagem de apoio aos brasileiros. "Todo meu amor ao Brasil e força para vocês na sua luta."
Tom Morello, guitarrista da banda Rage Against the Machine
MIGUEL RIOPA VIA GETTY IMAGES
Após show realizado em São Paulo, o ex-guitarrista do Rage Against the Machine e do Audioslave usou seu perfil no Twitter para agradecer a "multidão incrível" e aderir à hashtag #EleNão. No mesmo tweet, o músico também pediu "Justiça para Marielle", referindo-se ao caso ainda não solucionado da vereadora assassinada no Rio, em março deste ano.
John Oliver, apresentador de TV
DAN MACMEDAN VIA GETTY IMAGES
John Oliver, comediante e apresentador do Last Week Tonight (HBO) - vencedor do Emmy 2018 de Melhor Programa Televisivo -, classificou Bolsonaro como "Trump Brasileiro" e fez críticas ao candidato do PSL durante quase 20 minutos do programa exibido no último domingo (7), mesmo dia da eleição no Brasil. "A coisa mais legal que posso falar dele é que ele não foi implicado em um caso de corrupção. Ainda. Infelizmente, isso é a única coisa legal que posso falar dele, porque ele é um ser humano terrível", disse o apresentador.
Fernanda Lima
Fernanda Lima foi uma das famosas que aderiu à campanha #EleNão. No seu Instagram, a apresentadora compartilhou dois vídeos falando sobre os motivos de não apoiar o candidato Jair Bolsonaro: “Ele não porque ele é grosseiro, porque ele é agressivo com seus projetos e com suas palavras. Ele não por mais de 20 anos como deputado do Rio de Janeiro não fez absolutamente nada em relação a segurança do Estado. Ele não porque ele diminui as mulheres, os negros e os gays. Isso simboliza um retrocesso enorme na conquista de direitos além de estimular ainda mais violência“.
Nos comentários, alguns seguidores apoiaram a iniciativa de Fernanda Lima. Porém, outras pessoas dispararam críticas contra a global. A apresentadora também participou do protesto que tomou as ruas do Centro da Cidade, no Rio de Janeiro, na última semana.
Bruna Marquezine
Bruna Marquezine também decidiu apoiar a campanha contra Bolsonaro. A namorada de Neymar compartilhou o seguinte texto da atriz Maria Ribeiro, em seu Instagram, para justificar sua posição: "Considerar ter uma filha mulher uma coisa ‘menor’ do que ter um filho homem não é família. Dizer que preferiria um filho morto a um filho homossexual não é família. Considerar a gravidez um motivo para que as mulheres ganhem menos não é família, até porque muitos lares no Brasil são tocados sem a figura paterna. Família é amor incondicional, galera. E nem sempre isso tem a ver com sangue".
Por conta da repercussão, Bruna Marquezine resolveu bloquear todos os comentários de sua conta.
Maria Casadevall
Acostumada a interpretar mulheres fortes, ativistas e feministas na ficção, Maria Casadevall fez inúmeros posts contra Jair Bolsonaro e foi uma das famosas que mais apoiou a manifestação do dia 29 de setembro. Além disso, a atriz manifestou solidariedade aos famosos que sofreram ataques nas redes sociais: "Gostaria de prestar a minha solidariedade a todas as mulheres e homens que têm se posicionado politicamente e que têm recebido muita hostilidade e violência em contra partida. Queria dizer que isso é uma amostra da intolerância que pode se instalar no nosso país".
Sasha
Sasha Meneghel publicou "Um Guia Anti-Bolsonaro", criado pelo publicitário Lucio Caramori, no seu Instagram. O guia, que diz ter o objetivo de "ganhar os indecisos", afirma que o candidato do PSL é um "retrocesso perigoso" e uma "ameaça a nossa democracia". Depois disso, a filha de Xuxa passou a ser ofendida por simpatizantes do candidato. Algumas pessoas usaram a foto mais recente de Sasha no Instagram, onde aparece em uma praia com seu cachorro, para apontá-la como patricinha e outras coisas.
Anitta
Depois de ser pressionada pelos fãs para se posicionar politicamente, Anitta aderiu à campanha #EleNão, que viralizou nas redes sociais nos últimos dias: "Quero aproveitar essa oportunidade para deixar claro de uma vez por todas que não apoio o candidato Bolsonaro". Ela também afirmou que não votará em "candidato machista, racista e homofóbico" e pediu para ser deixada em paz com relação ao tema eleições.
Desde que gravou um vídeo se mostrando a favor do movimento, a cantora vem sofrendo diversos ataques por parte dos eleitores do presidenciável. Em poucos dias, vários vídeos da funkeira postados no YouTube, além de comerciais realizados por ela para algumas marcas, passaram a receber uma espécie de "boicote" – através da função "descurtir" da rede social.
Daniela Mercury
Através de um vídeo, a cantora Daniela Mercury convocou mulheres a irem às ruas e acusou o candidato Jair Bolsonaro de ser racista, machista e homofóbico: "Estou aqui para convidar todas as mulheres brasileiras para irem para a rua no dia 29 de setembro no movimento #EleNão. Ele não porque ele é machista, ele não porque é homofóbico, ele não porque é racista, ele não porque é um atraso para nossa democracia". Foi a baiana quem desafiou a cantora Anitta, que estava sendo questionada por fãs pela postura imparcial frente aos candidatos à presidência.
Ellen Page
Diversos nomes da cultura pop internacional também já se posicionaram contra Bolsonarodesde que a hashtag #Elenão começou a circular nas redes sociais. Estrela de filmes como "Juno" e "A Origem", a canadense Ellen Page entrevistou o polêmico candidato para o documentário "Gaycation". No Instagram, ela relembrou a conversa e disse que Bolsonaro prolifera um tipo de atitude inaceitável: "Ele é perigoso, homofóbico, racista e misógino". E completou: "Frase diretamente homofóbica: ‘Prefiro que meu filho morra em um acidente do que apareça com um cara bigodudo. Juntem-se às vozes das pessoas que estão se unindo no Brasil para dizer #elenão #neverhim. Estou mandando amor e apoio".
Deborah Secco
Deborah Secco, que vive a vilã Karola na novela “Segundo Sol”, publicou em seu Instagram um texto apoiando a campanha contra Bolsonaro: “#EleNao não tem a ver com política (só). Tem a ver com moral. Com a liberdade e a dignidade de “ser” e de pensar, que eu espero que a minha filha tenha. E os filhos de todos vocês tenham também. É por isso que #EleNão”. Assim como outras atrizes que se posicionaram contra Bolsonaro, ela passou a receber diversos comentários negativos nas redes sociais.
Claudia Raia
A atriz Claudia Raia também citou os seus motivos para não votar em Bolsonaro e pediu o apoio de seus fãs: "Não à violência, não ao machismo, não ao preconceito, não à homofobia, não à intolerância, não à xenofobia e não para toda forma de pensamento que pregue o retrocesso de nossos direitos. Eu digo e repito: #ELENÃO #ELENUNCA Quem está comigo replique essa imagem na sua timeline. Quem não estiver, por favor, respeite minha opinião. PAZ! E muuuuito amor no 💖".