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JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

CHEGAM OS DISCOS RIGIDOS SSD

A muito tempo existe o desejo da indústria da informática de se livrar dos Discos Rígidos e relega-los a coisa de museu, e esse dia chegará sem dúvida. O que se espera, irá substitui-los serão as memórias que estão a cada dia maiores e mais baratas como os PEN-DRIVES. Entretanto os Discos Rígidos não param de evoluir e são por isso mesmo indispensáveis. Hoje é possível comprar um disco rígido de 1 TERABYTE por menos de R$300,00 (Trezentos Reais). A velocidade deles também evoluiu. Depois que criartam a tecnologia Serial Ata, a sua velocidade acesso se multiplicou por três e pode ainda aumentar. 

Apesar de tudo é um dispositivo eletromecanico e o dia em que a industria de computadores se livrar de tudo o que é eletromecânico assistiremos a um fenômeno que hoje está presente por exemplo nos Celulares. CONVERGÊNCIA e MINIATURIZAÇÃO. Eles serão menores e incorporarão novas funções, como ver TV, telefonar, etc... O teclado também apostam será uma coisa do passado. Os computadores do futuro obedecerão comandos de voz e movimentos com as mãos. coisa que já existe em protótipos.

Entretanto essa tentativa de derrubar os Discos Rígidos ou os HDs, continua depoisdos NETBOOKS aqui estão os SSDs.
SSD de 240 Gigabytes
Preço em torno de R$700,00

SSD de 128 Gigabytes - R$450,00
SSD, sigla do inglês solid-state drive, que significa unidade de estado sólido, é um tipo de dispositivo sem partes móveis para armazenamento não volátil de dados digitais. Tipicamente, são construídos em torno de um circuito integrado semicondutor[1], o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente, portanto, dos sistemas magnéticos (como os HDs e fitas LTO) ou óticos (discos como CDs e DVDs). Alguns dos dispositivos mais importantes usam memória RAM, e há ainda os que usam memória flash (estilo cartão de memória SD de câmeras digitais)

Os dispositivos SSD têm características que constituem vantagens e desvantagens sobre dispositivos de armazenamento convencionais. Entre elas:

Vantagens: 

  • § Tempo de acesso reduzido, uma vez que o acesso à memória RAM é muito menor do que o tempo de acesso a meios magnéticos ou ópticos. Outros meios de armazenamento sólidos podem ter características diferentes; 
  • § Eliminação de partes móveis eletro-mecânicas, o que reduz vibrações e os torna completamente silenciosos; 
  • § Por não possuírem partes móveis e são muito mais resistentes que os HDs comuns, contra choques mecânicos, o que é extremamente importante quando se fala em computadores portáteis; 
  • § Menor peso em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis; 
  • § Consumo reduzido de energia; 
  • § Possibilidade de trabalhar em temperaturas maiores que os HDs comuns - cerca de 70° C; 
  • § Banda muito superior aos demais dispositivos, com dispositivos apresentando 250MB/s na gravação [2] e até 700MB/s nas operações de leitura [3]. 

Desvantagens: 

  • § Alto custo para o usuário final; 
  • § Capacidade inferior aos discos rígidos IDE e SATA; 
  • § A leitura e escrita de grandes blocos de dados tendem a ser mais lentas em um SSD [carece de fontes]. 


As taxas de transferência (na maioria dos modelos) são equivalentes a de um HD modesto, em sistemas de alto desempenho, o critério de alta velocidade de acesso é o mais importante, além de reduzir bastante o tempo de boot, mas no caso de dispositivos de baixo consumo de energia, ou baixo custo, o critério da redução do consumo de energia é o mais importante. Porém, para os padrões atuais de mercado e aplicação os dispositivos SSD ainda são bastante caros se comparados a dispositivos magnéticos, para solucionar este problema, atualmente estão sendo lançados discos híbridos, contendo aproximadamente 2GB em Flash mais um disco convencional. 

Devido à esta grande diferença de preço os SSD estão atualmente restritos as notebooks ultraportáteis onde suas vantagens são melhor aproveitadas. 



A Toshiba anunciou o lançamento da maior memória Flash do mercado, com 256 GB de capacidade. A IBM tem um modelo com 4TB [4]. Novos drives são apresentados em uma alta freqüência, mostrando que é uma tecnologia em que estão sendo investidos muitos recursos. 


De fato a idéia é trocar um disco rígido por memórias de estado sólido de forma natural. O conector, a interface e as características lógicas são as mesmas. Na verdade um disco de estado sólido pode ter o mesmo tamanho de um disco de 3.5", se encaixado normalmente no lugar de um disco rígido. Mas ainda estamos longe de decretar a morte dos discos rígidos, as duas tecnologias vão coexistir ainda por um longo tempo e provavelmente ganharão novos rivais.



A maioria dos fabricantes utilizam SSD de memória flash não-volátil para criar dispositivos mais robusto e compactos para o mercado consumidor. Estes SSDs baseados em memória flash, também conhecida como flash drives, não necessitam de baterias. Eles são frequentemente embalados na unidade de disco padrão(1,8 polegadas, 2,5 polegadas e 3,5 polegadas). SSDs são mais lentas do que as DRAM e alguns modelos são mais lentos do que o mesmo tradicional HDDs em arquivos grandes, mas flash SSDs não têm partes móveis e, portanto, procuras e outros atrasos inerentes de discos eletro-mecânicos convencionais são insignificantes. 

Características: 

1. Cache: Um SSD utiliza uma pequena quantidade de memória DRAM como um cache, semelhante ao cache em unidades de disco rígido; 

2. Armazenamento de energia: Outro componente de alto desempenho SSDs é um capacitor em forma de pilhas. Estes são necessários para manter a integridade dos dados de tal ordem que os dados no cache pode ser levada para a unidade quando a energia é suprimida; algumas conseguem armazenar os dados na cachê até a energia ser retomada.




SSDs e o Microsoft Windows 

O Windows está otimizado para unidades de disco rígido em vez de SSDs. A Microsoft criou o ReadyBoost para explorar recursos dos dispositivos flash USB conectados, mas os sistemas operacionais Windows não são otimizados para o uso de SSDs. O mais recente Sistema da Microsoft o Windows 7, é otimizado para SSDs bem como os discos rígidos. 



MAIS UM EMAGRECEDOR

Não testei ainda, mas estou fazendo-o. Enquanto isso compartilho a propaganda. Se der certo comigo, prometo que virei aqui novamente para testemunhar esse resultado.


Dieta com Caralluma, A Planta Milagrosa Que Reduz até 11Kg em 4 Semanas Chega ao Brasil


Caralluma tem funcionado há séculos!

Esculpa seu corpo, Queime a barriguinha e controle seu apetite com Caralluma

A História da Caralluma
  • Indianos mascavam Caralluma Fimbriata para reprimir a fome em dias de caça. Essa planta suculenta é usada pelas classes de trabalhadores do Sul da Índia para reduzir o apetite e aumentar a resistência. Riqueza da Índia,o Ministro da Saúde da Índia, listou Caralluma Fimbriata como vegetal e como um alimento para a fome. Os componentes fitoquímicos da erva são Pregnane Glycosides, Flavone Glycosides, Megastigmane Glycosides, Bitter Principles, Saponins etc.



Pesquisa revela as qualidades de Caralluma Actives.

Especialistas da universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, recentemente divulgaram a realização de uma longa pesquisa com o produto natural “Caralluma Fimbriata”. A planta, até pouco tempo ignorada pelos nutricionistas mais prestigiados, revelou ser um dos suplementos naturais mais eficazes do mundo para perda de peso em casos de obesidade mórbida, problema que atinge 26,5% dos americanos.

Os resultados foram tão promissores que deram impulso a novas pesquisas com intuito de medir os efeitos do produto nos níveis de LDL, estabilização dos níveis glicêmicos e perda de gordura abdominal. Carallumarevelou-se capaz de queimar quatro vezes mais gordura que seus similares a base de produtos sintéticos e muito menos saudáveis.

“A comunidade científica já a considera como um grande avanço na história da humanidade, Caralluma é, sem duvida, a dieta do futuro já que combina economia com eficiência.”
Os ativos de Caralluma Fimbriata são também um importante aporte de antioxidantes, que além de proporcionarem a queima dos excessos de gordura corpórea, transformam a mesma em energia, melhorando todo o nível de disposição, condicionamento e saúde de seus usuários.
Os resultados de diversos testes indicam efetivamente que Caralluma ajuda:

§  Perder até 11 kg em 4 semanas.
§  Aumentar os níveis de energia.
§  Eliminar toxinas indesejadas.
§  Manter o corpo saudável com antioxidantes e combater doenças.

Testando Caralluma Actives

A pesquisa com os ativos de Caralluma deixou a indústria do emagrecimento em polvorosa e o produto virou uma verdadeira febre nos Estados Unidos. Para saber um pouco mais a respeito dos efeitos de Caralluma nossa equipe entrou em contato com (Caralluma Actives), e com a colaboração de nossa fotografa, Juliana Diniz, resolvemos testar o produto.

Leia o relato de Juliana Diniz, que necessitava perder 9 kg por recomendações medicas.

Desde pequena vivenciei problemas com peso, o efeito sanfona sempre foi constante em minha vida e confesso que não me animei muito com o produto, já que foram tantas as decepções ao longo dos meus 32 anos que mesmo lendo a pesquisa e sabendo que a empresa dava de garantia a devolução do dinheiro não consegui pensar positivamente.

Primeira Semana:
Fiz o pedido do produto na página de Caralluma Actives, quando recebi a embalagem, comecei a tomar diariamente.
Na primeira semana o efeito foi visível, sem mudar em nada meus hábitos alimentares e rotina diária, perdi 4 quilos, quase não acreditei e foi ai que comecei a levar a coisa a sério.

Segunda Semana:
Com 4 quilos a menos e uma disposição que há muito não sabia o que era ter, comecei a fazer caminhadas e mais três quilos foram embora.

Terceira Semana:
Na terceira semana continuei tomando a mesma dose e consegui perder mais dois quilos. Mesmo chegando a minha meta inicial de nove quilos continuei usando sempre a mesma dosagem e entrei na quarta semana.

Quarta Semana:
Na quarta semana me sentia uma nova mulher, comecei a usar roupas que até então viviam guardadas no armário e perdi mais dois quilos. Ao todo foram 11 quilos perdidos e muita disposição ganha, meu médico quase não acreditou quando me viu.

Conclusão:

Juliana Diniz – Antes e Depois de Caralluma Actives

Hoje faço uma manutenção sem nenhum tipo de privação e me sinto tão bem que acho muito difícil voltar a engordar novamente. De tudo que aconteceu, acho que o melhor efeito de Caralluma foi o bem estar físico (me sinto 10 anos mais nova) e psicológico (quando os homens me olham na rua) que ele me proporcionou, foi uma limpeza interior, algo que me fez renascer, não sei explicar, acho que só quem sofre com problemas de peso pode entender o bem estar de se sentir magra e saudável, se olhar no espelho e gostar do que está vendo não tem preço.




Serviço:
§  Quanto custa: R$ 10 x 9,89
§  Entrega: no Brasil Inteiro
§  Onde comprar: Site Oficial Caralluma Actives

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

INCOMPETÊNCIA POLICIAL

Em uma operação de guerra a polícia do Rio de Janeiro coordenou uma mega operação no sentido de invadir o complexo da Vila Cruzeiro, uma favela que faz parte do grande mar de moradias carentes que se agregam em um grande complexo unido ao complexo do Alemão em resposta a onda de TERRORISMO promovida pelos traficantes do Rio de Janeiro atormentados pela perda de territórios decorrentes da instalação das unidades de Polícia Pacificadora nas favelas do Rio de Janeiro. A TV não parou de transmitir dando aos tele-espectadores do Brasil inteiro, imagens privilegiadas provenientes de um helicóptero que filmava a distancia segura, mas que podia aproximar imagens com possantes  Tele-objectivas.
Esse fato permitiu que os assistentes pudessem avaliar as acções da gigantesca força policial que  se  orquestrava em uma mega invasão.
Carros Blindados cedidos pela Marinha Brasileira conclamada a participar com apoio logístico, pelo Presidente da República, em apoio a todos os recursos do BOPE davam aos cidadãos estupefactos ante a visão de uma operação de guerra em zona urbana, até então desconhecida.
Os bandidos entricheirados no alto do morro, que era uma zona inexpugnavel, com vários obstáculos e a mira de armamento posicionado no alto da favela, assistiam angustiados a tomada inevitável de seu próprio território e com certeza tinham uma decisão difícil a tomar. Enfrentar ou fugir.
Tomaram a decisão mais sensata. fugiram. As câmeras mostrando aquele bando de uns duzentos bandidos em fuga desesperada, alguns caindo vítimas de disparos que vinham de algum lugar próximo. Foi ai que o cidadão se perguntava.
Porque a Polícia não cortou a rota de fuga desses bandidos, já que parecia óbvio que não iriam se dispor a enfrentar a polícia, afinal todo mundo tem medo de morrer?
É óbvio que nesses casos policiais corruptos infiltrados na força policial aconselham os bandidos a correrem e dão-lhes tempo para isso. Parecia que a polícia não queria realmente prende-los. Se moveu lenta e inexoravelmente e envolveu toda a Vila Cruzeiro. Era um rolo compressor.
A pergunta é. O que farão 200 bandidos que correram para o complexo do Alemão para se unir aos outros duzentos bandidos de lá, desesperados, sem comida ou agua? Passarão a ser cidadãos honestos?


Cerca de 15 anos atrás, os bairros que circundam o conjunto de morros e favelas do Alemão eram exclusivamente residenciais e calmos. A tranquilidade se transformou em medo. Hoje, moradores dos bairros de Inhaúma, Ramos, Olaria e Penha, que não tiveram condições de se mudar, vivem às margens da criminalidade.
São 13 favelas no conjunto do Alemão, onde vivem 250 mil pessoas, em cerca de cem mil casas e barracos.
De acordo com a Delegacia de Repressão a entorpecestes, cerca de 400 traficantes trabalham chefiados por Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco (Hoje prezo mas comandando o tráfico de dentro da prisão) , que seria o autor do assassinato do jornalista Tim Lopes.
Foi em uma das favelas da região, que Tim Lopes fez as imagens da reportagem sobre a feira de drogas, que deu ao repórter, o primeiro prémio Esso de jornalismo, no ano passado.
Na Vila Cruzeiro, onde foi morto o jornalista, nenhum morador quis falar sobre o clima de medo que está vivendo.
Segundo a Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário, de seis anos para cá, com o aumento da violência, houve uma estagnação no sector, por conta do avanço das favelas nos bairros da região.

“A região da Leopoldina, por exemplo, poderia ter sido desenvolvida se não tivesse tanta influência de favela. Quem é que quer viver vizinho de bala perdida, e vizinho de violência? Ninguém mais. E isso, o cidadão começa a enxergar a partir de agora. O índice de segurança é um grande argumento de venda. E que segurança a gente leva para esses empreendimentos?  Nós não temos segurança para vender esses empreendimentos”, afirma Rubem Vasconcellos, presidente da associação.
Dos quatro anos em que está no cargo de secretário de Segurança, os três dias - de quinta para domingo - entre a invasão da Vila Cruzeiro e a ocupação do Complexo do Alemão foram os mais difíceis para José Mariano Beltrame. 

Como um maestro, ele teve que reger uma orquestra que não podia sair do tom: foram 2.700 homens sob a sua batuta. Seu gabinete se transformou no QG das operações. Para finalizar a sinfonia, até segunda-feira, três batalhões de campanha da PM vão ser instalados nos complexos da Penha e do Alemão. 

Segundo o secretário, os PMs vão preparar o terreno para que as tropas do Ministério da Defesa se instalem nos complexos. Beltrame prevê: serão mais de 40 dias de buscas nas comunidades. "Aconteça o que acontecer, a polícia não vai sair de lá", afirmou.

Veja a entrevista na íntegra:

GLOBO: O que farão os batalhões de campanha da PM?







BELTRAME: Eles vão fazer varredura (buscas) o tempo que for necessário. Aquilo lá é muito grande. É serviço para mais de 40 dias. Depois que tivermos segurança, fica só o Exército. Ainda tem muita coisa lá: armas, drogas e bandidos.
GLOBO: Por que a operação começou pela Vila Cruzeiro?
BELTRAME: Efectivamente, a Vila Cruzeiro, mais do que o Alemão, estava numa situação crítica.
GLOBO: Como foi o planejamento das operações?







BELTRAME: Fizemos um planejamento para as UPPs e tivemos que puxar para a frente (as que serão instaladas nos complexos) em relação às demais. A ideia era fazer um cerco e direcionar os policiais para 53 pontos mapeados nos dois complexos. A gente tinha o efetivo, mas seria necessário deslocar policiais de outras unidades, tirar alguns do Leblon, outros de Copa cabana... Uma coisa é tomar a Vila Cruzeiro sem problema algum na cidade. Eu poderia pegar todos os blindados que tinha, mas, naquela situação, com os ataques, isso não era possível.
GLOBO: O que foi mais importante para retomar os complexos?
BELTRAME: O apoio do Ministério da Defesa foi crucial, por possibilitar o auxílio das tropas do Exército e da Marinha. O auxílio da Polícia Federal também foi importante, sem contar o ânimo dos nossos policiais.
GLOBO: O senhor viajou para Brasília na segunda-feira (dia 22 de Novembro), logo que começaram os ataques. O objetivo era pedir apoio das Forças Armadas para a operação?
BELTRAME: Não. Fui cobrar coisas que não tinham vindo. No início do ano, eu havia pedido ao governo federal mais blindados, duas lanchas... Mas estava chegando o fim do ano e nada. Agora está tudo na mão. Não fui pedir apoio das Forças Armadas.
GLOBO: O que deflagrou a invasão?
BELTRAME: No final da tarde, no dia das imagens dos bandidos se exibindo com armas na Vila Cruzeiro, acionamos a Marinha e eles nos ajudaram prontamente. Começou, assim, o planejamento. Houve o fator surpresa.
GLOBO:
BELTRAME: Chamei o coronel Marcus Jardim (do 1º Comando de Policiamento da Capital), o Allan (Turnowski, chefe de Polícia Civil) e pedi a eles que dividissem seus homens, para tomar pontos estratégicos. O Bope já tinha subido, mas o cerco por baixo precisava do apoio dos militares. Nesses três dias de preparo da operação, era imprescindível fazer o cerco. O Exército estava vindo.
GLOBO: A Marinha foi a primeira a auxiliar a polícia estadual. Por que a secretaria conseguiu sensibilizá-la primeiro para essa guerra?
BELTRAME: A Marinha já nos ajudava antes. Ela tem uma oficina de carros blindados e sempre arrumou (consertou) os nossos caveirões com a maior velocidade. Isso fez toda a diferença na operação. Já tínhamos contacto com a Marinha, por isso conseguimos acioná-la tão rapidamente. Quando você pede equipamento, é mais rápido. Quando o assunto é tropa, homens, a autorização do presidente da República e do Ministério da Defesa se faz necessária. Complica mais um pouco.
GLOBO: E o apoio da Polícia Federal?
BELTRAME: Ela é a minha casa. O Ângelo (Gioia, super intendente da Polícia Federal no Rio) liberou 300 homens e carros. A nossa sorte é que, um dia antes, os agentes tinham feito uma operação. O Ângelo disse: "Eles estão aqui à sua disposição até sexta-feira, Mariano". Montamos um gabinete de crise e ele foi o nosso parceiro nas decisões.
GLOBO: Alguma coisa lhe chamou atenção na operação conjunta com as Forças Armadas?
BELTRAME: O pessoal do Exército e da Marinha era do Rio. Praticamente todos os integrantes tinham uma história com o Alemão. O falso poder dos bandidos de lá estava no imaginário deles e de todo mundo. Agora, a casa do Alemão caiu.
GLOBO: Onde funcionou o quartel-general para solucionar a crise e frear os ataques?
BELTRAME: Foi no meu gabinete. Fazíamos tudo aqui.
GLOBO: O governador Sérgio Cabral participou do planejamento?
BELTRAME: O governador é muito carioca. A gente via um dos pontos de ataque, ele lembrava que já havia estado lá, seja quando criança ou durante a campanha. Ele era um dos mais animados, quebrava o clima pesado.
GLOBO: Qual a maior dificuldade?
BELTRAME: As pessoas que trabalham para o tráfico e não têm antecedentes criminais. Elas podem passar caminhando que você não vai poder prendê-las. Temos que cumprir a lei. O cara só é bandido se for preso em flagrante ou procurado pela Justiça.
GLOBO: Os grandes chefes do tráfico, como FB e Pezão, saíram do morro?
BELTRAME: Eles não estão mais lá. Fugiram.
GLOBO: O senhor acha que eles fugiram pela rede de águas pluviais da comunidade?
BELTRAME: Acredito que muitos devem ter fugido dessa forma.
GLOBO: O que o senhor acha das denúncias de que policiais saquearam casas revistadas?
BELTRAME: Temos que tomar cuidado. Alguns casos são verídicos. Por isso, pedimos às pessoas que procurassem a ouvidora ou a Defensoria Pública.
GLOBO: Qual o próximo passo para a pacificação ficar completa?
BELTRAME: Ainda temos muito o que fazer lá. Temos informações de que há famílias reféns. Se elas abrirem a boca, correm risco de vida. O nosso trabalho não é fácil. Sei que, de madrugada, eles (os bandidos) saem de seus esconderijos para circular na comunidade. O controle total nós só teremos quando vasculharmos tudo. Por isso a necessidade das patrulhas dos policiais militares das unidades de campanha. Depois do trabalho feito, já acertamos com o prefeito para ver a rede de esgoto, retirar as barreiras que os bandidos colocaram. Os dois córregos que passam pelo complexo serão limpos.
GLOBO: O que acontecerá nas outras comunidades ainda sob domínio do tráfico? Muitos bandidos correram para lá.
BELTRAME: Falam de explosivos e de armamento de guerra em outros morros. Todo esse poder acabou. Se houver isso em outras comunidades, a gente se programa e vai. A casa caiu verdadeiramente.
GLOBO: Como foi a recepção dos moradores dos complexos à operação?
BELTRAME: Muito moradores pediram que, pelo amor de Deus, a gente não saia mais do morro. Ainda há alguns bandidos por lá. Eu acho que muitos deles não têm para onde ir.
GLOBO: A vitória foi da polícia?
BELTRAME: O grande ganho foi da sociedade. Sempre disse que a polícia do Rio vai a qualquer lugar e a qualquer hora. Agora provamos que o estado é que manda no território.