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JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O PRESENTE DE GREGO DE TEMER PARA OS TRABALHADORES.

A medida que a tecnologia avança, o homem como fator necessário para a produção de riqueza vem perdendo cada vez mais a sua importância no contexto da sociedade capitalista, porque a cada dia os postos de trabalho estão sendo substituídos por máquinas que fazem o trabalho de homens.

Fábricas que antes precisavam de 600 trabalhadores, hoje fazem o mesmo serviço com seis trabalhadores. Os Bancos estão substituindo os caixas bancários pelos serviços informatizados que podem ser feitos no conforto dos lares a qualquer dia e em qualquer hora. Os supermercados com poucos caixas, conseguem agilizar seus serviços, e fazer o mesmo trabalho que antes precisava de muito mais caixas devido à leitura por código de barras, e poderíamos aqui mostrar inúmeros outros setores na indústria e nas atividades humanas que sofreram um grande impacto com o avanço tecnológico como foi prescrito por Karl Marx, conhecido por prever o impacto que a industrialização traria sobre a humanidade, em uma sociedade basicamente artezã e não industrializada. 

Para que a sociedade terrestre mantenha sua estabilidade garantindo para todos os seus habitantes, condições principalmente de trabalho e dignidade, necessário seria que os trabalhadores organizados conseguissem avanços substanciais nas relações sindicais, como redução progressiva da carga horaria, o que acarretaria abertura de mais postos de trabalho e tornaria a atividade laboral menos penosa porque a medida que a tecnologia e as máquinas substituem o homem, esse em se desincumbindo da necessidade de trabalhar, porque a máquina faz o trabalho por ele, chegaria ao ponto de ter todo o tempo para atividades que lhe proporcionasse prazer e não fossem penosas.

Crê-se que no futuro que talvez não seja para os nossos dias, robôs façam todos os trabalhos humanos e os homens então chegariam a condição de não precisar trabalhar, mas para que essa sociedade viva com estabilidade, seria necessário socializar o resultado da produção da  riqueza coletiva, pois caso isso não seja feito teríamos uma sociedade em que muito poucos, na verdade somente os capitalistas, desfrutariam do resultado da produção de riqueza, e o restante da sociedade, na verdade os antes trabalhadores e agora desempregados, formariam uma sociedade de miseráveis que provavelmente viveriam das esmolas dos exageradamente ricos. A solução seria implementar uma renda sem trabalho.


Imagine ganhar um salário todo mês sem precisar trabalhar.

O sonho de muitas pessoas está para se tornar realidade em alguns países do mundo, que discutem implementar, cada um a seu modo, variações da chamada Renda Básica Universal (RBU).

Por esse sistema, cada cidadão recebe uma quantia fixa por mês determinada pelo Estado, independentemente de trabalhar ou não.

A Finlândia, por exemplo, começa a conduzir, neste mês, um programa piloto com 2 mil finlandeses pelo qual cada um deles vai ganhar 560 euros (R$ 1.918) mensais.

No Brasil, uma lei instituindo a 'renda básica de cidadania', de autoria do ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi aprovada em 2004, mas nunca foi regulamentada.

Governos de vários países vêm discutindo a possibilidade de implementar uma renda básica para todos os cidadãos. Confira aqui algumas experiências ao redor do mundo, América do Norte e Canadá.

A partir de março, a província de Ontário, no Canadá, dará início a um projeto piloto de renda mínima a todos os cidadãos, estando eles empregados ou não.

O custo do programa chega a US$ 18 milhões (R$ 58,6 milhões).

O país já havia sido palco de um dos maiores e mais ambiciosos experimentos de renda mínima na América do Norte, quando, em 1974, os 10 mil habitantes de uma pequena cidade agrícola chamada Dauphin receberam valores mensais sem contrapartidas.

O projeto não durou os quatro anos inicialmente planejados, mas a conclusão foi de que o resultado foi promissor.

Estados Unidos

Desde 1982, o Estado americano do Alasca paga a cada um de seus 700 mil habitantes uma espécie de RBU conhecida como Alaska Permanent Fund Dividend (Dividendo do Fundo Permanente do Alasca, em tradução livre).

O dinheiro vem dos rendimentos proporcionados por um fundo que investe os royalties do petróleo recebidos pelo Estado.

O valor varia a cada ano. Em 2016, foi de US$ 1.022 (R$ 3.320).

Europa
Finlândia
(Pais Social Democrata)


O programa piloto para implantar uma renda mínima universal começa a ser testado a partir deste ano.

Em princípio, 2 mil finlandeses escolhidos aleatoriamente vão receber cada um 560 euros (R$ 1.918) mensais.

Considerado como o novo modelo de previdência social dos anos 2020, o rendimento básico será livre de impostos e substituiria, no futuro, todos os auxílios sociais atualmente oferecidos pelo Estado por um único benefício, distribuído igualmente para todos.

O plano é testar o experimento neste ano e no próximo e fazer uma avaliação dos resultados em 2019.

O programa pioneiro ─ já que não existe, atualmente, nenhum sistema puro de renda mínima universal em nenhum lugar do mundo ─ tem o apoio de 70% da população finlandesa.


Alemanha


O Parlamento alemão concluiu que a RBU é "irrealizável" por um número de razões que inclui um provável aumento da imigração, a falta de viabilidade para financiá-lo e o fato de que os sistemas previdênciário e tributário do país teriam de ser reconfigurados.
Holanda

Assim como na Finlândia, a Holanda dá início neste mês a um experimento de dois anos pelo qual 300 moradores de Utrecht e de outras cidades próximas receberão de 900 euros (R$ 3.079) a 1,3 mil euros (R$ 4.447) por mês.

Desse grupo, 50 pessoas vão receber a renda básica sem qualquer tipo de regulamentação. Ou seja, se encontrarem um emprego ou obtiverem qualquer outra fonte de renda, poderão somar os dois rendimentos.

O experimento chama-se Weten Wat Werkt ("Saber o que funciona", em tradução livre).

Suíça

Em junho do ano passado, eleitores suíços foram às urnas votar em um referendo sobre a implementação de uma renda mínima garantida a todos os habitantes do país, mesmo àqueles que não trabalhassem.

A proposta acabou rejeitada pela ampla maioria da população.

O projeto previa estabelecer o pagamento de um salário de 2,5 mil francos suíços (cerca de R$ 9 mil) por adulto e 625 francos (R$ 2.350) por cada menor de 18 anos.
Índia

O Banco Mundial estima que, devido à evolução da tecnologia, a automatização pode cortar 68% dos empregos na Índia.

Por causa disso, o Instituto Nacional de Finanças Públicas e Política do país está defendendo a ideia de implementar a RBU como um substituto do sistema de bem estar social, que muitos consideram ineficiente e acusam de beneficiar os mais ricos em vez dos mais pobres.

Brasil


Apesar de aprovada e sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2004, a lei que institui a 'renda básica de cidadania' nunca foi regularizada ─ um dos passos necessários para sua implementação.

Seu principal articulador foi o ex-senador e atual vereador Eduardo Suplicy (PT-SP). O petista dedicou boa parte de sua vida política ao projeto.

De acordo com a lei, todos os brasileiros e estrangeiros que moram há pelo menos cinco anos no Brasil devem receber um benefício monetário suficiente para atender às despesas mínimas com alimentação, educação e saúde.

Suplicy diz considerar que o programa Bolsa Família é um dos meios para alcançar tal objetivo.

A polêmica

O conceito de uma renda básica universal vem sendo tema de discussão entre filósofos, economistas e políticos durante séculos, sempre cercado de muita polêmica.

Um dos fundadores dos Estados Unidos, o economista britânico Thomas Paine, propôs ─ em um ensaio chamado Justiça Agrária, de 1797 ─ a tributação de grandes propriedades fundiárias, de modo que cada indivíduo recebesse uma "subvenção de capital" que lhe permitiria "fugir à indigência e exercer os direitos declarados universais".

Já em 1853 o filósofo francês François Huet defendia tais transferências de renda sem contrapartidas para todos os jovens adultos, que seriam financiadas por impostos sobre heranças e doações.

Mais recentemente, economistas de renome, como o americano Joseph Stiglitz e o francês Thomas Piketty, engrossaram o coro pela aprovação de uma renda mínima universal.

Os partidários do sistema garantem que o benefício reduziria a desigualdade, ajudaria os desempregados e quem se dedica a cuidar de familiares sem ser remunerados, e equilibraria o aumento da automatização do trabalho.

Por outro lado, seus críticos afirmam que o pagamento regular feito pelo Estado desencorajaria as pessoas a trabalhar e, assim, prejudicaria a economia, fomentando a pobreza.

Mas segundo um estudo publicado em 2011 por Evelyn L. Forget, professora de Economia da Universidade de Manitoba (Canadá), o pagamento de uma renda básica a todos os cidadãos de Dauphin, durante o experimento conduzido na década de 70, reduziu a pobreza e amenizou vários outros problemas socioeconômicos.

Paralelamente, em vários países do mundo, incluindo muitos latino-americanos, há movimentos que pressionam com mais ou menos sucesso para que os salários mínimos se tornem salários dignos.

"A criação do salário mínimo foi uma tentativa de criar um nível básico de ingresso", diz Linda Yueh, professora adjunta de Economia na London Business School, na Inglaterra.

"A renda básica universal e o salário mínimo digno são ideias similares, mas a renda básica vai mais longe pois trata de assegurar que todo mundo tenha um nível mínimo de rendimento para poder viver", acrescenta ela.

A TEORIA NEOLIBERAL

Adicionar legenda

A se contrapor a essa ideia de socialização, existe a teoria LIBERAL e a NEOLIBERAL. Segundo essa teoria, a sociedade é formada por perdedores e vitoriosos, e somente os vitoriosos merecem um lugar ao sol dentro dessa sociedade de privilegiados. Aqueles que não lograram uma posição dentro dessa sociedade por não terem obtido sucesso em sua emancipação, não merecem subsistir e o Estado não deve gastar com eles. Serviços públicos não deveriam existir, desonerando os governantes que assim não precisariam cobrar muitos impostos. Uma sociedade em que a carga tributaria sobre as empresas fosse leve e quase inexistente, uma sociedade desregulamentada, em que o governo não interviesse na atividade empresarial deixando-a livre, para fazer o que bem entendesse, é o sonho da teoria LIBERAL e NEOLIBERAL onde a palavra "LIBERAL" vem exatamente de Liberar a atividade empresarial.

Essa ideia sofre uma severa oposição da teoria Cristã que induz o homem à caridade, manifestando que os mais fortes devem acolher e cuidar dos mais fracos, e a sociedade ocidental é basicamente Cristã.


Paralelamente essa ideia NEOLIBERAL e LIBERAL esbarra em dificuldades óbvias, porque pessoas são oriundas de famílias e famílias têm em sua composição integrantes bem sucedidos e mau sucedidos. Alguém que hoje pode ser bem sucedido amanhã pode não o ser, e portanto há entraves práticos a essa ideia que revela em sua essência um conteúdo SATÂNICO, porque é diametralmente oposta a ideia do CRISTIANISMO, por ser egoísta e anti social.

O egoismo é por sua vez um sentimento animal, oriundo da natureza animalizada do homem e que necessita ser superado na sua evolução como ser humano, e na busca da perfeição. O animal tem o instinto do egoismo porque necessita dele para sobreviver em um mundo animal onde o alimento é escasso e onde somente os fortes sobrevivem e alimentam-se dos mais fracos. Nesse mundo não existe a preocupação com o outro, mas somente a preocupação consigo próprio e na sobrevivência. Traços de um mundo primitivo. Mas nesse mundo primitivo semelhante a selva africana, já está presente o germe de humanidade que é a maternidade. A mãe sempre defende os filhotes até que esses consigam sobreviver por si próprios.

A humanidade por sua vez parece viver em ciclos que se repetem. Na idade média o egoismo humano levou a humanidade a formação de castas de famílias de sangue nobre que se locupletavam da produção do país em prejuízo da maioria dos seus cidadãos que viviam das sobras, produzindo em uma sociedade artesanal os luxos das classes abastadas da nobreza. Esse estado de coisas durou muitos séculos, até que a revolução francesa lançou as bases de uma nova sociedade onde se lia "IGUALDADE, LIBERDADE e FRATERNIDADE".


O Neoliberalismo sob outras máscaras parece querer subverter as palavras "FRATERNIDADE" e "IGUALDADE", quando distingue os ricos dos não ricos. Quando promove o egoismo em lugar da FRATERNIDADE.

A forma de manter-se uma sociedade com certa estabilidade, segundo os círculos de poder que dominam a humanidade, é não deixar o povão sem nada. A sociedade Romana os abastecia de CIRCO e PÃO, mas ao longo do tempo, esses parâmetros do minimo necessário foram se readaptando. É necessário deixar o povão pelo menos com a barriga cheia, pois ai não se revoltam. Que sejam escravos, mas que tenham a sensação de que não são, e de que fazem parte de uma sociedade de incluídos.


O homem tem a tendência de lutar muito mais para não perder o que conquistou do que lutar por obter novas conquistas. A mudança do seu status de estabilidade o aterroriza de certa forma, e se suas conquistas são modestas, ele irá preferir preserva-las do que se aventurar em uma luta por novas conquistas. Esse é o viés conservador das sociedades, que mesmo mantendo em sua agenda discussões e pretensões a novos patamares de conquista social, hesita quando o momento do confronto se apresenta.

Entretanto, em sua sede de poder e riqueza, os círculos mais elevados, as vezes esquecem desse princípio e apertam demais o cinto, acarretando com isso as revoluções. Foi assim na revolução Francesa, em que o casamento do Rei Luiz XVI durou vários dias de farra e luxuria em bebedices e exagerados desperdícios, enquanto o povão revirava as lixeiras para encontrar algum alimento. O descaso com as classes mais baixas da população chegou ao estremo do desrespeito, mas antes disso a família BOURBON que detinha a realeza Franceza, permaneceu 800 anos no poder. Quanto se falou! Quanto se previu! Quanto se alertou! E quanto se ignorou essas previsões e esses alertas! 



Pois agora vivemos novamente um cenário parecido. O Neoliberalismo no Brasil, quer transformar a sociedade em uma sociedade de miseráveis, quando lhes suprime empregos e retira dos trabalhadores seus direitos arduamente conquistados para que os empresários tenham cada vez mais lucro.                          

O peru de Natal este ano veio salgado, fora do ponto para a maioria dos brasileiros. Um dos ingredientes desse sabor ruim veio na forma do Projeto de Lei 6787/2016, apresentado pelo governo Temer no dia 22 de dezembro, conhecido como Reforma Trabalhista.

O sentido geral do projeto é baratear ainda mais o valor do trabalho dos brasileiros e brasileiras, garantindo aos empresários e especuladores em geral melhores condições de aumentar seus lucros.

Projeto elaborado em gabinetes, sem participação real dos representantes dos trabalhadores e trabalhadoras, um de seus principais elementos é permitir que negociações isoladas, entre empresas e empregados ou entre setores econômicos e seus trabalhadores, se sobreponham à lei existente, mesmo em casos que signifiquem redução de direitos para quem vive de salário.

A embalagem do peru do Temer até que parece sofisticada, bonita, para os mais desatentos. Mas o fato é que a reforma representa um ataque à já frágil estrutura trabalhista brasileira e vai prejudicar a maioria, segundo análises da subseção Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) da CUT Nacional, de dirigentes sindicais e de especialistas em Direito do Trabalho.

Mentiras ou balelas

A primeira mentira do governo, ao anunciar e defender o projeto, é de que as “centrais” foram ouvidas. A CUT e a CTB foram logo a campo para negar que tenham participado de qualquer conversa a respeito com a equipe do Temer. Havia, sim, dirigentes sindicais presentes ao anúncio das medidas no Palácio do Planalto. Mas estes, sozinhos, não representam o universo trabalhista brasileiro.

“Ao contrário do que disse o governo Temer, a CUT não foi chamada em momento algum para negociar mudanças na legislação trabalhista. A CUT é contra toda e qualquer retirada de direito da classe trabalhadora e lutará para que isso não aconteça. Não vendemos direitos dos trabalhadores”, afirmou o presidente da Central Vagner Freitas, em entrevista à Rede Brasil Atual. Em nota oficial, um dia antes, a CUT já havia feito a mesma denúncia.
Mais representação sindical?

Outra mentira, facilmente detectável, é a de que o papel negociador dos sindicatos vai ser fortalecido com a proposta do governo não eleito. O PL prevê que em toda a empresa que tiver mais de 200 trabalhadores será feita a eleição de um representante dos trabalhadores. Os candidatos não precisarão ser sindicalizados.

Como lembra análise técnica feita pela subseção Dieese da CUT Nacional, a maior parte das empresas ficará de fora dessa exigência. Segundo o IBGE, a média de trabalhadores por empresa no Brasil, em 2015, era de 27 empregados. O IBGE comprova: A maioria das empresas tem menos de 200 trabalhadores.

O maior problema, no entanto, refere-se ao fato de que esses representantes não precisarão ter origem nas bases de sua categoria, pois a atividade sindical, conforme expressado no Projeto de Lei, é desnecessária.

“Isso vai abrir espaço para que as empresas, os patrões, possam usar de artifícios para escolher esses representantes”, pontua Vagner Freitas. “O representante tem de vir da base, escolhido por seus companheiros e companheiras de trabalho. Do jeito que o governo quer isso poderá, ao contrário, ser feito à revelia do sindicato”, diz o presidente da CUT.


Intervenção nos sindicatos

Irônico é o governo que pretende destruir o legado trabalhista de Getúlio Vargas tentar usar de um instrumento de que sempre Getúlio foi acusado por seus detratores: manietar os sindicatos, intervindo nas decisões, com a ajuda das empresas. “Negociações têm de acontecer em condições de igualdade, e o resultado delas precisa ser aprovado em assembleia”, crava o presidente da CUT. O Projeto de Lei sequer cita a palavra “assembleia”.

Vagner Freitas faz questão de frisar que a CUT não é contra atualizações na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), muito menos contra a negociação soberana entre trabalhadores e patrões.

“O debate sobre modernização precisa acontecer”, afirma. “Porém, isso tem de partir de um marco legal que impeça a destruição de conquistas já alcançadas”. O Projeto de Lei 6787 fala expressamente na “ultratividade” das futuras negociações. Isso significa, grosso modo, que as leis ou convenções e contratos coletivos anteriores podem ser revogados a qualquer momento, assim que as partes decidirem negociar. A categoria é quem deve decidir. 


Negociação sem luta, não

O presidente da CUT lembra que a Central, desde sua fundação, defende a renovação da estrutura sindical oficial. Muitos de seus sindicatos, entre eles alguns dos maiores e mais influentes, já mudaram práticas através de luta e negociação. Entidades cutistas construíram ao longo de décadas a representação por local de trabalho – cujos integrantes são escolhidos nas urnas, em cada empresa, e passam a integrar a direção do sindicato –; conseguiram consolidar a negociação nacional das convenções coletivas, além de devolver o imposto sindical para seus filiados; e solidificaram comissões sindicais por escola, inclusive com a participação de pais e alunos, entre outras conquistas registradas pelas bases.

“Mas para tanto é preciso renovar de fato a estrutura sindical como um todo, acabar com os sindicatos de fachada que não fazem luta e só vivem de receber o imposto e fazer acordos ruins. Neste sentido, devemos retomar os debates do Fórum Nacional do Trabalho, que produziu uma proposta de reforma sindical em consenso com governo, empresários e sindicatos trabalhistas em 2005”.

José Aldo versus Vanderlei Cordeiro

O que o governo propõe (e que Temer chamou de “paz entre patrões e empregados”.) é algo como uma luta de MMA entre José Aldo e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima. Ou uma corrida de maratona entre os dois. “É preciso haver condições de igualdade”, pontua Vagner.

Já o advogado trabalhista José Eymard Loguercio lembra que no Brasil ainda não existe lei contra práticas antissindicais, o que permite a ação empresarial para enfraquecer e dividir os sindicatos. E a coisa deve piorar se o projeto de reforma trabalhista for adiante. “O governo quer institucionalizar algo que não existe por aqui, que é a negociação por empresa. Isso vai fragmentar mais ainda a luta da classe trabalhadora. Nossa principal arma de negociação são as convenções coletivas, em que categorias ou setores inteiros sentam à mesa com os patrões”, avalia.

Inconstitucionalidades

Na opinião de Eymard, o fato de o projeto não ser mais uma medida provisória, que entraria em vigor imediatamente, “nos livra daquilo que seria o fim da picada”. Para ele, é preciso intensificar a pressão sobre o Congresso e fazer um amplo trabalho de conscientização dos trabalhadores para alterar pontos do Projeto de Lei.

Do ponto de vista do trâmite legislativo, ele crê que é preciso concentrar esforços em combater as inconstitucionalidades do Projeto de Lei. Uma delas é o enfraquecimento, ou o quase banimento, do papel moderador da Justiça do Trabalho.

Em seu artigo 611-A, parágrafo primeiro, o Projeto de Lei da Reforma Trabalhista cita, genericamente, o “princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva”. Outra inconstitucionalidade flagrante, aponta Eymard, é o desrespeito à máxima de que as negociações devem sempre prever a melhoria das condições de vida em geral da população. “Nosso problema é que quem tem decidido o que é ou não constitucional é o STF”, alerta.

Irônico é o governo que pretende destruir o legado trabalhista de Getúlio Vargas tentar usar de um instrumento do qual Getúlio sempre foi acusado por seus detratores: manietar os sindicatos, intervindo nas decisões, com a ajuda das empresas.

Tintas ditatoriais

“O golpismo quer enfraquecer os sindicatos e precarizar ainda mais a vida do trabalhador e da trabalhadora”, diz Vagner. O projeto de Temer lembra o do general Ernesto Geisel, que em 1974 baixou lei que instituía o trabalho temporário e reduzia direitos. Naquele momento, o Brasil vivia o fim do chamado “Milagre Econômico”, com a explosão da dívida em dólar e a crise do petróleo.

“Hoje é a mesma coisa. A economia em baixa, uma crise política e uma instabilidade jurídica enormes não criam o ambiente de confiança para negociar uma mudança desse tamanho. O pacote é a cara do golpismo”, sentencia Vagner Freitas.

Nos próximos dias, o Portal da CUT trará mais análises sobre o Projeto de Lei 6787/2016. E, antes que Temer tente mais uma de suas ironias sem graça, esclarecemos: PL quer dizer projeto de lei. E golpe quer dizer a derrubada de uma presidenta eleita pelo povo para instituir uma verdadeira avalanche para desconstruir a Constituição.


sábado, 31 de dezembro de 2016

2017 AMEAÇA AS INSTITUIÇÕES - os dez nomes mais temidos pela elite política.

Em 2008 tivemos nos Estados Unidos uma sequência de falências começando pelo City Bank e estendendo-se por várias outras empresas bancárias e inclusive automobilísticas. 

A crise teve origem em empréstimos que geravam ativos e esses ativos eram renegociados no mercado. Com o tempo toda a economia ficou lastreada com esses ativos, mas eles não tinham na verdade sustentação pois os que tomavam emprestado eram pessoas do povo. Com a crise de desemprego que grassava nos Estados Unidos, esses empréstimos começaram a não ser honrados e isso gerou uma crise de proporções inimagináveis e que ameaçaram levar de roldão toda a infra estrutura capitalista. 

Para contornar a crise várias medidas foram tomadas. Novos protocolos de governança empresarial passaram a existir tirando da mão de alguns CEOs o controle de empresas poderosas, mas não se viu uma caça as bruxas como vemos no Brasil, isso porque para a nação Norte Americana é a sua preservação que interessa.

Não é o que se vê no Brasil. Como se não interessasse a ninguém o futuro do país, a economia parou na esteira da LavaJato.

Não é uma conta fácil e, portanto, não há uma resposta única. Segundo estudo da FGV, a diminuição das atividades da Petrobras por causa da Lava Jato poderia tirar R$ 87 bilhões da economia, levar à perda de mais de 1 milhão de vagas e à queda de R$ 5,7 bilhões na arrecadação de impostos por União, Estados e municípios em 2015.

LAVA JATO CORTA VAGAS DO MERCADO DE TRABALHO.

Para a Tendências Consultoria, da queda de 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano passado, dois pontos estão relacionados à Lava Jato. Outra consultoria, a GO Associados, estima que o impacto custe mais de 2 milhões de empregos em até dois anos. Esses cálculos baseiam-se na queda de investimentos feitos pela Petrobras e empreiteiras.

Para 2016, a Tendências espera que a economia encolha 4% (1,2 ponto relacionado à Lava Jato) e que os investimentos caiam 6%.

Newton de Souza (R), atual presidente do grupo Odebrecht, e Marcelo Odebrecht (L), ex-CEO, agora preso

Queremos levantar R$12 bilhões para superar a tempestade, diz presidente da Odebrecht

2016/04/01 - 09H02
DAVID FRIEDLANDER
ANA ESTELA SOUSA PINTO
DE SÃO PAULO
 
Sob pressão das acusações de corrupção da operação da Lava Jato da Polícia Federal e de dívidas que totalizam R$90 bilhões, a Odebrecht colocou à venda um pacote de ativos da empresa na tentativa de levantar R$12 bilhões (US$3,3 bilhões) ao longo do ano. 
"Acreditamos que esse valor nos dará uma boa base para superar esta tempestade", diz Newton de Souza, presidente do grupo Odebrecht.
  • Souza assumiu a presidência em junho de 2015 após a prisão de Marcelo Odebrecht - foi condenado a 19 anos de prisão por crimes como a corrupção e lavagem de dinheiro. 
Como é que a tentativa de obter clemência e acordos de pacto para ajudar o grupo a sair da situação em que está agora?
Esta não é certamente uma situação confortável e torna a nossa missão organizacional difícil, mas temos a intenção de tomar todas as medidas necessárias para criar as bases para um novo ciclo em nossa organização.
 
Além da operação Lava Jato, há uma recessão e a Odebrecht tem uma dívida de R $ 100 bilhões [US $ 27 bilhões]. Como você pretende pagá-lo?
A dívida bruta atingiu R $ 85 bilhões em 2014 - esse foi o último dado divulgado. Não faz sentido falar sobre uma dívida financiada. Todas as empresas têm dívidas no seu fluxo de caixa. E também precisamos olhar para os prazos de pagamento.
 
O que você vai colocar para venda?
Alguns fatores como curto prazo de caixa, contração de empréstimos e a operação da Lava Jato nos levaram a iniciar um programa de venda de ativos no valor de R $ 12 bilhões [US $ 3,3 bilhões]. Acreditamos que esse valor nos dará uma boa base para superar esta tempestade. Colocamos à venda uma usina hidrelétrica no Peru, uma estrada no Peru, que já está sob o processo de due diligence, e alguma participação em um bloco de petróleo em Angola.
 
São essas ações destinadas a pagar dívidas?
Vender ativos leva a uma redução imediata das dívidas líquidas. Além disso, quando você vender um ativo, as parcelas do financiamento ir com ele. Os R $ 12 bilhões que nós pretendemos fazer tornar-se-ão renda líquida para a empresa, mas o desalavancamento é maior.
 
As acusações contra a Odebrecht são muito sérias, o presidente da empresa está preso e a dívida é muito alta. Você vai conseguir sobreviver?
Sim, estamos a aprender muito com esta crise e estamos a criar bases sólidas para deixar tudo para trás - são os pilares de um novo ciclo de crescimento. Estou certo de que conseguiremos deixar tudo isso para trás.
 
O que a Odebrecht acredita ser a melhor solução para a atual crise política?
Eu não tenho nenhum comentário.

O executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, cuja delação vazada para a imprensa provocou um terremoto no núcleo do Governo, cita Nogueira como sendo um dos funcionários da empresa “que mantinha agenda própria no Congresso Nacional”. Segundo Melo, Nogueira era próximo do Itamaraty e do Ministério da Indústria e Comércio. Entre as obras da construtora no exterior estão Porto Mariel, em Cuba, a Hidrelétrica de Cambembe, de Angola, e o metrô de Caracas, na Venezuela.

  • Delação da Odebrecht revela troca de leis por doações a campanhas do PMDB 
  • A monumental delação da Odebrecht cerca Brasília por todos os lados 
  • Reflexo da turbulência, até aliados falam da renúncia de Temer 
  • Odebrecht pagava até 7 milhões de reais por lei aprovada no Congresso

A delação do fim do mundo, como ficou conhecida a série de depoimentos dos funcionários à Justiça, envolverá desde executivos que ocupavam a presidência da construtora, como o próprio Marcelo Odebrecht, até secretárias. Todos eles foram desligados da empresa e só Marcelo, já condenado na Lava Jato, segue detido. 

Aos poucos, o conteúdo começa a ser vazado na imprensa. Nesta segunda, uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que em ao menos um dos depoimentos afirma-se que houve uma doação ilegal da construtora de cerca de 30 milhões de reais para a chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer, na última eleição. Isso pode repercutir no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que julga ação sobre as contas da campanha.

As novas delações devem mostrar os tentáculos do esquema que, de acordo com a força-tarefa, regia a troca de vantagens para empresas por financiamento partidário e pessoal. Se os executivos principais lidavam diretamente com o Congresso e o Planalto, os diretores-superintendentes, por exemplo, podem explicar como o esquema de troca de benefícios funcionava em Estados e municípios. 

Eles lideravam times regionais, que tratavam com políticos de São Paulo, Rio de Janeiro ou Estados do Nordeste -muitos depois ganharam projeção em suas carreiras e também acabaram implicados em esquemas de Brasília.

Por isso, há um entendimento de que, se a delação de Melo Filho implodiu o Congresso e o Planalto, as demais, com exceção da do clã Odebrecht, devem envolver mais políticos regionais, incluindo, no entanto, nomes de peso, como governadores com pretensões à Presidência. Conheça abaixo quem são os principais nomes do acordo e sobre quais áreas eles devem se ater.

Clã Odebrecht

EMÍLIO ODEBRECHT
As delações mais aguardadas da Operação Lava Jato são as do patriarca do clã Odebrecht, Emílio, e de seu filho Marcelo, preso desde junho do ano passado. Os dois sempre foram próximos aos governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, e existe a expectativa de que eles impliquem os ex-presidentes em seus depoimentos. Trechos iniciais da delação de Marcelo vazados no início do mês dão conta de repasses de 8 milhões de reais em dinheiro vivo pagos para Lula – parte do montante depois que o petista havia deixado o Planalto. Além disso, Marcelo teria negociado diretamente a compra da nova sede do Instituto Lula, que não foi concretizada – a organização nega.

Mas as delações de Emílio e Marcelo podem ir muito além de Lula e Dilma. A empreiteira tem uma relação de proximidade com o poder desde os tempos da ditadura. De José Sarney a Michel Temer passando por Fernando Henrique Cardoso, a Odebrecht manteve algum grau de intimidade com todos os mandatários do país. Em seu livro de memórias, FHC faz várias menções elogiosas ao magnata da Odebrecht: “Curioso, a firma Odebrecht ficou tão marcada pela CPI dos Anões do Orçamento, com o negócio da corrupção, e no entanto o Emílio é um dos homens mais competentes do Brasil em termos empresariais”. Resta saber até onde os donos da empresa irão em sua delação.

Carlos Armando Paschoal

Carlos Armando Paschoal
Paschoal, conhecido como CAP, era diretor-superintendente da empresa em São Paulo e, por isso, é tido como um dos principais contatos da Odebrecht com políticos paulistas. Trechos preliminares de seu acordo de delação, divulgados entre outubro e novembro, implicam dois possíveis presidenciáveis tucanos para 2018, o governador Geraldo Alckmin e o chanceler José Serra. No caso de Alckmin, o caixa 2 (dinheiro para campanha não contabilizado) teria abastecido as campanhas de 2010 e 2014. Os pagamentos teriam sido feitos a duas pessoas próximas ao político tucano: uma delas seria o empresário Adhemar Ribeiro, irmão da mulher de Alckmin. Em 2010, ele teria recebido 2 milhões de reais em espécie, pagos em seu escritório.
Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP. CREA


Já Serra teria recebido 23 milhões de reais da empreiteira em 2010, via caixa 2, durante sua campanha presidencial. Parte do dinheiro, segundo a delação, foi repassado para uma conta na Suíça. Ronaldo Cezar Coelho, ex-deputado federal (ex-PSDB e atual PSD) teria articulado o repasse na condição de coordenador político da campanha de Serra. Todos os citados negam qualquer malfeito. Alckmin disse, na ocasião, que "é prematura qualquer conclusão com base em informações vazadas de delações não homologadas".

Benedicto Barbosa Júnior


O ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura é apontado como um dos principais interlocutores da empresa com políticos. Preso em março deste ano durante a 26ª fase da Lava Jato, era um dos coordenadores do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira, conhecido como o setor da propina. Este setor, segundo o movimentado ao menos 66 milhões de reais para ao menos 30 pessoas. O Ministério Público Federal acredita que estes valores foram repassados para políticos das esferas municipal, estadual e federal. De acordo com a denúncia apresentada contra Barbosa, ele seria “a pessoa acionada por Marcelo para tratar de assuntos referentes ao meio político, inclusive a obtenção de apoio financeiro”.


Ex governador Sergio Cabral
A delação de Barbosa pode complicar ainda mais a situação do ex-governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), preso no início do mês. Isso porque os investigadores esperam que ele confirme outras denúncias de que o peemedebista cobrava 5% de propina para obras de grande porte no Estado, como a reforma do estádio do Maracanã, por exemplo. O executivo frequentava a casa de Cabral, e construiu sua mansão no mesmo condomínio que o então governador. Barbosa também era próximo do ex-ministro de Lula José Dirceu, já condenado na Lava Jato. Do setor controlado pelo executivo também teriam saído, segundo a força-tarefa da Lava Jato, pagamentos não declarados para o casal de publicitários Monica Moura e João Santana pelas campanhas de Lula e Dilma Rousseff.

Alexandrino Alencar

Alexandrino Alencar
Ao lado do clã Odebrecht, Alencar é uma das figuras-chave das delações da empresa. Ex-diretor de Relações Institucionais da construtora, ele ficou preso entre junho e outubro deste ano e sua delação chegou a ser recusada pela força-tarefa da Lava Jato, que considerou que ele tentava poupar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é apontado como o executivo da construtora responsável pela relação com Lula. Seria ele também o contato da empresa com Antonio Palocci, réu na Lava Jato e preso durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Omertà.

Alexandrino Alencar
Do depoimento de Alencar, se espera que ele esclareça as questões relativas às obras feitas em um sítio de Atibaia, que, segundo a acusação, pertenceriam a Lula, que nega ser proprietário. Ele também deve relatar detalhes das viagens feitas ao lado do ex-presidente para países da África e da América Latina. Segundo os procuradores, Lula praticou tráfico de influência em benefício da construtora em troca de vantagens indevidas, o que ele também nega.

Sérgio Luiz Neves

Neves é diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura para Minas Gerais e Espírito Santo. A expectativa dos procuradores é que ele detalhe em sua delação pagamentos e propinas pagos a políticos mineiros. Ele já foi citado pela secretária da empresa Maria Lúcia Tavares – que também colabora com a Justiça – como sendo o responsável pelo pedido de pagamento de 15 milhões de reais para uma pessoa identificada nas planilhas da empreiteira apenas como “Mineirinho” em 2014. Claudio Melo Filho, cuja delação veio a público na semana passada, afirmou que o apelido se refere ao senador e ex-candidato à presidência Aécio Neves (PSDB-MG), que negou.

O ex-funcionário era subordinado a Benedicto Barbosa Júnior, diretor da Odebrecht Infraestrutura e um dos articuladores do setor de operações estruturadas da empreiteira – conhecido como setor de propinas. Ele também pode jogar luz sobre algumas denúncias da Operação Acrônimo, que enredaram a Odebrecht e o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), em um esquema de pagamentos de propina no Estado em novembro deste ano.

Antonio Anastasia
A Odebrecht é responsável por uma série de obras de grande porte em Minas Gerais, que vão desde estações de tratamento de água e subestações elétricas. Dentre as principais estão as obras de manutenção do Sistema Rio Manso, responsável pelo abastecimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte com água tratada. O contrato para a realização dessa iniciativa foi firmado durante o Governo do agora senador Antonio Anastasia (PSDB), relator da comissão especial do impeachment de Dilma Rousseff no Congresso.

Luiz Antonio Bueno Junior

Luiz Antonio Bueno Junior
A delação de Junior, diretor superintendente da Odebrecht Infraestrutura em São Paulo, tem potencial de abordar possíveis malfeitos da empreiteira no Estado. Em março deste ano foi divulgado um documento assinado por ele com o objetivo de aumentar os custos do estádio do Corinthians, construído pela Odebrecht. Por meio de aditivos contratuais, executivos da empreiteira conseguiram subir o valor da obra em 1,2 bilhão de reais. Segundo o procurador
Procurador Carlos Lima dos Santos
Carlos dos Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato, as investigações feitas com base em planilhas da construtora apontam que houve pagamento de propina na obra, mas ainda não se sabia, em março, quais foram os destinatários deste dinheiro.

Uma das obras que também está na mira das autoridades é a construção da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. A empreiteira integra o Consórcio Move – ao lado de Queiroz Galvão, UTC Participações e Eco Realty Fundo de Investimentos. A Move venceu uma licitação bilionária com custo previsto em 22 bilhões de reais. No entanto, em setembro deste ano o consórcio anunciou a suspensão das obras alegando dificuldades na contratação de crédito. Além disso, obras nas linhas 2-Verde e 4-Amarela também são investigadas por suspeita de propina. Uma série de e-mails e documentos apreendidos pela Lava Jato indicam que a empresa pagou para conseguir vencer as licitações durante governos do PSDB, entre eles o do atual governador
Governador de São Paulo Geraldo Alckmin
Geraldo Alckmin, que pretende disputar a presidência em 2018. No final de novembro, ele defendeu a lava jato e afirmou que não foi beneficiário de nenhum repasse ilegal de campanha.

João Carlos Nogueira

João Carlos Nogueira (E), da Odebrecht, Paulo Paim, economista José Carlos de Assis e Klaus Curt Muller, da Abimaq.

Ex-diretor da área internacional da Odebrecht, Nogueira conhece bem os negócios da empreiteira firmados em outros países, como Angola, República Dominicana, Cuba, Gana, México e Venezuela. Ele chegou a ser alvo de condução coercitiva em setembro deste ano, alvo da Operação Acrônimo, que investiga pagamentos de propina por parte da empreiteira ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O Ministério Público Federal acredita que Nogueira era um dos responsáveis pelo esquema de pagamentos ilegais em troca de financiamento do banco estatal.


João Antônio Pacífico Ferreira
João Antônio Pacífico Ferreira

Diretor superintendente para as áreas Norte, Nordeste e Centro-Oeste da construtora, ele deve revelar detalhes de como atuava junto aos políticos para viabilizar obras nessas regiões. Foi citado pelo delator Melo como a pessoa que aprovou pagamentos no valor de 500.000 reais ao presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que apareceria em planilhas da construtora com o codinome "justiça". Segundo o mesmo executivo, Pacífico teria afirmado para ele que tinha interesse na obra do Canal do Sertão Alagoano, uma espécie de minitransposição do rio São Francisco. "Depois eu fui informado que haviam sido doados 1,2 milhão de reais a título de campanha", afirmou o delator. A obra do canal é feita pelo Governo do Estado, em parceria com o Governo federal, por meio do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC).
TUCANO TEOTÔNIO VILELA FILHO
A Odebrecht é responsável pelo quarto trecho da obra, ainda em construção, que foi, ao lado de outros trechos, questionado por indícios de sobrepreço pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A ordem de serviço deste trecho foi emitida em junho de 2013, na gestão do tucano Teotônio Vilela Filho.

João Pacífico, como é conhecido, também poderá esclarecer se a construtora pagou propina para realizar as obras do projeto de irrigação Tabuleiros Litorâneos de Parnaíba, no Piauí, executada pela construtora em um consórcio com a Queiroz Galvão. A obra já havia sido apontada em uma lista de obras sob suspeita da Polícia Federal, em setembro deste ano. Na delação de Melo, ele afirma que houve um acerto de pagamento de 3% dos valores repassados para a obra pelo Ministro da Integração, que em 2008, época dos fatos, era Geddel Vieira Lima, que deixou o Governo de Michel Temer por ter seu nome envolvido em outra denúncia.

Leandro Azevedo

LEANDRO AZEVEDO
Ex-diretor-superintendente no Rio de Janeiro, era considerado o braço-direito de Benedicto Júnior, um dos coordenadores do departamento de propina. Segundo uma reportagem da revista Veja, ele afirma que a construtora pagou 23,6 milhões de reais em dinheiro e 800.000 euros, por transferência bancária no exterior, para a campanha do Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Segundo ele, o governador agiu junto ao BNDES em favor dos interesses da empresa. Ainda segundo a revista, ele teria citado o repasse de dinheiro para o caixa 2 do atual prefeito do Rio, Eduardo Paes (também do PMDB), ex-governador Anthony Garotinho e sua mulher, Rosinha, ambos do PR, e para o senador Lindbergh Farias (PT), além do próprio Pezão. Eles afirmam que só receberam doações regulares.

Dentre as obras sob suspeita estão a Linha 4 do Metrô do Rio e a concessão do Maracanã a Odebrecht. Esta última, segundo reportagem do Fantástico teria envolvido, segundo ele, o pagamento de propina ao atual presidente do Tribunal de Contas do Estado, Jonas Lopes, para que o edital fosse liberado pelo órgão. No último dia 13, ele foi conduzido coercitivamente para a sede da Polícia federal para prestar depoimento. Ele não falou com a imprensa sobre o fato.

A quem interessa o desmonte do Brasil? Interessa aos Estados Unidos. Suas empresas estão prontinhas para ocupar o lugar das Brasileiras Odebrecht, OAS, Camargo Correa entre outras. Que brasileiros inteligentes somos nós! Ou entreguistas, quem sabe?

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

NÃO SOMOS COMUNISTAS. SOMOS SOCIALISTAS DEMOCRÁTICOS.

A solução para os problemas da humanidade não está nos regimes mas nos homens. Se os homens forem bons independentemente de qual regime estejam, as sociedades encontrarão o equilíbrio.

Entretanto de todos os regimes políticos, o COMUNISMO totalitário, antidemocrático não serve ao homem mas apenas aos ditadores. É o que acontece na Coréia do Norte. Esse é o segundo pior de todos os regimes. O Pior é o do Estado Islâmico.

Entretanto não devemos deixar de dizer que o COMUNISMO TOTALITÁRIO não deve ser confundido com o SOCIALISMO DEMOCRÁTICO, porque o SOCIALISMO DEMOCRÁTICO é o melhor de todos os regimes. É o regime que reúne o melhor do Capitalismo à essência do verdadeiro objetivo comunista que é o homem. A seguir mostraremos o fracasso da idéia Comunista, e o êxito da solução SOCIALISTA DEMOCRÁTICA.

COMUNISMO: O "paraíso" da Coreia do Norte

A Coreia é uma península localizada no extremo leste, entre a Manchúria e no Japão, e está dividido entre dois estados: a Coreia do Norte e Coreia do Sul.


Nos tempos antigos, havia três reinos da península (chamados pelos historiadores como um "front"): Goguryeo, Baekje e Shilla.

O reino de Koguryo , teve vida de 37 a. C. até 668 d. C., e se estendia desde o sul da Manchúria à Coreia do Norte do norte e central

O reino de Baekje , por outro lado, existe desde 198 aC a 660 dC, eo site território ocupado na Coreia do sudoeste.

O reino chamado Shilla ou Silla , no período de 57 aC a 935 d. C, foi localizado no sul da península, e em 668 foi aliada com a China para conquistar os outros dois reinos, Baekje em 660e Goguryeo em 668 .

Depois destas conquistas do Reino de Silla (rebatizado de Unified Silla histórica) ocupou a maior parte da península coreana, em seguida, após cerca de 300 anos fragmentados em três pequenos estados adicionais, chamada Three Kingdoms traseiros:

Silla , Hubaekje (originado de Baekje, traseira), e Taebong , também conhecido comoHugoguryeo (derivado de Goguryeo, traseira) e submetidos à dinastia de Koryo em 935 .

Em 936 o controle dos Três Reinos foi tomado por Wang Geon proclamou o Reino de Goryeo , encerrando o período dos Três Reinos traseira.

Em 1897 veio o império coreano sob o rei Gojong até 1910, quando o país foi conquistado pelos japoneses.

No final da II Guerra Mundial, em 1945, a península coreana foi dividida em duas áreas:

Norte território do paralelo 38, sob a influência e a ocupação soviética, e o território ao sul do paralelo 38, sob a influência e a ocupação americana.

Em 1948, nasceu a República Democrática da Coreia ( RPDC ) e da República da Coreia ( Coreia do Sul ) com diferentes governos e sistemas políticos hostis entre si:




A Coreia do Norte tornou-se uma ditadura comunista e pró-chineses com capital emPyongyang , presidido por Kim Il - SUNG , enquanto a Coreia do Sul tornou-se uma democracia capitalista pró-EUA com capital em Seul , liderado por Syngman Rhee .

Em 1950, a Coreia do Norte impôs a sua vontade de estender " para o bem do povo " sua área de influência e fê-lo militarmente invadindo os territórios da Coreia do Sul.

A Coreia do Norte foi imediatamente visto como o estado comunista mais fechado do mundo, e, portanto, foi apelidado de " Reino Eremita ".

A guerra, que começou em 1950 e continuou até 1953, causada bem 2.800.000 vítimas, metade deles civis, e provocou uma das fases mais agudas e perigosas da chamada " Guerra Fria ", o risco resultante de um conflito nuclear.

Os Estados Unidos, juntamente com 17 outros países, intervieram militarmente em um mandato da ONU para derrubar o governo norte-coreano e libertar a Coreia do Sul.

Kim, o ditador comunista norte-coreano, já tinha lutado com os guerrilheiros comunistas chineses para lutar contra as tropas japonesas de ocupação na Manchúria, e tinha seguido os cursos de doutrinação política comunistas e militares para Khabarovsk, na União Soviética, de modo que em trinta anos tinha ele assumiu a posição de capitão do Exército vermelho.

Ele voltou para a Coréia em 1946, onde foi imediatamente nomeado pelas forças de ocupação soviéticas "Cabeça do Comité Popular do Provisória", porque o Partido Comunista coreano tinha a sua sede em Seul, o território ocupação norte-americana.

Mais tarde, ele se tornou primeiro-ministro da República Democrática da Coreia recém-formado Popular (RPDC).

Kim preparou o ataque traiçoeiro sobre a Coreia do Sul bem à frente, concentrando tropas na fronteira e fazer exercícios ocultos para preparar as tropas para a invasão.

Na noite de 25 de junho de 1950, aproximadamente 120 mil soldados norte-coreanos cruzaram a fronteira sem aviso prévio com a Coreia do Sul, e ocuparam a cidade de Seoul.

Depois de três anos de guerra e perda de vidas no conflito chegou ao fim, graças ao fato de que a União Soviética, em contraste com Mao Tse Tung negou a ajuda militar norte-coreano solicitado.

Paz, no entanto, não impediu que as intenções ditatoriais da comunista Coréia, que ainda continua a subjugar os povos sob imposições rigorosas de maoísta e stalinista.


      Kim Jong Il
Galopante no país os " expurgos " repressivas, seguido de sentenças à pena de morte, alcançando o número de 90.000 vítimas .

São organizadas inúmeras prisões e campos de detenção etrabalho forçado para os criminosos comuns, as áreas de deportação para as famílias, e as áreas ditadura especial para os presos políticos.

Os prisioneiros sofrem torturas e abusos de todos os tipos, e são forçados a trabalhar a partir de cinco da manhã até meia-noite, continuamente sujeitos à brutalidade e ferocidade.

Os nascimentos de crianças em detenção são punidos com o abate do recém-nascido.

A dinastia KIM escraviza a população coreana nas garras de ferro do terror comunista, começando com Kim Il-sung (1972/1994), e continuando com KIM JONG-IL (1994/2011), para obter-se atualizado sobre Kim Jong-un, busque saber sobre seus crimes contra a humanidade, massacrando seu próprio povo, como foi confirmado por histórias de sobreviventes.


As histórias falam de corpos espremidos para extrair a gordura e a cremação dos ossos permanecem, além de gritos desumanas das celas de tortura, cabelo ensanguentado colados à parede, instrumentos de tortura aplicada aos órgãos genitais de prisioneiros infelizes e de execuções e mortes provocadas muito lentamente com o propósito de prolongar a agonia das vítimas.

As mulheres também não escapam a ferocidade Comunista, e fala de seus seios rasgados em golpes de faca, os órgãos genitais esmagados com o cabo de uma pá, cães treinados para rasgar os seres humanos, dos quais ficam apenas o esqueleto.

Mesmo as pessoas mais velhas são torturados e mortas, assim como os meninos, como inimigos da revolução comunista, num paroxismo de fúria sádica e perversa que desonra a toda a humanidade.

Esse regime parece-nos muito pior do que os campos de concentração Nazistas.

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As vítimas dos campos de concentração da Coreia do Norte atingram o numero de um milhão e meio de individuos, enquanto fora dos campos, a chamada sociedade civil, padece uma total falta de quaisquer liberdades mínimas ou direitos.

As políticas econômicas fracassadas do regime comunista e a fome da população tem provocado um verdadeiro genocídio , com um número de vítimas estimadas em dois milhões , enquanto a Cruz Vermelha diz que 10.000 crianças morrem todos os meses de fome e desnutrição.

O horror do Estado que a Coreia do Norte impõe sobre a população inocente e indefesa é igual apenas a esse nefasto e sádico regime dos infames Khmer Vermelho Cambojano.
É também igual à estupidez criminosa daqueles regimes no Ocidente que louvam a " foice e o martelo ", com um punho cerrado levantado como um sinal de filiação no mundo comunista.

É também igual à idiotice culpada dessas massas estudantis manipuladas pela esquerda na Itália, nos anos '68 / '70, acenando com o "pequeno livro vermelho" de Mao , em um frenesi de condescendência macabra, durante as marchas e manifestações de rua organizadas pela esquerda.

Eles devem sentir em sua pele o que o povo coreano sofreu e continua a sofrer por causa da ditadura comunista.

Personagens como Cossutta, Bertinotti, Tolyatti, Alboresi, que pertencem ou pertenceram ao universo comunista devem trazer suas próprias famílias para viver no que deveria ser, de acordo com suas normas sociais e políticos, um verdadeiro paraíso na terra .

Eles podem muito bem experimentar a emoção da deportação para Laogai no molde chines, para iniciar a " reeducação através do trabalho " a que estão submetidos, pelo menos uma vez em suas vidas todos os Coreanos, ou a descobrir um dia em que os seus familiares tenham desaparecido, engolidos por um regime que nem sequer lhe diz o que aconteceu com eles.

A falsidade da organização comunista europeia é desprezível, como astuciosamente finge não saber que crimes realizam seus irmãos coreanos, tornando-nos cúmplices em todos os aspectos.

E 'também é proibido acessar a Internet, a fim de limitar qualquer indução a dissidência, enquanto a comunicação com o exterior via celular é considerado um dos crimes de espionagem e é punido com a prisão e detenção.

Centenas de milhares de pessoas estão sendo mantidos incomunicáveis e são torturados sem quaisquer acusações contra eles, se não o genérico "é formulado motivo de culpa por associação " que corresponde ao ser parentes ou amigos de pessoas que são impopulares com o regime comunista.

Kim Jong-un
O regime comunista norte-coreano tem forçosamente enviado 50.000 coreanos para outros países como a Líbia, Mongólia, Nigéria, Qatar e Rússia, como um pacote de trabalho escravo, supervisionado para serem explorados, embolsando os seus salários e forçando-os a trabalhar em turnos exaustivos.

O actual ditador norte-coreano Kim Jong-un , ao representar o papel da liderança comunista dos trabalhadores, tem, paradoxalmente, formação na Escola de Inglês de Berna na Suíça onde graduou-se duas vezes, tentando esconder sua verdadeira natureza, que o retrata sim como cruel e implacável, um amante do luxo desenfreado e violência gratuita, como mostrado pelas leis impostas ao seu próprio povo.

Sua megalomania levou-o a busca de um papel como o líder de uma potência nuclear, para a qual ele sempre incentiva a aumentar mais exercícios militares e corrida armamentista.

O terror ainda é a sua arma favorita, com a qual ele carrega todo povo norte-coreano sob tirania, da mesma forma que os marxistas-leninistas são mestres, com ferocidade e desrespeito pela vida humana.

O Comunismo, portanto, mais uma vez, é um exemplo de desrespeito pelos direitos mais básicos, como a liberdade e igualdade, e carrega vestígios de uma via de terror contra as pessoas, já testado nos regimes de Stalin, Mao e Fidel Castro .

Enquanto o Ocidente tende a fazer negócios com as superpotências comunistas, como a China, em vez de dar um sinal claro de condenação por violações dos direitos humanos nestes países, as massas planetárias são presa fácil dos apetites insaciáveis de hierarcas comunistas.

Cabe a nós lutar, porque eles não o fazem, opondo-se desde sempre a todo o caminho para o comunismo, boicotando seus produtos e seus bens, recusando qualquer abordagem amigável, condenando abertamente suas ações .. 

Espero que a ganância míope dos governos ocidentais não prevaleca sobre os ideais de liberdade que devem caracterizar o nosso estereótipo de civilização, e que imediatamente cessem o comércio com países comunistas, na verdade, impondo-lhes uma seqüência estrita de sanções de qualquer tipo. 
 
Ao não fazê-lo, vai tornar-nos mais do que estamos agora, seus cúmplices em todos os aspectos . 

A dissidência

O socialismo democrático demonstra ser o melhor regime

Ao contrário do que afirmam os porta-vozes da direita, o socialismo democrático não fracassou. O que malogrou foi o socialismo real de inspiração soviética, que terminou com a queda do Muro de Berlim. Não significou o “fim da história” propagado por Fukuyama, com a vitória definitiva do liberalismo econômico.

O socialismo democrático, tal como é praticado principalmente nos países escandinavos (Noruega, Dinamarca, Suécia e Finlândia), continua extremamente vigoroso e é representado pelo conjunto dos governos de natureza social democrática que vêm ocupando o poder nesses países, de forma não ininterrupta.

Os sistemas sociais dessas nações se caracterizam pelo fato de haver uma carga tributária extremamente elevada, girando em torno de 50 a 60% do PIB, mas, em compensação, os referidos Estados proporcionam a suas populações serviços públicos de qualidade, principalmente nas áreas de saúde, educação, previdência e assistência social, amparo aos idosos e outros benefícios.

Relativamente a esses países, diz-se que eles garantem o bem estar dos seus cidadãos do “berço ao túmulo”. São nações que, ainda nos anos 30 do século passado, concluíram que o capitalismo não era perfeito, e que apresentava deficiências, mormente no que concerne à injustiça da distribuição social da riqueza. Desta forma, as nações escandinavas estruturaram um regime avançado em termos políticos e sociais.

OBJETIVOS ALCANÇADOS

Por intermédio da social democracia e de um pacto entre os fatores capital e trabalho, este último representado pelos sindicatos, este regime proporcionou justiça social e desenvolvimento econômico para as populações. A evidência concreta e palpável de que essa modalidade de socialismo democrático deu certo, sob o ponto de vista econômico e social, é o fato de que esses países apresentam os melhores Índices de Desenvolvimento Humano do planeta, mensurados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que levam em conta indicadores tais como a expectativa de vida dos cidadãos, a taxa de escolaridade da população, a qualidade de vida e a renda per capita.

Na Europa Ocidental, a despeito da alternância no poder entre os sociais-democratas, trabalhistas e conservadores mais à direita em países como Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e Portugal, pode-se considerar que nesses países houve a instituição de sistemas de proteção social que atenuaram significativamente as distorções distributivas do capitalismo neoliberal, reduzindo as desigualdades sociais e contribuindo para o nivelamento e equilíbrio sociais desses países. Na Alemanha, o modelo de capitalismo com responsabilidade social foi denominado de “economia social de mercado”.

CONQUISTAS PERENES

Instituições relevantes, tais como o sistema nacional de saúde britânico, que nem Margaret Thatcher conseguiu privatizar, e a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas, própria do capitalismo alemão, inclusive com intensa participação dos sindicatos, dentre os quais se destaca o IG Metall, foram conquistas importantes e perenes das quais a população europeia não abre mão.

Exceção nesse panorama são os Estados Unidos, no qual subsiste um capitalismo liberal que até pouco tempo atrás era extremamente desregulamentado, o que redundou na crise econômica de 2008. O presidente Barack Obama enfrentou sérias resistências para implantar o seguro social de saúde, conhecido como “Obamacare”, o qual ainda corre o risco de ser inviabilizado pelo Judiciário estadunidense, em virtude de ações judiciais movidas por grupos reacionários vinculados ao Partido Republicano.
Diante desse quadro, como dizer que o socialismo fracassou?

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O futuro do socialismo democrático

As incertezas e as dificuldades do momento crescem em países como o Brasil, onde as estruturas políticas não permitem uma representatividade efetiva dos pobres e das minorias em geral.

Nas lutas operárias do século XIX, as raízes da social-democracia, que, mesmo depois da Primeira Guerra Mundial, manteve a agenda reformista e contribuiu ao nascimento do Estado do Bem-Estar Social


Há poucos dias participei de um debate com intelectuais, políticos sem exercício de mandato, ativistas sociais e membros de associações da sociedade civil das mais diversas partes do mundo. O objetivo era discutir que bandeiras poderiam unir os diversos movimentos que se consideram “progressistas” e como poderiam contribuir para a construção de um mundo mais justo e mais livre. 

Embora estivessem presentes personalidades de variadas proveniências, era claro que o pano de fundo da discussão, ainda que universalmente relevante, era o mal-estar dos partidos europeus ligados à tradição da social-democracia.

Aliás, o próprio termo “social-democracia” gerou alguma polêmica, já que, em certas regiões do mundo, especialmente na América do Sul, é um rótulo que foi apropriado por partidos de direita ou centro-direita. E não estou falando do velho PSD de Benedito Valadares, uma coalizão de interesses oligárquicos, com vagas pretensões industrializantes, formada quando da queda da ditadura de Getulio Vargas, que deveria originalmente chamar-se “Partido Democrático”.

Mas era o final da Segunda Guerra e a União Soviética emergira como uma das grandes vencedoras na luta contra o fascismo. A sabedoria (ou melhor: esperteza) política levou um dos líderes da nova formação a dizer: vamos botar “social” no nome; está na moda.

Refiro-me a versões mais modernas, como a que emergiu da dissidência do PMDB, que, mais que um partido, era uma grande frente democrática que englobava várias tendências. Assim, o PSDB, embora já demonstrasse inclinação pelo que se veio a denominar de “neoliberalismo”, pretendeu dar uma coloração política mais definida a uma das facções do conglomerado de forças que se juntaram para combater a ditadura. 

À sua esquerda já existia o Partido dos Trabalhadores, o que contribuiu para que os nossos sociais-democratas sequer buscassem um disfarce mais progressista.

Na Europa, entretanto, a social-democracia tem raízes históricas, que remontam às lutas operárias do século XIX. Mesmo tendo se afastado (sobretudo ao apoiar financiamento aos gastos militares na Primeira Guerra Mundial) de ideais internacionalistas, conservou uma agenda reformista, que ajudou a construir o Estado de Bem-Estar. E muitos (se não todos) sociais-democratas foram importantes aliados dos movimentos de descolonização e tentativas de emancipação econômica no Terceiro Mundo.

Mas, hoje, quais são as reais bandeiras da social-democracia? E que respostas dão aos desafios que atormentam muitos dos seus países, como terrorismo, desemprego, movimentos migratórios e questões ecológicas? Mais importante: a quem dirigem sua pregação por um mundo que não seja totalmente dominado pelo lucro fácil, pela exploração dos trabalhadores (nacionais ou migrantes), pelo tráfico de armas e pelo uso unilateral da força?

Curiosamente, durante o debate, a expressão “classe trabalhadora”, em torno da qual se estruturaram os movimentos sociais do século XIX, e que persistiu como um conceito organizador até décadas recentes, mal foi pronunciada. Assim, a busca pela construção do socialismo democrático (fórmula que prefiro à desgastada social-democracia) parece carecer não só de posicionamentos claros em torno dos temas já citados (e, mais, a situação da mulher, as mudanças climáticas, a governança democrática, o desarmamento e o comércio justo), mas de uma melhor definição sobre as “agências de transformação” da sociedade.

Serão essas agências os próprios partidos políticos, que passam a representar interesses difusos, não ligados a uma posição específica na estrutura econômica? Ou conjuntos ainda mais vagos, definidos em termos geracionais ou de comportamentos individuais? Sem dúvida, há muita perplexidade a respeito dessas questões. Estamos muito longe das convicções que levaram os socialistas dos dois últimos séculos a apostar no papel redentor do proletariado industrial.

Isso, naturalmente, não significa que inexista a percepção das injustiças criadas e reproduzidas pelo sistema capitalista, sobretudo em sua versão financeira e especulativa. Injustiças que se replicam no nível local, nacional e global. Mas como juntar todas essas vítimas da desigualdade, todos esses despossuídos, oprimidos ou abandonados: os refugiados (econômicos ou políticos), os trabalhadores submetidos a regime similar à escravidão, os que sofrem de discriminação de qualquer espécie?

Esse problema, complexo em si mesmo, torna-se mais grave em países como o Brasil, cujas estruturas políticas não permitem uma representatividade efetiva dos mais pobres, dos negros, das mulheres, das minorias, em geral. Se não é possível conceber hoje uma verdadeira democracia que não seja efetivamente “social”, tampouco se pode pensar em um socialismo que não tenha suas raízes na democracia.

É importante ter eleições, sem as quais qualquer governo carece de legitimidade. Mas é importante que as próprias eleições sejam legítimas, de modo que a “voz do povo” se faça ouvir e seja respeitada. O caminho para a democracia e o socialismo é longo, incerto e cheio de percalços. Mas é mister percorrê-lo, superando obstáculos e desmistificando falsas soluções, como as privatizações massivas, o congelamento das despesas em saúde e educação, o encolhimento do Estado e a renúncia à soberania. Para tanto, não basta o combate à corrupção, por importante que seja. É necessária uma profunda reforma das instituições políticas que diminua – ou se possível suprima – o peso do capital nas eleições. Ao lado de “Diretas Já” temos de gritar: “Constituinte exclusiva já!”

Olho: No brasil é indispensável a reforma política. hoje se recomenda gritar, ao lado de "diretas já", "constituinte exclusiva já".