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domingo, 26 de junho de 2011

A TERRA É UM PLANETA DE PROVAS

Para aqueles que já perceberam que a vida tem a finalidade de nos aperfeiçoar, de nos tornar melhores, e por isso já estão procurando alinhar seus caminhos com os caminhos que a providência, digo a vida procura nos encaminhar, provavelmente já estão encontrando mais felicidade, mais paz e mais realização. 

Mas com todas as nossas conquistas, vez por outra provavelmente seremos provados, em uma prova que estará de acordo com a nossa capacidade de superação, e no momento que superarmos a prova, estaremos aprovados. Teremos conseguido nosso atestado de realmente melhores, sem que seja preciso nos envaidecermos por isso. O que importa é o nosso conceito perante o pai.

A Bíblia que é um livro inspirado e um dos mais antigos livros da humanidade, e que traz as orientações espirituais para a maior parcela da humanidade que a vê como o seu manual de princípios da fé religiosa, demonstra isso claramente a todo o momento. Conta-nos histórias de provas. Algumas em que o provado conseguiu superar o teste, e outras em que não conseguiu.

Uma das primeiras grandes provas presentes na Bíblia trata da história de Adão e Eva. Ambos foram colocados em um jardim, o jardim do EDEM, em que tudo era perfeito. Eles eram perfeitos e todo o jardim era perfeito. Veja que conversavam com Desus, que vinha lhes falar. Deus colocou no meio do jardim uma arvore que produzia um fruto, e determinou-lhes que não comessem daquele fruto.


Gênesis 2: 8 - 17
E plantou o SENHOR Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado.
E o SENHOR Deus fez brotar da terra toda a árvore agradável à vista, e boa para comida; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal.

E saía um rio do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro braços.

O nome do primeiro é Pisom; este é o que rodeia toda a terra de Havilá, onde há ouro.

E o ouro dessa terra é bom; ali há o bdélio, e a pedra sardônica.

E o nome do segundo rio é Giom; este é o que rodeia toda a terra de Cuxe.

E o nome do terceiro rio é Tigre; este é o que vai para o lado oriental da Assíria; e o quarto rio é o Eufrates.

E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.

E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente,

Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerá.


Gênesis 3: Todo o capítulo
Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?

E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.

Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis.Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.

E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.

Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim.

E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás?

E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.

E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses?

Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi.

E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto?

E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi.

Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida.E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará.

E a Adão disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo.No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.

E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.

E fez o SENHOR Deus a Adão e à sua mulher túnicas de peles, e os vestiu.

Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente,O SENHOR Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida.

Analisando essa história relatada pela Bíblia, fizemos algumas reflexões que cumpre-nos compartilhar.  Sabemos que Deus é um ser Onisciente, Onipresente e Onipotente, ou seja, ele sabe tudo, pode tudo e está em todos os lugares. 


Ao colocar no meio do Jardim uma arvore e dizer para não comer dela porque seu fruto tinha o poder de lhes dar o conhecimento do bem e do mal, ele estava fazendo um TESTE. 

Um teste de fidelidade, porque se ele realmente não quisesse que Adão e Eva comessem do fruto, ele os teria impedido, pois no momento em que comeram o fruto, Deus os estava vendo e sabendo o que estavam fazendo. Poderia ter lhes impedido se assim o quisesse. 


Ao permitir que a serpente que fora incorporada(1) pelo Diabo, (Já que serpentes não falam) lhes falasse e lhes tentasse, Deus estava dando a sua permissão para que Eva e Adão fossem tentados. 
(1) O termo "incorporada" significa ser possuída por um espírito, que lhe irá controlar. No caso citado, o espírito que "controla" a serpente chega ao ponto de fazê-la falar. Não que a serpente realmente tenha falado, mas provavelmente o espírito tenha feito sua voz ser ouvida como se fosse proveniente da serpente. É um poder fora do comum mas que não é impossível para um espírito que tinha o poder tal como o "diabo". Quando nos referimos ao Diabo, nos referimos ao anjo caído que junto consigo arrastou 1/3 dos anjos do céu. Esse é um tema por demais extenso e complexo sobre o qual não iremos nos deter nesse momento.
Por outro lado, será que seria fácil para Adão e Eva viverem eternamente com seus filhos e sua descendência sem que ninguém nunca tivesse a curiosidade de comer daquele fruto que lhes daria a ciência do bem e do mal? Ou seja lhes alargariam a visão para que soubessem coisas que até então não sabiam? 

Conhecendo a natural curiosidade humana, entendo que em algum momento, em algum lugar alguém iria desobedecer a ordem e dar fluxo à sua natural curiosidade, e fazer o teste de comer aquele fruto. A partir dai teria desobedecido a ordem do Altíssimo, e passaria a sofrer as consequências do seu ato.

Veja que para que se obedecesse essa ordem era imperativo que se tivesse uma certa perfeição moral, que o homem não tinha. E Deus com certeza sabia disso, como sabia que fracassaria nesse teste, já que Deus é ONISCIENTE, e conhece nossa forma de pensar e de reagir ante cada detalhe. Para que fracassasse no teste, permitiu que fosse tentado, pois talvez esse detalhe fosse importante para testar a sua fidelidade. Por outro lado era imperativo, e necessário que assim fosse, para que se desse curso ao plano de Deus, de que o homem passasse por todas as provações que passou e que vem passando para que atingisse a "VIDA ETERNA" depois de ter atingido essa perfeição moral que até então não tinha, só que para atingir essa perfeição moral, um longo cominho teria que ser percorrido. É o caminho que todos nós estamos percorrendo ainda hoje.

Sem querer entrar no mérito da história em si, que cai na incredulidade de alguns tal a sua natureza surreal, o que temos aqui é o primeiro grande teste da história. Cremos que a Bíblia contém muita sabedoria embutida nela. É preciso ter olhos para ver e entendimento para perceber seus ensinamentos. Não que tudo nela seja fidedignamente tal como narrado. Mas existe um conteúdo de sabedoria e de revelação em tudo. Uma significação inspirada, tal como nas parábolas de Jesus. Quanto mais se analisa as parábolas de Jesus, descobre-se embutida nelas, ensinamentos e significações as vezes não compreendidas e percebidas em um primeiro momento.

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Um outro grande teste, esse bem sucedido, já que o primeiro teste caiu no fracasso arrastando consigo toda a humanidade e ensejando o sacrifício de Jesus, foi o teste de ABRAÃO. Primeiramente Deus disse a Abraão que lhe daria um filho, coisa que Abraão muito desejava. Depois Deus esperou. Abraão confiava em Deus mas sua mulher Sara não, tão quanto Abraão, e propôs a Abraão desposar sua serva, com a qual ele teve um filho de nome Ismael. Posteriormente Deus cumpriu o que lhe tinha dito e Abraão teve um filho, apesar de sua esposa já estar em uma idade avançada para ter filhos. 

O teste consistiu em ordenar a Abraão que oferecesse seu filho em holocausto, ou seja o matasse como era costume fazer com um cordeiro, para que fosse consumido em fogo, e Abraão adorava seu único filho Isaque. Apesar de toda dor que isso lhe causou, Abraão  resolveu fazer a vontade de Deus, tal era sua fé. No ultimo momento, quando Abraão iria desferir o golpe fatal, Deus interferiu e impediu-o de matar seu único filho. Foi um TESTE. Um teste bem sucedido.

Veja o relato bíblico




Gênesis 22: 1 a 18



E aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

E disse: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.

Então se levantou Abraão pela manhã de madrugada, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus moços e Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e levantou-se, e foi ao lugar que Deus lhe dissera.

Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe.
E disse Abraão a seus moços: Ficai-vos aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós.

E tomou Abraão a lenha do holocausto, e pô-la sobre Isaque seu filho; e ele tomou o fogo e o cutelo na sua mão, e foram ambos juntos.

Então falou Isaque a Abraão seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui, meu filho! E ele disse: Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?

E disse Abraão: Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. Assim caminharam ambos juntos.

E chegaram ao lugar que Deus lhe dissera, e edificou Abraão ali um altar e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha.

E estendeu Abraão a sua mão, e tomou o cutelo para imolar o seu filho;
Mas o anjo do SENHOR lhe bradou desde os céus, e disse: Abraão, Abraão! E ele disse: Eis-me aqui.

Então disse: Não estendas a tua mão sobre o moço, e não lhe faças nada; porquanto agora sei que temes a Deus, e não me negaste o teu filho, o teu único filho.

Então levantou Abraão os seus olhos e olhou; e eis um carneiro detrás dele, travado pelos seus chifres, num mato; e foi Abraão, e tomou o carneiro, e ofereceu-o em holocausto, em lugar de seu filho.

E chamou Abraão o nome daquele lugar: O SENHOR PROVERA; donde se diz até ao dia de hoje: No monte do SENHOR se proverá.

Então o anjo do SENHOR bradou a Abraão pela segunda vez desde os céus.
E disse: Por mim mesmo jurei, diz o SENHOR: Porquanto fizeste esta ação, e não me negaste o teu filho, o teu único filho,

Que deveras te abençoarei, e grandissimamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar; e a tua descendência possuirá a porta dos seus inimigos;

E em tua descendência serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz.

Portanto é evidente que Deus a todo o momento está nos testando, porque os testes são necessários para que o aluno tenha sua aprovação. A vida é uma escola onde viemos para aprender. Quando já estamos maduros para passarmos pelo teste, sofremos um teste. Alguns passam outros não. Se não passarmos, continuamos no processo de aprendizagem. Temos que repetir de ano. Se passamos, vamos para a série seguinte onde iremos aprender outras coisas, tornando-nos melhores para mais adiante passarmos por um teste mais avançado.

O grande teste que o mundo viveu foi o TESTE de Jesus. Jesus só ganhou a condição de Governador dos destinos da humanidade depois da sua vitória sobre as forças do mal com o seu sacrifício na Cruz. Foi a vitória do cordeiro. Ali estava selado o destino da humanidade, quando a SERPENTE, que representa as forças que conspiram para o fracasso da humanidade, sofreu a sua mais fragorosa derrota, no momento que Jesus aceitou seu sacrifício na Cruz. 

O sacrifício de Jesus foi uma coisa planejada. Ele a todo o momento revelava a seus seguidores, mas não lhe foi fácil, embora soubesse o que iria passar. Sua agonia foi tanta que seu suor transformou-se em gotas de sangue.

LUCAS 22: 37 a 48
Porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento.

E eles disseram: Senhor, eis aqui duas espadas. E ele lhes disse: Basta.
E, saindo, foi, como costumava, para o Monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram.

E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação.

E apartou-se deles cerca de um tiro de pedra; e, pondo-se de joelhos, orava,
Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua.

E apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.

E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.

E, levantando-se da oração, veio para os seus discípulos, e achou-os dormindo de tristeza.

E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação.

E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar.

E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?


"Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo. Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso portanto escrever sem presunção a respeito de morte, como a de Jesus. "Jesus entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra". O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a precisão de um clínico. O suar sangue, ou "hematidrose", é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais: para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra. 
                                                          Dr. Renato Ruy renatoruy@globo.com





Pelo  relato bíblico percebe-se que não foi fácil para o cordeiro. Um anjo vinha conforta-lo, e Jesus chegou a pedir que se fosse possível que aquele cálice se passasse, mas que fosse cumprida a vontade de Deus. Nesse momento estava em jogo todo o destino da humanidade. É necessário que se perceba o grande amor de Jesus e de Deus, que tudo fazia e tudo permitia somente por amor a humanidade. Por ai se vê o quanto cada um de nós somos amados por Deus.

Esse foi o mais sublime e o mais grave de todos os testes que já teve lugar na história do mundo. Foi o teste que mudou o curso da história. Foi o teste que relegou as forças do mal definitivamente a derrota que já lhes está prevista.

Devemos então estar preparados. Esse mundo não é um mundo de felicidade completa. A felicidade completa só será conquistada na VIDA ETERNA, que não é nessa existência em que estamos.







quarta-feira, 22 de junho de 2011

A FALÊNCIA DO CAPITALISMO

No famoso filme TITANIC, há um episódio que chamou a minha atenção. Trata-se do caso do rico empresário que desejava esposar a heroina do filme que afinal escolheu relacionar-se com um rapaz de classe menos abastada para desespero e revolta do rico empresário que presenteou a heroina do filme com um riquissimo colar que tinha uma gema raríssima. um diamante enorme esculpido em forma de coração. Ela no final joga o colar de volta ao mar, e ele nesse momento está lá. Quem quiser pode tentar encontra-lo a muitos metros de profundidade. Esse empresário disse a essa heroina que era muito rico e poderoso e que naquele momento poderia comprar-lhe o que quisesse. Nada era difícil para ele. De fato ele vivia no TITANIC conversando sobre aplicações em bolsa.

O mundo em 1918 vivia a euforia dos mercados de ações. Aplicar em ações era um excepcional negócio, porque a economia em crescimento precisava de recursos que vinham dos investidores do mundo inteiro.

Esse negócio floresceu e muitas pessoas aplicaram ali todos os seus recursos e julgavam-se ricas e poderosas. Foi uma ilusão em um mercado que ainda não tinha mostrado sua verdadeira face. A face do risco. Era um investimento de risco. Com a crise de 1929, o crack da bolsa, muitas fortunas viraram pó e esse rico empresário que dissera a heroina do fime que tudo podia matou-se, veio ela a saber depois com um tiro na cabeça. Iguais a ele muitas pessoas também mataram-se naqueles dias.

Imagino que devem haver poucos desesperos maiores do que o de se ver do dia para a noite despojado de uma condição financeira privilegiada, tornando-se pouco mais do que um mendigo.

Vez por outra hecatombes, desequilíbrios, ocorrem no planeta para testar os homens, e para mostrar-lhes que as realidades materiais tem muito pouco valor ante o contexto do eterno, tendo em vista que a morte faz exatamente isso. Despojanos do dia para a noite de tudo o que temos. Até da roupa do corpo. Para onde vamos não levamos nada.

Pois tenho a informar aos descrentes mais uma vez que uma decepção igual os aguarda. Cuidado com seus haveres porque em época de crise, dinheiro nada vale. Com o banco falido, você não conseguirá sacar seus recursos. O melhor é concentrar seus recursos em valores reais que tenham efetivo valor em época de crise.

Premiê George Papandreou  da Grécia
O capitalismo faliu a muito tempo, desde 2008. O que existe hoje é uma maquiagem. Um contexto falso, no qual os capitalistas em volta do mundo se agarram para não perder suas fortunas, mas os efeitos se fazem sentir. A crescente desvalorização do dólar que é hoje a moeda referência ao redor do mundo, e que  vai aos poucos "DERRETENDO" como diz o Ministro Mantega, é um reflexo dessa falência. aqui ou no link abaixo.


A dívida Americana que já se dizia em 2008 poderia chegar a 14 TRILHÕES DE DÓLARES, já chegou. Não é previsão é fato. Veja o placar da dívida externa Americana clicando 

Fico impressionado a cada dia que passa, como as pessoas estão iludidas dentro de uma falsa ilha de conforto. Basta uma análise mais acurada para que se perceba que alguma coisa está errada.

Recentemente vemos a Comunicade Econômica Europeia, debater-se dentro de um paradigma relativo à manutenção ou não da União Européia, já que a Grécia que já abarcou grandes recursos, para sanar a sua crise econômica depende ainda da entrada de mais e vultuosos recursos, e além da Grécia, outros países pertencentes à União Européia, alguns de peso como a Espanha, já apontam para dificuldades futuras.


Premiê George Papandreou da Grécia

 As donas de casa gregas e espanholas gastaram demais, como parece crer o mundo. Pelo contrario: sofrem a causa de um implacável efeito Wall Street e os não menos implacáveis Bancos Centrais que se negam a por ordem na casa. O Euro sobreviverá, entretanto o preço de sua sobrevivência será a volatilidade e o caos.

Professor Joseph Stiglitz

Não são palavras nossas. São palavras de Joseph Stiglitz, Um crítico declarado da Reserva Federal Americana e do ex presidente George Bush. O professor Stiglitz se declara “suficientemente pessimista” sobre a economía mundial.

A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para outros países europeus e para a economia mundial.

A Grécia possui muitos empréstimos com bancos da Alemanha, Holanda, EUA e Reino Unido que, por sua vez, possuem empréstimos com bancos de outros países que, por fim, possuem empréstimos com bancos gregos... um ciclo interminável de conexões que, no fim, apontam para uma quebradeira total.

Num momento de protestos em Atenas contra as medidas de austeridade impostas pelo governo, o premiê George Papandreou conseguiu sobreviver a uma moção de desconfiança do Parlamento, após anunciar mudanças no seu gabinete.

O premiê tenta também aprovar novas medidas de contenção de gastos necessárias para que a União Europeia e o FMI continuem efetuando os pagamentos do pacote de resgate que prometeram à Grécia e coloquem em prática um segundo pacote, cujos termos deverão ser definidos em julho.

Por que a Grécia já precisa de um segundo pacote de resgate? 

O pacote original foi aprovado há pouco mais de um ano, em maio de 2010.

Interessante, é esse costume que tem os países, como o Brasil nos tempos em que dependia do FMI, de pagar suas dívidas tomando mais empréstimos. Se um cidadão comum fizer isso, certamente em pouco tempo estará em um beco sem saída, pois que irá pagar juros para tomar emprestado, recursos que irá utilizar para pagar os juros de outro empréstimo. Isso nós conhecemos com o nome de "BOLA DE NEVE". Cresce em proporção geométrica.

A razão para o resgate é que o país estava tendo dificuldades em obter dinheiro emprestado no mercado para quitar suas dívidas. Por isso recorreu à União Europeia e ao FMI.

ideia era dar à Grécia tempo para sanear sua economia, o que reduziria os custos para que o país obtivesse dinheiro no mercado.

Mas isso não ocorreu até agora. Pelo contrário: a agência de classificação de risco S&amp&P recentemente deu à Grécia a pior nota de risco do mundo (dentre os países monitorados pela agência).

Assim, o país continua tendo diversas dívidas a serem quitadas, mas não é capaz de obter dinheiro comercialmente para refinanciá-las.

Por que a Grécia está nessa situação? 

A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.


Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.


Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008.



O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos que refinanciem sua dívida.

O que a Grécia está fazendo para reverter crise? 

A Grécia apresentou planos para cortar seu deficit de maneira escalonada.

Para alcançar isso, o Parlamento grego aprovou em maio um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros.

O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.

Pretende também aumentar a idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado. 


Você já percebeu que tal comportamento pode se alastrar inclusive aqui no Brasil, onde já se discute abertamente esse assunto?

A população reagiu com protestos, alguns deles violentos.

Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central.

Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como "antipopulares" e "bárbaras".

Por que a Grécia não declara moratória de suas dívidas? 

Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que
significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida.


PROTESTOS DA POPULAÇÃO

No caso da Grécia, isso traria enormes dificuldades. As taxas de juros pagas pelos governos da zona do euro têm sido mantidas baixas ante a presunção de que a UE e o Banco Central Europeu proveriam assistência a países da região, justamente para evitar calotes.

Uma moratória grega, além de estimular países como Irlanda e Portugal a fazerem o mesmo, significaria um aumento de custos para empréstimos tomados pelos países menores da UE, sendo que alguns deles já sofrem para manter seus pagamentos em dia.

Se Irlanda e Portugal seguissem o caminho do calote, os bancos que lhes emprestaram dinheiro seriam afetados, o que elevaria a demanda por fundos do Banco Central Europeu.

Por isso, enquanto a Europa conseguir bancar a ajuda aos países com problemas e evitar seu calote, é provável que continue fazendo isso.

Então por que os países europeus não concordam logo com um novo pacote de resgate? 

O problema é que o governo alemão quer que os bancos compartilhem as agruras de um segundo resgate.

Isso significaria que, em vez de a Grécia tomar dinheiro emprestado da UE para pagar dívidas de vencimento imediato, os bancos teriam de concordar em renegociar essas dívidas, provavelmente em termos mais favoráveis aos gregos.

O governo francês e o Banco Central Europeu advertiram que tal reestruturação da dívida seria considerada por muitos como uma moratória, o que, por sua vez, continuaria dificultando que a Grécia voltasse a tomar empréstimos comercialmente.

Mas governos europeus talvez estejam sendo influenciados pela quantidade de dinheiro que seus próprios bancos já emprestaram aos gregos.

A agência de classificação de risco Moody's já declarou que pode rebaixar a nota dos três maiores bancos da França por causa de sua vulnerabilidade à dívida grega.

A crise na Grécia pode se espalhar?

Se a Grécia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal. Mesmo sem uma moratória, ainda pode haver dificuldades, já que os pacotes de resgate oferecidos a esses dois países foram estruturados para ajudar Lisboa e Dublin até que seus governos fossem novamente capazes de obterdinheiro no mercado - como no caso de Atenas.

Um calote grego pode fazer com que investidores questionem se a Irlanda e Portugal não seguirão o mesmo caminho.

O problema real diz respeito ao que acontecerá com a Espanha, que só tem conseguido obter dinheiro no mercado a custos crescentes.

A economia espanhola equivale à soma das economias grega, irlandesa e portuguesa. Seria muito mais difícil para a UE estruturar, caso seja necessário, um pacote de resgate para um país dessa dimensão.

O CASO AMERICANO

Entretanto se a União Européia cambaleia entre sua estabilidade ou seu desmoronamento, um outro gigante dá sinais a muito esperados de falta de saúde financeira. Falamos dos Estados Unidos da América.

A nuvem negra da economia ronda o mundo. O medo de um calote histórico. Não é exatamente um vulcão, mas parece. A dívida dos Estados Unidos é uma situação complicada. É uma dívida que sempre teve muita confiança do mundo, tanto que os juros são baixinhos, mas ela está chegando a um limite máximo.





O governo pediu ao Congresso o direito de elevar o nível de endividamento e o Congresso não concordou, e, se o Congresso não concorda, eles têm que fazer uma breve moratória. Imagina a dívida do maior país do mundo fazendo moratória. Obama e o presidente do Banco Central falaram sobre o assunto. Eles estão apavorados e esperam que todo mundo seja sensato.




Todo mundo parece pessimista em relação aos Estados Unidos ultimamente. Pesquisa atrás de pesquisa mostram os americanos preocupados com seu futuro. Comentaristas, escrevem de forma desesperançosa sobre os desafios monumentais a ser enfrentados. Os acadêmicos planejam seminários sobre o declínio americano.




Washington está assumindo o peso de uma dívida enorme que, conforme os baby boomers se aposentam, parece verdadeiramente assustadora. O Instituto Peterson calcula que os programas de previdência social e de saúde do governo americano já têm um rombo de US$ 43 trilhões. Para cobrir isso, o governo teria de eliminar praticamente todos os outros gastos e/ou aumentar as alíquotas de imposto para a casa dos 70%. Os estrangeiros muito provavelmente exigiriam taxas de juro mais altas se fossem emprestar dinheiro para os EUA. E, se as taxas de juro fossem aumentadas, a economia estagnaria – tornando o peso da dívida ainda mais oneroso.

Segundo o FMI a crise econômica nos estados unidos poderá desencadear a primeira crise mundial depois da segunda guerra. No relatório da ONU, os países emergentes, seriam menos afetados por uma desaceleração nos Estados Unidos, mas não ficariam imunes a uma recessão.


Depois da crise de 29, vários especialistas afirmavam que dificilmente o mundo passaria por algo parecido. Mas muitos mudaram de idéia e já temem que essa crise de agora possa alcançar proporções gigantescas.As revistas Carta Capital e Veja já publicaram em anos anteriores matérias interessantes sobre o RISCO EUA. Ambas mostraram evidências de que o risco deles pode ser considerado maior do que o nosso, apesar dos difamadores bancos norte-americanos apresentarem somente alguns países por eles desqualificados como sendo de potencial risco para investimentos.

Porém, os citados editores não foram tão taxativos como aqui. Assim fizeram para não serem inconseqüentemente ridicularizados por aqueles desatentos que ainda vêem os Estados Unidos como intocáveis por uma desastrosa crise econômica. Esses desatentos também achavam que era impossível um ataque guerrilheiro como o que foi desfechado contra as torres gêmeas do WTC - Centro Mundial de Negócios, em Nova Iorque, que foi transmitido para todo o mundo. Eles ganham dinheiro até com a sua própria desgraça.

Os dirigentes políticos norte-americanos acreditam tão fielmente que seu país não pode ser atacado por problemas econômicos, que chegam a menosprezar, para seu uso, as teorias econômicas que são impostas aos chamados países emergentes pelo FMI - Fundo Monetário Internacional. Como os norte-americanos há muito tempo detêm o monopólio da emissão de papel moeda que serve como reserva monetária, eles acham que podem indefinidamente comprar toda a produção mundial com a simples emissão daquele papelucho carimbado com tinta verde. E os europeus estão querendo fazer o mesmo com a criação do Euro e ao mesmo tempo estão querendo combater a hegemonia das verdinhas.



A Revista Carta Capital de 29/12/2004, em texto do economista e consultor de investimentos Francisco Petros, apresentou o seguinte destaque: “O Atoleiro dos EUA - Os pregões ainda não focaram o desequilíbrio estrutural norteamericano”.

Acho que o colunista quis dizer que os investidores que transitam pelo irreal e especulativo mercado de capitais ainda continuam hipnoticamente iludidos por aqueles bancos que estabelecem o difamatório Risco Brasil e por isso não estão prestando a devida atenção no grave desequilíbrio estrutural norte-americano.



A Revista Veja de 05/01/2005, por sua vez, traduziu texto de Alice M. Rivlin, diretora do programa de política metropolitana de Washington - DF - EUA, apresentando o seguinte destaque: “Um tsunami financeiro nos EUA?” “Nãodeixar a idéia da responsabilidade fiscal seresquecida é um mandamento até para o país mais rico do mundo”.












Acho que a mencionada Mestre de Harvard quis dizer que os excessivos gastos norte-americanos, principalmente em poderio bélico, e o excessivo déficit acumulado, que já atinge montante equivalente a 60% do PIB norte-americano, podem causar o desmoronamento da maior potência mundial com a mesma facilidade como caíram as torres do WTC ou com a mesma facilidade como se derruba um castelo de cartas de baralho.



Fato interessante, que se lê em Carta Capital, é que
parte significativa desse déficit acumulado dos Estados Unidos (40%) está sendo
financiada pelos países emergentes que são atualmente detentores de grandes
reservas monetárias em
dólares. Entre
 eles estão os seguintes países asiáticos:
China (US$ 514 bilhões), Taiwan (US$ 235 bilhões), Coréia do Sul (US$ 178
bilhões), Hong Kong (US$ 119 bilhões), Índia (US$ 115
bilhões), Cingapura (US$ 105 bilhões) e Rússia (US$ 103 bilhões). Note que até
a Rússia é credora dos Estados Unidos.


Note que em vários dos citados países a mão-de-obra é
praticamente semi-escrava, porque recebe baixos salários e não tem os direitos
trabalhistas universalizados como os existentes no Brasil e nos países
considerados desenvolvidos.



É pena que as citadas revistas, depois de passado um mês,
não tenham colocado essas edições na internet para que todos os brasileiros
tenham a oportunidade de lê-las.




Toda problemática da atualidade norte-americana começou a partir do governo Ronald Reagan na década de 1980. Foi a partir de seu duplo mandato que os déficits norte americanos começaram porque a principal medida do seu governo foi a redução dos impostos pagos pelo empresariado.

E agora os empresários brasileiros querem que os nossos governantes cometam o mesmo erro, sob a alegação de que a redução dos impostos aumentará o consumo e a oferta de empregos. Era o que pensavam os assessores de Reagan e erraram redondamente. Por isso, pergunta-se: Se reduzirmos ou isentarmos as empresas do pagamento de tributos, quem contribuirá com os recursos necessários à manutenção e às necessidades básicas do Estado como nação organizada?

Com certeza, não só os empresários brasileiros como também os norte-americanos acham que o povo deve ser o único a pagar a conta, o que é uma enorme injustiça fiscal e social. Essa teoria anárquica e escravocrata nos faz retornar à Idade Média, quando os senhorios ou suseranos, proprietários de feudos, não pagavam impostos e sim o povo, os vassalos.



O principal erro de Reagan foi ter reduzido em maior proporção os impostos sobre lucros conseguidos no exterior pelas empresas estabelecidas em território norte-americano. Isto incentivou a contabilização de seus lucros em paraísos fiscais e que os investimentos no exterior fossem feitos através dessas ilhas do inconfessável.



A concorrência em preços e os altos salários do trabalhador norte-americano fizeram com que muitos empresários daquele país passassem a produzir no exterior sob encomenda. Houve até processo judicial contra empresas acusadas de explorar mão-de-obra escrava no exterior para reduzir seus custos e assim aniquilar as concorrentes em território ianque.
Para isso, os empresários faziam alianças constituindo joint ventures em países onde os salários são baixos e o trabalhador não tem direitos trabalhistas ou estes são mínimos.



As “joint ventures” são empreendimentos com fins lucrativos de que participam duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas. Diferem das sociedades comerciais porque se relacionam
geralmente a um único projeto, intento ou objetivo. Quando findar o objetivo do contrato firmado, a sociedade é automaticamente dissolvida. No Brasil, a joint venture equivale à sociedade em Conta de Participação prevista nos 
artigos 991 a 996 do Código Civil Brasileiro.



Com base nessa nova filosofia de se utilizar do escravismo em terras de além mar, posta em prática por segmentos empresariais do mundo desenvolvido, totalmente contrários à justiça social e fiscal previstos na nossa carta magna, o governo FHC começou a implantar as chamadas reformas trabalhistas e fiscais sob o pretexto da necessidade de atrair esses investidores internacionais. Ou seja, a oligarquia empresarial brasileira também passou a envidar esforços para implantar legalmente a servidão no Brasil, tal como já vem acontecendo veladamente em algumas fazendas de políticos e de seus correligionários no nordeste, norte e centro-oeste brasileiro, que culminaram com o assassinato de fiscalizador do trabalho, como foi amplamente divulgado pelos meios de comunicação.



Relativamente aos lucros obtidos no exterior, no Brasil o desenrolar da questão fiscal foi diferente do norte-americano. As empresas brasileiras com participações no exterior, passaram a ter seus lucros internacionais tributados somente a partir de 1996, depois de descobertos generalizados casos de sonegação fiscal que eram chamados de planejamento tributário. Para reprimir a sonegação, foi sancionada a Lei 9249/95 (veja o art.394 a 396 do RIR/99). Entretanto, dois anos depois o art. 1º da Lei 9532/97 (§ 2º do art. 394 do RIR/99) praticamente revogou tal dispositivo tributário ao estabelecer que os lucros auferidos no exterior seriam adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real, somentequando disponibilizados à pessoa jurídica domiciliada no Brasil.



É óbvio que, depois da sanção deste último texto legal, nenhuma empresa no exterior disponibilizou esses lucros para a controladora brasileira. Para transferi-los para o Brasil sem tributação basta que as controladas os remetam na forma de empréstimo, leasing (arrendamento mercantil) ou investimento, porque, dessa forma, além de não pagarem os tributos sobre o lucro remetido, ainda geram despesas de juros e de aluguel dedutíveis para efeito do cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido. Ou seja, além de impedir a cobrança do imposto, a nova lei ainda forneceu o caminho para complementação da sonegação tributária.



O artigo que possibilitou tal planejamento tributário foi lamentavelmente outro daqueles dispositivos legais fatalmente encomendados pelos lobistas para favorecerem exclusivamente aos grandes empresários, seus patrões. Ou seja, o disposto na primeira lei foi sancionado para evitar a sonegação e a segunda praticamente o revogou, embora continue em vigor “somente para inglês ver”.

Com aquela redução de impostos instituída por Reagan, os empresários norte-americanos passaram a produzir na região asiática boa parte dos produtos que o povo estadunidense consome. Com essa forma de redução de custos, os ianques aceleraram o processo que os vinham transformando, de maiores exportadores mundiais, em maiores importadores. Em razão desse descompasso na balança comercial norte-americana, os asiáticos passaram a ser os maiores detentores de reservas monetárias em dólares.



Ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, os empresários brasileiros, mesmo sem tributação sobre o lucros auferidos no exterior até o final de 1995, não foram produzir no exterior porque nenhum país asiático ou sul-americano é tão favorável à produção como o Brasil. A outra razão é que não adianta produzir no exterior para vender no Brasil porque nosso país ainda não tem um atraente mercado consumidor (somente dez por cento da população brasileira tem alguma capacidade econômica e financeira para consumir). E também porque os empresários brasileiros teriam dificuldade de penetração nos mercados desenvolvidos (as empresas asiáticas vendem para europeus e norteamericanos porque na realidade pertencem a empresários daqueles países consumidores).