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quarta-feira, 22 de junho de 2011

A FALÊNCIA DO CAPITALISMO

No famoso filme TITANIC, há um episódio que chamou a minha atenção. Trata-se do caso do rico empresário que desejava esposar a heroina do filme que afinal escolheu relacionar-se com um rapaz de classe menos abastada para desespero e revolta do rico empresário que presenteou a heroina do filme com um riquissimo colar que tinha uma gema raríssima. um diamante enorme esculpido em forma de coração. Ela no final joga o colar de volta ao mar, e ele nesse momento está lá. Quem quiser pode tentar encontra-lo a muitos metros de profundidade. Esse empresário disse a essa heroina que era muito rico e poderoso e que naquele momento poderia comprar-lhe o que quisesse. Nada era difícil para ele. De fato ele vivia no TITANIC conversando sobre aplicações em bolsa.

O mundo em 1918 vivia a euforia dos mercados de ações. Aplicar em ações era um excepcional negócio, porque a economia em crescimento precisava de recursos que vinham dos investidores do mundo inteiro.

Esse negócio floresceu e muitas pessoas aplicaram ali todos os seus recursos e julgavam-se ricas e poderosas. Foi uma ilusão em um mercado que ainda não tinha mostrado sua verdadeira face. A face do risco. Era um investimento de risco. Com a crise de 1929, o crack da bolsa, muitas fortunas viraram pó e esse rico empresário que dissera a heroina do fime que tudo podia matou-se, veio ela a saber depois com um tiro na cabeça. Iguais a ele muitas pessoas também mataram-se naqueles dias.

Imagino que devem haver poucos desesperos maiores do que o de se ver do dia para a noite despojado de uma condição financeira privilegiada, tornando-se pouco mais do que um mendigo.

Vez por outra hecatombes, desequilíbrios, ocorrem no planeta para testar os homens, e para mostrar-lhes que as realidades materiais tem muito pouco valor ante o contexto do eterno, tendo em vista que a morte faz exatamente isso. Despojanos do dia para a noite de tudo o que temos. Até da roupa do corpo. Para onde vamos não levamos nada.

Pois tenho a informar aos descrentes mais uma vez que uma decepção igual os aguarda. Cuidado com seus haveres porque em época de crise, dinheiro nada vale. Com o banco falido, você não conseguirá sacar seus recursos. O melhor é concentrar seus recursos em valores reais que tenham efetivo valor em época de crise.

Premiê George Papandreou  da Grécia
O capitalismo faliu a muito tempo, desde 2008. O que existe hoje é uma maquiagem. Um contexto falso, no qual os capitalistas em volta do mundo se agarram para não perder suas fortunas, mas os efeitos se fazem sentir. A crescente desvalorização do dólar que é hoje a moeda referência ao redor do mundo, e que  vai aos poucos "DERRETENDO" como diz o Ministro Mantega, é um reflexo dessa falência. aqui ou no link abaixo.


A dívida Americana que já se dizia em 2008 poderia chegar a 14 TRILHÕES DE DÓLARES, já chegou. Não é previsão é fato. Veja o placar da dívida externa Americana clicando 

Fico impressionado a cada dia que passa, como as pessoas estão iludidas dentro de uma falsa ilha de conforto. Basta uma análise mais acurada para que se perceba que alguma coisa está errada.

Recentemente vemos a Comunicade Econômica Europeia, debater-se dentro de um paradigma relativo à manutenção ou não da União Européia, já que a Grécia que já abarcou grandes recursos, para sanar a sua crise econômica depende ainda da entrada de mais e vultuosos recursos, e além da Grécia, outros países pertencentes à União Européia, alguns de peso como a Espanha, já apontam para dificuldades futuras.


Premiê George Papandreou da Grécia

 As donas de casa gregas e espanholas gastaram demais, como parece crer o mundo. Pelo contrario: sofrem a causa de um implacável efeito Wall Street e os não menos implacáveis Bancos Centrais que se negam a por ordem na casa. O Euro sobreviverá, entretanto o preço de sua sobrevivência será a volatilidade e o caos.

Professor Joseph Stiglitz

Não são palavras nossas. São palavras de Joseph Stiglitz, Um crítico declarado da Reserva Federal Americana e do ex presidente George Bush. O professor Stiglitz se declara “suficientemente pessimista” sobre a economía mundial.

A crise financeira da Grécia pode ter profundas implicações para outros países europeus e para a economia mundial.

A Grécia possui muitos empréstimos com bancos da Alemanha, Holanda, EUA e Reino Unido que, por sua vez, possuem empréstimos com bancos de outros países que, por fim, possuem empréstimos com bancos gregos... um ciclo interminável de conexões que, no fim, apontam para uma quebradeira total.

Num momento de protestos em Atenas contra as medidas de austeridade impostas pelo governo, o premiê George Papandreou conseguiu sobreviver a uma moção de desconfiança do Parlamento, após anunciar mudanças no seu gabinete.

O premiê tenta também aprovar novas medidas de contenção de gastos necessárias para que a União Europeia e o FMI continuem efetuando os pagamentos do pacote de resgate que prometeram à Grécia e coloquem em prática um segundo pacote, cujos termos deverão ser definidos em julho.

Por que a Grécia já precisa de um segundo pacote de resgate? 

O pacote original foi aprovado há pouco mais de um ano, em maio de 2010.

Interessante, é esse costume que tem os países, como o Brasil nos tempos em que dependia do FMI, de pagar suas dívidas tomando mais empréstimos. Se um cidadão comum fizer isso, certamente em pouco tempo estará em um beco sem saída, pois que irá pagar juros para tomar emprestado, recursos que irá utilizar para pagar os juros de outro empréstimo. Isso nós conhecemos com o nome de "BOLA DE NEVE". Cresce em proporção geométrica.

A razão para o resgate é que o país estava tendo dificuldades em obter dinheiro emprestado no mercado para quitar suas dívidas. Por isso recorreu à União Europeia e ao FMI.

ideia era dar à Grécia tempo para sanear sua economia, o que reduziria os custos para que o país obtivesse dinheiro no mercado.

Mas isso não ocorreu até agora. Pelo contrário: a agência de classificação de risco S&amp&P recentemente deu à Grécia a pior nota de risco do mundo (dentre os países monitorados pela agência).

Assim, o país continua tendo diversas dívidas a serem quitadas, mas não é capaz de obter dinheiro comercialmente para refinanciá-las.

Por que a Grécia está nessa situação? 

A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.


Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.


Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008.



O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos que refinanciem sua dívida.

O que a Grécia está fazendo para reverter crise? 

A Grécia apresentou planos para cortar seu deficit de maneira escalonada.

Para alcançar isso, o Parlamento grego aprovou em maio um pacote de medidas de austeridade para economizar 4,8 bilhões de euros.

O governo quer congelar os salários do setor público e aumentar os impostos e ainda anunciou o aumento do preço da gasolina.

Pretende também aumentar a idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado. 


Você já percebeu que tal comportamento pode se alastrar inclusive aqui no Brasil, onde já se discute abertamente esse assunto?

A população reagiu com protestos, alguns deles violentos.

Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central.

Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como "antipopulares" e "bárbaras".

Por que a Grécia não declara moratória de suas dívidas? 

Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que
significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida.


PROTESTOS DA POPULAÇÃO

No caso da Grécia, isso traria enormes dificuldades. As taxas de juros pagas pelos governos da zona do euro têm sido mantidas baixas ante a presunção de que a UE e o Banco Central Europeu proveriam assistência a países da região, justamente para evitar calotes.

Uma moratória grega, além de estimular países como Irlanda e Portugal a fazerem o mesmo, significaria um aumento de custos para empréstimos tomados pelos países menores da UE, sendo que alguns deles já sofrem para manter seus pagamentos em dia.

Se Irlanda e Portugal seguissem o caminho do calote, os bancos que lhes emprestaram dinheiro seriam afetados, o que elevaria a demanda por fundos do Banco Central Europeu.

Por isso, enquanto a Europa conseguir bancar a ajuda aos países com problemas e evitar seu calote, é provável que continue fazendo isso.

Então por que os países europeus não concordam logo com um novo pacote de resgate? 

O problema é que o governo alemão quer que os bancos compartilhem as agruras de um segundo resgate.

Isso significaria que, em vez de a Grécia tomar dinheiro emprestado da UE para pagar dívidas de vencimento imediato, os bancos teriam de concordar em renegociar essas dívidas, provavelmente em termos mais favoráveis aos gregos.

O governo francês e o Banco Central Europeu advertiram que tal reestruturação da dívida seria considerada por muitos como uma moratória, o que, por sua vez, continuaria dificultando que a Grécia voltasse a tomar empréstimos comercialmente.

Mas governos europeus talvez estejam sendo influenciados pela quantidade de dinheiro que seus próprios bancos já emprestaram aos gregos.

A agência de classificação de risco Moody's já declarou que pode rebaixar a nota dos três maiores bancos da França por causa de sua vulnerabilidade à dívida grega.

A crise na Grécia pode se espalhar?

Se a Grécia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal. Mesmo sem uma moratória, ainda pode haver dificuldades, já que os pacotes de resgate oferecidos a esses dois países foram estruturados para ajudar Lisboa e Dublin até que seus governos fossem novamente capazes de obterdinheiro no mercado - como no caso de Atenas.

Um calote grego pode fazer com que investidores questionem se a Irlanda e Portugal não seguirão o mesmo caminho.

O problema real diz respeito ao que acontecerá com a Espanha, que só tem conseguido obter dinheiro no mercado a custos crescentes.

A economia espanhola equivale à soma das economias grega, irlandesa e portuguesa. Seria muito mais difícil para a UE estruturar, caso seja necessário, um pacote de resgate para um país dessa dimensão.

O CASO AMERICANO

Entretanto se a União Européia cambaleia entre sua estabilidade ou seu desmoronamento, um outro gigante dá sinais a muito esperados de falta de saúde financeira. Falamos dos Estados Unidos da América.

A nuvem negra da economia ronda o mundo. O medo de um calote histórico. Não é exatamente um vulcão, mas parece. A dívida dos Estados Unidos é uma situação complicada. É uma dívida que sempre teve muita confiança do mundo, tanto que os juros são baixinhos, mas ela está chegando a um limite máximo.





O governo pediu ao Congresso o direito de elevar o nível de endividamento e o Congresso não concordou, e, se o Congresso não concorda, eles têm que fazer uma breve moratória. Imagina a dívida do maior país do mundo fazendo moratória. Obama e o presidente do Banco Central falaram sobre o assunto. Eles estão apavorados e esperam que todo mundo seja sensato.




Todo mundo parece pessimista em relação aos Estados Unidos ultimamente. Pesquisa atrás de pesquisa mostram os americanos preocupados com seu futuro. Comentaristas, escrevem de forma desesperançosa sobre os desafios monumentais a ser enfrentados. Os acadêmicos planejam seminários sobre o declínio americano.




Washington está assumindo o peso de uma dívida enorme que, conforme os baby boomers se aposentam, parece verdadeiramente assustadora. O Instituto Peterson calcula que os programas de previdência social e de saúde do governo americano já têm um rombo de US$ 43 trilhões. Para cobrir isso, o governo teria de eliminar praticamente todos os outros gastos e/ou aumentar as alíquotas de imposto para a casa dos 70%. Os estrangeiros muito provavelmente exigiriam taxas de juro mais altas se fossem emprestar dinheiro para os EUA. E, se as taxas de juro fossem aumentadas, a economia estagnaria – tornando o peso da dívida ainda mais oneroso.

Segundo o FMI a crise econômica nos estados unidos poderá desencadear a primeira crise mundial depois da segunda guerra. No relatório da ONU, os países emergentes, seriam menos afetados por uma desaceleração nos Estados Unidos, mas não ficariam imunes a uma recessão.


Depois da crise de 29, vários especialistas afirmavam que dificilmente o mundo passaria por algo parecido. Mas muitos mudaram de idéia e já temem que essa crise de agora possa alcançar proporções gigantescas.As revistas Carta Capital e Veja já publicaram em anos anteriores matérias interessantes sobre o RISCO EUA. Ambas mostraram evidências de que o risco deles pode ser considerado maior do que o nosso, apesar dos difamadores bancos norte-americanos apresentarem somente alguns países por eles desqualificados como sendo de potencial risco para investimentos.

Porém, os citados editores não foram tão taxativos como aqui. Assim fizeram para não serem inconseqüentemente ridicularizados por aqueles desatentos que ainda vêem os Estados Unidos como intocáveis por uma desastrosa crise econômica. Esses desatentos também achavam que era impossível um ataque guerrilheiro como o que foi desfechado contra as torres gêmeas do WTC - Centro Mundial de Negócios, em Nova Iorque, que foi transmitido para todo o mundo. Eles ganham dinheiro até com a sua própria desgraça.

Os dirigentes políticos norte-americanos acreditam tão fielmente que seu país não pode ser atacado por problemas econômicos, que chegam a menosprezar, para seu uso, as teorias econômicas que são impostas aos chamados países emergentes pelo FMI - Fundo Monetário Internacional. Como os norte-americanos há muito tempo detêm o monopólio da emissão de papel moeda que serve como reserva monetária, eles acham que podem indefinidamente comprar toda a produção mundial com a simples emissão daquele papelucho carimbado com tinta verde. E os europeus estão querendo fazer o mesmo com a criação do Euro e ao mesmo tempo estão querendo combater a hegemonia das verdinhas.



A Revista Carta Capital de 29/12/2004, em texto do economista e consultor de investimentos Francisco Petros, apresentou o seguinte destaque: “O Atoleiro dos EUA - Os pregões ainda não focaram o desequilíbrio estrutural norteamericano”.

Acho que o colunista quis dizer que os investidores que transitam pelo irreal e especulativo mercado de capitais ainda continuam hipnoticamente iludidos por aqueles bancos que estabelecem o difamatório Risco Brasil e por isso não estão prestando a devida atenção no grave desequilíbrio estrutural norte-americano.



A Revista Veja de 05/01/2005, por sua vez, traduziu texto de Alice M. Rivlin, diretora do programa de política metropolitana de Washington - DF - EUA, apresentando o seguinte destaque: “Um tsunami financeiro nos EUA?” “Nãodeixar a idéia da responsabilidade fiscal seresquecida é um mandamento até para o país mais rico do mundo”.












Acho que a mencionada Mestre de Harvard quis dizer que os excessivos gastos norte-americanos, principalmente em poderio bélico, e o excessivo déficit acumulado, que já atinge montante equivalente a 60% do PIB norte-americano, podem causar o desmoronamento da maior potência mundial com a mesma facilidade como caíram as torres do WTC ou com a mesma facilidade como se derruba um castelo de cartas de baralho.



Fato interessante, que se lê em Carta Capital, é que
parte significativa desse déficit acumulado dos Estados Unidos (40%) está sendo
financiada pelos países emergentes que são atualmente detentores de grandes
reservas monetárias em
dólares. Entre
 eles estão os seguintes países asiáticos:
China (US$ 514 bilhões), Taiwan (US$ 235 bilhões), Coréia do Sul (US$ 178
bilhões), Hong Kong (US$ 119 bilhões), Índia (US$ 115
bilhões), Cingapura (US$ 105 bilhões) e Rússia (US$ 103 bilhões). Note que até
a Rússia é credora dos Estados Unidos.


Note que em vários dos citados países a mão-de-obra é
praticamente semi-escrava, porque recebe baixos salários e não tem os direitos
trabalhistas universalizados como os existentes no Brasil e nos países
considerados desenvolvidos.



É pena que as citadas revistas, depois de passado um mês,
não tenham colocado essas edições na internet para que todos os brasileiros
tenham a oportunidade de lê-las.




Toda problemática da atualidade norte-americana começou a partir do governo Ronald Reagan na década de 1980. Foi a partir de seu duplo mandato que os déficits norte americanos começaram porque a principal medida do seu governo foi a redução dos impostos pagos pelo empresariado.

E agora os empresários brasileiros querem que os nossos governantes cometam o mesmo erro, sob a alegação de que a redução dos impostos aumentará o consumo e a oferta de empregos. Era o que pensavam os assessores de Reagan e erraram redondamente. Por isso, pergunta-se: Se reduzirmos ou isentarmos as empresas do pagamento de tributos, quem contribuirá com os recursos necessários à manutenção e às necessidades básicas do Estado como nação organizada?

Com certeza, não só os empresários brasileiros como também os norte-americanos acham que o povo deve ser o único a pagar a conta, o que é uma enorme injustiça fiscal e social. Essa teoria anárquica e escravocrata nos faz retornar à Idade Média, quando os senhorios ou suseranos, proprietários de feudos, não pagavam impostos e sim o povo, os vassalos.



O principal erro de Reagan foi ter reduzido em maior proporção os impostos sobre lucros conseguidos no exterior pelas empresas estabelecidas em território norte-americano. Isto incentivou a contabilização de seus lucros em paraísos fiscais e que os investimentos no exterior fossem feitos através dessas ilhas do inconfessável.



A concorrência em preços e os altos salários do trabalhador norte-americano fizeram com que muitos empresários daquele país passassem a produzir no exterior sob encomenda. Houve até processo judicial contra empresas acusadas de explorar mão-de-obra escrava no exterior para reduzir seus custos e assim aniquilar as concorrentes em território ianque.
Para isso, os empresários faziam alianças constituindo joint ventures em países onde os salários são baixos e o trabalhador não tem direitos trabalhistas ou estes são mínimos.



As “joint ventures” são empreendimentos com fins lucrativos de que participam duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas. Diferem das sociedades comerciais porque se relacionam
geralmente a um único projeto, intento ou objetivo. Quando findar o objetivo do contrato firmado, a sociedade é automaticamente dissolvida. No Brasil, a joint venture equivale à sociedade em Conta de Participação prevista nos 
artigos 991 a 996 do Código Civil Brasileiro.



Com base nessa nova filosofia de se utilizar do escravismo em terras de além mar, posta em prática por segmentos empresariais do mundo desenvolvido, totalmente contrários à justiça social e fiscal previstos na nossa carta magna, o governo FHC começou a implantar as chamadas reformas trabalhistas e fiscais sob o pretexto da necessidade de atrair esses investidores internacionais. Ou seja, a oligarquia empresarial brasileira também passou a envidar esforços para implantar legalmente a servidão no Brasil, tal como já vem acontecendo veladamente em algumas fazendas de políticos e de seus correligionários no nordeste, norte e centro-oeste brasileiro, que culminaram com o assassinato de fiscalizador do trabalho, como foi amplamente divulgado pelos meios de comunicação.



Relativamente aos lucros obtidos no exterior, no Brasil o desenrolar da questão fiscal foi diferente do norte-americano. As empresas brasileiras com participações no exterior, passaram a ter seus lucros internacionais tributados somente a partir de 1996, depois de descobertos generalizados casos de sonegação fiscal que eram chamados de planejamento tributário. Para reprimir a sonegação, foi sancionada a Lei 9249/95 (veja o art.394 a 396 do RIR/99). Entretanto, dois anos depois o art. 1º da Lei 9532/97 (§ 2º do art. 394 do RIR/99) praticamente revogou tal dispositivo tributário ao estabelecer que os lucros auferidos no exterior seriam adicionados ao lucro líquido, para determinação do lucro real, somentequando disponibilizados à pessoa jurídica domiciliada no Brasil.



É óbvio que, depois da sanção deste último texto legal, nenhuma empresa no exterior disponibilizou esses lucros para a controladora brasileira. Para transferi-los para o Brasil sem tributação basta que as controladas os remetam na forma de empréstimo, leasing (arrendamento mercantil) ou investimento, porque, dessa forma, além de não pagarem os tributos sobre o lucro remetido, ainda geram despesas de juros e de aluguel dedutíveis para efeito do cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido. Ou seja, além de impedir a cobrança do imposto, a nova lei ainda forneceu o caminho para complementação da sonegação tributária.



O artigo que possibilitou tal planejamento tributário foi lamentavelmente outro daqueles dispositivos legais fatalmente encomendados pelos lobistas para favorecerem exclusivamente aos grandes empresários, seus patrões. Ou seja, o disposto na primeira lei foi sancionado para evitar a sonegação e a segunda praticamente o revogou, embora continue em vigor “somente para inglês ver”.

Com aquela redução de impostos instituída por Reagan, os empresários norte-americanos passaram a produzir na região asiática boa parte dos produtos que o povo estadunidense consome. Com essa forma de redução de custos, os ianques aceleraram o processo que os vinham transformando, de maiores exportadores mundiais, em maiores importadores. Em razão desse descompasso na balança comercial norte-americana, os asiáticos passaram a ser os maiores detentores de reservas monetárias em dólares.



Ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos, os empresários brasileiros, mesmo sem tributação sobre o lucros auferidos no exterior até o final de 1995, não foram produzir no exterior porque nenhum país asiático ou sul-americano é tão favorável à produção como o Brasil. A outra razão é que não adianta produzir no exterior para vender no Brasil porque nosso país ainda não tem um atraente mercado consumidor (somente dez por cento da população brasileira tem alguma capacidade econômica e financeira para consumir). E também porque os empresários brasileiros teriam dificuldade de penetração nos mercados desenvolvidos (as empresas asiáticas vendem para europeus e norteamericanos porque na realidade pertencem a empresários daqueles países consumidores).

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