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E como a história nos mostrou inúmeras vezes, quem esquece o passado está destinado a repeti-lo
A frase acima foi repetida tantas vezes, por tantas pessoas que eu não descobri quem foi o autor dela. De fato. Vivemos em uma zona de conforto. Se analisarmos a história, essa zona de conforto em que vivemos foi por muitas vezes ameaçada, e pessoas tiveram que dar suas vidas para que nós hoje pudéssemos desfruta-la.
BATALHA DE RATOS - CORPO A CORPO EM STALINGRADO
Imagine por exemplo o século XII. As sociedades Europeias na expectativa de serem dizimadas por uma horda de bárbaros chefiados por Gengis Khan que tinha um exército invencível. As cidades russas todas foram derrotadas, e os que ousaram resistir-lhes foram todos, inclusive mulheres e crianças decapitados. Gengis Khan exigia de cada soldado que lhe entregasse um certo número de cabeças decapitadas. O horror era tão grande que algumas cidades entregavam-se aos invasores para serem pilhadas, mas seus habitantes poupados. Gengis Khan tinha o prazer de possuir as mulheres dos reis ou governantes locais. Gengis Khan jamais foi derrotado, pois o seu exército só sofreu a primeira derrota após sua morte. Seu território conquistado era tão grande que era necessário mais de um ano para se percorre-lo com os meios de transporte da época.
Foi o maior conquistador que a história conheceu.
Entretanto bem próximo a nós, tão próximo que os que viveram os horrores dessa época ainda estão vivos, um outro conquistador pretendia superar Gengis Khan. Pretendia sim, conquistar o mundo inteiro. Pretendia instituir uma raça superior. As outras raças que não fossem exterminadas como ratos, se tornariam escravos da RAÇA SUPERIOR. Seu nome foi ADOLF HITLER.
Em 1941, início de 1942. O mundo imaginava que não haveria saída para a expansão do NAZI-FASCISMO. A França, uma das maiores potências militares da época fora derrotada e conquistada em um espaço de tempo em torno de um mês. Os outros países Europeus praticamente se entregavam ou caiam como maçãs sacudidas de uma macieira por um vento forte. Somente a Inglaterra resistia e era uma questão de tempo a sua queda. Como nos relatam oficiais que viveram aquela época, a supremacia Alemã era tão grande que mesmo com a resistência heroica da RAF, A Força Aérea Inglesa, foram precisos alguns erros estratégicos da Alemanha para que a batalha pela sua retomada fosse adiada.
Os Alemães desfilavam orgulhosos, confiantes, cobertos de glória. O mundo inteiro se apressava a aliar-se mesmo que de forma informal, ou não oficial a Alemanha, futura Nação preponderante no mundo, inclusive o Brasil que com Getúlio Vargas mantinha na chefia de sua Polícia Especial o famigerado FILINTO MUELLER, um alemão, torturador e assassino. Mas os mais inteligentes sabiam que não bastavam alianças para serem mais cedo ou mais tarde invadidos, pois um dos maiores aliados do império Alemão, foi vergonhosamente traído e não foi o único. A Polônia também fora vergonhosamente traída. Criar factóides era um artifício usado até hoje para justificar uma invasão, mas Hitler estava tão confiante que nem precisou de factóide para invadir a aliada Russia.
O exército concentrado para a gigantesca operação de invasão da Russia era monumental. Mais de cinco milhões de homens. Uma coisa difícil de imaginar e considerado invencível.
Pensava Hitler e também os oficiais do Exército Alemão que a invasão da Rússia seria "UM AGRADÁVEL PASSEIO", como fora a invasão da toda poderosa França.
E realmente tudo começou a acontecer como previra Hitler e todos os oficiais Alemães. O avanço deu-se de forma rápida, tranquila, com uma sucessão de vitórias para o exército Alemão. Até que chegaram a uma cidade. Seu nome STALINGRADO.
Stalingrado: A resistência aumentava
Sentiam que, ao adentrar naquele vasto e estranho território, a resistência dos soldados soviéticos era cada vez maior. Os Ivans , cercados pelas pinças formadas pelos tanques alemães, relutavam em render-se. Gritando Za Stalina! , “Por Stalin”, vendiam caro a pele.
Os comandantes alemães, entretanto, não imaginavam o que o destino lhes reservava naquela cidade batizada com o nome de Stalin. No dia 23 de agosto de 1942, as primeiras levas de regimentos da Wehrmacht alcançaram as margens do grande rio da Rússia.O rio Volga, o famoso Volga, pensavam, seria a derradeira trincheira a ser vencida por eles.
Como para preparar os habitantes da cidade para o pior, a Luftwaffe, a força área alemã, no comando do general Barão Wolfram von Richthofen (sobrinho do Barão Vermelho, Manfred von Richthofen, ás da aviação alemã na Primeira Guerra Mundial), fez seus aviões, uma leva de Junkers 88, Heinkel III e os terríveis vôos picados das esquadrilha de Stukas, jogarem mil toneladas de bombas sobre eles.
Enquanto isso, assumindo a defesa da cidade, obedecendo ao marechal Yeremenko, o general Chuikov, comandante do 62º exército soviético, um durão com cara de camponês, ordenou aos seus soldados “Todo homem precisa tornar-se uma das pedras da cidade”. E assim foi. A batalha de Stalingrado iria tornar-se tudo o que a infantaria alemã e seus comandantes menos desejavam, uma guerra trava corpo-a-corpo dentro de uma enorme cidade em ruínas.
“Nem um passo atrás”
Bandeira soviética içada em meio as ruínas de Stalingrado |
No dia 12 de setembro de 1942, um dia ainda quente, seis divisões alemãs de infantaria (295ª, 76ª, 71ª, 94ª e 14ª) e uma de panzers(a 24ª), tentaram tomar Stalingrado no primeiro assalto. Inútil. Apesar de empurrarem os defensores para uma franja de terra à beira do rio, eles não capitularam. Os soviéticos, escavando o solo como se fossem tatus, afirmaram-se nas margens do Volga. Obedecendo a diretiva de Stalin, a Ordem nº 227, que exigia que nenhum passo atrás poderia ser dado pelo soldado russo, eles lutaram com granadas, à tiros e à faca, com o que estivesse à mão, de rua em rua, de casa em casa, nas ruínas, nos esgotos, nos entulhos, nada era dado de graça.Os alemães, desgostosos, chamaram aquele tipo de luta de Rattenkrige, a guerra de ratos. Uma das poucas elevações da cidade, a colina de Mamaev Kurgan, foi tomada e retomada umas oito vezes. Hitler, porém, já contava com a vitória, mandando as rádios alemãs anunciarem o eminente colapso das forças russas. “Eu desejo toma-la”, disse ele, “vocês sabem, nós somos modestos: nós a teremos. Lá somente existem alguns lugares insignificantes.” O mundo, que acompanhava os lances da batalha pelo rádio, prendia a respiração. As duas ideologias extremistas, o comunismo e o nazismo, travavam ali, sentia-se, uma luta de vida e morte.
A situação da cidade
O conhecido escritor soviético Konstantin Simonov (1915-1979) deixou o seguinte relato sobre o cenário de Stalingrado: “todas as casas da cidade queimavam e durante a noite a fumaça delas se espalhava no horizonte. Dia e noite a terra era sacudida por milhares de bombas e pela barragem da artilharia. Os destroços provocados pela explosão das bombas espalhavam-se pelas ruas e o ar achava-se tomado pelo silvo dos projéteis, mas em nenhum momento o bombardeio parava. Os que a cercavam tentavam transformar Stalingrado num inferno na terra. Mas era impossível ficar-se inativo – era preciso lutar, defender a cidade apesar do fogo, da fumaça e o do sangue. Esta era a única maneira que se poderia ficar vivo, era a única maneira que se tinha de viver.”
(citado por N.T.Morozova e N.D. Monakhova The Battle for Stalingrad, Moscou, 1979)
Contra essa cidade HITLER que a essa altura dominado pela glória, e tendo contra si o martírio de povos como da Polônia e os Judeus, já caminhava para a loucura, atormentado que estava, pelo distanciamento total da luz, manda contra a Polônia a nata do seu exército, os mesmos que invadiram a França. O seu II Exército composto por Trezentos mil homens. Essa decisão contrariou os seus generais que vinham até então tendo sucesso, e viram na decisão de seu superior uma insanidade, Mas Hitler considerava a Russia derrotada.
A Russia não estava derrotada, mas o exército de Hitler era valoroso. A batalha que se seguiu foi uma das mais encarniçadas lutas que a história pôde testemunhar, e nela se deu a GRANDE VIRADA. A virada que não tinha sido dada contra Gengis Khan. A certeza de que o exército alemão podia ser derrotado. Mas essa vitória não foi fácil. Na defesa de nossa civilização muitas pessoas morreram.
Uma frase de um oficial alemão traduz muito bem o horror e o inferno que foi Stalingrado. Em uma de suas cartas ele narra. "OS RATOS E OS INSETOS FOGEM DAQUELE INFERNO. SÓ MESMO OS HUMANOS CONSEGUEM SUPORTA-LO".
Dos trezentos mil homens que invadiram Stalingrado só voltaram depois de dez anos aproximadamente seis mil homens. Todos os outros alemães pereceram. Não voltaram para o Natal como pensavam.
A história e os fatos que envolveram esse episódio da humanidade estão de forma muito bem feita, apesar de ser um filme em preto e branco, nessa produção Russa, legendada em português, que disponibilizamos na nossa página de DOWNLOADS. Baixe o filme, assista e veja como foi duramente conquistada a tranquilidade em que vivemos no mundo de hoje, já que foi essa batalha que representou a grande virada. Não foi a invasão do DIA "D". Nessa invasão a Alemanha já estava derrotada, com o exército Vermelho marchando sobre si, para a desforra.
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