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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

VERDADES QUE PRECISAM SER DITAS.


O ser humano esconde em grande parte dentro de si um lado muito ruim e isso ficou claro nessa recente eleição para Presidente da República no Brasil. 

Quando se diz que os seres humanos não evoluíram e ainda lhes falta o amor ao próximo como mola propulsora que os irá conduzir no rumo da felicidade da humanidade, no rumo de dias melhores, isso parece estar escondido. Parece não estar visível. Temos a impressão de que isso não é verdade. Afinal existem ONGS que tratam de diversos problemas da sociedade, como os Índios, as crianças abandonadas, o desmatamento, a população carcerária, os Kilombolas, entre outros problemas.  


Uma pequena parte da população, de entre os quais estão os mais evoluídos, realmente tem preocupação com esses problemas. Outra grande parte reconhece que são pertinentes os problemas, mas esses não fazem parte das suas preocupações. Para outra parte esses problemas lhes são completamente indiferentes. Continuam suas vidas sem ter a menor preocupação com esses problemas como se não existissem. Para outra boa parte que não se manifesta normalmente, esses problemas não deveriam ser objeto de preocupação. Esses opõem-se a qualquer iniciativa no sentido de resolve-los e entendem que os Índios devem sim ser exterminados, as matas devem ser desmatadas e que as minorias devem ser perseguidas. Escondem dentro de seu ser a propensão ao Nazismo e ao Fascismo.

O apoio ao fascismo não se limitava aos liberais do início do século XX. Os liberais neoclássicos que deram origem à corrente ideológica que se tornou hegemônica hoje, o neoliberalismo, também defendiam o fascismo e sua variante nazista como projetos políticos necessários para manter a ordem capitalista.
É o que podemos conferir nesta declaração de Friedrich Hayek, membro da Escola Austríaca, sobre a sua impressão do nazismo:



O economista Friedrich Hayek, Viena, 8/05/1899 – Friburgo em Brisgóvia, 23/03/1992

“É importante recordar que, muito antes de 1933, a Alemanha alcançara um estágio em que não lhe restava senão ser governada de forma ditatorial. Ninguém duvidava então de que a democracia entrara em colapso, ao menos por certo tempo, e de que democratas sinceros como Brüning eram tão incapazes de governar democraticamente como o eram Schleicher ou von Papen. Hitler não precisou destruir a democracia; limitou-se a tirar proveito da sua decadência e no momento crítico conseguiu o apoio de muitos que, embora o detestassem, consideravam-no o único homem bastante forte para pôr as coisas em marcha.”
(HAYEK, Friedrich. O caminho da servidão. 5. ed. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1990. p. 90)

A complacência de teóricos liberais neoclássicos com relação ao Fascismo prossegue com Ludwig von Mises. Outro ícone da Escola Austríaca, Mises atuou como conselheiro econômico do governo fascista de Engelbert Dollfuss na Áustria. Em seu livro “Liberalismo — Segundo a tradição clássica”, ele reitera que o Fascismo foi um movimento político que teve como um de seus principais objetivos o combate ao bolchevismo.

 O téorico liberal neoclássico Ludwig von Mises (Lviv, 29/09/1881 – Nova Iorque, 10/10/1973).
“As ações dos fascistas e de outros partidos que lhe correspondiam eram reações emocionais, evocadas pela indignação com as ações perpetradas pelos bolcheviques e comunistas. Ao passar o primeiro acesso de ódio, a política por eles adotada toma um curso mais moderado e, provavelmente, será ainda mais moderado com o passar do tempo.Tal moderação resulta do fato de que os pontos de vista tradicionais do liberalismo continuam a exercer influência inconsciente sobre os fascistas.”(…) 
“Ora, não se pode negar que o único modo pelo qual alguém possa oferecer resistência efetiva contra assaltos violentos seja por meio da violência. Contra as armas dos bolcheviques, devem-se utilizar, em represália, as mesmas armas, e seria um erro mostrar fraqueza ante os assassinos. Jamais um liberal colocou isto em questão.” 
(VON MISES, Ludwig. Liberalismo – Segundo a Tradição Clássica / Ludwig von Mises. — São Paulo: Instituto Ludwig von Mises Brasil, 2010. pp. 75 e 76)
Nesta obra, Mises também não hesitou em legitimar, elogiar e, até mesmo, enaltecer o Fascismo:“Não se pode negar que o fascismo e movimentos semelhantes, visando ao estabelecimento de ditaduras, estejam cheios das melhores intenções e que sua intervenção, até o momento, salvou a civilização europeia. O mérito que, por isso, o fascismo obteve para si estará inscrito na história. Porém, embora sua política tenha propiciado salvação momentânea, não é do tipo que possa prometer sucesso continuado. O fascismo constitui um expediente de emergência.”
 
São seres humanos que não evoluíram e a única forma de evoluir nesses casos é pelos grandes traumas que levam invariavelmente a grandes dores e a grandes sofrimentos.


A humanidade por uma questão de lei universal irá evoluir. Isso é inevitável e se não evoluir naturalmente, evoluirá por meio da dor. A Humanidade tem um preço a pagar pelo oceano de sangue e lágrimas que verteu ao longo da sua história, mas esse débito poderia ser pago com o exercício do Amor. Um programa como "bolsa família" seria uma forma de redenção só para citar um exemplo, porque aqueles que são as vítimas de hoje são os opressores do passado. 


Os opressores de hoje se tornarão as vítimas de sua própria política de discriminação, e o tempo em que terão de prestar contas se aproxima, por conta de sua idade já avançada.


Observemos que isso é um ciclo interminável entre o martelo e o prego. O prego de hoje é o martelo de amanhã e depois os papéis se invertem. Esse ciclo só terá fim quando uma parte perdoar a outra e empenhar-se em amenizar o sofrimento da outra.

Quando a revolução industrial começou no século XVIII, algumas vozes levantaram-se para alertar a humanidade de que as máquinas que  reduziam postos de trabalho iria escravizar os trabalhadores e o povo, porque a correlação de forças eliminando postos de trabalho  faria com que as vagas de trabalho que existissem seriam para poucos. 

Dentro desse contexto os empresários poderiam pagar o que quisessem pois uma multidão de pessoas iria querer as pouquíssimas vagas existentes.

Esse processo ocorreu e embora mecanismos de controle tenham minimizado seu impacto, o avanço da tecnologia que continuamente elimina postos de trabalho, vem agravando a correlação de forças na contínua luta entre capital e trabalho.

A solução para esse problema seria o avanço das conquistas trabalhistas. A redução da carga horária, a aposentadoria mais precoce que iriam não só distribuir renda como também abrir postos de trabalho para os mais jovens. Dessa forma toda a humanidade se beneficiaria com os avanços da ciência e da tecnologia.

Alguns países são exemplo dessa prática. Mais particularmente os partidos socialistas do leste Europeu e também alguns partidos Europeus que não aprovam a chamada "GLOBALIZAÇÃO". A Globalização pretende eliminar fronteiras e nivelar todos os países, mas isso é impossível pois há países que estão anos luz a frente de outros em conquistas e avanços sociais.





É impraticável por exemplo inundar o mercado com eletrônicos e Automóveis produzidos na Coréia para competir com os mercados Americanos. A consequência disso é a falência das fábricas Americanas por absoluta desigualdade, pois o valor da mão de obra faz a diferença, bem como os encargos sociais que na Coreia são menores do que na América.


Entretanto o Capitalismo Selvagem representado pelo Neoliberalismo que é uma doutrina mais suave do que o Liberalismo econômico vem ganhando Terreno nos Estados Unidos e em alguns outros países do mundo. A consequência será a condenação de expressivas parcelas da população à miséria absoluta, provocando dessa forma progressivas conturbações sociais o que poderá na frente desaguar em uma nova Revolução Francesa. 

Isso pode demorar 50 anos mas é provável que aconteça. Historicamente as evoluções sociais só ocorrem depois de grandes traumas. A Revolução Francesa foi um desses traumas. A Segunda Grande Guerra Mundial foi outro desses traumas.

O homem ainda não entendeu que somente o AMOR irá nos conduzir a tão sonhada felicidade e bem estar e o contrário irá nos conduzir ao aumento da violência, e a ira de Deus. 

Deus deixará que nós conduzamos os nossos próprios destinos para aprendermos que devemos entregar os nossos destinos a ele.






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