O juiz Carlos Henrique André Lisbôa, da 1ª Vara da Família e das Sucessões de São Bernardo do Campo, admitiu ter confundido o valor de investimentos de Marisa Letícia, ao questionar a família Lula sobre supostas aplicações de R$ 256 milhões de Marisa no banco.
Lisbôa confundiu um investimento automático em CDBs com valor nominal de debêntures que o próprio havia reconhecido que Marisa não tinha a partilhar.
O magistrado reconheceu em decisão desta quinta-feira que os CDBs eram de R$ 26 mil.
"O inventariante se manifestou por meio da petição de fls. 573/576 e juntou o extrato de fls. 577/584. Restou demonstrado que o investimento que a falecida possuía no Banco Bradesco tem saldo líquido de R$26.282,74 (fls. 578) e que ele não é regulamentado pelos contratos acostados a fs. 394/427 e 428/468. A questão, portanto, está devidamente esclarecida", escreveu o juiz.
Segundo o juiz, que não pediu desculpas pelo erro, os ataques ocorridos a partir do erro dele, a exemplo das fake news espalhadas por Eduardo Bolsonaro e Regina Duarte, deverão, caso os atingidos desejem, ser alvo de ações em separado na Justiça.
A família já processa tanto Regina quanto Eduardo.
Os herdeiros de Marisa Letícia Lula da Silva, que foi casada com o ex-presidente Lula, anunciaram, que vão à Justiça contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a secretária especial da Cultura, Regina Duarte. Segundo a família da ex-primeira-dama, morta em fevereiro de 2017, o deputado e a secretária divulgaram mentiras na internet que atingem "a memória e honra de Dona Marisa", informa o nota publicada no site de Lula.
Eduardo Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter que Marisa Letícia tinha um patrimônio de R$ 256 milhões, quando o valor verdadeiro é, segundo advogados dos herdeiros, de 26 mil reais. A informação falsa foi posteriormente publicada por Regina Duarte em sua do Instagram.
De acordo com o que divulgou o site de Lula, a família da ex-primeira-dama pede indenização de R$ 131.408,70 tanto ao filho do presidente Jair Bolsonaro quanto à ex-atriz global. Segundo a nota, "a ação também pede que os requeridos sejam condenados a publicar em suas redes sociais a sentença condenatória com o valor correto do investimento de Dona Marisa, corrigindo a desinformação propagada por eles".
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