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sábado, 8 de agosto de 2020

COMO TRANSFORMAR A CRISE DO CORONAVIRUS NA MAIOR OPORTUNIDADE DA HISTÓRIA DO BRASIL - Por Bo Williams (PARTE 1)

 

Sobre o Autor
Bo Williams


Tem 25 anos de experiência no mercado financeiro, analista financeiro (CNPI/T -1215), trader e investidor profissional, além de criador do trade system PhiCube.
É sócio fundador das empresas educacionais Plenamente Trader, Trade ao Vivo e ex-sócio das corretoras Clear e XP Investimentos.

É engenheiro mecânico e nuclear.

Antes da sua carreira no mercado financeiro, foi oficial de um submarino nuclear americano e executivo na indústria robótica.

Considerado por grandes destaques da área financeira o “mestre” da análise técnica inovadora no Brasil, Bo Williams já formou mais de 13 mil traders e investidores com a própria metodologia PhiCube por meio dos cursos “Descobrindo o Preço” e “Redescobrindo o Preço”.

Referência no país na conscientização e aplicabilidade da psicologia do mercado nos investimentos devido ao curso “A Bolsa na Cabeça”, disponível no Youtube gratuitamente.

Introdução

Existem muitas dúvidas sobre a futuro da Bolsa e a recuperação da economia:

O famoso humorista e autor americano Mark Twain escreveu:

A história não se repete, mas rima”.

Ele estava coberto de razão.

Vivemos em tempos extraordinários de enormes mudanças políticas, financeiras e sociais. O catalisador veio da própria natureza: o novo coronavírus. Os impactos sociais e na área da saúde são severos, e as consequências econômicas e financeiras podem ser as mais graves da história.

As bolsas financeiras do mundo inteiro caíram violentamente, mas também têm mostrado muita resi-liência na recuperação. Elas estão em um ponto muito importante de decisão no gráfico. Ninguém é vidente. Não sabemos como e quando esta crise vai se resolver. Porém, temos vários exemplos fortes no passado que nos servem de lições e potenciais soluções, como o crash de 1929 e a recente crise financeira mundial de 2008. Em comum, eles possuem as grandes oportunidades para investidores e traders.


• As bolsas vão experimentar os fundos ou alcançar novos recordes?

• Quais são os impactos da atual crise nos seus trades investimentos no curto e longo prazo?

• Quais são as oportunidades e riscos da crise?

• Como podemos nos preparar para essas mudanças e usá-las a nosso favor para proteger e até aumentar o capital?

A História se repete? 

Você encontrará as respostas neste livro. Ele concentra meus 25 anos de experiência no mercado financeiro e ensina de forma simples e prática os três pilares de sucesso dos grandes traders e investidores, tanto em momentos de crise, quanto em tempos de prosperidade.

Ele começa pela matemática do mercado, pois ninguém escapa dela. Em seguida, ele introduz o assunto que considero o mais importante, como alinhar a sua cabeça com o mercado por meio de práticas psicológicas saudáveis.

Depois, você vai aprender a real estrutura do preço, dividida em apenas dois comportamentos:

Tendência e consolidação. E, por fim, vou te apresentar o método PhiCube, o novo paradigma do preço no gráfico.

3 DISCIPLINAS CHAVES

Essas chaves são:

1 » matemática do mercado;

2 » psicologia do mercado; e

3 » comportamento do preço.



COMPORTAMENTO DO PREÇO

          PSICOLOGIA DO MERCADO

                   MATEMÁTICA DO MERCADO

PhiCube é “o GPS poderoso do mercado financeiro”.

Com mais de 17 mil usuários, ele é hoje a melhor maneira para traduzir o gráfico financeiro em oportunidades lucrativas e consistentes, em qualquer ativo ou mercado, tanto na compra quanto na venda.

Espero que curta bastante o livro. Ele foi escrito com muito carinho e com o objetivo de ajudar você a arriscar menos e ganhar mais da forma mais tranquila e segura dentro do mercado financeiro.

Excelente aprendizado!


A História se repete?

É muito interessante como não conseguimos escapar destes ciclos, nem adaptar facilmente às mudanças, repetindo os mesmos erros há gerações.

A história rima novamente – a crise COVID-19

A História se repete? 

A humanidade já passou por várias crises ao longo da história, tanto naturais quanto de origem humana.

Somos resilientes, sempre superamos e progredimos; mas há um custo. Às vezes, o impacto da crise é amortecido pelas lições do passado.

Outras vezes, repetimos os mesmos erros graves. Este é o caso da crise atual do coronavírus (COVID-19).

Independentemente do catalisador, as crises agudas possuem vários fatores contribuintes em comum, frutos do próprio ser humano. Estes fatores são chaves tanto na criação quanto na resolução da crise. Quais são esses fatores?

CAPÍTULO 1

A história rima novamente – a crise COVID-19

A natureza do ser humano

A natureza do ser humano é tomar cinco passos para frente e três passos para trás. Escrevo mais sobre isso no último capítulo sobre o PhiCube. Nós criamos ciclos de prosperidade e crise, impulsionados pelo nosso próprio comportamento, resultado das nossas crenças, nossos vieses cognitivos, pensamentos e sentimentos como obsessão por poder, vaidade, ganância e medo.

É muito interessante como não conseguimos escapar destes ciclos, nem adaptar facilmente às mudanças, repetindo os mesmos erros há gerações.

Quem já não ouviu falar sobre um velho ditado: “pai rico, filho nobre, neto pobre”?

Ideologia e política

Criamos ideologias religiosas, econômicas, políticas, financeiras, governamentais e sociais, não tanto para o bem da sociedade, mas para preservação de poder, status e privilégio.

Um exemplo particularmente agravante disso é o nosso sistema financeiro mundial.

O poder econômico/financeiro não fica com o povo. É concentrado nas mãos dos bancos centrais, aplicado por meio dos governos federais. Ao nascer, simplesmente aprendemos e aceitamos que seja assim. Vai fazer o quê? O que importa é comprar e vender, não é?

O conceito de uma moeda para facilitar a troca de bens e serviços tem cerca de cinco mil anos de tradição. É muito inteligente e eficiente quando é garantido por um lastro universalmente aceito, como o ouro, por exemplo.

Em 1971, o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, anunciou o fim do padrão-ouro para o dólar. 

Desde então, a economia mundial roda-se em moedas fiat (do latim faça-se), sem lastro, e baseadas estritamente em fé. As economias passaram a ser muito mais movidas pelas emoções e expectativas do ser humano ao invés de fundamentos econômicos.

De fato, a maioria dos economistas modernos citam moedas fiat e os subsequentes abusos políticos/ financeiros como as próprias causas dos ciclos “boom e bust” da economia moderna.

Quando os governos e bancos centrais estão livres para inflar a base monetária de seus respectivos países, derrubando os juros para níveis abaixo dos de livre mercado (com a intenção de estimular suas economias), as inevitáveis consequências desse processo são a euforia, o crescimento econômico artificial, maus investimentos e, finalmente, as recessões e depressões.

A tecnologia




O terceiro fator contribuinte do ciclo “boom e bust” é a tecnologia, que cresce sempre exponencialmente e disruptivamente. Mesmo como criadores dela, nem sempre somos sábios, prudentes ou virtuosos na sua utilização, particularmente na busca de poder ou grandes ganhos financeiros e políticos. Avanços em ciência, medicina, engenharia, aviação, computação, comunicação, produção e transporte propulsionam a economia, mas estes são os mesmos responsáveis pelas armas químicas, bombas atômicas, máquinas de guerra, propaganda racista e fake news.

Neste momento, a crise gera muita ansiedade e dúvida. Estou convicto de que sairemos dela com mais força, como o Brasileiro sempre faz! Logo depois da saída, acredito em um verdadeiro tsunami econômico/financeiro de vinte anos.

Vários são os motivos:

PIRÂMIDE ETÁRIA ABSOLUTA - BRASIL - PROJEÇÃO 2040



Um futuro brilhante para o Brasil até 2040.

1 - As populações dos países desenvolvidos são velhas. O crescimento econômico mundial virá de países jovens, atualmente em desenvolvimento, como o Brasil, o México, a China, a Índia e a Rússia.

2 - O bônus demográfico brasileiro é previsto para 2040. Historicamente, grandes avanços econômicos e sociais acontece nas duas décadas anteriores.

3 - A dívida do Brasil é relativamente moderada em relação aos países de primeiro mundo (Graças a boa gestão do PT). Com reformas políticas e econômicas (Que possibilitem o crescimento, não essas reformas destrutivas do Paulo Guedes), os investidores internacionais buscarão retornos mais rentáveis e seguros no Brasil.

4 - Brasil é rico em recursos naturais como água, sol, terra, clima, minerais e commodities agrícolas. Vamos fornecer cada vez mais alimentos e materiais básicos para o mundo futuro.

5 - Brasil tem déficit em moradia e infraestrutura, algo que os estrangeiro historicamente se sentem seguros para investir no longo prazo.

6 - Brasil participa cada vez mais no desenvolvimento da tecnologia.

Podemos contar com 20 anos de crescimento exponencial até 2040.

7 - Brasil tem o povo brasileiro! É o recurso mais poderoso de todos.

O brasileiro é alegre, inteligente, criativo, resiliente, estudioso, trabalhador e tem muita vontade de vencer.


A demografia

O quarto fator é a demografia. As economias nacionais oscilam dependendo das faixas etárias da sua população. Cidadãos entre 45 e 55 anos tipicamente gastam mais. A economia expande até esta faixa etária e atinge o seu nível máximo em porcentagem da população. Depois, a economia encolhe. Aconteceu isso no Japão em 1989, na Europa e nos Estados Unidos em 2008.



Somos mais do que capazes de criar um lindo e próspero futuro, mas não podemos desperdiçar esta oportunidade!

Temos que nos organizar. Não podemos deixar o bônus demográfico virar um “ônus demográfico” (cito meu amigo Marcelo Hannud).

Faça a sua parte. Participe ativamente na política e exija as reformas necessárias para um futuro melhor para você, a sua família e a sociedade brasileira.

Depressão prolongada ou recessão curta?

Antes do tsunami, é preciso resolver a crise atual. Eu vejo dois cenários prováveis. O pior é parecido com o famoso crash de 1929 e a subsequente “Grande Depressão” mundial dos anos 1930.

O mais otimista é parecido com a recuperação da economia mundial depois da crise financeira 2008. Vamos investigar agora os dois casos.



O argumento para uma nova depressão prolongada



Quanto maior a altura, mais forte a queda? No fim de 2019, a economia mundial atingiu quase 90 trilhões de dólares, a maior da história. As dívidas mundiais também chegaram no auge, estimadas em 260 trilhões de dólares. É uma das consequências perversas da teoria monetária moderna, pois a economia mundial só cresce por meio de dívida e crédito. Para que a economia possa crescer, a dívida tem que crescer junto.


Em março de 2020, a economia mundial foi paralisada completamente pelo coronavírus. Trata-se do maior impacto econômico mundial de todos os tempos. Tanto na velocidade, quanto na magnitude, nunca na história os indicadores econômicos foram impactados tão profundamente. O Banco da Inglaterra, uma das mais antigas e prestigiadas instituições financeiras da história, noticiou que esse é o pior início de recessão dos últimos 300 anos, com impactos fortes até 2022.

Nos Estados Unidos, a maior economia do mundo, os gastos do consumidor, compras de bens duráveis, investimento em construção e exportações recuaram cerca de 30% no segundo trimestre de 2020, conforme demonstrado abaixo.


Fonte: G1 (07/05/2020)

O poder econômico do consumidor americano, o maior motor do país, está devastado. Em apenas 3 meses, o nível de desemprego americano aproximou-se ao maior nível da história, em 25%, o mesmo atingido em 1933, três anos depois do crash de 1929.

Enquanto isso, o Federal Reserve Bank (FED), o banco central privado dos Estados Unidos, injeta capital desesperadamente na tentativa de evitar o colapso total da economia e do sistema financeiro mundial.

Ativos do Federal
Reserve Bank
(FED) (2008-2020)


Em 2008, durante a crise financeira que quase quebrou o mundo, o FED emprestou aproximadamente um trilhão de dólares para as instituições financeiras “grandes demais para quebrar”. Durante uma década depois, por meio da política de “flexibilização quantitativa”, ele comprou mais dois trilhões de dólares de títulos do governo americano.

Para combater o COVID-19, o FED comprometeu-se em “comprar o que for necessário” para garantir a viabilidade do sistema financeiro. Em um mês, já injetou mais três trilhões de dólares, não somente na compra títulos do governo, mas também nos títulos privados.

E pela primeira vez na história, o FED financiou a “jogada de dólares por helicópteros”, com o governo federal americano mandando milhões de cheques diretamente para seus cidadãos.

Conclusão: o governo federal americano e o FED estão desesperados.

Desemprego nos EUA chega nos níveis de 1933



Fonte: Bureau of Labor Statistics

Fonte: Federal Reserve St. Louis

Ativos do Federal

Reserve Bank

(FED) (2008-2020)



Mortalidade da gripe espanhola - 1918



É inegável a gravidade da situação econômica.


Mas isso não se compara com a dor das famílias que perderam os seus amados entes pela COVID-

19. Infelizmente, ainda não eliminamos a ameaça e a incerteza do vírus, que ainda poderia voltar para o hemisfério norte em setembro.

No Brasil, as estatísticas são tão preocupantes quanto nos Estados Unidos. O Fundo Monetário

Internacional (FMI) antecipa uma queda no Produto Interno Bruto.

Se seguir o mesmo comportamento da gripe espanhola de 1918 (conforme gráfico abaixo), podemos sofrer uma nova onda de infecções cinco vezes maior.

Neste cenário, os impactos sociais, financeiros e econômicos seriam muito mais severos e agudos.

(PIB) de -5,3%, a maior desde 1901. Em comparação, durante a crise de 2008, a economia do Brasil encolheu somente 0,13%.

Recessões do Brasil

Como está o Brasil neste momento?


Fonte: CDC Fonte: Ipeadados, IBGE e FMI

Fonte: G1 (28/05/2020)

Fonte: Sebrae (10/04/2020)

Fonte: saude.gov.br

Total de casos de COVID-19 no Brasil



Desemprego e falência estão acelerando. Os casos oficiais do COVID-19 avançam de forma exponencial.

Por falta de testes, muitas pesquisas indicam números de 5 a 10 vezes maiores do que as estatísticas oficiais do governo. No início de junho de 2020 (conforme gráfico), já temos mais de 673.000 casos da doença.



Mais uma “Grande Depressão” Mundial?




Todos estes argumentos ilustram a gravidade desta crise e justificam a comparação com o crash de 1929. Se seguirmos este caminho, qual futuro podemos esperar? É impossível criar um  modelo matemático para prever o resultado de qualquer crise. As variáveis são complexas demais. Mas, felizmente, o comportamento do ser humano não muda e a história nos fornece muitas dicas. Um excelente exemplo é o comportamento do preço.

Em tempos de bolhas e crises, padrões similares aparecem nas bolsas financeiras de países e épocas diferentes. O gráfico do índice Dow Jones durante a década 1930 é típico. Veja abaixo o que ele nos ensina.








  1. Na fase da bolha, o preço valoriza entre 6 e 10 vezes durante uma década. 
  2. No início da crise o preço cai precipitadamente entre 50% - 60% do topo em poucas semanas. 
  3. Do fundo da queda inicial, o preço volta a subir, com valorização entre 150% e 162% em aproximadamente 6 meses.

Índice Dow Jones
(1920 - 1935)



FUNDO 10% - 20% DO TOPO Fonte: Trading View

4. Ao falhar na tentativa de novos topos, o preço inicia uma terceira onda de baixa proporcional à primeira queda.

5. A bolsa estabelece um fundo 30 - 36 meses depois do início da crise, com desvalorização de 80% a 90% do valor máximo.



Esse modelo mostra o padrão comum de criação e estouro de bolhas financeiras, independentemente do país, ativo ou época.

Índice Nikkei - Japão

(1980 - 1993)



É importante mencionar que esse padrão também aparece em escalas de tempo menores e maiores. Veja abaixo outros exemplos de crises semelhantes:

Fonte: Trading View


Índice Nasdaq

(1990 - 2004)



Fonte: Trading View



O índice Nasdaq subiu por um fator de 5x entre 1990 e 2000. Depois teve grande queda.



Fonte: Trading View

Índice DAX - Alemanha

(1990 - 2004)



O índice DAX subiu por um fator de 4x entre 1990 e 2000. Depois teve grande queda.

Índice Shangai - China

(2006 - 2009)

Fonte: Trading View



O índice Shangai subiu por um fator de 5x

entre 2006 e 2008. Depois teve grande queda.



Petróleo cru

(2003 - 2010)



O argumento para uma recessão curta



É claro que existe uma perspectiva de recuperação mais otimista para a resolução da crise. Em 2008, o mundo sofreu uma crise financeira aguda, causada pelas principais instituições financeiras, fruto de ganância, excessos de alavancagem e abuso de complexos derivativos.

O sistema monetário mundial quase quebrou. Foi salvo pelos governos federais e bancos centrais com o lançamento de uma nova política chamada “flexibilização quantitativa”. Os bancos centrais compraram títulos públicos e outros ativos financeiros, injetando trilhões de dólares na economia, e lançando um dos maiores e mais longos bull markets da história. Mercados financeiros no mundo inteiro subiram constantemente por mais de uma década.

Na crise atual, muitos economistas acreditam em uma recuperação rápida formato “V”, abastecida pelos seis trilhões de dólares recentemente injetados pelos bancos centrais dos Estados Unidos, Japão e União Europeia. Funcionou em 2008 em uma escala muito menor.

O FMI prevê uma queda moderada do PIB mundial de 3% em 2020, com uma rápida e robusta recuperação ao longo de 2021, conforme demonstra o gráfico abaixo:


Este otimismo é apoiado também pela esperança de uma iminente vacina contra o coronavírus, assunto de debate rigoroso na comunidade científica. De fato, neste momento, as principais bolsas mundiais, inclusive o IBOV, estão recuperando em formato “V”. É consequência de uma economia saudável? Ou é a continuação da forte correlação entre a subida das bolsas financeiras com a injeção do “dinheiro de helicóptero” jogado pelos bancos centrais?

Não quero decepcionar você, mas a resposta correta é ninguém sabe! Aprendi décadas atrás que preço é caótico. É impossível prever o seu futuro. Porém, podemos entender muito bem as probabilidades de ganhar ou perder baseadas na sua estrutura.

A pergunta mais pertinente é: qual caminho vamos tomar, 1929 ou 2008?

Eu tenho dificuldade em acreditar em uma economia saudável no momento, mas não tenho como negar o efeito dos trilhões de dólares buscando retornos imediatos nas bolsas mundiais. Também, do ponto de vista técnico, o rally atual já foi previsto e esperado, pois é típico tanto nas crises quanto nas recuperações rápidas.



Neste momento, o IBOV está em um ponto crítico de decisão. Ele perdeu 50% do seu valor na primeira queda, com uma subsequente valorização de 160%.

Está na hora de escolher o caminho agora: uma nova, forte onda para baixo ou a continuação do rally e novos topos históricos.

Para o benefício da sociedade, eu rezo por uma resolução o mais rápido possível. Como profissional, do ponto de vista técnico, de gerenciamento de risco e operacional, não importa qual caminho o preço escolha. Vamos ganhar nos dois cenários.

O IBOV encontra-se em ponto  crítico no gráfico. 
Recuperação estilo 2008 ou  Caminho para depressão estilo 1929.


RALLY DE 160% DO FUNDO ou QUEDA DE 50% DO TOPO



Para que você possa ganhar consistentemente comigo, estude bem e compreenda os próximos capítulos do livro.


C A P Í T U LO 2


Ninguém escapa da matemática do mercado.


Existem várias fórmulas matemáticas simples que definem tanto o sucesso quanto o fracasso no mercado financeiro, porém a grande maioria das pessoas não entende nada sobre este assunto.


Muito pelo contrário, elas são atraídas para a Bolsa pelo lado psicológico; por promessas falsas de fortunas enormes, fáceis e rápidas.

Isso é uma tática de marketing predatória, com objetivo de tirar dinheiro de pessoas gananciosas e despreparadas. Conheço muitas pessoas dignas e honestas que perderam décadas de poupança em poucos dias ao engolir essa isca venenosa. Não faça isso.

A matemática do mercado é friae racional. Para vencer é necessário entender as probabilidades estatísticas e os riscos sistêmicos e operacionais. Sem esse conhecimento já pode se preparar para perder seu dinheiro, pois a estatística mostra que é muito mais provável perder no mercado do que ganhar.

Todo investidor espera bons retornos em compensação dos riscos que ele toma. Então, vamos começar com a fórmula de retorno de investimento (ROI):

Se o preço acelerar fortemente em pouco tempo, teremos um excelente ROI. Isso acontece quando o preço está em tendência.



Entenda a matemática do mercado



Um ROI positivo depende de um resultado líquido positivo. Isso também segue uma fórmula matemática simples.

Para obter um ROI adequado, deveríamos procurar a tendência e evitar a consolidação.

Se o preço ficar parado ou contra a nossa operação, o nosso ROI sofre. Isso acontece mais frequentemente quando o preço está na consolidação.

Variáveis no resultado final



No exemplo acima, ganhamos metade e perdemos metade das jogadas, mas mantivermos uma
 média de ganho três vezes mais do que a média de perda.

Jogando uma moeda Quando cair Cara,

você ganha +3. Vale a pena jogar comigo?

Quando cair Coroa, você perde -1.

Qual lado da moeda você escolheria?



Na Bolsa, será que é necessário acertar metade ou mais das operações para ser um trader ou investidor de sucesso? A resposta é não.



Resultado em 100 tentativas:

(50 x 3) – (50 x 1) = 100

É intuitivo que para ganhar mais, basta acertar mais trades. Por isso, muitos iniciantes procuram o Santo Graal dos setups, querendo acertar todas as operações.

Porém, existe um outro fator até mais importante na fórmula:

Quanto ganhamos na média. Só ganharmos bem na média, podemos até acertar menos e ainda ter um resultado bom. Esse racíocinio se aplica nas perdas também.

Queremos perder menos trades, mas também manter uma média de perda pequena.

É muito importante respeitar esse conceito, particularmente em relação ao tamanho da perda 
Mesmo acertando a maioria das operações, uma única perda gigante pode resultar em ruína.

Um bom trade system estabelece um equilíbrio estatístico entre assertividade, média de acerto e média de perda. Com os parâmetros certos, podemos até ganhar dinheiro com uma simples jogada de moeda!

Obviamente, queremos ganhar o máximo possível, perder o mínimo possível e minimizar os custos.



Veja o exemplo abaixo. Existem vários sistemas vencedores que ganham somente um terço das operações, sendo que a relação Resultado mínimo em 100 trades:

(33 x 3) – (67 x 1) = 32

(40 x 3) – (60 x 1) = 60

retorno-risco é três ou mais. E se melhorar a assertividade s um pouco para 40%, os resultados quase dobram.

Sistema ganha 33% - 40% dos trades.

Na média, trades positivos ganham +3.

Na média, trades negativos perdem -1.

Expectativa positiva



A expectativa estatística do seu trade system é positiva no longo prazo 
Como mostrei acima, isso depende da assertividade, da média de ganho e da média de perda. Todos esses fatores dependem muito da estrutura e do movimento do preço. Nós não temos controle sobre isso, pois o preço é caótico.



Porém, existem outros ingredientes de um bom trade system que são mais importantes ainda, e que dependem total e exclusivamente de nós: gerenciamento de risco e capital.

Como mencionei, no início deste capítulo, a maioria dos principiantes perde dinheiro na Bolsa. Mas os agravantes maiores não são o gráfico e nem o preço. São a ganância e a falta de respeito pelos riscos sistêmicos e operacionais.

Principiantes com pouco capital ou que sonham em ganhar muito dinheiro em pouco tempo, acabam desafiando a matemática, a estatística e os riscos na forma de alavancagem.



“Maravilha! Com pouco dinheiro, você pode ficar rico já operando fortunas de capital por meio da alavancagem! Quantas vezes você já viu isso na internet? Parece muito bom, mas é uma armadilha cruel. É a forma mais rápida de perder tudo.

Então, se você pretende ser um trader ou investidor sério e não apenas um jogador impulsivo e iludido, saiba que:

Proteger o seu capital é mais importante do que ganhar dinheiro.

Nada no Universo é gratuito. É necessário arriscar o seu capital para ganhar na Bolsa. Como é impossível ganhar todos os trades, todos os investidores e traders têm que aprender a lidar com perdas.

Todos perdem, mas os ganhadores calculam os riscos antes de entrar na operação, e sempre perdem pouco por meio de regras rígidas de tamanho de posição e stop loss.



Também, vencedores param de operar totalmente ao perder 10% do seu capital. Isso porque recuperar é difícil do ponto de vista estatístico e psicológico depois de uma perda considerável.

Veja a imagem acima:

Ao perder 10% do seu capital, é necessário ganhar 11% do restante para voltar para estaca zero. Isso é bem viável do ponto de vista matemático.

Ao perder 33% do seu capital, é necessário fazer um retorno de 50% do restante para recuperar.

Isso é pouco provável. Ao perder 50% do seu capital, precisa-se ganhar 100% para voltar. Isso é quase impossível.

Logicamente, a perda total de capital é composta das perdas das operações individuais.

Então, quanto devo arriscar por operação para proteger o meu capital e evitar entrar na zona de recuperação difícil?

É raro, mas a estatística mostra que até um super trade system pode perder até 15 operações em seguida. Isso é até mais provável para principiantes.

Ao arriscar apenas 1% em cada operação, você consegue sobreviver uma sequência terrível de 15 operações perdidas, e ainda permanecer dentro de uma zona estatística de recuperação viável.

Recomendo

arriscar apenas

1% do seu capital em cada operação.

Alavancagem sufoca

É estatisticamente possível (mas improvável)

perder 15 trades seguidos.

• Arriscando 1% por trade: 15 x (-1) = -15%

• Arriscando 2% por trade: 15 x (-2) = -30%

• Arriscando 3% por trade: 15 x (-3) = -45%

• Arriscando 5% por trade: 15 x (-5) = -75%



Martingale é a prática de dobrar a sua aposta depois de cada perda.
Esta forma de alavancagem é particularmente cruel.

Por exemplo, perco um, aposto mais um. Perco dois, aposto mais dois. Perco quatro, aposto mais quatro, e assim por diante. É lamentável, mas até hoje eu vejo “gurus” da internet ensinando essa prática devastadora.

Apesar de ser improvável perder 15 operações seguidas, perder oito operações seguidas é até comum. Assim, em apenas oito operações, você perde 100% do seu capital. É suicídio financeiro.

Quero destacar mais uma vez o perigo de alavancar seu capital ou ir atrás do prejuízo por meio da tática do martingale.

São as maneiras matemáticas mais certeiras para perder tudo, e até sair DEVENDO para o mercado.

Por favor, não faça isso! Agora que lhe convenci a fugir da alavancagem e martingale, vamos aprender como calcular o tamanho de posição para limitar as suas perdas em 1% do seu capital. É um processo simples, mas muitas vezes ignorado pelos principiantes.



Calcular a perda máxima permitida (dinheiro): é o seu capital dividido por 100. Identificar o seu preço de entrada no gráfico (pelo trade system).

Identificar o seu preço de stop no gráfico (pelo trade system).

Calcular o risco gráfico - diferença entre os preços de entrada e stop.

Calcular o tamanho de posição - dividir a perda máxima permitida (passo um) pelo risco gráfico (passo quatro).

Veja acima como é fácil calcular o tamanho de posição de 1% de risco com capital de R$ 50K e risco gráfico de R$ 2. Cálculo de tamanho de posição



• Capital: R$ 50.000,00

• 1% de capital: R$ 500,00

• Risco gráfico: R$ 2,00

• Posição = 500 / 2 = 250

• Caso stopar: 250 x (-2) = -500

Entrada

R$ 2 Stop



É importante destacar que os preços de entrada e stop (passos dois e três) podem variar significativamente baseados no sistema operacional escolhido. Não se preocupe com essas variáveis neste momento, pois podemos escrever mil páginas sobre este tópico. Concentre conseguiremos escapar da incerteza e do caos do próprio preço.

No fim das contas, ele determina se cada operação individual ganha ou perde. Isso é uma questão de probabilidade.

Qualquer modelo de probabilidade confiável requer uma amostra ampla de dados. Por isso, a nossa carteira precisa considerar um certo nível de diversificação.

Uma carteira de renda variável de 10 até 20 posições diferentes espalhadas entre setores diversos oferece uma boa exposição às vantagens estatísticas do trade system e ampla proteção contra eventos “black swan”. se primeiro no simples conceito de calcular o tamanho correto de posição e faça isso sempre, independentemente do trade system que você adotar.

É claro que um bom trade system depende de vários fatores matemáticos, controlados diretamente pelo investidor. Mas nunca escapar da incertez e do caos do próprio preço.
No fim das contas, ele determin se cada operação individual ganha ou perde. Isso é uma questão de probabilidade. 

Qualquer modelo de probabilidade confiável requer uma amostra ampla de dados. Por isso, a nossa carteira precisa considerar um certo nível de diversificação Uma carteira de renda variável de 10 até 20 posições diferente espalhadas entre setores diverso oferece uma boa exposição à vantagens estatísticas do trade system e ampla proteção contra
eventos “black swan”.






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