A corrupção na Petrobras já vem de longa data. Não é uma invenção do PT como querem apregoar aqueles que odeiam o PT.
No governo FHC existiram denúncias de corrupção que foram abafadas.
Há hoje uma "convicção generalizada" de que o jornalista Paulo Francis, que denunciou ações de corrupção dentro da Petrobras em 1996, estava certo. Quem lembra é o jornalista Paulo Moreira Leite. Em novo artigo em seu blog, PML questiona por que o então presidente, Fernando Henrique Cardoso, "cruzou os braços" e não pediu investigação do caso que poderia envolver seu próprio governo? Leia um trecho:
PAULO MOREIRA LEITE |
Em 1996, o país tinha um presidente da República eleito, Fernando Henrique Cardoso, empossado dois anos no Planalto, com apoio da mais fina flor do baronato brasileiro — e até uma fatia de potentados internacionais. Tinha um vice, Marco Maciel, que trazia o apoio do mundo conservador do PFL e dos herdeiros da ditadura. Também tinha um ministro das Minas e Energia, Raimundo Mendes de Brito, afilhado de Antônio Carlos Magalhães, vice-Rei da Bahia. Na Polícia Federal, encontrava-se Vicente Chelloti como diretor. O procurador geral da República era Geraldo Brindeiro, que logo faria fama como engavetador.
Nenhuma dessas autoridades veio a público para esclarecer as acusações, fosse para mostrar que Paulo Francis tinha razão, ou para dizer que estava errado. Ninguém correu riscos, não fez perguntas, nem trouxe respostas, nem confrontou Joel Rennó, o presidente da Petrobras que entrou com ação na Justiça contra o jornalista porque se considerou ofendido pelas acusações.
É importante que se perceba que a corrupção no Brasil é sistêmica. Todos sabem que existe muita negociata em prefeituras e governos estaduais, e que as empresas empreiteiras que prestam serviços ao ganharem suas licitações destinam algum recurso por baixo do pano para as autoridades às quais estão subordinadas. Se não fizerem assim perderão todas as licitações a partir dai. Isso é notório e é sabido e é lógico que quem sabe fazer a "maracutaia" nunca é pego porque não deixa rastro.
Entretanto o Presidente da República no caso de Lula não pode ser responsabilizado porque quem estava a frente da Petrobras não era o PT e sim alguns figurões do PMDB, que implantaram dentro da Petrobras, diretores que tinham a missão de desviar recursos.
Essas alianças que permitem que um partido político aliado do governo tome a direção de empresas estatais faz parte de negociações que visam obter apoio no congresso para a aprovação de projetos de interesse do governo.
Todo governo que não tem um sólido apoio dentro do congresso não consegue sobreviver, porque todos os governos recebem pedidos de impeachman, que normalmente não são encaminhados já que cabe ao presidente do congresso, ou seja da câmara dos deputados aprovar e encaminhar. Se ele se recusar a denuncia morre na gaveta.
A Presidente Dilma foi afastada exatamente por causa disso. Ela não conseguiu eleger o presidente da câmara, porque foi traída pelo vice presidente Michel Temer que conspirou contra ela e empurrou um presidente que era seu desafeto, que encheu o congresso de pautas bombas para dificultar o governo de Dilma, e finalmente deu o golpe fatal aceitando um dos vários pedidos de impeachman. A partir dai toda a decisão passa a ser política e não técnica.
Entretanto a corrupção que sempre existiu não impedia que a Petrobras continuasse a existir e a cumprir sua missão social, pois essa sempre existiu em diversos níveis, e a destruição que se fez no País e na Petrobras por causa disso, essa sim foi mais lesiva do que todos os recursos que se pretendeu recuperar da corrupção.
O montante recuperado com a operação Lava Jato, gira em torno de 6 bilhões de Reais, entretanto o País e a destruição que se fez das empreiteiras e da Petrobras, foram muito mais lesivas ao País. Infinitamente mais.
O Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões em investimentos feitos no período de 2014 a 2017, montante 40 vezes maior do que os recursos que os procuradores da força-tarefa da Operação Lavo Jato do Paraná anunciaram ter recuperado e devolvido aos cofres públicos. Esse resultado foi destacado do estudo realizado, que mostra os impactos negativos da operação na economia brasileira.
Após ressaltar que a Petrobras, assim como grandes outras empresas, foram o principal alvo da operação, Sérgio Nobre do Dieese, garantiu que “desde o início dessa operação, nós já dizíamos que empresas não cometem crimes, pessoas sim. E são elas que têm que ser investigadas e punidas. Não as empresas”.
O estudo mostra que o estrago econômico e social provocado pela operação orquestrada em Curitiba, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro, foi intencional e teve como objetivo possibilitar a implementação de um projeto que beneficia os interesses estrangeiros sobre o petróleo brasileiro, avaliou Nobre.
Intitulado de “Implicações econômicas inter setoriais da operação Lava Jato”, o estudo aponta que a operação, propagandeada com uma das maiores de todos os tempos no combate a corrupção, na verdade, foi responsável pelo caos econômico e social que o país vive. “Seguramente, se a Lava Jato não tivesse existido, com o papel que teve, se tivesse preservado as empresas e não tivesse perseguição política, não teríamos os 14 milhões de desempregados, gente que não sabe como vai ser o dia de amanhã. Não teríamos milhares de pequenas empresas fechando a crise que se agrava a cada dia mais”, destacou Sérgio Nobre
A Lava Jato foi também um instrumento de perseguição política que possibilitou ao projeto radical de direita chegar ao poder, destruindo o Brasil. “Seguramente, se a Lava Jato não tivesse existido, com o papel que teve, se tivesse preservado as empresas e não tivesse perseguição política, não teríamos os 14 milhões de desempregados, gente que não sabe como vai ser o dia de amanhã. Não teríamos milhares de pequenas empresas fechando a crise que se agrava a cada dia mais”.
É importante destacar a quantidade de empregos perdidos por causa da Lava Jato.
O Ex Presidente Lula não poderia pessoalmente combater a corrupção, mas sabendo disso providenciou os recursos para que se fizessem investigações. Aparelhou a Polícia Federal e lhe deu autonomia, e também aparelhou o ministério público e também lhe deu autonomia, pois não colocou lá um aliado seu como fez FHC. Se tivesse feito isso todo esse processo da Lava Jato teria sido engavetado. Nem os ministros nomeados para o STF que poderiam ser seus aliados, foram escolhidos por Lula. Ele sempre nomeou por mérito e por listas tríplices feitas pelos próprios juízes.
Dessa forma todo esse sistema foi capturado pela inteligência Americana que espionou a Petrobras e passou informações para o então Juiz Sérgio Moro, treinado por eles, fornecendo-lhe a documentação que objetivava no fundo destruir a Petrobras e abocanhar o nosso Petróleo.
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