A MORTAL ARMA INGLESA. O SPITFIRE. |
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Em 1940 no mundo inteiro, todos acreditavam que a Alemanha era a potência dominante do mundo, pois conseguiu vencer a França que era considerada uma grande potência, em muito pouco tempo. Hitler, o "CONDUTOR" da nova nação alemã vivia seu apogeu. Um apogeu que depois disso ele não mais experimentaria.
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Em 1940 no mundo inteiro, todos acreditavam que a Alemanha era a potência dominante do mundo, pois conseguiu vencer a França que era considerada uma grande potência, em muito pouco tempo. Hitler, o "CONDUTOR" da nova nação alemã vivia seu apogeu. Um apogeu que depois disso ele não mais experimentaria.
Entretanto na Europa que praticamente estava de joelhos, pois Hitler tinha dominado praticamente toda essa parte do mundo civilizado (com raras exceções, e muitos países sem o uso de força) uma outra potência teimava em desafia-lo. Era a Inglaterra. Sem a Inglaterra, Hitler não teria conquistado a Europa, e com a Inglaterra conquistada, ele poderia proclamar que tinha a EUROPA sob seus pés. Ganharia assim moral e conquistaria o respeito de países fracos que não teriam a menor chance de confrontar-se com ele.
Traçou planos detalhados para a invasão da Inglaterra. O exercito Inglês tinha lutado contra Hitler em apoio à França derrotada e por pouco não foi dizimado nas costas da Normandia, quando deixou todo seu armamento para trás e salvou os homens que por muito pouco não foram bombardeados pelos bombardeiros alemães.
A Alemanha contava com uma exuberante Força Aérea, muito superior em números à Força Aérea Inglesa, e em um país que era separado da Europa pela barreira do CANAL DA MANCHA, o domínio dos Ares seria um fator preponderante. Dessa forma lançou contra a Inglaterra o seu poderio Aéreo, disposto que estava a nocautear as defesas Aéreas da Inglaterra, destruir suas comunicações, pontes e sua infra estrutura, para depois enviar um ataque massivo contra a costa Inglesa.
CAÇAS SPITFIREs |
Ele não contava entretanto com duas armas importantes da Inglaterra. Uma dessas armas era o monumental caça SPITFIRE, e a outra arma, a invenção do RADAR, além da força, determinação e coragem do povo INGLÊS.
Maio 1940 foi um mês agitado. Em 10 de Maio, as forças de Hitler invadiram a Holanda e em Londres, Winston Churchill tornou-se primeiro-ministro.
Em junho de 1940, Holanda, Bélgica e França havia caído para as forças de Hitler e um ataque à Grã-Bretanha parecia iminente. A noite de 05 de junho viu o primeiro bombardeio na noite da Inglaterra, e os ataques continuaram nas noite seguinte. Os alemães atacaram na área de Cambridge e Duxford, soltando uma bomba incendiária em um campo de Thriplow, a 1,5 milhas a noroeste do aeródromo.
19 Esquadrões começaram a fazer patrulhas noturnas para repelir os invasores, mas tiveram pouco sucesso. No entanto, na noite de 18 de Junho, a Luftwaffe alemã perdeu 5 He111s Heinkel para as defesas combinadas da área.
No final do mês as invasões diminuíram à noite, mas as patrulhas à noite continuaram. Em 25 de Junho, o 19º Esquadrão, agora sob o comando do Ldr. PC Pinkham, mudou-se para Fowlmere, campo de pouso Duxford a três milhas de distância em direção Royston. Foram realizados mais experimentos com Spitfires Mk Ib equipados com o canhão Hispano, além da rotina normal de patrulhamento de vôo. Registaram-se progressos, mas alguns problemas continuaram. No entanto o 19º Esquadrão preservou, pelo menos em teoria, os dois canhões de 20 mm que foram uma arma superior às oito metralhadoras 0,303 máquina Browning.
PILOTOS THECOS |
Em 10 de julho, outra nova esquadra, 310, foi formada. O 310 º Esquadrão foi composto principalmente de pilotos da Tchecoslováquia, mas um sistema "double-banking" operado com oficiais Inglêses. Por exemplo, enquanto o CO Checa foi Sqn. Ldr. Sasha Hess, o seu homólogo britânico foi Sqn. Ldr. GD M Blackwood.
O Esquadrão 310 foi a primeira unidade nesse Comando de Caça. Os pilotos checos tinham sido membros da força aérea daquele país, e quando as tropas de Hitler haviam invadido seu país em março 1939 eles haviam fugido e se juntado ao francês L'Armée d'Air. Com a queda da França, eles não tiveram outra escolha senão vir para a Inglaterra e juntar-se ao Esquadrão RAF. 310 º que foi equipado com o Hawker Hurricane, outro novo tipo de caça de Duxford.
Embora a Batalha da Inglaterra tenha sido relativamente curta - 10 ou 20 semanas, dependendo de como você a definir - para os pilotos parecia não ter fim, e as várias fases não eram bem definidas. A simples luta pela sobrevivência impelia os dois lados. Algumas vezes voava-se várias surtidas em um único dia e para a maioria dos que estavam na batalha permanecia incerto quem, se alguém, venceria. A Batalha da Inglaterra não terminou com qualquer fanfarra, ela simplesmente cessou depois que o tempo de outono forçou Hitler a abandonar a Operação Seelöwe (Leão Marinho), seu plano de invasão do Reino Unido. Somente quando o inverno se aproximou, os ingleses se aperceberam de que tinham sobrevivido à batalha.
Com a queda da Noruega, Dinamarca e França em junho de 1940, a Luftwaffe havia ganho importantes bases aéreas para se lançar no maior combate aéreo da sua história até então: a Batalha da Inglaterra, que tinha como objetivo a destruição da Royal Air Force (R.A.F.), pavimentando o caminho para a Operação Seelöwe (leão marinho), que era a invasão do Reino Unido. Mas antes tentariam impor um bloqueio ao comércio com as ilhas britânicas.
A vitória parecia possível partindo da costa francesa do canal da Mancha (ver mapa). As forças aéreas alemãs haviam se tornado invencíveis desde a conquista da Polônia e da França; além disso, tinham o Messerschmitt Bf 109E, um dos mais formidáveis caças do mundo, tinham ótimos pilotos, comandados por ases da I Guerra Mundial e, entre eles, muitos jovens aviadores que haviam experimentado o novo caça nos céus da Espanha durante a Guerra Civil, também podiam considerar-se os melhores do mundo.
A RAF por sua vez, contava com 347 caças monopostos Hawker Hurricane, 199 Supermarine Spitfire, 69 caças noturnos Bristol Blenheim e 25 Boulton Paul Defiant, metade dos quais estava dispersa pelos aeródromos do sul da ilha. As bases-chave de Biggin Hill, Kenley, Croydon, Hornchurch, Manston e Tangmere for mavam um anel defensivo em torno de Londres e do estuário do Tâmisa. Também era importante o fato de as costas meridional e oriental estarem cobertas por uma rede de estações de radar (a "Chaim Home") que podiam detectar as incursões aéreas a uma distancia de quase 160 km. Além disso, havia sido desenvolvida uma rede de controle que permitia o melhor uso possível dos caças disponíveis.
Estavam envolvidas nesta operação (ver mapa) a Luftflotte 5 (sediada na Noruega, sob comando do General Hans Jurgen Stumpf), a Luftflotte 2 (ao norte de Le Havre, sob comando do General Albert Kesselring) e a Luft-flotte 3 (ao sul de Le Havre, sob as ordens do General Hugo Sperrle). No começo de julho estavam concentra-dos cerca de 2.800 aviões, entre os quais se contavam 1.300 bombardeiros Heinkel He 111, Junkers Ju 88A eDornier Do17; 280 bombardeiros de mergulho Junkers Ju 87 Stukas; 790 caças; Messerschmitt Bf 109; 260 caças pesados Messerschmitt Bf 110 e 170 aviões de reconhecimento de vários tipos. Desse total, só metade estava pronta para entrar em combate imediatamente.
No início da Batalha, que durou todo o mês de julho e início de agosto, os alemães adotaram a tática de direcionar pequenos grupos de bombardeiros, operando dia e noite, contra alvos selecionados (pontes, aeródro-mos, quartéis militares), enquanto grupos maiores, es-coltados por caças, atacavam comboios de navios no Canal da Mancha. Nas seis semanas seguintes a 1º. de julho de 1940, a Luftwaffe efetuou 3000 missões de bombardeio despejando 1900 toneladas de explosivos. Contudo, embora tenham afundado cerca de 70.000 ton. de navios, os alemães perderam 279 aviões, contra apenas 142 da RAF. A principio, os caças britânicos efetuaram patrulhas sobre comboios e receberam ordens para não combater os caças inimigos, a não ser em caso absolutamente necessário, isso devido à escassez de caças que tinham ao seu dispor.
Voando em formações abertas de quatro (Schwarm) e dois (Rotte) aviões, já experimentadas na Espanha, osBf 109´s levavam vantagem sobre os caças da RAF, que voavam em formações rígidas de três aviões: normalmente os pilotos ingleses estavam tão preocupados em manter a formação que não davam pela aproximação dos 109s. Além disso os caças britânicos sofriam de um grave problema técnico, por não possuirem injeção direta de combustivel, como os caças germânicos, o motor dos Spitfires e Hurricanes"pipocava" quando estes entravam em mergulho, obrigando os pilotos ingleses a efetuarem sempre um half roll antes.
O dia da Águia - A RAF por um fio
No início de agosto, Hitler interveio para redirecionar os objetivos da Batalha, determinando que a RAF deveria ser completamente destruída. A Luftwaffe lançou, então, o plano Adlerangriff (Ataque da Águia). De acordo com este plano, as Geschwaders sediadas nos Países Baixos e na França, passariam os cinco dias seguintes atacando aeronaves, aeródromos, estações de radar e outros alvos terrestres nas regiões a oeste e sul da Inglaterra. A esta altura, as três Luftflotten possuíam um total de 3196 aeronaves contra cerca de 2.500 aviões britânicos.
A ofensiva principal às bases aéreas britânicas começou dia 8 de agosto, com o ataque dos bombardeiros, escoltados por Bf 109, contra estações de radar, centros de controle e aeródromos. Os Bf 109 eram, em muitos aspectos, superiores aos Hurricanes e, por isso, quando era possível, os controladores aéreos mandavam os Spitfires enfrentá-los, enquanto os Hurricane atacavam os bombardeiros.
Os Bf109 atravessavam a costa a altitudes superiores a 9.000 m, muito acima das formações de bombardeiros, na tentativa de atrair os Spitfire e os Hurricane para o combate manobrado a grande altitude, onde os aparelhos alemães eram indiscutivelmente superiores. No entanto, os defensores sabiam que deviam atacar os bombardeiros e ignoravam as escoltas, pelo que as formações de caças eram obrigadas a descer ao nível dos bombardeiros. Nessa situação, os Bf 109 sofriam uma dupla desvantagem. Privados da superioridade das suas performances em grande altitude, só podiam esperar a chegada dos caças britânicos que escolhiam o momento do ataque e a forma de atuar.
Além disso, os 109 também sofriam de alguns problemas técnicos: por incompatibilidade das freqüências de rádio, os caças não podiam comunicar-se com os bombardeiros que deviam escoltar, e nem podiam permanecer junto deles durante todo o ataque. Após 30 minutos sobre solo britânico, os indicadores do nível de combustível assinalavam que era hora de voltar à base, então, era preciso voar o mais baixo possível sobre as águas hostis e geladas do Canal da Mancha. Muitos não o conseguiram, afundando nas ondas quando os seus tanques ficavam vazios ou sucumbiram por danos sofridos durante os combates. Outros eram obrigados a fazerem pousos forçados nas praias do litoral frances com o tanque totalmente vazio.
O Pior Dia da Luftwaffe e o Dia Negro do Fighter Command
A operação aonde a Luftwaffe sofreu o maior número de perdas de bombardeiros não ocorreu em um ataque à Londres, como seria esperado.
Em 15 de agosto de 1940, às 10h00, uma força de 72 Heinkel He 111H-1 da KG 26 (Kampfgeschwader 26) rumou para um ataque múltiplo à Dishforth, Usworth e Middlebrough, com Newscastle e Sunderland como alvos opcionais. Em um terrível lance de má sorte, os alemães, devido a um erro de navegação, foram conduzidos para uma emboscada ao rumarem para uma formação composta de quatro esquadrilhas de Hurricanes e Spitfires da RAF. Sem escolta alguma, os He 111´s tornaram-se alvos fáceis para os pilotos britânicos.
Se não bastasse esta fatalidade, outra força de bombardeiros - também sem escolta - composta por 50Junkers Ju 88A-1 da KG 30, enfrentou sorte semelhante ao tentar um ataque contra Driffield, onde duas esquadrilhas de caças do Fighter Command exterminaram a força de ataque germânica. Ao fim deste dia, a Luftwaffe deparou-se com aquele que seria o seu pior resultado durante toda a Batalha da Inglaterra: 79 aviões alemães perdidos, contra apenas 34 caças da RAF abatidos.
Às 4h45 da manhã do dia 31 de agosto de 1940, mais de 100 aviões alemães dirigiram-se à Eastchurch e bombardearam Detling; algum tempo depois do alvorecer, vieram novos ataques maciços contra Duxford, North Weald e Debden. Os caças iniciaram os embates quase de imediato, e até conseguiram rechaçar o ataque a Duxford, mas Debden foi violentamente castigada ao ser atingida por bombas incendiárias e explosivas.
Mas o pior ainda estava por vir. Por volta do meio-dia, duas grandes ondas de bom bardeiros da Luftwaffe surgiram, protegidos por uma decidida escolta de Messerschmitts Bf 109E´s e até mesmo alguns Bf 110C´s. Em fração de minutos, o céu tornou-se uma arena gigantesca de vários dogfights, com os caças alemães duelando com as esquadrilhas de Spitfires e Hurricanes do Fighter Command. A estrutura de defesa dos britânicos, contudo, já estava se mostrando afetada pelo cansaço e o empenho dos caças da RAF não foi bem sucedido em evitar que os bombardeiros germânicos atingissem duramente seus alvos - Croydon, Biggin Hill, e Hornchurch - todas bases de caças da RAF e as estações de radar localizadas em Rye, Pevensey, Foreness e Whitstable.
Apesar da defesa composta de radares e do limitado fogo defensivo dos bombardeiros alemães, o dia terminou com um saldo amargo para os britânicos (o pior da RAF durante a Batalha): 39 caças perdidos em face de apenas 41 aviões alemães abatidos.
As Vantagens Decisivas e as Fraquezas Fatais
Contudo, os ingleses possuíam algumas vantagens importantes. Em primeiro lugar, eles lutavam sobre o seu próprio solo; em segundo, operavam com autonomia máxima, enquanto que seus adversários (e, principal-mente, os caças Bf 109), possuíam uma autonomia limitadíssima sobre a Inglaterra.
Além disso, os britânicos montaram uma eficiente rede de radares (a "Chaim Home") que podia prever onde os ataques da Luftwaffe ocorreriam, e direcionar os poucos caças disponíveis para aquele local.
No entanto, a Luftwaffe enfrentava problemas muito mais sérios, decorrentes da própria forma como fora concebida. Como vimos, a Força Aérea Alemã fora criada para servir de suporte às tropas terrestres e nisso foi muito bem sucedida. Mas, a tarefa que se impunha dependia de bombardeiros estratégicos, para o que eram necessários aviões quadrimotores de grande autonomia e capacidade e fortemente armados para sua defesa. E a Luftwaffe nunca chegou a dispor de nada semelhante durante toda a Batalha, e mesmo durante toda a guerra!
Porém, os sucessos foram acontecendo, como o ataque às bases de radares da Ilha de Wight em 12.08 (que abriu uma brecha na Chaim Home). Os heróis também começavam a surgir: Helmut Wick (42 vitórias durante a Batalha), Walter Oesau (38), Adolf Galland (37), Werner Mölders (30),Hermann-Friedrich Joppien (25), Herbert Ihlefeld (24), entre outros, logo se destacaram durante os ferozes combates sobre o canal.
Entre 19.08 e 06.09 a Luftwaffe chegou a voar 1000 missões por dia, levan-do a RAF quase ao colapso: ao fim deste período os britânicos tinham perdido 273 caças que não conseguiam repor, para os ingleses, o fim da RAF estava iminente. Mas neste ponto, o Reichsmarschall Hermann Göring cometeu um erro fatal.
As Bases "Para Qualquer Tempo"
Coube à Luftwaffe, durante a Batalha da Inglaterra, a primazia de criar e desenvolver sistemas para que suas bases aéreas fossem capazes de operar não apenas em condições climáticas favoráveis mas, literalmente, também com "qualquer tempo", de dia ou de noite. Assim, foram os alemães que, com suas bases "24 horas", criaram todos os conceitos básicos das operações aéreas noturnas e com mau tempo, não só para ações militares mas, inclusive, para o tráfego aéreo comercial de hoje em dia.
O esquema básico das bases da Luftwaffe era composto por duas ou três pistas de concreto, com largura aproximada de 35 metros e extensão de 1.400m, com todas as instalações e alojamentos necessários, além de uma estação ferroviária próxima. As comunicações eram feitas na faixa de 300 a 600kHz, tendo um canal de emergência. Ainda existia uma rede de radiofaróis para orientação da navegação, operando entre 200 e 500 kHz.
Nas operações noturnas e com tempo ruim (ou nevoeiro), os técnicos da Luftwaffe se utilizavam de tecnologias sem igual em nenhum local do planeta àquela época. Para aproximações finais e pousos, utilizavam equipamentos Lorenz EBL-1 e EBL-2, que permitiam o cálculo da distância da aeronave à base através do rádio. Além disso, o controlador de vôo em terra contava com um sistema denominado ZZ, que lhe permita guiar uma aeronave com segurança até a base, mesmo em condições de visibilidade zero. Por fim, um último sistema de auxílio ao piloto atuava no momento final e era visual, tratando-se de luzes de aproximação colocadas de modo a se cruzarem em 90º.
Mais importante - e perigoso para os adversários - era o fato de que a Luftwaffe contava com um sistema capaz de guiar, através de rádio, um bombardeiro em vôo cego até o seu alvo.
Eram três os sistemas empregados: o Knickebein (que utilizava dois feixes de rádio de VHF, sendo um para determinar a direção e outro a altitude), o X-Gerät (que requeria tripulações especializadas e empregava quatro feixes de rádio, entre 65 e 75 mHz) e o Y-Gerät (o mais preciso, empregando ondas de rádio entre 42.1 e 47.9 mHz, requerendo tripulações especializadas muito bem treinadas). Tais equipamentos se mostraram importantíssimos no decorrer do conflito.
Mudança de planos - O erro fatal
Se o OKL tivesse insistido na tática atual, teriam ani-quilado as defesas britânicas em pouco tempo. No entanto, o rumo das operações iria mudar radicalmente. Em 24 de agosto, quando a ofensiva alemã começou a concentrar-se sobre os aeródromos do Comando de Caças da RAF, um único bombardeiro alemão, que se dirigia para instalações de petróleo no estuário do Tâmisa, desviou-se do curso e deixou cair suas bom-bas num subúrbio de Londres. Em represália, o primeiro ministro Winston Churchill ordenou que a RAF bombardeasse Berlim. Por sua vez, Hitler ordenou a Göring que mudasse de objetivo: em vez de atacar a RAF, deveriam atacar as cidades inglesas, até então a Luftwaffe tinha se concentrado em alvos militares. Essa mudança concretizou nas primeiras horas da tarde de 7 de setembro, com ataque aos bairros orientais de Londres, e foi decisiva, pois o alívio da pressão sobre os caças britânicos e toda a agonizante RAF permitiu-lhes recuperar as forças, dando-lhes tempo de repor suas perdas materiais e de pessoal. Além disso, as perdas da Luftwaffe começaram se mostrar preocupantes: em 07.09, uma força de 650 bombardeiros e 1000 caças esteve envolvida em um ataque que durou 11 horas, ao custo de 36 aviões perdidos. |
O dia mais lembrado da Batalha da Inglaterra, no entanto, é o dia 15 de setembro de 1940. Neste dia, no meio da manhã, uma formação de mais de 40 aeronaves foram localizadas sobre a costa francesa em Dieppe, rumando em direção a Newhaven. Pouco depois, outras formações detectadas, desta vez compostas por mais de 120 atacantes. Em pouco tempo, o 11º e o 12º Fighter Groups da RAF enviaram todos os seus aviões para o céu para defenderem a capital Londres - nenhum avião restou na reserva.
A primeira onda de bombardeiros alemães chegaram à Londres por volta do meio-dia, e depararam-se com cinco esquadrilhas de caças do 12º Group. Por problemas de autonomia, após meia hora de combates, os caças Bf 109E tiveram que rumar de volta à França, deixando os bombardeiros alemães para se defenderem sozinhos dos caças da RAF.
Mas, às 14:00hs, chegava a segunda leva de bombar-deiros da Luftwaffe. À esta altura, a RAF havia enviado para o combate sobre Londres toda a elite do Fighter Command: 23 esquadrilhas do Grupo 11, cinco do Grupo 12 e três do Grupo 10.
Entretanto, já um pouco debilitados por um esforço de mais de duas horas de combates, os caças da RAF não conseguiram evitar que Londres fosse alvo das bombas alemãs. Uma delas chegou a atingir até mesmo o Palácio de Buckingham, danificando os aposentos pessoais da Rainha.
Os últimos atacantes somente se retiraram por volta das 16:00hs. Ao final deste dia, a Luftwaffe havia perdido nada menos que 60 aviões, contra 26 aparelhos da RAF. Nos dias seguintes, entre 16-30 de setembro, a RAF derrubou 199 aviões alemães contra a perda de 115 dos seus.
Fim da Batalha - Quem venceu?
Nesse momento, Hitler, que já pensava na invasão da União Soviética, cancelou a operação Seelöwe, en-quanto Göring, lentamente começou a diminuir os ataques diurnos sobre a Inglaterra. Mas a "vitória" britâ-nica não significou que os ataques cessariam. Os 109 ainda tentaram outra tática: um terço das unidades de caça dispunham de aviões equipados para levar uma bomba de 250 kg. No mês de outubro, estes aviões foram usados para efetuar ataques diurnos, rea-lizados a uma altitude de quase 7.000 m, enquanto os seus companheiros os cobriam 3.000 m acima. Podendo aproximar-se muito mais rapidamente que quando escoltavam bombardeiros, com freqüência conseguiam |
No entanto, como salientou Galland, as formações de caça alemãs sentiam-se "como um peixe fora d'água". Combatendo sobre território inimigo, no limite de sua autonomia e circunscritos a complicadas formações de bombardeiros, mas sem poder se comunicar com elas pelo rádio, obrigados a travar constantemente batalhas desesperadas com os indicadores de combustível na viagem de volta através do Canal, os caças da Luft-waffe tiveram que enfrentar obstáculos excessivos. Na noite de 14/15 de novembro, 439 bombardeiros ale-mães utilizando novos equipamentos de orientação noturna, despejaram 500 toneladas de explosivos e 30.000 bombas incendiárias sobre a cidade de Conventry, matando 568 pessoas e destruindo ou danificando cerca de 60.000 edifícios. |
Mas os britânicos resistiram. Logo aprenderam a embaralhar o novo sistema de orientação noturno - um prelúdio dos violentos combates noturnos que se desenvolveriam nos cinco anos seguintes. Este foi o primeiro fracasso da Luftwaffe e de Göring, o qual nunca foi esquecido por Hitler. Com a invasão da União Soviética em junho de 1941, as operações diminuíram, permitindo que as ilhas britânicas se tornassem a porta de entrada das forças aliadas para a "Fortaleza Europa" em 1944.
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