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JOSÉ GENOINO |
Uma certa ocasião um grupo de políticos que chegou ao poder, começou a sonhar. Sonharam com um projeto de país. Um projeto de nação que beneficiaria o povo Brasileiro, fazendo reformas necessárias ao Brasil como por exemplo a "REFORMA TRIBUTÁRIA".
Portanto não era um projeto de "PODER" como declarou com total infelicidade o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Era um projeto político que não visava o enriquecimento pessoal. Apenas a aprovação de projetos necessários ao povo Brasileiro. Isso portanto não é crime. Os meios é que foram fraudulentos.
Para isso lançaram mão de um expediente "ILEGAL" mas que já existia. Sempre existiu, mas que naquele momento era operado por um agente que iniciara a operação desse "ESQUEMA" desde os tempos de Fernando Henrique Cardoso. O nome desse esquema depois viria a ser conhecido como MENSALÃO ou VALERIODUTO.
O grande problema é que essa gente constituída de políticos da velha guarda, lutadores contra a ditadura como José Dirceu eram "RATOS MAGROS" como viria a informar depois Roberto Jeferson. Não tinham a habilidade de fazer essas coisas sem se incriminar como faziam as velhas RATAZANAS da política, que eram personificadas por ele próprio o delator ROBERTO JEFFERSON.
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Delator do mensalão ROBERTO JEFFERSON |
O projeto de Roberto Jefferson era na verdade outro. Fazia parte de um esquema da direita que a exemplo de muitos outros como o do CASEIRO corrompido que Herdou uma herança (propina) e muitos outros que depois as revistas da direita viriam a lançar semanalmente e que acabaram na descrença popular, particularmente na descrença daqueles que não eram inimigos viscerais do PT.
Roberto Jeferson era um "BOI DE PIRANHA" imolou-se para favorecer o "ESQUEMA" de desmonte do PT.
O que essa gente não contava é que o povo Brasileiro não está muito preocupado com essa "MORAL" que os paladinos da justiça que vão às tribunas do congresso ou do Supremo Tribunal Federal ficam despejando como se fossem os defensores da ética e da justiça. É o mesmo discurso dos palanques e que ele "POVO" já está para lá cansado de ver como "FALSIDADES DE FARISEUS".
Os Escribas e Fariseus estão por ai. Ficam falando de moral e ética mas são como "SEPULCROS CAIADOS". Brancos e bonitinhos por fora, mas comprometidos com um projeto de direita que é tirar do poder o POVO, os TRABALHADORES, o PARTIDO DOS TRABALHADORES, e devolver o poder para as elites que eles julgam seus verdadeiros donos.
O PT peca em um ponto capital que é a escolha de seus aliados. Roberto Jefferson nunca poderia ser aliado do PT pois fora um dos mais ferrenhos defensores da ABOMINAÇÃO chamada FERNANDO COLLOR. Hoje vê os ministros do Supremo, a maioria nomeados pelo PT que deveriam no mínimo fazer um julgamento JUSTO como Ricardo Lewandowski, julgarem com base em pressão dos meios de comunicação e condenarem sem provas, apenas na base da paixão, e do clamor popular. Clamor incentivado pela revista "VEJA" e outras.
O povo Brasileiro quer é a melhoria em seu padrão de vida. Quer é um projeto de NAÇÃO como também aqueles que hoje nos bancos dos réus e ontem nas prisões da ditadura também queriam.
A direita mais uma vez festeja, como festejou após o golpe de 1964, mas esse tiro irá lhes sair pela culatra, porque o povo Brasileiro está a presenciar a tremenda covardia que estão a fazer contra políticos como José Genoino que não se envolvendo com as finanças do partido é hoje um homem que não tem bens materiais de vulto. Vive modestamente como aliás não vivem a maioria dos ministros que algum dia já serviram esse país. Eles estão a se tornar mártires e hoje nas prisões amanhã voltarão à vida pública por cima como Nelson Mandela e tantos outros.
José Genoíno não enriqueceu um centavo com o mensalão.
Condenação no STF fere toda uma geração daqueles que lutaram contra a direita e contra a ditadura personificados em figuras como José Genoino, ainda que erro deva mesmo ter existido, provávelmente pelo fato de ter assinado algum documento só por ser presidente do PT, Genoíno começou sua história na cadeia da Ditadura e pode terminar nela após o julgamento.
A compra de votos nesse país é coisa muito antiga. Não se pense que começou no governo Petista. Isso foi prática corrente durante toda a ditadura militar, e antes dela, quando os políticos que eram de direita recebiam generosas verbas que vinham do exterior finaciar suas campanhas políticas.
O delator do mensalão Roberto Jeferson usou um termo durante sua defesa, muito interessante. Chamou a todos os envolvidos de "RATOS MAGROS". São aqueles ratos que "ROUBAM POUCO" porque não sabem roubar. Os "RATOS GORDOS" esses, provávelmente nunca foram acusados, porque eram sem dúvida profissionais do roubo.
Com relação ao VALERIODUTO (Nome com que ficou conhecido o esquema de corrupção conduzido por Marcos Valério) não teve início no governo petista. Em verdade iniciou-se no governo Tucano de Fernando Henrique Cardoso. A prova é a longa relação dos que receberam propina, muitos do governo tucano durante a gestão do governo tucano.
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Senador Jorge Viana |
BRASÍLIA (Folhapress) - O senador Jorge Viana (PT-AC) subiu, ontem (19/09/2012), à tribuna do Senado para acusar o PSDB de ter dado início ao esquema de compra de votos enquanto esteve no governo de Minas Gerais. Sem negar a existência do esquema petista, Viana cobrou que o publicitário Marcos Valério venha a público dar detalhes sobre a operação do mensalão.
“Essa história de mensalão não começou com o PT. Esse esquema de financiamento ilegal para cobrir contas de partidos políticos, de caixa dois, começou em Minas Gerais com o PSDB, com o PFL, e tendo à frente o mesmo Marcos Valério, que agora foi jogado aos leões por aqueles a quem ajudou a governar o Brasil”, afirmou.
O senador petista disse que “profissionais” do PSDB implantaram o esquema em Minas e “alunos mal aplicados” do PT tentaram copiar o modelo tucano. E que, se Marcos Valério revelasse o que sabe sobre o mensalão, o País sairia “desse faz de conta, dessa hipocrisia”. “Os erros que o PT cometeu ou que alguns dirigentes do PT cometeram têm que ter um posicionamento e agora está na mão adequada, está na mão da Justiça. Não estou querendo apagar algo que é real”, afirmou Viana.
O petista disse que, entre “a cópia mal feita que está sendo julgada (do mensalão) e original, eu fico com o original”. “O PSDB tem sua digital nesse esquema que está sendo julgado”, disparou o petista. Sobre reportagem da revista “Veja”, do último fim de semana, que aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como chefe do mensalão, Viana disse considerar estranho que a denúncia ocorra em meio ao processo eleitoral e ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Querem influir na composição da Corte. É isso que o Brasil está vendo. E querem agora conduzir o julgamento da Corte”, afirmou.
O petista disse que Lula foi “nobre” na escolha da composição do STF, sem indicar ministros que pudessem influenciar no julgamento do mensalão. Líder do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR) rebateu o petista ao questionar os motivos que levaram o PT a não denunciar o conhecido “mensalão mineiro”. “Esse episódio ocorreu em 98 e somente em 2005 ele se tornou do conhecimento público. A primeira indagação que eu faria é: por que razão? Por que, antes de 2005, o PT não denunciou esse eventual processo corrupto eleitoral, ocorrido em 98, em Minas Gerais?”, questionou.
Video dos protestos contra o julgamento de José Genoino
Ministro-revisor pediu palavra para rebater argumentação de colegas.
Segundo ele, Genoino não avalizou empréstimos junto com Marcos Valério.
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Ministro Revisor Ricardo Lewandowski |
No início da sessão desta terça, o revisor pediu a palavra para rebater o argumento de outros ministros de que José Genoino teria avalizado, junto com Marcos Valério (apontado como operador do suposto esquema do mensalão), empréstimos obtidos pelo PT. Segundo a denúncia, esses empréstimos foram usados para o pagamento de propina de políticos da base aliada do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Com todo respeito, confirmo a informação que dei e insisto nesse aspecto que, para mim, José Genoino está sendo denunciado e será eventualmente condenado pelo simples e objetivo fato de ter sido presidente do PT àquela época”, afirmou Lewandowski. Até a sessão anterior, três ministros já tinham votado pela condenação de Genoino e um (Lewandowski) pela absolvição.
Lewandowski citou laudos que mostram que Genoino não deu o aval para um empréstimo recebido pelo PT junto com Valério.
“Na última sessão, fui confrontado com uma questão fática que me deixou perplexo porque estamos lidando com um processo de 60 mil folhas e houve uma afirmação de que Genoino teria assinado ou avalizado o primeiro empréstimo do PT juntamente com Marcos Valério”, disse Lewandowski.
Segundo o ministro, o ex-presidente do PT não deu aval conjunto com Marcos Valério no contrato inicial, somente nas renovações de empréstimos. Lewandowski destacou ainda que esse empréstimo específico também não foi usado para "irrigar campanhas" ou "eventual compra de votos".
“Não houve aval conjunto de Marcos Valério e Genoino. No primeiro contrato, não há nenhuma assinatura conjunta de Genoino e Marcos Valério, somente nas renovações que foram feitas. Este empréstimo do PT não foi incluído no valerioduto e também não serviu para irrigar campanhas, lavagem de dinheiro e eventual compra de votos”, disse o revisor citando um laudo do Insituto de Criminalística.
O ministro Marco Aurélio se manifestou para dizer que os autos mostram que as cédulas de crédito – títulos emitidos que representam promessa de pagamento pelo avalista – foram assinadas por Genoino e Marcos Valério.
“O laudo informa o que vossa excelência acaba de veicular. Agora, a menos que haja falsidade ideológica, o documento a que me referi e que serviu de base ao meu aparte na última sessão é de que a cédula de crédito bancário está subscrita por Marcos Valério e Genoino.”
O ex-presidente do PT, José Genuíno, divulgou nesta quarta-feira (10) uma contundente carta onde se diz indignado pela condenação que lhe foi imputada pelo Supremo Tribunal Federal.
“Esse julgamento ocorre em meio a uma diuturna e sistemática campanha de ódio contra o meu partido e contra um projeto político exitoso, que incomoda setores reacionários incrustados em parcelas dos meios de comunicação, do sistema de justiça e das forças políticas que nunca aceitaram a nossa vitória”, afirmou Genuíno.
A seguir, a íntegra da carta de um dos personagens mais injustiçados nessa história de “mensalão”.Veja:
CARTA ABERTA AO BRASIL
Eles passarão, eu passarinho.
Mário Quintana
Dizem, no Brasil, que as decisões do Supremo Tribunal Federal não se discutem, apenas são cumpridas. Devem ser assumidas, portanto, como verdades irrefutáveis. Discordo. Reservo-me o direito de discutir, aberta e democraticamente com todos os cidadãos do meu país, a sentença que me foi imposta e que serei obrigado a cumprir.
Estou indignado. Uma injustiça monumental foi cometida!
A Corte errou. A Corte foi, sobretudo, injusta. Condenou um inocente. Condenou-me sem provas. Com efeito, baseada na teoria do domínio funcional do fato, que, nessas paragens de teorias mal-digeridas, se transformou na tirania da hipótese pré-estabelecida, construiu-se uma acusação escabrosa que pôde prescindir de evidências, testemunhas e provas.
Sem provas para me condenar, basearam-se na circunstância de eu ter sido presidente do PT. Isso é o suficiente? É o suficiente para fazerem tabula rasa de todo uma vida dedicada, com grande sacrifício pessoal, à causa da democracia e a um projeto político que vem libertando o Brasil da desigualdade e da injustiça.
Pouco importa se não houve compra de votos. A tirania da hipótese pré-estabelecida se encarrega de “provar” o que não houve. Pouco importa se eu não cuidava das questões financeiras do partido. A tirania da hipótese pré-estabelecida se encarrega de afirmar o contrário.
Pouco importa se, após mais de 40 anos de política, o meu patrimônio pessoal continua o de um modesto cidadão de classe média. Esta tirania afirma, contra todas as evidências, que não posso ser probo.
Nesse julgamento, transformaram ficção em realidade. Quanto maior a posição do sujeito na estrutura do poder, maior sua culpa. Se o indivíduo tinha uma posição de destaque, ele tinha de ter conhecimento do suposto crime e condições de encobrir evidências e provas.
Portanto, quanto menos provas e evidências contra ele, maior é a determinação de condená-lo. Trata-se de uma brutal inversão dos valores básicos da Justiça e de uma criminalização da política.
Esse julgamento ocorre em meio a uma diuturna e sistemática campanha de ódio contra o meu partido e contra um projeto político exitoso, que incomoda setores reacionários incrustados em parcelas dos meios de comunicação, do sistema de justiça e das forças políticas que nunca aceitaram a nossa vitória. Nessas condições, como ter um julgamento justo e isento? Como esperar um julgamento sereno, no momento em que juízes são pautados por comentaristas políticos?
Além de fazer coincidir matematicamente o julgamento com as eleições.
Mas não se enganem. Na realidade, a minha condenação é a tentativa de condenar todo um partido, todo um projeto político que vem mudando, para melhor, o Brasil. Sobretudo para os que mais precisam.
Mas eles fracassarão. O julgamento da população sempre nos favorecerá, pois ela sabe reconhecer quem trabalha por seus justos interesses. Ela também sabe reconhecer a hipocrisia dos moralistas de ocasião.
Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes. Não me envergonho de nada. Continuarei a lutar com todas as minhas forças por um Brasil melhor, mais justo e soberano, como sempre fiz.
Essa é a história dos apaixonados pelo Brasil que decidiram, em plena ditadura, fundar um partido que se propôs a mudar o país, vencendo o medo. E conseguiram. E, para desgosto de alguns, conseguirão. Sempre.
São Paulo, 10 de outubro de 2012
José Genoino Neto
Paulo Henrique Amorim,