O que é HTML5? O que é HTML?
Como esse blog é escrito para o publico leigo, temos que explicar tudo desde o início.
HTML é o acrônimo de "Hiper Text Markup Language". Na verdade é um conjunto de códigos para criação de páginas na internet. Ou seja é como uma linguagem de programação, mas como lida apenas com texto não chega a ser considerada uma linguagem de programação constituindo-se apenas em um conjunto de códigos para criação de páginas na Internet.
No início da Internet, o HTML lidava preferencialmente com texto e permitia que se fizesse uma série de formatações no texto, como coloacar em itrálico, negrito, mudar o tipo de fonte, mudar a cor da fonte, etc... Posteriormente foi se sofisticando em várias versões de HTML, permitindo trabalhar com imagens, posteriormente com vídeos e também criar-se uma série de efeitos especiais.
Uma das grandes evoluções do HTML foi a faculdade de interagir, o que no início não era possível, e também trabalhar com bancos de dados. Isso permitiu que hoje seja possível se acessar um banco pela internet, fazer movimentações em conta, comprar em lojas on line etc...
Essas facilidades só foram possíveis porque criou-se tecnologias que permitiram que um usuário pudesse ter acesso a um banco de dados, alterar registro em banco de dados e fazer operações em bancos de dados, bem como receber resposta de um servidor que sofresse um processamento decorrente de uma ação do cliente, em um processo de interação denominado de tecnologia "CLIENTE-SERVIDOR". Dentro dessa proposta um imenso universo de possibilidades foram desenvolvidas e continuam a ser desenvolvidas.
Para que todas essas tecnologias fossem desenvolvidas, foi necessário entretanto que se desenvolvessem várias tecnologias acessórias à linguagem HTML. Tecnologias essas que não faziam parte do HTML em si, mas que eram imprescindíveis para que se desenvolvessem sites dinâmicos e que permitissem interação e relacionamentos entre clientes e servidores.
O arsenal de tecnologias não parou de se desenvolver, a um tal ponto que nos dias de hoje é preciso praticamente um curso universitário para que alguém consiga dominar de forma razoável, antenada com as técnicas presentes nos dias de hoje, páginas na WEB que venham atender os principais requisitos tecnológicos, o que é feito com equipes cada vez mais sofisticadas. O próprio mundo da programação se entrelaçou com o mundo da Internet de tal forma que hoje praticamente a maioria dos aplicativos é criado para um inter-relacionamento com a Internet.
Foi nesse estágio da tecnologia de criação para Internet que se pensou em criar a versão HTML 5.0 que seria a evolução definitiva da linguagem de criação de páginas da WEB. A idéia ai é incorporar ao código de criação das páginas, toda a tecnologia acessória que hoje existe para dar apoio a inúmeras capacidades que os sites dinâmicos hoje possuem fazendo uso não do HTML em si mas das tecnologias acessórias, que seriam em verdade linguagens de programação voltadas para a Internet. Dessa forma com simples comandos em HTML se poderia criar os efeitos e as funcionalidades que hoje só são possíveis com outras tecnologias como DOM, ASP, AJAX, JAVASCRIPT entre outras.
DOM
O Modelo de Objeto de Documento (do inglês Document Object Model - DOM) é uma convenção multiplataforma e independente de linguagem para representação e interação com objetos em documentos HTML, XHTML e XML. Os nós de cada documento são organizados em uma estrutura de árvore, chamada de árvore DOM. Os objetos na árvore DOM podem ser endereçados e manipulados pelo uso de métodos sobre os objetos. A interface pública de um DOM é especificada em sua interface de programação de aplicações (API).A história do Modelo de Objeto de Documento se confunde com a história da "guerra dos navegadores" do final dos anos 90 entre o Netscape Navigator e o Microsoft Internet Explorer, bem como com a do JavaScript e doJScript, as primeiras linguagens de script a serem implementadas amplamente nos mecanismos de leiaute dos navegadores web.A API DOM oferece uma maneira padrão de se acessar os elementos de um documento, além de se poder trabalhar com cada um desses elementos separadamente, e por esses motivos criar páginas altamente dinâmicas.
ASP
O ASP (de Active Server Pages), também conhecido como ASP Clássico hoje em dia, é uma estrutura de bibliotecas básicas (e não uma linguagem) para processamento de linguagens de script no lado servidor para geração de conteúdo dinâmico na Web. Exemplos de linguagens aceitas são: VBScript, JScript, PerlScript, Tcl ou Python sendo que apenas as duas primeiras são suportadas por padrão.Ele roda/corre nativamente em Windows Server, através do serviço chamado de IIS (Internet Information Service) - o servidor web da Microsoft, ou do PWS (Personal Web Server) em ambientes com Windows 98. Além disso ele pode rodar/correr em outras plataformas, como Linux no servidor Apache quando usando um módulo de um programa como o Tomcat.O script é interpretado no lado do servidor e o que é enviado ao lado do usuário/utilizador (navegador, por exemplo) é apenas a saída que normalmente é uma linguagem de marcação como HTML, XHTML ou XML.Linguagens como o Javascript e o VBScript podem ser processadas pelo navegador do visitante. Neste caso, este tem que suportar a linguagem. Contudo, como o ASP é processado pelo servidor, há independência de navegadores, uma vez que eles só processarão HTML. Através dessa tecnologia também é possível executar consultas a Banco de Dados, através da biblioteca de componentes ActiveX.
AJAX
AJAX (acrônimo em língua inglesa de Asynchronous Javascript and XML, em português "Javascript Assíncrono e XML") é o uso metodológico de tecnologias como Javascript e XML, providas por navegadores, para tornar páginas Web mais interativas com o usuário, utilizando-se de solicitações assíncronas de informações. Foi inicialmente desenvolvida pelo estudioso Jessé James Garret e mais tarde por diversas associações. Apesar do nome, a utilização de XML não é obrigatória (JSON é frequentemente utilizado) e as solicitações também não necessitam ser assíncronas.
JAVASCRIPT
É atualmente a principal linguagem para programação client-side em navegadores web. Começa também a ser bastante utilizada do lado do servidor através de ambientes como o node.js. Foi concebida para ser uma linguagem script com orientação a objetos baseada em protótipos, tipagem fraca e dinâmica e funções de primeira classe. Possui suporte à programação funcional e apresenta recursos como fechamentos e funções de alta ordem comumente indisponíveis em linguagens populares como Java e C++.É baseada em ECMAScript padronizada pela Ecma international nas especificações ECMA-262 e ISO/IEC 16262.
O Flash está cada vez mais caindo em desuso na web. Uma das maiores perdas do player da Adobe foi anunciada nesta terça-feira (27), quando o YouTube confirmou que deixará de usar o recurso para finalmente adotar o HTML5 como padrão no site. Por enquanto, a mudança terá efeito nos navegadores Chrome, Internet Explorer a partir da versão 11, em edições beta do Firefox e a partir da versão 8 do Safari.
ADOBE FLASH É um software primariamente de gráfico vetorial - apesar de suportar imagens bitmap e vídeos - utilizado geralmente para a criação de animações interativas que funcionam embutidas num navegador web e também por meio de desktops, celulares, smartphones, tablets e televisores. O produto era desenvolvido e comercializado pela Macromedia, empresa especializada em desenvolver programas que auxiliam o processo de criação de páginas web.1
Costuma-se chamar apenas de flash os arquivos gerados pelo Adobe Flash, ou seja, a animação em si. Esses arquivos são de extensão ".swf" (de Shockwave Flash File). Eles podem ser visualizados em uma página webusando um navegador que o suporta (geralmente com plug-in especial) ou através do Flash Player, que é um leve aplicativo somente-leitura distribuído gratuitamente pela Adobe. Os arquivos feitos em Flash são comumente utilizados para propaganda animada (banners) em páginas web, mas evidentemente não limitando-se a isso, pois existem diversos jogos e apresentações dos mais variados tipos utilizando a tecnologia. Até mesmo sites inteiros podem ser feitos em '.swf'.Em versões recentes (a partir da 5), a Macromedia expandiu a utilização do Flash para além de simples animações, mas também para uma ferramenta de desenvolvimento de aplicações completas. Isso graças aos avanços na linguagem ActionScript, que é a linguagem de programação utilizada em aplicações de arquivos flashes (.swf). A terceira versão desta linguagem acaba de ser lançada, tornando mais fácil e rápido criar aplicações para web, além de contar com recursos bem mais poderosos.
Uma nova plataforma, chamada Apollo, está sendo lançada pela Adobe e tem como objetivo solidificar o desenvolvimento da linguagem ActionScript, seja através do Flash, do Adobe Flex ou de outros programas.
HTML5 oferece uma série de benefícios para usuários e desenvolvedores de aplicativos móveis:
- Melhor experiência do usuário final: Transições, gráficos, movimento e suporte para mídia combinados ajudarão a tornar a experiência de navegar intuitiva e rica. Em muitos casos, o aplicativo móvel replica a experiência de navegação nativa.
- Dispositivo de Processamento de Side: mecanismo de cache de dados permite que os aplicativos sejam executados, mesmo quando a conexão com a Internet é perdida, assim mídia, dados e outras interações típicas não são perdidas.
- Diminuição do custo / eficiência aumentada: Permite a centralização de uma plataforma padronizada única que está associada com uma rápida capacidade de implementação. Por exemplo, usando HTML5, os aplicativos desenvolvidos para o iPhone podem ser facilmente implantados em plataformas de telefones Android e Windows. As alterações não requerem processos de aprovação, a fim de serem distribuídas, e como resultado, o conteúdo pode mudar em tempo real.
- Otimização de busca orgânica: Aproveita elementos de otimização de busca orgânicos, tais como meta tags, posicionamento de conteúdo, etc. Uma vez que o aplicativo é baseado na web, ele é indexado pelos motores de busca, o que significa que ele vai aparecer em uma pesquisa na web.
- Analytics: Suporte para os visitantes e, mais importante, para o rastreamento de comportamento, podem ser incluídos no aplicativo, que permite a análise de nível granular. Você pode olhar para coisas como: o que está funcionando, o que não é, que parte de um aplicativo é mais popular, contra o que está sendo ignorado e onde os usuários estão gastando a maior quantidade de tempo.
- Maior flexibilidade: Suporta uma variedade de tecnologias, incluindo a geolocalização, a orientação do dispositivo, toque em eventos, animação CSS3, SVG e WebGI
- Mais rápido carregamento da página: Usa menos código do que suas contrapartes nativas. Este código magro permite aplicações mais leves e um mais rápido carregamento da página.
O YouTube passou anos experimentando o HTML5. John Harding, engenheiro do serviço, escreveu em 2010 sobre os benefícios de se adotar a nova linguagem de marcação da web. Neste mesmo período, a plataforma de vídeos anunciou o início da adoção da tag "video" do HTML5, mas a solução esbarrou na falta de suporte ao Adaptative Bitrate (ABR), que possibilita ao YouTube "mostrar mais vídeos com menos buffering" e ajustar alguns elementos segundo a velocidade de conexão do usuário.
O ABR foi capaz de reduzir em 50% o buffering mundial e em praticamente 80% nas redes altamente congestionadas. Com estes números é possível entender porque o ABR é tão importante para o YouTube a ponto de adiar a adoção do HTML5 em seu player.
PERCENTUAL DE DESENVOLVEDORES QUE ATUALMENTE USAM O HTML 5.0 POR REGIÃO |
A utilização do HTML5 no YouTube ainda irá permitir o uso do codec VP9. Este software permite que os vídeos que apresentam uma maior resolução não demandem tanta banda, oferecendo uma redução em cerca de 35% e melhorando o carregamento de vídeos em 4K e a 60 frames por segundo, por exemplo.
Quanto a segurança, a escolha do HTML5 também traz vantagens em relação ao Flash. O HTML5 é compatível com extensões de mídia criptografadas, que permitem que o YouTube utilize um único player em diferentes plataformas, algo que não acontecia com o Flash.
PERCENTUAL DE APLICAÇÕES PARA INTERNET QUE USAM HTML 5.0 POR NAVEGADOR. |
O formato do embed também terá mudanças com a troca para o HTML5. A tag "object" deverá ser abandonada gradativamente, sendo substituída pela "iframe".
A decisão do YouTube de abandonar o Flash é mais um dos exemplos de que o Adobe Flash está encolhendo a sua relevância na internet moderna. A própria Adobe passou os últimos anos tentando desvincular sua associação com o produto, visto que o Flash parece estar se tornando cada vez mais obsoleto.