LEONARDO MARQUES SOBRAL
COMO FUGIR DO IOF E LEVAR DINHEIRO EM VIAGENS INTERNACIONAIS
O ano de 2013 terminou com uma péssima notícia para os viajantes: o aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% em várias formas de levar dinheiro para o exterior. Além do cartão de crédito, que já tinha essa taxa, passaram a pagar um imposto maior o carregamento de cartão de viagem pré-pago, cheques de viagem, compras com cartão bancário de débito e saques da conta corrente ou com cartão de crédito em outros países.
Com as novas regras, a grande pergunta passou a ser: há alguma forma de evitar o IOF de 6,38% nas viagens? Neste post vamos mostrar que sim e apontar algumas alternativas que pesquisamos ou recebemos de dicas de nossos leitores. Mas como se trata de novas regras e de um assunto bastante complexo, não pretendemos esgotar o assunto, mas convidar a imensa comunidade de leitores a colaborar, com dicas e sugestões. Sem voltar à questão da mudança em si, que já foi esgotada no post anterior, é hora de juntarmos forças e buscarmos soluções que sejam úteis para todos!
1. As novas regras
Antes de mais nada, vamos esclarecer como ficou a cobrança do IOF após as novas regras divulgadas pelo Governo Federal:
– Compras ou saques com cartão de crédito: 6,38% de IOF
– Compras ou saques cartão de débito em conta: 6,38% de IOF
– Carregamento de cartão de viagens pré-pagos: 6,38% de IOF
– Compras de cheques de viagem: 6,38% de IOF
– Compra de dinheiro estrangeiro em espécie no Brasil: 0,38% de IOF
Como podemos perceber, entre todas as formas de pagamento acima a única que não teve o imposto aumentado foi a troca de reais por moeda estrangeira em casas de câmbio ou bancos.Vamos começar por ela.
2. Dinheiro em espécie
Trocar o dinheiro no Brasil passou a ser a forma mais simples e barata de custear sua viagem no exterior. De cara você economiza 6% de IOF em todas as suas compras e pagamentos. Além disso, não se preocupa com taxas bancárias, senhas e com a aceitação de cartões mundo a fora. Mas é claro que o métodos traz desvantagens, sendo a maior dela a falta de segurança e de praticidade de andar com notas e moedas durante a viagem.
Vantagens:
– IOF de apenas 0,38%
– Dispensa o uso de cartões e senhas
– Melhor controle dos gastos
Desvantagens:
– Falta de segurança (furtos e assaltos)
– Câmbio ruim (deve piorar a partir de agora)
– Falta de praticidade
– Possibilidade de pegar notas falsas
– Sobras de dinheiro no fim da viagem
Dicas– Fique atento ao limite de R$ 10 mil que podem ser levados sem declaração à receita Federal. Cheque se há alguma restrição por parte do país que será visitado.
– Consulte na Ranking do VET no site do Banco Central as melhores taxas cotações para o câmbio antes de fazer a compra
– Escolha hotéis que tenham cofres e invista em uma bolsa para levar o dinheiro em segurança (doleira)
3. Conta no exterior
Ok, a primeira forma de pagar sua viagem não foi novidade para ninguém. Vamos então à segunda: abrir uma conta no exterior. À primeira vista parece complicado, mas bancos como Banco do Brasil e HSBC oferecem essa possibilidade de forma bem simples para seus clientes.
Quem tem conta no Banco do Brasil pode solicitar a abertura de uma conta no Banco do Brasil Americas, a filial norte-americana da instituição. Trata-se do antigo Eurobank, comprado pelo BB em 2012.
“Você pode ter uma conta corrente sem pagamento de tarifa desde que possua no minimo US$ 1.000 de saldo. A transferência pode ser feita de sua conta do Brasil para sua conta no exterior pela internet, com o IOF de 0,38% e dólar comercial. Você recebe um cartão de débito e pode fazer compras em sites, reserva de hotel, etc. Também pode realizar saques sem tarifas em algumas redes de ATM espalhadas pelos EUA, e pagando em media US$2”, explicou o leitor Felipe Carnot, que há tempos utiliza a conta para fugir do IOF.
Segundo ele, o cartão emitido pode ser usado para saques e pagamentos em viagens a qualquer lugar do mundo sem problemas: “Possuo a conta a mais de um ano, já fiz três viagens aos EUA e uma à Europa, e desde então não compro mais dólar nem euro, nem recarrego VTM. Fico de olho na cotação e se ela abaixa um pouco sempre transfiro (usando internet banking) um montante para minha conta lá”.
Atualização: Muitos leitores nos perguntaram sobre como abrir esta conta. Os clientes Banco do Brasil que moram aqui devem solicitar a abertura por e-mail. Acesse: http://www.bancodobrasilamericas.com/en/contact.aspx e preencha o formulário de contato. Outra dica: o valor deve ser mencionado na declaração do Imposto de Renda.
O HSBC é outra opção bem interessante para quem deseja abrir uma conta no exterior. Além dos Estados Unidos, ele oferece opções em diversos países e ainda os estende os benefícios de sua conta premier no Brasil para sua conta no exterior.
Mais informações no site do BB Americas e HSBC.
Vantagens:
– IOF de apenas 0,38%
– Mais segurança e possibilidade de usar cartão
– Facilidade de movimentação via netbanking
Desvantagens
– Eventuais tarifas bancárias
– Não há como comparar taxas de câmbio: sempre será a do banco
– Ter que abrir e gerenciar uma nova conta
O HSBC é o parceiro ideal durante suas viagens ao exterior
Para abrir uma conta no exterior, você deve:
Consultar em nosso link localizador de agências se o HSBC possui agências no país desejado clicando aqui.
Solicitar o início do processo ao seu Gerente de Relacionamento. Ele irá enviar uma indicação para a Equipe do IBC (International Banking Center) e verificar com a equipe se é possível abrir esta conta à distância¹.
O IBC entrará em contato com você para iniciar o processo ou informar se há alguma restrição de abertura de contas neste país. Irá também enviar por e-mail os formulários de abertura de conta e um checklist com a documentação necessária.
Você deve preencher estes formulários e entregá-los ao seu Gerente de relacionamento no Brasil. Ele ficará responsável por enviar esta documentação ao IBC, que fará a abertura da conta junto ao país de destino.
Assim que a conta for aberta, o IBC irá entrar em contato para informar os detalhes da conta. Importante: É necessário ser correntista no HSBC Brasil para abrir uma conta no exterior através de nossa estrutura. Se você está interessado neste serviço e ainda não é nosso correntista, vale a pena procurar uma de nossas agências e conhecer também os benefícios de ser cliente HSBC no Brasil.
HSBC Premier
HSBC Offshore
Saiba mais sobre investimentos e serviços financeiros no exterior nos nossos centros Offshore.
www.offshore.hsbc.com
4. Cartão pré-pago de empresa estrangeira
Alguns leitores citaram esta estratégia e ela é comum nos fóruns especializados em importação: cartões pré-pagos sediados no exterior. O mais comum é o Neteller. Após fazer sua conta, preenchendo um formulário simples, você abre sua conta e envia dinheiro para ela de várias formas. Até dezembro, havia muitas maneiras de fugir do IOF alto por ali, mas com as novas regras a única forma é por meio de transferência bancária internacional.
Você pode utilizar o site para compras virtuais e solicitar um cartão físico de débito Net+ para pagamentos e saques no exterior. Ele tem bandeira Mastercard e é aceito mundialmente sem problemas.
No entanto, é necessário estar atento às tarifas envolvidas, como o custo da transferência – que costuma ser de US$ 20 ou uma fração do montante, vale pesquisar.
Vantagens:
– IOF de 0,38% (nas transferências internacionais)
– Cartão pré-pago, o que facilita o controle dos gastos
– Facilidade em fazer o cadastro e usar a conta
Desvantagens
– Taxas
– Necessidade de envio de cópias de documento para pedir o cartão
– Necessidade de fazer remessas internacionais
– Taxa de câmbio ruim
5. As outras alternativas
Uma regra de ouro em viagens internacionais é sempre ter mais de uma opção de pagamento. Jamais viaje contando apenas com o cartão de crédito, de débito ou apenas com dinheiro em espécie. Tente sempre fazer uma mescla para evitar que uma surpresa faça da sua viagem um pesadelo. Vamos dar uma olhada como ficam as demais opções com o aumento do imposto:
Cartões de crédito – Voltam a ser interessantes, visto que já eram cobrados 6,38% de IOF. O cartão traz os benefícios do acúmulo de pontos, simplicidade no uso e controle de gastos discriminados na fatura. Alguns ainda têm serviços extras, como seguros de viagens incluídos. Além disso, costumam ter uma taxa de câmbio mais atrativa que as demais opções, o que pode reduzir os impactos da tributação. As desvantagens, além do IOF: você fica sujeito à variação cambial desde a compra à data do pagamento da fatura e não são aceitos em todos os lugares – dependendo do país para onde se vai isso é um grande problema. Às vezes os cartões dão problema com relação à senha, já que não há um padrão mundial (alguns bancos usam seis dígitos e outros apenas quatro).
Cartões pré-pagos de viagem – Reúnem todas as desvantagens dos cartões de crédito e nenhuma das vantagens, exceto fugir da variação cambial. Nem sempre, porém, isso é positivo, já que via de regra a taxa de câmbio desses cartões é bem ruim e sempre a há a possibilidade de queda do dólar. Há ainda inconvenientes para se recarregar o cartão estando no exterior e a impossibilidade de parcelar as compras. Com o novo IOF, essa opção perdeu todo o atrativo e é provável que os bancos e corretoras promovam mudanças para manter os cartões vivos. Da forma como estão, só são indicados para quem não quer ter surpresas com as flutuações do câmbio, mas não quer levar dinheiro em espécie.
Saque da conta corrente no exterior – Perdeu parte da vantagem com o novo IOF, pois além dele poderá ser cobrada taxa do seu banco e do ATM no exterior. Melhor ser usado como recurso de emergência ou para pequenas quantias para o fim da viagem, por exemplo, caso seu banco não cobre tarifa de saque.
6. Qual é a melhor alternativa?
Não existe uma melhor alternativa para todas as pessoas. Você precisa avaliar por exemplo se a praticidade do cartão de crédito ou do saque no exterior, vale mais que os 6% da diferença que você gastaria a mais se levasse dinheiro em espécie. Concentre a maioria das compras no meio que você achar mais interessante e tenha umas duas outras alternativas para usar como socorro.
Como dissemos, com as regras novas e tantas variáveis e possibilidades, não pretendemos esgotar o assunto, mas abrir um debate entre os leitores, por isso convidamos a todos a postar suas sugestões e soluções sobre o que pode ser feito para driblar o IOF.
Infelizmente, o governo decidiu sobretaxar os saques de contas correntes feitos no exterior com IOF de 6,38% o que tornou essa opção bem menos atrativa.
Uma das dúvidas mais comuns para quem viaja ao exterior é qual a melhor forma de levar dinheiro para cobrir seus gastos e compras. Uma das formas que mais tem se destacado são os saques direto de sua conta corrente em caixas eletrônicos: uma forma simples, segura e econômica de obter moeda estrangeira no país que está visitando. Para quem nunca usou o recurso, veja um tutorial excelente, mostrando passo a passo como proceder. Acompanhe e tire suas dúvidas!
Muita gente pergunta como levar dinheiro para a viagem. Uma das formas mais fáceis e baratas é a realização de saques em moeda local da função débito. A maioria dos bancos oferece este serviço (com exceção da Caixa). O processo é simples: você usa seu cartão em um caixa eletrônico do exterior e o valor é debitado automaticamente em sua conta corrente. A vantagem deste processo está na cotação (que fica cerca de dois centavos acima do dólar comercial). Abaixo segue um passo a passo do processo:
1.Desbloqueie o cartão
Antes de viajar é preciso desbloquear seu cartão, avisando que vai usar ele no exterior. A maioria dos bancos permite este desbloqueio pelo Internet Banking.
2. Localize os caixas eletrônicos
Nos EUA você pode procurar caixas eletrônicos com a sigla ATM. Eles estão em quase todos os lugares: shoppings, hotéis, postos de combustíveis, etc.
3. Usando
a) Insira o cartão e aguarde as opções.
b) Muitos dos caixas oferecem várias opções de idiomas. Neste caso, foi solicitado o inglês.
c) Selecione o tipo de saque. Aí está a pegadinha. Se você selecionar crédito, vai pagar IOF* do cartão de crédito. Por isso, se você estiver usando cartões múltiplos (débito e crédito) cuidado com esta opção. Selecione a opção débitoe coloque a sua senha (a mesma que você usa no Brasil).
d) Na opção de saque selecione Checking.
e) A máquina vai perguntar se quer recibo. Selecione Yes.
f) Selecione o valor. Existem diversos caixas com limites diferentes. Alguns em shoppings possuem limites mais altos. Normalmente o limite máximo é de 300 dólares em postos de combustível e hotéis. Em shoppings, como foi o caso deste, o limite estava em 800 dólares. Quanto maior o saque mais barato fica o valor da cotação.
g) Se você clicar em “Other” vai aparecer a opção de inserir o valor. Alguns caixas dizem os limites de saque.
h) Taxa do Caixa Eletrônico estrangeiro: os caixas cobram uma taxa que varia de 4 a 6 dólares independente do valor sacado. Neste caso me abocanharam 4 dólares. Clique em “Accept Fee”.
i) Tire o cartão e pegue o dinheiro.
3. Custo final
Para comparar, vamos aos custos da operação:
Saque: US$ 800
Taxa do Caixa Estrangeiro: US$ 4,00
Valor Total em Dólares: US$ 804,00
Valor Debitado em minha Conta: R$ 1.772,82
IOF: R$ 6,74*
Custo Saque cobrado pelo Santander: R$ 15,00
Custo Total: R$ 1.794,56
Cotação final do saque: R$ 2,2432
Cotação do dólar no dia do saque: R$ 2,218
Cotação do dólar na casa de câmbio: R$ 2,45 (aproximado)
– Os saques não são feitos pela rede do seu banco, mas sim pela operadora de crédito. Os cartões Visa usam a rede Plus e os Mastercard a rede Cirrus. Você pode procurar essa identificação, mas geralmente os caixas usam as duas redes!
– Ao sacar nos caixas ATM você consegue o valor em moeda local. Isso é ótimo para quem está viajando para países que não usam dólar ou euro e cujas moedas sejam difíceis de serem encontradas no Brasil!
– Os saques são também uma forma de economizar tempo durante a viagem, já que você não precisará pesquisar casas de câmbio nem enfrentar filas para fazer a compra!
Encontre os caixas automáticos ao redor do mundo:
Mastercard Cirrus
Visa Plus
Saiba mais informações tarifas no site do seu banco:
Banco do Brasil
Bradesco
Citibank
HSBC
Itaú
Santander
E você? Costuma fazer saques com seu cartão de débito durante viagens internacionais? Quanto o seu banco cobra de taxa?
Muita gente pergunta como levar dinheiro para a viagem. Uma das formas mais fáceis e baratas é a realização de saques em moeda local da função débito. A maioria dos bancos oferece este serviço (com exceção da Caixa). O processo é simples: você usa seu cartão em um caixa eletrônico do exterior e o valor é debitado automaticamente em sua conta corrente. A vantagem deste processo está na cotação (que fica cerca de dois centavos acima do dólar comercial). Abaixo segue um passo a passo do processo:
1.Desbloqueie o cartão
Antes de viajar é preciso desbloquear seu cartão, avisando que vai usar ele no exterior. A maioria dos bancos permite este desbloqueio pelo Internet Banking.
2. Localize os caixas eletrônicos
Nos EUA você pode procurar caixas eletrônicos com a sigla ATM. Eles estão em quase todos os lugares: shoppings, hotéis, postos de combustíveis, etc.
3. Usando
a) Insira o cartão e aguarde as opções.
b) Muitos dos caixas oferecem várias opções de idiomas. Neste caso, foi solicitado o inglês.
c) Selecione o tipo de saque. Aí está a pegadinha. Se você selecionar crédito, vai pagar IOF* do cartão de crédito. Por isso, se você estiver usando cartões múltiplos (débito e crédito) cuidado com esta opção. Selecione a opção débitoe coloque a sua senha (a mesma que você usa no Brasil).
d) Na opção de saque selecione Checking.
e) A máquina vai perguntar se quer recibo. Selecione Yes.
f) Selecione o valor. Existem diversos caixas com limites diferentes. Alguns em shoppings possuem limites mais altos. Normalmente o limite máximo é de 300 dólares em postos de combustível e hotéis. Em shoppings, como foi o caso deste, o limite estava em 800 dólares. Quanto maior o saque mais barato fica o valor da cotação.
g) Se você clicar em “Other” vai aparecer a opção de inserir o valor. Alguns caixas dizem os limites de saque.
h) Taxa do Caixa Eletrônico estrangeiro: os caixas cobram uma taxa que varia de 4 a 6 dólares independente do valor sacado. Neste caso me abocanharam 4 dólares. Clique em “Accept Fee”.
i) Tire o cartão e pegue o dinheiro.
3. Custo final
Para comparar, vamos aos custos da operação:
Saque: US$ 800
Taxa do Caixa Estrangeiro: US$ 4,00
Valor Total em Dólares: US$ 804,00
Valor Debitado em minha Conta: R$ 1.772,82
IOF: R$ 6,74*
Custo Saque cobrado pelo Santander: R$ 15,00
Custo Total: R$ 1.794,56
Cotação final do saque: R$ 2,2432
Cotação do dólar no dia do saque: R$ 2,218
Cotação do dólar na casa de câmbio: R$ 2,45 (aproximado)
– Os saques não são feitos pela rede do seu banco, mas sim pela operadora de crédito. Os cartões Visa usam a rede Plus e os Mastercard a rede Cirrus. Você pode procurar essa identificação, mas geralmente os caixas usam as duas redes!
– Ao sacar nos caixas ATM você consegue o valor em moeda local. Isso é ótimo para quem está viajando para países que não usam dólar ou euro e cujas moedas sejam difíceis de serem encontradas no Brasil!
– Os saques são também uma forma de economizar tempo durante a viagem, já que você não precisará pesquisar casas de câmbio nem enfrentar filas para fazer a compra!
Encontre os caixas automáticos ao redor do mundo:
Mastercard Cirrus
Visa Plus
Saiba mais informações tarifas no site do seu banco:
Banco do Brasil
Bradesco
Citibank
HSBC
Itaú
Santander
E você? Costuma fazer saques com seu cartão de débito durante viagens internacionais? Quanto o seu banco cobra de taxa?
COMO FUGIR DO IOF E LEVAR DINHEIRO EM VIAGENS INTERNACIONAIS
O ano de 2013 terminou com uma péssima notícia para os viajantes: o aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% em várias formas de levar dinheiro para o exterior. Além do cartão de crédito, que já tinha essa taxa, passaram a pagar um imposto maior o carregamento de cartão de viagem pré-pago, cheques de viagem, compras com cartão bancário de débito e saques da conta corrente ou com cartão de crédito em outros países.
Com as novas regras, a grande pergunta passou a ser: há alguma forma de evitar o IOF de 6,38% nas viagens? Neste post vamos mostrar que sim e apontar algumas alternativas que pesquisamos ou recebemos de dicas de nossos leitores. Mas como se trata de novas regras e de um assunto bastante complexo, não pretendemos esgotar o assunto, mas convidar a imensa comunidade de leitores a colaborar, com dicas e sugestões. Sem voltar à questão da mudança em si, que já foi esgotada no post anterior, é hora de juntarmos forças e buscarmos soluções que sejam úteis para todos!
1. As novas regras
Antes de mais nada, vamos esclarecer como ficou a cobrança do IOF após as novas regras divulgadas pelo Governo Federal:
– Compras ou saques com cartão de crédito: 6,38% de IOF
– Compras ou saques cartão de débito em conta: 6,38% de IOF
– Carregamento de cartão de viagens pré-pagos: 6,38% de IOF
– Compras de cheques de viagem: 6,38% de IOF
– Compra de dinheiro estrangeiro em espécie no Brasil: 0,38% de IOF
Como podemos perceber, entre todas as formas de pagamento acima a única que não teve o imposto aumentado foi a troca de reais por moeda estrangeira em casas de câmbio ou bancos.Vamos começar por ela.
2. Dinheiro em espécie
Trocar o dinheiro no Brasil passou a ser a forma mais simples e barata de custear sua viagem no exterior. De cara você economiza 6% de IOF em todas as suas compras e pagamentos. Além disso, não se preocupa com taxas bancárias, senhas e com a aceitação de cartões mundo a fora. Mas é claro que o métodos traz desvantagens, sendo a maior dela a falta de segurança e de praticidade de andar com notas e moedas durante a viagem.
Vantagens:
– IOF de apenas 0,38%
– Dispensa o uso de cartões e senhas
– Melhor controle dos gastos
Desvantagens:
– Falta de segurança (furtos e assaltos)
– Câmbio ruim (deve piorar a partir de agora)
– Falta de praticidade
– Possibilidade de pegar notas falsas
– Sobras de dinheiro no fim da viagem
Dicas– Fique atento ao limite de R$ 10 mil que podem ser levados sem declaração à receita Federal. Cheque se há alguma restrição por parte do país que será visitado.
– Consulte na Ranking do VET no site do Banco Central as melhores taxas cotações para o câmbio antes de fazer a compra
– Escolha hotéis que tenham cofres e invista em uma bolsa para levar o dinheiro em segurança (doleira)
3. Conta no exterior
Ok, a primeira forma de pagar sua viagem não foi novidade para ninguém. Vamos então à segunda: abrir uma conta no exterior. À primeira vista parece complicado, mas bancos como Banco do Brasil e HSBC oferecem essa possibilidade de forma bem simples para seus clientes.
Quem tem conta no Banco do Brasil pode solicitar a abertura de uma conta no Banco do Brasil Americas, a filial norte-americana da instituição. Trata-se do antigo Eurobank, comprado pelo BB em 2012.
“Você pode ter uma conta corrente sem pagamento de tarifa desde que possua no minimo US$ 1.000 de saldo. A transferência pode ser feita de sua conta do Brasil para sua conta no exterior pela internet, com o IOF de 0,38% e dólar comercial. Você recebe um cartão de débito e pode fazer compras em sites, reserva de hotel, etc. Também pode realizar saques sem tarifas em algumas redes de ATM espalhadas pelos EUA, e pagando em media US$2”, explicou o leitor Felipe Carnot, que há tempos utiliza a conta para fugir do IOF.
Segundo ele, o cartão emitido pode ser usado para saques e pagamentos em viagens a qualquer lugar do mundo sem problemas: “Possuo a conta a mais de um ano, já fiz três viagens aos EUA e uma à Europa, e desde então não compro mais dólar nem euro, nem recarrego VTM. Fico de olho na cotação e se ela abaixa um pouco sempre transfiro (usando internet banking) um montante para minha conta lá”.
Atualização: Muitos leitores nos perguntaram sobre como abrir esta conta. Os clientes Banco do Brasil que moram aqui devem solicitar a abertura por e-mail. Acesse: http://www.bancodobrasilamericas.com/en/contact.aspx e preencha o formulário de contato. Outra dica: o valor deve ser mencionado na declaração do Imposto de Renda.
O HSBC é outra opção bem interessante para quem deseja abrir uma conta no exterior. Além dos Estados Unidos, ele oferece opções em diversos países e ainda os estende os benefícios de sua conta premier no Brasil para sua conta no exterior.
Mais informações no site do BB Americas e HSBC.
Vantagens:
– IOF de apenas 0,38%
– Mais segurança e possibilidade de usar cartão
– Facilidade de movimentação via netbanking
Desvantagens
– Eventuais tarifas bancárias
– Não há como comparar taxas de câmbio: sempre será a do banco
– Ter que abrir e gerenciar uma nova conta
A OPÇÃO HSBC
O HSBC é o parceiro ideal durante suas viagens ao exterior
Abertura de Conta Internacional
Se você é cliente do HSBC no Brasil, conte com o apoio de uma estrutura especializada para abrir a sua conta no exterior, o International Banking Center - IBC. Se a legislação do país permitir, você pode abrir a conta à distância e receber seus cartões e senhas desta nova conta aqui no Brasil.
Se você é cliente do HSBC no Brasil, conte com o apoio de uma estrutura especializada para abrir a sua conta no exterior, o International Banking Center - IBC. Se a legislação do país permitir, você pode abrir a conta à distância e receber seus cartões e senhas desta nova conta aqui no Brasil.
Para abrir uma conta no exterior, você deve:
Consultar em nosso link localizador de agências se o HSBC possui agências no país desejado clicando aqui.
Solicitar o início do processo ao seu Gerente de Relacionamento. Ele irá enviar uma indicação para a Equipe do IBC (International Banking Center) e verificar com a equipe se é possível abrir esta conta à distância¹.
O IBC entrará em contato com você para iniciar o processo ou informar se há alguma restrição de abertura de contas neste país. Irá também enviar por e-mail os formulários de abertura de conta e um checklist com a documentação necessária.
Você deve preencher estes formulários e entregá-los ao seu Gerente de relacionamento no Brasil. Ele ficará responsável por enviar esta documentação ao IBC, que fará a abertura da conta junto ao país de destino.
Assim que a conta for aberta, o IBC irá entrar em contato para informar os detalhes da conta. Importante: É necessário ser correntista no HSBC Brasil para abrir uma conta no exterior através de nossa estrutura. Se você está interessado neste serviço e ainda não é nosso correntista, vale a pena procurar uma de nossas agências e conhecer também os benefícios de ser cliente HSBC no Brasil.
HSBC Premier
O HSBC Premier está presente em mais de 40 países e territórios. Com negócios ou moradia no exterior, o HSBC Premier oferece soluções financeiras internacionais e reconhecimento para quem está fora do país.
HSBC Offshore
Saiba mais sobre investimentos e serviços financeiros no exterior nos nossos centros Offshore.
www.offshore.hsbc.com
4. Cartão pré-pago de empresa estrangeira
Alguns leitores citaram esta estratégia e ela é comum nos fóruns especializados em importação: cartões pré-pagos sediados no exterior. O mais comum é o Neteller. Após fazer sua conta, preenchendo um formulário simples, você abre sua conta e envia dinheiro para ela de várias formas. Até dezembro, havia muitas maneiras de fugir do IOF alto por ali, mas com as novas regras a única forma é por meio de transferência bancária internacional.
Você pode utilizar o site para compras virtuais e solicitar um cartão físico de débito Net+ para pagamentos e saques no exterior. Ele tem bandeira Mastercard e é aceito mundialmente sem problemas.
No entanto, é necessário estar atento às tarifas envolvidas, como o custo da transferência – que costuma ser de US$ 20 ou uma fração do montante, vale pesquisar.
- taxa de emissão do cartão Net+
- manutenção da conta Neteller em caso de inatividade.
Vantagens:
– IOF de 0,38% (nas transferências internacionais)
– Cartão pré-pago, o que facilita o controle dos gastos
– Facilidade em fazer o cadastro e usar a conta
Desvantagens
– Taxas
– Necessidade de envio de cópias de documento para pedir o cartão
– Necessidade de fazer remessas internacionais
– Taxa de câmbio ruim
5. As outras alternativas
Uma regra de ouro em viagens internacionais é sempre ter mais de uma opção de pagamento. Jamais viaje contando apenas com o cartão de crédito, de débito ou apenas com dinheiro em espécie. Tente sempre fazer uma mescla para evitar que uma surpresa faça da sua viagem um pesadelo. Vamos dar uma olhada como ficam as demais opções com o aumento do imposto:
Cartões de crédito – Voltam a ser interessantes, visto que já eram cobrados 6,38% de IOF. O cartão traz os benefícios do acúmulo de pontos, simplicidade no uso e controle de gastos discriminados na fatura. Alguns ainda têm serviços extras, como seguros de viagens incluídos. Além disso, costumam ter uma taxa de câmbio mais atrativa que as demais opções, o que pode reduzir os impactos da tributação. As desvantagens, além do IOF: você fica sujeito à variação cambial desde a compra à data do pagamento da fatura e não são aceitos em todos os lugares – dependendo do país para onde se vai isso é um grande problema. Às vezes os cartões dão problema com relação à senha, já que não há um padrão mundial (alguns bancos usam seis dígitos e outros apenas quatro).
Cartões pré-pagos de viagem – Reúnem todas as desvantagens dos cartões de crédito e nenhuma das vantagens, exceto fugir da variação cambial. Nem sempre, porém, isso é positivo, já que via de regra a taxa de câmbio desses cartões é bem ruim e sempre a há a possibilidade de queda do dólar. Há ainda inconvenientes para se recarregar o cartão estando no exterior e a impossibilidade de parcelar as compras. Com o novo IOF, essa opção perdeu todo o atrativo e é provável que os bancos e corretoras promovam mudanças para manter os cartões vivos. Da forma como estão, só são indicados para quem não quer ter surpresas com as flutuações do câmbio, mas não quer levar dinheiro em espécie.
Saque da conta corrente no exterior – Perdeu parte da vantagem com o novo IOF, pois além dele poderá ser cobrada taxa do seu banco e do ATM no exterior. Melhor ser usado como recurso de emergência ou para pequenas quantias para o fim da viagem, por exemplo, caso seu banco não cobre tarifa de saque.
6. Qual é a melhor alternativa?
Não existe uma melhor alternativa para todas as pessoas. Você precisa avaliar por exemplo se a praticidade do cartão de crédito ou do saque no exterior, vale mais que os 6% da diferença que você gastaria a mais se levasse dinheiro em espécie. Concentre a maioria das compras no meio que você achar mais interessante e tenha umas duas outras alternativas para usar como socorro.
Como dissemos, com as regras novas e tantas variáveis e possibilidades, não pretendemos esgotar o assunto, mas abrir um debate entre os leitores, por isso convidamos a todos a postar suas sugestões e soluções sobre o que pode ser feito para driblar o IOF.
Infelizmente, o governo decidiu sobretaxar os saques de contas correntes feitos no exterior com IOF de 6,38% o que tornou essa opção bem menos atrativa.