BRIC. Essa é a palavra que costuma frequentar as discussões dos investidores estrangeiros que querem aplicar em potências emergentes, a algum tempo.
No entanto embora se especule que essas nações, Brasil Russia India e China, venham a ocupar algumas das cadeiras do G8 nos próximos anos, isso não se fará sem resistência e sem a inveja dos que estão lá.
G8 significa o grupo de 8 nações. É um grupo excludente de líderes políticos de 8 nações específicas. Não é uma instituição, não há qualquer tipo de constituição ou carta, não há um secretariado permanente ou headquarters. Estes são os Estados mais industrializados, ricos e poderosos do Mundo.
O G8 começou com um grupo de 6 países em um momento de significante insegurança econômica global, na década de 70. Os líderes destes países diriam que se juntaram, como as nações líderes do mundo, para poder evitar a crise em nome da estabilidade global. Uma estabilidade que garante que eles retenham o poder, e que seus interesses prevaleçam no coração da agenda global, e isto significa encaminhar a economia global em uma direção que reforce a supremacia dos interesses privados das corporações sobre os interesses coletivos e democráticos (favorecendo privatizações, desregulamentação, mobilização do capital e o controle sobre economias locais).
A filiação ao G8 evoluiu com o tempo para incluir os EUA, UK, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Canadá e o presidente da União Européia. Os tópicos da cúpula também evoluíram, tratando não somente sobre políticas de macro-economia. Problemas como segurança, tratados, relações com países em desenvolvimento e outros assuntos trans-nacional e até assuntos de países locais, como o desemprego.
É importante ressaltar que o as Reuniões do G8 não são um fórum de fazer novas políticas. Elas são um momento para que os líderes desses países possam se juntar e construir relações. Eles são um time para discutir assuntos internacionais complexos e crises, que permitam uma resposta coletiva mais rápida por parte deles.
A coordenação dessas nações e da sua influência sobre instituições internacionais como o OMC, IMF e G20 assegura que o seus interesses prevaleçam sobre os interesses do resto do mundo. As Cúpulas do G8 sempre foram foco de protestos e contra-cúpulas.
Seguindo o chamado da Ação Global dos Povos por um dia global de ações em 1998, os protestos contra a Cúpula, no entanto, cresceram e se fortaleceram, forçando a Reunião do G8 a cada vez mais se esconder em localidades distantes, com um constante aumento de custos com segurança.
De fato os EEUU como a nação mais poderosa do mundo, preocupa-se a muito tempo em evitar o surgimento de outras potências que possam rivaliza-la e em especial o Brasil, como já dizia Henry Kissinger, secretário de estado Norte Americano na Gestão do Ex presidente Americano George Bush (pai) e Lindon Johnson.
Várias estratégias são utilizadas a pelo menos meio século para frear o desenvolvimento de países emergentes como o Brasil. O Domíno dos meios de comunicação são uma dessas estratégias. A compra, suborno e financiamento de parlamentares para garantir o domínio político é outra.
Com o domínio dos meios de comunicação, pode-se também solapar os valores da família, pois está constatado que a família é um importante esteio do progresso dos indivíduos que são quem formam os povos e os países são os seus povos.
É importante destacar ainda que nessa esfera da vida privada, onde a família é o principal domínio da ação – da intervenção – do Estado, os campos privilegiados são o amor, as relações conjugais e a saúde; no ponto de interseção entre esses campos, a sexualidade. São esses mesmos campos que aparecem ainda nos discursos sobre a raça – referida quase sempre a uma saúde da Pátria ou de um povo caucionada esta pela segregação, exclusão, do diferente, do desviante, do estrangeiro. (Balibar; Wallerstein, 1997)
“Em nosso país, queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma... no sistema da Revolução Francesa, o que é imoral é impolítico, o que é corruptor é contra-revolucionário.” (Hunt, 1991: p.23)