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JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O CORPO ESPIRITUAL


Dizem os orientais que o ser humano e até os animais além do corpo físico, possuem também um espírito que está ligado a esse corpo físico, e esse espírito que sobrevive ao corpo físico, perecível e destrutível, é envolvido por um corpo fluídico que se assemelha ao corpo físico, sendo uma cópia do corpo físico. O corpo físico portanto tem vida porque o espírito está ligado a ele, mas esse espírito está envolvido por um corpo que é uma cópia do corpo físico mas não é o corpo físico tendo a mesma aparência do corpo físico.


Quando o ser humano dorme o corpo que é o CORPO ESPIRITUAL desprende-se do corpo físico e pode ir a outros lugares.


O sono seria então o refrigério da alma, pois enquanto o corpo físico repousa no leito, os portões do mundo espiritual se abririam para o buscador coerente. O projetor consciente ingressa nas esferas extrafísicas e vê a verdade espiritual frente a frente, sem subterfúgios ou enganos.

Sutilizando a densidade do psicossoma, ele muda de dimensão e vislumbra anjos e mensageiros. Irradiando luz pura, eles lhe passam o conhecimento e o amor integrados que lhe permitirão a viagem consciente para o plano mental, sua verdadeira morada.

O projetor consciente volta contente para o soma adormecido. Logo o sol vai raiar e é necessário trabalhar e experienciar a vida humana na crosta terrestre. Ele está contente, pois tem consciência de que novas noites virão e as portas espirituais se abrirão novamente.

A respeito do corpo espiritual convém ler o que Paulo Escreveu em I Coríntios versículos de 35 a 58

Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?

Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer.

E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente.

Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.

Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e outra a carne dos animais, e outra a dos peixes e outra a das aves.

E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres.

Uma é a glória do sol, e outra a glória da lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela.

Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção.

Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.

Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante.

Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual.

O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.

Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais.

E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.

E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;

Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados.

Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade.

E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. 
1 Coríntios 15:35-54

Nessa passagem de Paulo tudo o que eu falei no início é confirmado. Ele diz claramente que há corpos celestes e corpos terrestres, sendo os celestes vivificados, portanto imortais e incorruptíveis, ou seja não sofrem o efeito da velhice e do desgaste natural que o corpo natural sofre. São corpos espirituais como ele mesmo os denomina. O corpo natural que é semeado em ignomínia, em fraqueza,  (Sofre o desgaste natural do seu uso) ressuscitará em glória e em vigor, ou seja o corpo físico perecerá mas o corpo espiritual sobreviverá e será eterno e indestrutível. E ele afirma que se há corpo natural, há também corpo espiritual. (Ambos coexistem). Ele afirma ainda que assim como trouxemos a imagem do terreno, traremos também a imagem do celestial, ou seja um é a cópia do outro, mas se tornarão jovens e vigorosos. A carne e o sangue não poderão herdar o reino de Deus. Então não se irá para o reino do céu em carne e osso, mas sim somente com o corpo espiritual. Revela ele ainda um mistério. "NEM TODOS DORMIREMOS" mas todos serão transformados. Isso se contrapõe a idéia de que ao morrer se ficará dormindo a espera do grande dia, e ele afirma um MISTÉRIO, o de que nem todos dormiremos, mas serão transformados, ou seja passarão a utilizar o seu corpo espiritual. O mortal se revestirá de imortalidade. O que se semeia não é VIVIFICADO se primeiro não MORRER. Ou seja os corpos naturais morrerão para então serem vivificados.

Quanto à viagem astral que se faz em sono, temos exemplos disso nas seguintes passagens

Antes Deus fala uma e duas vezes; porém ninguém atenta para isso.
Em sonho ou em visão noturna, quando cai sono profundo sobre os homens, e adormecem na cama.
Então o revela ao ouvido dos homens, e lhes sela a sua instrução,
Jó 33:14-16



E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade; e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.
Depois o Espírito me levantou, e me levou à Caldéia, para os do cativeiro, em visão, pelo Espírito de Deus; e subiu de sobre mim a visão que eu tinha tido.
E falei aos do cativeiro todas as coisas que o SENHOR me havia mostrado.
Ezequiel 11:23-25 



No primeiro ano de Belsazar, rei de babilônia, teve Daniel um sonho e visões da sua cabeça quando estava na sua cama; escreveu logo o sonho, e relatou a suma das coisas.
Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande.
E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
Daniel 7:1-3 



Então lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso ainda mais o odiavam por seus sonhos e por suas palavras.
E teve José outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que tive ainda outro sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.
Gênesis 37:8-9



Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
E, projetando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz;
Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco.
E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher;
Mateus 1:19-24 



Como é perceptível, Deus, e o Espírito Santo utilizam-se do sonho para passar instruções, portanto é importante todas as noites ao deitar, fazer uma prece, e já que V.S. sabe que o sonho é um retorno do espírito ao mundo espiritual, faça todas as noites ao deitar, uma prece sentida, pedindo a Deus que lhe guie no mundo espiritual, para visitar locais de instrução e de luz onde serás confortado e instruído. Ao levantar experimentarás uma inexplicável sensação de bem estar e de força, pois terás sido abençoado durante a noite.


Por isso é importante não dormir vendo televisão ou ouvindo rádio. Isso irá desviar seu pensamento da vibração sadia que o conduzirá ao paraíso espiritual, colocando-o sob a influência dos leões que rondam ao seu redor buscando traga-lo.


Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
1 Pedro 5:8




Isso que estou informando é um grande segredo de felicidade. Temos ao nosso dispor as forças do bem que procuram nos ajudar todos o tempo. Temos apenas que dar-lhes ouvido e colocar-nos sob sua influência. Faça uma leitura confortadora ao deitar e sempre uma prece solicitando ao pai que o dirija na sua jornada noturna no mundo espiritual, a seguir desligue-se de toda influência. Procure ter pensamentos positivos de paz, alegria, fraternidade, bem estar. Se tens um problema, solicite ao pai que o instrua na melhor forma de resolver esse problema, depois confie nele e relaxe. Verás que ao acordar, acordarás com a solução para o problema.

Ao acordar, faça outra leitura e depois uma prece pedindo ajuda na sua jornada diária. Ficarás surpreso com as ajudas que receberás. Veja o que diz a esse respeito o Salmista.

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
Não são assim os ímpios; mas são como a moinha que o vento espalha.
Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.
Porque o SENHOR conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá.
Salmos 1:1-6

O corpo espiritual comunica-se com o corpo físico por meio de uma pequena glândula situada no cérebro que é a glândula Pineal. Os primeiros estudiosos não sabiam para que servia essa glândula, mas descobriram que se a removessem a pessoa morria. Mas qual era a função dessa glândula que parece um pequeno cristal?

CORPO PINEAL (EPÍFISE)

Trata-se de pequena estrutura cônica, que sai da parte posterior da raiz do terceiro ventrículo e projeta-se para trás, por cima dos corpos quadrigêmeos superiores.
Consiste em células epiteliais redondas, arrumadas de maneira alveolar. Entre os alvéolos ou folículos, acha-se um tecido-suporte, que contém vasos capilares sangüíneos;

CORPO PINEAL NO CÊREBRO 

(Testut,t. 2, pág. 847):
1, 1' - extremidades anterior e posterior da cissura interhemisférica;
2 - centro oval de Vieussens;
3 - joelho do corpo caloso; 
4, 4’- sua almofada, seccionada pela linha
média; 
5 - septo lúcido e sua cavidade central; 
6 - pilares anteriores do trígono;
7 - pilares posteriores; 
8 - prolongamento frontal do ventrículo lateral;
9 - prolongamento occipital; 
10 -encruzilhada ventricular; 
11 - esporão de Morand; 
12 - nó caudado; 
13 - tálamo óptico; 
14 - sulco opto-estriado, com 14' veia do corpo estriado; 
15 -ventrículo médio; 
16 - comissura cinzenta;
17 – corpo pineal; 
18 – comissura branca posterior; 
19 – tubérculos quadrigêmeos.


Aí também aparecem com freqüência depósitos de sais calcários de forma esferóide; se
os secionarmos, mostram uma estrutura laminada concêntrica (tipo “cebola”). São conhecidos como “areia cerebral”, que é também encontrada, em pessoas idosas, nos plexos coróides, na pia aracnóide e em outras partes do cérebro.


Dizem os cientistas que o corpo pineal, no homem, é órgão vestigial, representante
involuído de um aparelho que era desenvolvido nos antigos vertebrados. Ainda hoje o tuatara (réptil sphenodon punctatum, único remanescente da ordem dos rhynchocephalia,
existente na Nova Zelândia) possui uma pineal que consta de dois segmentos distintos: uma glândula, a epífise, que tem a mesma estrutura da pineal humana, e o outro, “sensorial”,
o “olho pineal” situado no forámen parietal (abertura central na abóbada do crânio),
coberto por uma escama transparente, cujo verso tem a forma de lente, e a superfície
mais baixa, oposta, é uma retina colorida. Parece não perceber a luz. Mas o tamanho enorme do forámen parietal dos fósseis dos répteis parece indicar que se tratava de um
olho funcional.


CORPO PINEAL VISTO DE CIMA 


(Testut, t. 2, página 833)
1 - tálamo óptico, com 1' seu tubérculo anterior; 1” seu tubérculo posterior ou pulvinar; 
2 - sulco dos plexos coróides; 
3 - sulco opto-estriado; 
4 - cabeça do nó caudado; 
5 - septo lúcido e sua cavidade central; 
6 -pilares anteriores do trígono; 
7 - comissura branca inferior;
8 – vulva; 
9 - comissura cinzenta; 
10 - terceiro ventrículo; 
11 - glândula pineal; 
12 - seus pedúnculosanteriores ou habenae; 
13 - comissura branca posterior;
14 - triângulo da habênula; 
15 - tubérculos quadrigêmeosanteriores (nates); 
16 - tubérculos quadrigêmeos posteriores (testes).


Dizem os fisiologistas que a função do corpo pineal parece ser o freio do desenvolvimento sexual até a idade da puberdade (função também atribuída ao timo... ). Chegando aí, o controle das gônadas passa a outra glândula (a tireóide) e a pineal se atrofia, involuindo.


POSIÇÃO DA PINEAL 
(Testut, t. 2, pág. 840).


1 - corpo caloso; 
2 - trígono; 
3 - septo lúcido; 
4 –ventrículo médio; 
5 - aqueduto de Silvio; 
6 - epêndimo (o traço branco que fica acima do número); 
7 - folheto superior da tela coroidiana; 7’ - folheto inferior; 
8 - espaços sub-aracnoidianos; 
9 - glândula pineal. (Obs.: o número 4, aparece como uma +).
Válvula receptiva 
A pineal é um dos órgãos mais importantes do corpo físico do homem, tendo sido a ela
atribuída, por Descartes, a honra de ser o ponto em que a alma se prendia ao corpo.


Observemos, de início, que é exatamente nos lacertídeos (ou sáurios), na escala animal,
que começamos a encontrar um embrião do corpo pineal. Para trás, nada. Para diante, a cada passo evolutivo na escala zoológica, o animal vai fixando melhor e desenvolvendo mais o corpo pineal, embora seu tamanho físico se vá reduzindo.


O funcionamento ainda é desconhecido pela ciência médica, que apenas lhe empresta a
tarefa de “travar” a evolução dos órgãos sexuais até a época da puberdade. Afirma outrossim que desconhece qualquer hormônio por ela produzido.


Ora, em realidade o corpo pineal não é glândula produtora de hormônios, mas uma
CHAVE de ligação elétrica ou, talvez melhor dito, uma VÁLVULA.


Os impulsos eletromagnéticos e eletroquímicos nos nervos seguem o trajeto que estudamos atrás, mas é no corpo pineal que são registrados esses impulsos e transmitidos para o espírito.


PINEAL EM RELAÇÃO COM O AQUEDUTO DE SILVIO
(Testut, t. 2, pág. 683):


1 - almofada do corpo caloso; 
2, 2' - tela coroidiana; 
3 - glândula pineal; 
4 - comissura branca posterior; 
5 - aqueduto de Silvio, com 5' sua origem anterior ou ânus; 
6 - ventrículo médio; 
7 - quarto ventrículo; 
8 - pedúnculo cerebral; 
9 - protuberância; 
10 - tubérculos quadrigêmeos.


Ai se executa a função que até hoje não fora localizada.
A própria chamada “areia” (sais calcáreos) tem sua tarefa específica, ainda não revelada:
com suas lâminas concêntricas desincumbe-se de seu serviço à semelhança daquela pedra
natural denominada “galena”, que possui capacidade idêntica, de detetar ondas hertzianas.


Lembremo-nos de que, na própria galena, é indispensável procurar um “pontinho microscópico”, para conseguir essa transmutação. Assim ocorre com o corpo pineal, muito superior em seu funcionamento à galena, tanto quanto o cérebro é superior a um computador eletrônico.


CORTE DO CORPO PINEAL

(Testut, t. 2, pág. 843):
O corte do corpo pineal mostra a abundância e o desenho formado pelas fibras neuróglicas, bem como sua relações com as células, coloração pelo método de Weigert
(desenho segundo Mile Dimítrova).


Em computador gigante, de 1. 000 kg, conseguiram-se circuitos em número de 1.000.000. O cérebro humano com apenas 1 kg (mil vezes menor) consegue 10 bilhões de circuitos (dez vezes mais). Proporcionalmente, enquanto a relação do computador é de 1 para 1. 000, a do cérebro é de 1 para 10 bilhões.


Temos, pois, no corpo pineal não propriamente, como interpretou Descartes, o local em
que o espírito se liga à matéria, mas a válvula transmissora-receptora de vibrações do corpo astral, regulando todo o fluxo de emissões do espírito para o corpo físico e vice-versa. Daí sua grande importância, também, para os dons espirituais.






segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O MAIS FAMOSO SAMURAI. MIYAMOTO MUSASHI.

BAIXE OS DOIS PRIMEIROS FILMES DA TRILOGIA MIYAMOTO MUSASHI, AMBOS LEGENDADOS EM PORTUGUES, ACESSANDO NOSSA PÁGINA DE DOWNLOADS.

Miyamoto Musashi foi o mais famoso samurai do Japão. É atribuída a ele a autoria do mais importante tratado sobre estratégia japonês, o “Livro dos Cinco Anéis”, como foi traduzido, ou em japonês Gorin no Sho. Foi ele também o criador de um estilo de luta próprio conhecido como Niten Ichi Ryu.

Era Tokugawa (1603-1868) Miyamoto Musashi (1584-1645) é um dos heróis nacionais do Japão. Vivendo num período histórico de transição, em que os tradicionais métodos dos samurais eram aos poucos substituídos por armas de fogo(ainda primitivas), ele simbolizou o auge do bushido (caminho do guerreiro), no qual um homem com uma espada na mão representava o máximo da realização individual.

Musashi Sensei, como é chamado até hoje pelos discípulos de seu estilo de luta, viveu de 1584 a 1645, enfrentou mais de 60 duelos em toda a sua vida e os maiores guerreiros de sua época, sem nunca perder um duelo sequer. 

Musashi viveu na época dos últimos grandes duelos em um período de mudanças na história japonesa no início do período Edo, de 1603 a 1868. Segundo ele mesmo relata em seu livro, aos 13 anos participou de seu primeiro duelo. Shinmen Bennosuke, como era chamado na infância, aprendera o Kenjutsu (estilo de luta com duas espadas) com seu pai Shinmen Hirata Munisai e, é claro, venceu seu primeiro adversário. 

Vários espadachins percorriam o país, alguns simplesmente procurando um adversário famoso como forma de promoção, outros realmente buscando aperfeiçoar sua técnica. Musashi era um destes aventureiros. Como narra na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nunca foi derrotado em combate, apesar de ter enfrentado mais de sessenta oponentes, algumas vezes mais de um simultaneamente.

Musashi nasceu na aldeia de Miyamoto, província de Mimasaka, e se chamava "Shinmen Musashi No Kami Fujiwara No Genshin". De seu pai, Shinmen Munisai, um "goushi" (pequeno fidalgo rural, algo entre um camponês e um samurai), teve as primeiras lições com a espada. Aos treze anos, travou seu primeiro duelo, vencendo o então famoso espadachim Arima Kihei.
Diversas Edições de "O Livro dos Cinco Anéis"


Mas sua maior proeza talvez seja a de ter criado um estilo de luta com duas espadas, chamado Niten Ichi Ryu, onde seus discípulos e praticantes têm acesso aos katas e estratégias que o tornou imbatível pelos sessenta duelos. 


Acredita-se que Musashi tenha participado da famosa batalha de Sekigahara que ocorreu em 1600 (Musashi tinha então 16 anos) e deu início ao período Edo, porém é provável que ele tenha participado do lado que saiu derrotado tendo, contudo sobrevivido à batalha e a posterior caçada aos sobreviventes. 

A fama de Musashi como guerreiro começou após ele ter vencido três duelos contra a tradicional família de guerreiros Yoshioka, que já havia sido instrutora do antigo shogun Ashikaga. No entanto, o primeiro dos dois duelos mais importantes de sua vida ocorreu em 1612 na ilha de Funajima, contra o fundador do estilo Ganryu, Sasaki Kojiro que na época era instrutor de um importante senhor feudal.


Em seu livro Musashi conta que sua estratégia para desconcentrar o oponente e vencê-lo foi chegar atrasado ao local do duelo. 


No caminho, Musashi esculpiu uma espada em um remo quebrado e com esta espada desferiu um golpe em Kojiro vencendo o duelo que embora rápido, é um dos mais famosos da história dos samurais. O duelo foi imortalizado em um monumento na ilha de Funajima representando a figura dos dois guerreiros. 

Vale lembrar que, apesar do estilo Niten Ichi Ryu ser conhecido pela luta com duas espadas, contém técnicas com a espada maior (tachi seiho), espada menor (kodachi seiho) e o bastão longo , o bojutsu.


O duelo de Funajima foi um divisor de águas na vida de Musashi porque a partir daí ele começou a refletir sobre como vencera tantos duelos e a dedicar-se a tarefa de deixar um legado para as futuras gerações. 

Foi a partir daí, também, que Musashi começou a se dedicar a outras artes como a pintura, escultura e poesia. Em seu livro Musashi chega a dizer que o segundo duelo mais importante de Musashi ocorreu em 1621. 

Este, foi importante porque foi o primeiro registro oficial de um duelo em que ele usou a técnica que hoje caracteriza seu estilo. 

Seu oponente Miyaki Gunbei após ser derrotado pediu desculpas a Musashi e se tornou seu discípulo.

Um dos fios condutores da narrativa de Musashi é exatamente o nascimento deste estilo, desde a primeira ideia, instintiva, até as poéticas considerações sobre a luta com duas armas.



Pintura de Miyamoto Musashi


Além de ter sido um duelista imbatível, Musashi também se dedicou a outras artes, como a pintura caligrafia e a escultura, e chegou a escrever livros sobre esgrima e estratégia.

Em 1643, ele se retirou em uma caverna conhecida como Reigandō, a oeste da cidade de Kumamoto. Como eremita escreveu o então seu tratado mais conhecido, o Livro dos Cinco Anéis ou"Gorin No Sho". "Go" significa cinco,"rin" significa anéis ,e "sho" significa escrito, pergaminho ou livro. Concluiu no segundo mês de 1645.

Em 1645, no décimo segundo dia do quinto mês (data japonesa), sentindo a aproximação da morte, Musashi liberou-se de suas posses materiais após entregar a cópia manuscrita do Livro dos Cinco Anéis a seu discípulo mais próximo, o irmão mais novo de Terao Magonojo. Nesse mesmo dia, Musashi escreveu o manuscrito Dokkōdō, o Caminho do Andarilho Solitário, em que descreve 21 princípios de vida. Ele faleceu em Kumamoto por volta do dia dezenove do quinto mês, segundo o calendário japonês da época.

A história de sua vida tornou-se uma lenda e forte inspiração para o imaginário japonês, inspirando diversas gravuras Ukiyo-e, livros, filmes, séries de TV, mangás e vídeogames.
"Musashi", o livro.
Ver artigo principal: Musashi (romance)
Ichijoji Sagarimatsu, local da batalha entre Musashi e a escola Yoshioka














"Musashi", o livro de Eiji Yoshikawa, publicado no Brasil pela editora Estação Liberdade, conta parte da vida de Miyamoto. A obra é inspirada em fatos históricos mas não se prende aos mesmos, romanceando os aspectos históricos 

Grande parte dos personagens saíram da imaginação do autor, e mistura-se livremente com outros que realmente existiram. O esqueleto da narrativa, porém, segue a trajetória histórica do famoso espadachim. 

Começamos na batalha de Sekigahara e acompanhamos Musashi por sua peregrinação e vários de seus duelos, como contra Muso Gonnosuke, contra Shishido Baiken, os três duelos contra mestres e discípulos da academia Yoshioka, e o mais famoso de todos, contra Sasaki Kojiro na ilha de Ganryūjima.

Entre um duelo e outro conhecemos os dramas de personagens secundários como o amigo desorientado Hon'iden Matahachi, a vingativa velhinha Osugi, os discípulos mirins Joutaro e Iori, e o romance com Otsu, eternamente apaixonada por Musashi.

Musashi foi originalmente publicado em pequenos capítulos diários no jornal Asahi Shimbun, entre 1935 e 1939. A narrativa tem um estilo folhetinesco, cheio de encontros e desencontros, misturando uma longa história de amor com episódios de aventura, tudo recheado de coincidências.

A ação é muitas vezes surpreendente para o leitor acostumado com histórias ocidentais. Quando esperamos que Musashi acabe com seus inimigos, ele prefere fugir. Quando achamos que não haverá combate, ele desembainha a espada. Quando tudo indica que o beijo dos apaixonados finalmente acontecerá, a mocinha amedronta-se.
Musashi demonstra seu estilo, a Escola de Duas Espadas, gravura ukiyo-e de Kuniyoshi (1846).


Estes comportamentos inesperados talvez sejam fruto simplesmente de diferenças culturais, já que Musashi é, por natureza, um produto destinado ao grande público. Depois de aparecer em 1013 capítulos diários, foi transformado em livro e vendeu mais de cento e vinte milhões de exemplares no Japão.

Quem gosta de uma boa e leve aventura e não se intimida frente a milhares de páginas vai encontrar nos dois grossos volumes de Musashi muitas horas de diversão, além de poder aprender um pouco sobre a história e os costumes do Japão antigo.(...)


Em O Samurai - A vida de Miyamoto Musashi, biografia publicada no Brasil pela Estação Liberdade, o especialista em língua e cultura japonesas William Scott Wilson se baseia em fatos históricos para traçar os caminhos do espadachim. A obra é resultado de extensa pesquisa e traz ainda mapas e vários anexos, como desenhos de autoria do próprio Musashi, que além da habilidade com as espadas, destacou-se como pintor a nanquim, praticante de caligrafia tradicional, estudioso de poesia chinesa e adepto da filosofia zen-budista.

Como mostra o livro, Musashi foi uma lenda de seu tempo. Ignorando as convenções, ele preferia uma espada de madeira e em seus anos de maturidade nunca lutou com uma arma autêntica. 


Foi um mestre em aniquilar os inimigos usando recursos psicológicos que estudava exaustivamente antes dos combates. 


Musashi orientava seus estudos tão arduamente conquistados sobre as artes combatentes para metas espirituais de cunho zen-budista. 


Como nos mostra Scott Wilson nesta biografia, no japonês moderno existem figuras de linguagem que se referem ao caráter “musashiano”, revelando que, provavelmente, o seu nome seja tão ou mais conhecido do que importantes personalidades da história e cultura japonesas.


Os últimos anos de sua vida, Musashi passou como hóspede de seu amigo Hosokawa Tadatoshi, período em que escreveu os “35 artigos na arte do Kenjutsu” a pedido dele e, depois se isolou na caverna de Reigando onde se dedicou a meditação e a prática de sua arte escrevendo ali mesmo o seu “Livro dos Cinco Anéis”.

Musashi matando um nue gigante
O criador de mangás Takehiko Inoue iniciou em 1998 a publicação da série Vagabond, que já reúne mais de 33 volumes no Japão.





Sua criação provou ser mais do que uma versão para os quadrinhos do livro de Eiji Yoshikawa. é uma elaborada e bem pesquisada releitura da vida de Musashi, usando como base o romance de Eiji Yoshikawa, mas não se prendendo a ele.

Sua narrativa elaborada, integrada a um desenho minucioso, tornou a série um sucesso que vendeu mais de 23 milhões de exemplares apenas no Japão, sendo premiada com o Cultural Affairs Media Arts e o Kodansha Manga Award.

No Brasil o mangá foi publicado pela Conrad Editora.

O nipo-brasileiro Júlio Shimamoto (que é descendente de samurais aristocratas que entraram em declínio) produziu várias histórias protagonizadas por Musashi, muitas delas foram compiladas em dois álbuns (Musashi e Musashi II) pela editora Opera Graphica e um (Samurai) pela Mythos Editora, esse último também traz histórias protagonizadas por outros samurai como Zatoichi, o samurai cego criado para o cinema japonês.

Também pela Mythos, Shimamoto ilustrou os livros "Lendas de Musashi" e Lendas de Zatoichi", ambos de autoria de Minami Keizi, precurso do estilo mangá no país.

Musashi também serviu de inspiração para o quadrinista nipo-americano Stan Sakai criasse em 1987, Miyamoto Usagi, um coelho antropomorfizado protagonista da série Usagi Yojimbo (em português: coelho guarda-costa), ambientada no século XVI, no Brasil a série foi publicadas pelas editoras Via Lettera e Devir.

Musashi no cinema e na TV

Personagem de grande apelo popular no Japão, representado em muitas gravuras antigas, Musashi serviu também como fonte de inspiração para diversos filmes, o mais conhecido tem o ator Toshiro Mifune como protagonista) e séries de TV


Musashi também é citado no 21° episódio do anime Samurai Champloo.

Filmografia
Miyamoto Musashi, realizado por Kenji Mizoguchi (1944)

Clique no link acima para baixar o filme na nossa página de downloads.

Miyamoto Musashi 2 - Zoku Miyamoto Musashi: Ichijôji no kettô (Morte no templo Ichijoji - 1955)

Clique no link acima para baixar o filme na nossa página de downloads.

Miyamoto Musashi 3 - kanketsuhen: kettô Ganryûjima (Duelo na ilha Ganryu - 1956)
Miyamoto Musashi 1 - primeiro dos cinco filmes estrelados por Kinnosuke Nakamura (1932-1997), realizados por Tomu Uchida (1961)
Miyamoto Musashi 2 - Hannyazaka no ketto (1962)
Miyamoto Musashi 3 - Nitoryu kaigen (1963)
Miyamoto Musashi 4 - Ichijoji no ketto (1964)
Miyamoto Musashi 5 - Ganryû-jima no kettô (1965)
Miyamoto Musashi, realizado por Tai Katō (1973)

Séries de TV
Sorekara no Musashi (1981), estrelado por Kitaoji Kinya
Musashi, realizado pela rede NHK (2003), com Ichikawa "Ebizo" Shinnosuke

domingo, 26 de fevereiro de 2012

AMOR É TUDO O QUE DEUS ESPERA DE VOCÊ.



Tudo o que existe à sua volta, toda a religião, todas as mensagens que lhe chegam, até a sua própria vida nessa terra, tudo tem uma só finalidade. A finalidade é que possamos desenvolver o sentimento do AMOR. Não existe outra finalidade.

Certa ocasião um discípulo procurou um mestre e lhe perguntou. Você poderia me dizer toda a Bíblia no tempo em que eu permaneço equilibrado em uma perna só?

O Mestre lhe respondeu que seria impossível, porque a Bíblia é um imenso livro em que as pessoas levam um enorme tempo para estudar, as vezes toda uma vida.

Decepcionado o discípulo procurou outro mestre, e esse bem mais sábio, respondeu-lhe, que sim. Poderia dizer-lhe toda a Bíblia no tempo em que ele permanecesse equilibrado em apenas uma perna. 

Dessa forma o discípulo equilibrou-se em uma perna só a espera de que o sábio mestre lhe dissesse toda a Bíblia nesse curto espaço de tempo que poderia levar não mais de dois minutos.

O mestre então lhe falou apenas uma palavra. "AME".

A Bíblia que é o livro que representa para muitas religiões a "Palavra de Deus" resume-se a nos ensinar a AMAR.

Isso fica muitíssimo claro sem nenhuma margem, a dúvidas em duas significativas passagens das escrituras sagradas. Examinemo-las para nos certificarmos.

Mateus 22: 35-40
  • E um deles, doutor da lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo:
  • Mestre, qual é o grande mandamento na lei?
  • E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento.
  • Este é o primeiro e grande mandamento.
  • E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
  • Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.


Vejamos que nessas palavras do mestre Jesus, ele fala sómente de AMOR. Primeiro devemos amar a Deus. A seguir devemos amar o nosso próximo e também devemos amar a nós mesmos. Essas três formas de amar resumem toda a LEI e os PROFETAS, ou seja resumindo. Tudo o que os profetas vieram nos ensinar e escrever, pois foi eles quem escreveram a Bíblia resume-se a AMAR, a Deus, ao próximo e a nós mesmos.

Se observarmos veremos que essa é a grande lei universal. Para isso fomos criados. Para vivermos eternamente em amor. Amando-nos uns aos outros e sendo amados, e sem amor NADA, absolutamente NADA tem mais nenhuma importância. Todos nós precisamos, temos, uma imensa necessidade tanto de amar como de sermos amados.

O maior exemplo de amor veio de Deus em primeiro lugar e de Jesus igualmente. Veja só o que nos informa a Bíblia.


João 3:16

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Se imaginarmos que Deus é senhor de todo o universo, poderíamos pensar que ele não se importaria conosco meros mortais e que seríamos insignificantes para ele. Dentro da nossa ótica de humanos, não conseguiríamos compreender tal demonstração de amor, porque nós não nos importamos muito com o que está distante de nós. Em seu lugar provavelmente nos acomodaríamos e deixaríamos de nos importar com o sofrimento alheio.


No entanto essa nossa reação egoística que é uma reação bastante humana não é a mesma que rege os princípios universais, dos seres que estão em posições angelicais. 

Esses atingiram tal patamar porque já desenvolveram a capacidade de AMAR todas as criaturas, e o amor é o princípio que os rege. Todos eles portanto nos amam, a cada um de nós e se importam conosco. 

Deus sendo o maior de todos igualmente nutre um profundo amor por cada criatura do universo e como um pai zela por todas elas, a um tal ponto que foi capaz de dar o seu filho unigênito para que perecesse por amor a nós. O filho igualmente aceitou essa missão por profundo amor a nós meros mortais, porém candidatos à vida eterna.

Outra passagem que resume bem a importância que tem o AMOR, é a passagem bíblica de Paulo em que ele sabiamente e inspiradamente descreve essa importância para cada um de nós, CRISTÃOS ou NÃO CRISTÃOS.

1 Coríntios 13 



Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.


E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.



E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.



O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.


Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
De acordo com essa passagem de Paulo, resume-se mais uma vez a máxima de que o AMOR é tudo que se pode esperar de nós, e é tudo o que Deus espera de nós.

Não adianta ir à Igreja, e ficar lá dizendo em alto e bom som "GLÓRIA!!!!" se na vida prática se fala mal de alguém (FALTA DE AMOR AO PRÓXIMO) ou se está odiando alguém ou algo. (O ÓDIO É O SENTIMENTO CONTRÁRIO AO AMOR).

Não adianta ir à Igreja e confessar seu sentimento por Jesus, sua crença em Jesus, sua Fé, se você não faz aquilo que ele mais necessita de você que é dar-lhe um copo de água quando ele está com sede, ou dar-lhe um prato de comida quando ele está com fome, ou ir lhe visitar quando ele está preso ou fazer-lhe uma visita quando ele está doente ou dizer-lhe uma palavra de afeto quando ele está em um orfanato ou em um asilo de velhinhos, ou socorre-lo quando lhe pede comida em um sinal de trânsito.

Realmente você que lê essas linhas não deve ter entendido direito. Mas quando é que Jesus está com sede ou com fome ou preso ou doente ou em um asilo ou orfanato?



Você entenderá com essas palavras de 

MATEUS 25: 1 a 46 

E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;

E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;

E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.

Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;

Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me.

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?

E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;

Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.

Então eles também lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos?

Então lhes responderá, dizendo: Em verdade vos digo que, quando a um destes pequeninos o não fizestes, não o fizestes a mim.
E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.



Essa passagem bíblica fala de um grande julgamento. Um julgamento que ocorrerá e ao qual todos nós passaremos por ele. 





Nesse julgamento uns serão aprovados e outros reprovados. Uns ficarão à direita e outros à esquerda. 

O que será então exigido de você? O que lhe será pedido?
Será suas expressões de "GLÓRIA!!!" nos templos? Ou será a sua transformação em um homem de bem. Aquele que não tem mais egoismo, ódio, inveja, antes nele impera a lei do AMOR por todas as criaturas?? Que é capaz de perdoar todo o mal que lhe fizeram?





Mateus 7:21-23

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.

Vede com isso que o que Deus espera de você é sacrifício. Não o sacrifício de subir uma escadaria de joelhos, ou de fazer o caminho de San Tiago de Compostela. 

Ele espera de você o sacrifício de se modificar. De ser mais compassivo, mais caridoso, mais amoroso. De praticar o perdão, de amar a cada um dos que se acercam de você. De ser um ser humano melhor, que se abstenha de criticar, e que veja em cada criatura um filho como o pai o vê.

Isso não é uma tarefa fácil, e creia em mim, que você não conseguirá com perfeição, mas se você se empenhar nesse objetivo, creia em mim, você estará oferecendo a Deus o maior presente que ele espera de você.

Não que ele precise disso, mas simplesmente porque ele te ama tanto que quer que você seja melhor. Porque sabe que assim você também se tornará mais feliz.










quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A BATALHA DE BERLIN

Os últimos dias de Berlim 
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A guerra já estava a muito tempo perdida. A alemanha entre dois rolos compressores, com seus exércitos em frangalhos, sem possibilidades de reação, mas resistindo porque o Fuhrer pretendia que se a Alemanha caisse, o seu povo deveria ser também consumido. A idéia era resistir até o ultimo homem. Mas ele não resistiu. Se ele se matou ou se fugiu, o que é a teoria que atualmente está sendo levantada, o fato é que não resistiu até o fim abandonando o barco antes do desfecho final e deixando seus comandados à própria sorte. Quando a notícia do seu suicídio espalhou-se, os soldados alemães que ainda resistiam, sentiram-se traidos, abandonados.

Movimentações que ocorreram nas últimas duas semanas que antecederam a queda da Alemanha. 

Começa a derradeira batalha pela defesa da Alemanha.
Desde o inicio de 1945, que as forças da União Soviética tinham avançado rapidamente e desfeito a resistência alemã na Polónia e na Prússia. O impulso dos exércitos soviéticos parou apenas no rio Oder, a escassos 60km de Berlim, principalmente por causa das cheias que aumentaram em muito o caudal do rio.

As forças soviéticas, com a sua ofensiva do Inverno também tinham ficado desorganizadas e por isso, a ofensiva tinha parado, para que as tropas recuperassem e para que se destruíssem algumas das bolsas de resistência alemã. As linhas mais avançadas dos exércitos soviéticos, encontram-se de 60 a 75km de Berlim.

O ataque final à Alemanha hitleriana, será efetuado por três grupos de exércitos soviéticos (os soviéticos utilizavam a designação «Frente» para referir um grupo de exército).

A norte a Primeira Frente da Bielorussia, sob o comando do marechal Rokossovski, contava com os seguintes exércitos:
2º exército de choque (2 corpos de exército)
65º exército (3 corpos de exército)
70º exército (3 corpos de exército)
49º exército (5 corpos de exército)
19º exército (3 corpos de exército)
5º exército blindado da guarda (1 corpo de exército e duas brigadas)
4ª força aérea

Directamente em frente a Berlim, estão as tropas da 2ª Frente da Bielorrússia, sob o comando do marechal Zhukov, com a incumbência de atacar directamente Berlim e de tomar a cidade com as seguintes forças:
61º exército (3 corpos de exército)
1º exército polaco (5 corpos de exército)
47º exército (3 corpos de exército, 1 regimento blindad, 5 regimentos de artilharia assalto)
3º exército de choque (4 corpos de exército. Um deles blindado)
5º exército de choque (3 corpos de exército)
8º exército da guarda (3 corpos de exército, 3 regimentos independentes de blindados, 7 regimentos de artilharia de assalto)
69º exército (3 corpos de exército, 1 brigada blindada, 4 regimentos de artilharia de assalto)
33º exército (3 corpos de exército)
16º exército aéreo
18º exército aéreo
1º exército blindado da guarda (3 corpos de exército)
2º exército blindado da guarda (3 corpos de exército)
3º exército (3 corpos de exército e 3 regimentos de artilharia de assalto)

A sul a 1ª frente da Ucrânia, sob o comando do marechal Koniev, cujos exércitos se posicionam de forma a poder tomar Berlim, se conseguirem ser mais rápidos que os exércitos de Zhukov.
As forças de Koniev eram as seguintes:
3º exército da guarda (4 corpos de exército, um deles blindado)
13º exército (3 corpos de exército, 1 regimento blindado independente e 4 regimentos de artilharia de assalto)
5º exército da guarda (4 corpos de exército, um deles blindado)
2º exército polaco (3 corpos de exército um dos quais blindado)
52º exército (4 corpos de exército, um deles mecanizado)
2º exército aéreo
3º exército blindado da guarda (3 corpos de exército)
4º exército blindado da guarda (3 corpos de exército)
28º exército (3 corpos de exército)
31º exército (1 corpo de cavalaria, 1 brigada blindada independente)

A situação na frente a 15 de Abril, antes do último ataque soviético. Embora se indique a posição dos dois exércitos alemães, não se mostra a posição relativa dos exércitos soviéticos


Para se opor à avalanche de 26 exércitos soviéticos, as forças alemãs chamaram o general Gothard Henrici, um especialista de acções defensivas, que passa a comandar o grupo de exércitos do Vístula.
O grupo de exércitos do Vístula, era composto pelas seguintes forças:

3º exército blindado (3 corpos de exército e a guarnição de Swinemunde )
9º exército (4 corpos de exército e a guarnição de Frankfurt-Oder)
Existe ainda um corpo de exército de reserva (corpo de exército Steiner)

No flanco sul, participou também na batalha de Berlim, o V corpo de exército, que ficou isolado do resto do IV exército .

A 16 de Abril o principal ataque levado a cabo pelo marechal Zhukov teve lugar directamente sobre o sector de Berlim, defendido pelo 9º Exército, mas durante todo o dia 16 e 17, os alemães conseguem aguentar-se nas posições elevadas se Seelow, ponto estratégico, cuja tomada era necessária para prosseguir a ofensiva.
Mas enquanto os exércitos russos em frente de Berlim marcam passo e não conseguem avançar, a sul, na linha de separação entre o 9º e o 4º exército alemães as tropas do marechal Koniev, romperam as linhas alemãs logo na madrugada de 16 de Abril e avançaram vários quilómetros. Este sucesso do grupo de exércitos de Koniev, leva a que estas forças atinjam uma posição de avanço tal que logo receberam ordens de Estaline para inflectir para norte e tomar Berlim.

A batalha, a partir de aí transformou-se numa frenética corrida entre Koniev e Zhukov, em que cada um deles lutou já não pela vitória sobre os alemães, mas acima de tudo por ser o primeiro a chegar ao centro de Berlim.
Nenhum dos marechais Russos poupou esforços. Quando soube que Estaline tinha dado autorização ao seu rival Koniev, para inflectir para norte e tomar Berlim a partir do sul, Zhukov teve um ataque de ira e deu ordens aos seus exércitos para um ataque em massa.
Ao fim do dia 17 de Abril, quase 48 horas depois do ataque, as linhas de Seelow começam a ceder e os exércitos de Zhukov começam a avançar.
A cidade ficou cercada entre 21 e 22 de Abril e a 25 de Abril as forças soviéticas entram em contacto com as forças americanas em Torgau.
O avanço soviético destroçará o 9º exército alemão, e os restos da sua principal formação - o 56º corpo Panzer - serão forçados a recuar para dentro da cidade[1]. O resto do 9º exército alemão, ficará completamente cercado pelos soviéticos, entrando na última e desesperada batalha da Alemanha, ao lutar desesperadamente contra o cerco soviético, à medida que recua.
Os restos do 9º exército alemão, marcham para ocidente em direcção ao rio Elba, onde se entregam às forças americanas.

Hitler cometerá suicídio a 30 de Abril e a 2 de Abril o entretanto designado comandante da cidade, o General Weidling, comandante do 56º corpo Panzer rende-se. A rendição final e incondicional da Alemanha Nazi, ocorre a 8 de Maio. [1] O 56º Corpo Blindado, era a principal unidade do 9º exército e a violência dos combates separou o exército em vários blocos, um dos quais, constituído por este corpo blindado, foi empurrado para dentro de Berlim.

O drama humano da queda da capital do Terceiro Reich, ao fim do mês de abril de 1945, sob a visão irreversível do ocaso alemão.


- Ficarei em Berlim e aceitarei o fim quando ele vier - declarou Adolf Hitler. 

Os membros de sua roda, que acabam de deixar o bunker e se dirigem de automóvel para a brecha ainda aberta a noroeste, não levam muito tempo para convencer-se de que o fim está próximo. Poder-se-ia mesmo dizer-se que o fim já chegou. Por sobre a cidade em ruínas, o céu mostra-se completamente vermelho. Os cilindros brancos dos projetores da AAA parecem mais guiar os aviões inimigos que buscá-los. As sereias uivam a pequenos intervalos: não há mais sinal de fim de alerta, ainda um bombardeio não terminou e outra vaga já chega. Não mais se distinguem as explosões das bombas dos obuses e do estrondo dos desmoronamentos. 

As Mercedes dos altos dignatários rodam aos solavancos por entre paredes calcinadas, bruscamente obrigadas a parar por uma montanha de escombros ou porque não há mais rua, apenas um gigantesco buraco cheio de água onde os clarões se refletem. Meia volta, é preciso contornar um bloco de ruínas, enveredar por outros corredores de fogo... 

O Führer permanece "no meio dos berlinenses", mas o abrigo da chancelaria é como uma couraça subterrânea, bem protegida, arejada, ainda provida de todas as comodidades, ao passo que os berlinenses se amontoam nos porões e nos abrigos casuais, sacudidos pelas explosões, iluminados a vela ou completamente às escuras. 

Desde o dia 20 de abril não há mais água corrente, nem gás, nem eletricidade. As pessoas vão buscar água nas crateras transformadas em lagos pela ruptura dos encanamentos. Nos porões e abrigos acham-se não apenas civis, homens, mulheres e crianças, mas também militares, soldados e membros do Volkssturm, que abandonaram sorrateiramente as linhas para ver o que sucedera às famílias, correndo o risco de serem apanhados e executados pelos SS e pelos Feldgendarmes. 

O alvorecer do dia 23 chega sem que pare o bombardeio ou o canhoneio, sem que se verifique no inferno berlinense outra mudança além da cor da fumaça negra que substitui o imenso clarão vermelho. Entretanto, mesmo antes do fim dessa mudança de cor, muito antes de clarear o dia, a meia luz indecisa mostra-nos nas ruas devastadas um espetáculo extraordinário: diante dos armazéns, ou do que deles resta, ou diante dos locais que são estabelecimentos, pessoas fazem fila. 

O serviço de reabastecimento continua a funcionar. Teatros, salas de concerto, cafés, foram transformados em centros de distribuição. Aí, enquanto as sereias continuam a uivar, e as bombas continuam a cair sobre a cidade, empregados destacam tíquetes. As pessoas da fila aceitam arriscar a vida para obterem magras rações de pão negro e alimentos-ersatz, que talvez lhes permitam sobreviver. Por vezes, a explosão de um projétil ceifa metade da fila, a outra metade continua firme, com os feridos leves recusando-se a abandonar o lugar. Outras vezes é o edifício do centro de distribuição que desaba, matando os funcionários. Um minuto depois os sobreviventes da fila arremessam-se para assaltar os estoques desmantelados. 

Quando examinamos os relatos e depoimentos sobre os últimos dias de Berlim, constatamos que houve de tudo no seio daquele inferno: ordem e caos, intrepidez e covardia, solidariedade e a lei da selva. É verdade que soldados se escondiam e desertavam, mas também é verdade que outros travavam, com heroísmo, o combate desesperado. 

A 23 de abril, dia de S. Jorge, outrora o patrono do exército imperial, as tropas soviéticas de Jukov entraram na Berlim, propriamente dita, tomando o bairro de Pankov, cinco quilômetros ao norte do centro. As tropas de defesa incluíam homens da Wehrmacht, da Waffen-SS e membros do Volkssturm. Apesar do martelamento de artilharia e aviação, os russos não avançavam como queriam. Os canhões e aviões de ataque soviéticos eram obrigados a não bombardear a proximidade imediata das tropas que progrediam, e justamente aí, na orla da invasão, se aferravam os grupos de defensores. 

Os mais tenazes eram os Waffen-SS e as Juventudes Hitleristas. Entrincheirados nas ruínas, atiravam com metralhadoras e morteiros contra os tanques soviéticos encalhados nos escombros; os tanques eram, por vezes, obrigados a recuar, a guiar pelo rádio os aviões e o tiro dos canhões para estes ninhos de resistência. Grupos escondidos e silenciosos durante horas, atacavam de repente os invasores pelas costas. Viam-se moças de dezessete anos atirando com Panzerfaust contra os tanques, a poucos metros, antes de serem abatidas. 

São esses grupos de combatentes heterogêneos, mal armados, sem ligações entre si, não recebendo, por assim dizer, mais ordens, que vão continuar a luta por vários dias, obrigando os russos a progredir palmo a palmo entre as ruínas, à custa de sete mil mortos; enquanto nos porões três milhões de berlinenses esperam o fim. 

Os moradores dos porões conhecem há muito o ruído das explosões das bombas, e em poucos dias aprendem a distinguir, sem hesitação, o dos obuses. O tiro dos morteiros e das metralhadoras revela-lhes que a batalha se aproxima. Certo dia percebem uma explosão nunca ouvida: ninguém ousa pensar que se trata de uma granada de mão inimiga, e todavia é isso mesmo. Ainda o crepitar das metralhadoras, um tropel de tanques nas ruas. Em seguida, ordens gritadas em uma língua desconhecida. Desta vez têm de se render à evidência: os russos chegaram. 

Os pequenos cavalos dos cossacos escalavam os montes de escombros, entre os restos de paredes cobertas de cartazes mostrando a derradeira proclamação de Göbbels: "Todo alemão deve defender sua capital. As hordas vermelhas serão detidas". Todos os habitantes masculinos entre dezessete e setenta anos receberam ordens de se armar com granadas e fuzis, e combater até a morte atrás das barricadas. Quantos lutaram e quantos se esconderam, impossível saber. Vinte e sete mil soldado da Wehrmacht depuseram armas e foram enviados ao cativeiro. Cadáveres de desertores, presos pela Feldgendarmerie e SS, pendiam das árvores e dos postes de iluminação. Os russos atiram à queima-roupa contra as barricadas; os canhões de 76, 85, 122 e 203 mm martelavam a cidade, onde a população deixava por momentos os porões e abrigos para pilhar o que ainda restava dos armazéns e depósitos arrombados. Nos bairros conquistados, viam-se filas de espera de soldados asiáticos, não diante dos depósitos de víveres, mas à porta dos porões onde mulheres eram violadas. Os mortos desfilavam lentamente pelo Spree e pelos canais. 

O único lugar onde os alemães combatiam ainda na periferia de Berlim era Pichelsdorf, junto ao Havel. Aí, rapazes de doze até dezoito anos, membros das Juventudes Hitleristas, comandados por Arthur Axmann, defendiam-se com fuzis, metralhadoras MG 42 e Panzerfausts contra os russos que os atacavam com artilharia, T-34s e aviões. Pretendia-se manter um acesso à capital para o Exército Wenck. O Exército Wenck deixara de existir mas esses defensores não o sabiam. Hitler não queria sabê-lo, e as Juventudes Hitleristas deixavam-se matar no local para executar sua ordem. De cinco mil desses rapazes, apenas quinhentos sobreviveram. 

Um sol quente brilha através da fumaça. No Tiergarten, outrora um dos mais belos parques do mundo, os incêndios queimam as árvores magníficas, ressecam os rododentros em flor. O ar está envenenado pela putrefação de animais ferozes, vindos com grande dispêndio, de todas as partes do mundo, agora mortos de fome ou pelos projéteis. 

A batalha de Berlim trava-se em três níveis: no ar, onde alguns pilotos alemães vêm, por vezes, empenhar-se com os caças russos em combates desesperados, ou tentam lançar víveres e munições aos últimos sitiados; no chão e também o subsolo da cidade, nos subterrâneos do metrô. Aí se desenrolam lutas pavorosas, quase cegas, a tiros de fuzil, metralhadora, baioneta e à facada. 

Alguns túneis subterrâneos são campos de batalha, outros, abrigos onde os feridos se amontoam numa promiscuidade e numa desordem indescritíveis, militares e civis misturados, com, não raro, feridos russos pelo meio. Waffen-SS despedem-se, ficam nus e apoderam-se das roupas e papéis de identidade dos civis mortos, para tentar fugir a execução certa após a batalha, e alguns assim escaparão, pelo menos os últimos recrutados, os que não tiveram tempo de marcar sob a axila a tatuagem indicando seu grupo sangüíneo. Religiosas, mulheres e moças cuidam desses feridos, alemães e russos, conforme podem, em condições horrendas. 

Em 29 de abril, Hitler, inteirado de que os russos estão avançando por um túnel do metrô que passa sob o Spree, manda inundar o subterrâneo. A ordem é executada e uma avalanche líquida sepulta os feridos, ao mesmo tempo que um batalhão soviético. 

O círculo de ferro e fogo estreita-se cada vez mais. Há canhões russos instalados à porta de Halle, a mil e quinhentos metros da Chancelaria. Snipers subiram ao telhado do Hotel Adlon, a trezentos metros do jardim. 

Aqui, o templo do nacional-socialismo, que deveria testemunhar a glória de Hitler e da Alemanha através dos séculos, jaz em escombros entre poças de água e colunas derrubadas. De pé resta apenas um bloco de cimento flanqueado por duas pequenas torres redondas: o abrigo que protege a escada por onde se desce ao bunker.