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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

MARGARINAS MATAM. PERIGOS DA GORDURA TRANS.

MARGARINAS MATAM
São Paulo – Um estudo publicado no British Medical Journal pode mudar tudo que se sabe sobre dietas. Segundo cientistas, não é um regime à base de gordura saturada que provoca diabetes e problema cardíacos e, sim, um recheado de gordura trans.

De acordo com a pesquisa, o consumo de gorduras trans está associado a um aumento de 30% no risco de uma pessoa ter ataques cardíacos. Os cientistas também descobriram que as pessoas que mantém uma dieta rica em gorduras trans têm 18% mais chance de morrer dos efeitos de uma doença cardíaca.

Devido à utilização desta técnica, os cientistas não puderam responder a todas as questões relacionadas ao assunto. Por exemplo, não havia dados suficientes para determinar se a gordura trans está relacionada a um aumento do risco de diabetes do tipo 2.


Além disso, como as gorduras saturadas são uma classe de compostos, alguns pesquisadores acham que algumas delas são mais saudáveis do que outras. No entanto, é difícil dizer se isso é verdade a partir desta pesquisa, pois os cientistas avaliaram o efeito do consumo de grandes quantidades de gordura saturadas.

Vai e vem de dietas

O estudo desbancou uma ideia aceita por vários médicos e nutricionistas. Ele revelou que as gorduras saturadas não estão associadas a doenças cardíacas, derrame, diabetes ou morte precoce.

No mesmo ano, Keys foi capa da revista TIME e ditou um novo regime para os americanos. Segundo o professor, os cidadãos deveriam cortar as gorduras saturadas de suas dietas de 40% para 15% para evitar o aumento nas taxas de colesterol no sangue.

Vários médicos começaram a dizer para seus pacientes que era mais saudável comer margarina do que manteiga. Porém, aparentemente, o vilão aqui é a manteiga. A margarina é um dos alimentos que mais possui gorduras do tipo trans.
No dia 1º de agosto de 2006 entrou em vigor a norma que obriga os fabricantes a especificarem na embalagem a quantidade de gordura trans contida nos alimentos. A medida determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi festejada por toda a comunidade médica, pois esse tipo específico de gordura faz grande mal à saúde.



A presença das gorduras na alimentação nos últimos 25 anos já teve muitos lances. Como em um jogo de futebol, muitas substâncias já entraram e saíram de campo. “Tira a manteiga, entra a margarina. Sai a margarina e entram os cremes vegetais. A manteiga volta para o banco de reserva. Sai a gordura vegetal hidrogenada. Essa vai para o time das gorduras trans — aquele que joga contra a sua saúde”. Durante muito tempo a manteiga foi a vilã da história e a mocinha, a margarina. Feita a partir de óleos vegetais ela não tem o temido colesterol existente em produtos de origem animal, como a manteiga. 


Mas em 1994 começaram a aparecer estudos mostrando que o processo de fabricação das margarinas embutia uma gordura criada artificialmente e perigosa para a saúde. Eram gorduras trans, presentes em vários alimentos industrializados.
Embora essa gordura seja de origem vegetal, o corpo não pode usála. “Ela é chamada trans (TRANSGÊNICA) porque sua natureza foi mudada — é como uma chave que abre as fechaduras químicas do organismo mas não abre as portas”, explica a endocrinologista Fernanda D’Elia, de São Paulo.
Para entender melhor: para transformar os óleos vegetais em gordura sólida usa-se um processo químico chamado hidrogenação, que embute hidrogênio nas moléculas do óleo. Isso produz gorduras trans que diminuem o bom colesterol do sangue, aumentam o mau colesterol e ainda — segundo um estudo recente da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos — produzem gordura visceral, aquela considerada a mais perigosa para a saúde, que se instala entre os órgãos e fica alojada na barriga. “A gordura espalhada pelo corpo todo faz menos mal do que aquela acumulada na região da cintura”, explica o cardiologista Sérgio Leandro Maciel Pomini, de São Paulo.


Entre os males associados à gordura visceral estão diabetes, hipertensão, colesterol ruim e triglicérides alto — todos eles fatores de risco para o coração. Esse conjunto de problemas é chamado de síndrome metabólica. 

Um estudo publicado na revista científica New England Journal of Medicine constatou que consumir cinco gramas de gordura trans por dia aumenta em 25% o risco cardíaco. Por isso, ela hoje é vista como uma máquina mortífera da alimentação, no que diz respeito às doenças cardiovasculares como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC).

Você confia no que diz a embalagem do produto que você compra? Pois saiba que a PROTESTE Associação de Consumidores descobriu uma quantidade de gordura trans "escondida" em alguns produtos cuja embalagem diz que a substância não existe. A pesquisa foi publicada na edição 10 da revista "Proteste saúde".
A margarina é produzida de óleo vegetal. Através de um processo chamado hidrogenação – reação química de adição de hidrogênio em uma molécula - o componente líquido fica sólido.  Depois são adicionados branqueadores e aditivos. Já a manteiga é de origem animal e é produzida através do leite batido. Depois de ser lavada e manuseada, adquire a forma sólida conhecida.

Falta de informação
Quase todas as margarinas vendidas têm a marcação de zero trans no rótulo. Isso quer dizer que o alimento tem de zero a 0,3 gramas de gordura trans por porção, de acordo com recomendações da Anvisa. A partir de 2003, quando se passou a exigir que a quantidade de trans viesse descrita nos rótulos, os fabricantes procuraram eliminar o ingrediente da composição dos alimentos. Mesmo assim, algumas margarinas ainda têm. “É uma gordura que nosso corpo não reconhece, é vista pelo sistema digestivo como se fosse um polímero, um plástico. Ela acumula nas artérias e, a longo prazo, é muito mais nociva do que a gordura saturada”, explica a nutróloga Marcella.
TIPOS DE GORDURAS E SEU EFEITO

A maioria dos brasileiros não faz idéia do perigo de se consumir gorduras trans. Em uma pesquisa feita pelo Hospital do Coração, em São Paulo, apenas 19% dos entrevistados citaram a trans como exemplo de gordura que faz mal à saúde — e 90% não conseguiram dar mais do que dois exemplos de gordura “ruim”.

Modificada quimicamente
“Todas as margarinas com zero trans tem gordura interesterificada”, alerta Marcella. Foi uma forma de os fabricantes substituirem a trans sem fazer com que os produtos ficassem menos cremosos. Essa gordura é um óleo vegetal modificado quimicamente. Como o processo é recente, não há conclusões sobre qual seria a reação do organismo humano em relação a esse tipo de lipídio.
“Os primeiros resultados não são favoráveis. É provável que ela não seja metabolizada como a trans.”

A gordura trans é muito usada na indústria desde os anos de 1980 porque, além de barata, dá crocância, textura e conserva o alimento sem ranço e por mais tempo que a gordura de origem animal. Está presente em sorvetes, salgadinhos, bolos, chocolates, coberturas, doces, batatas fritas de fast food, biscoitos, cookies, massas folhadas, pizzas, margarinas, molhos prontos para salada, maioneses. Tem mais: muitos produtos feitos em padarias, confeitarias e lanchonetes são preparados com gordura vegetal hidrogenada, principal fonte da gordura trans. Ela também existe naturalmente em produtos de origem animal, como carne de boi, cabrito e cordeiro, leite e manteiga — mas são quantidades muito, muito pequenas.

JOGUE A MARGARINA FORA

Coma comida de verdade. Não coma comida  feita em laboratório.




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