A Petrobrás descobriu mais um reservatório de petróleo e gás abaixo da camada de sal na bacia de Santos, ao sul das reservas gigantes de Tupi. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) recebeu a notificação no último dia 6 de março. A estatal não fez comunicação ao mercado porque ainda não foram feitos testes de produção para avaliar o potencial na jazida.
Esse é o novo poço bem-sucedido na região, que vem sendo encarada como a principal província petrolífera mundial encontrada nos últimos anos. O jornal norte-americano “Washington Post” publicou anteontem a conclusão de Eliott Gue, editor da “Energy Strategist”, noticiando o petróleo em águas profundas no País como “a ultima fronteira no setor” e o Brasil como “um dos atores dominantes nos próximos anos”, referindo-se à descoberta do megacampo de Tupi.
Segundo Gue, a Petrobrás é “reputada amplamente como a estatal de petróleo mais bem gerenciada” e “está na dianteira do novo boom de produção”. O BM-S 8 fica no entorno de uma área com potencial de reservas batizadas pela Petrobrás de “Carioca”, que se estende por quatro blocos exploratórios na porção paulista da bacia se Santos.
Analistas acreditam que essa área pode ser maior que a de Tupi, onde a estatal encontrou de 5 bilhões a 8 bilhões de barris de óleo equivalente (somado ao gás). Em relatório de dezembro do ano passado a seus cliente e investidores, o Banco Credit Suísse estimava a existência de algo entre 7 bilhões a 24,5 bilhões de barris em Carioca.
O BM-S 8 fica numa área chamada de franja do pré-sal, ou seja, na borda dos principais reservatórios identificados. Para o Credit Suisse, o bloco tem o menor potencial dos quatro que compõem Carioca, com estimativas de reservas de 250 milhões e 750 milhões de barris.
A Petrobrás também começou a perfurar o segundo poço do bloco BMS-9 em Carioca. A área se estende ainda ao sul pelos blocos BM-S-21 e BM-S 22, esse último operado pela petrolífera norte-americana Exxon, arrematado nos leilões da ANP. Na porção fluminense da bacia de Santos estão Tupi, Júpiter e Parati, todos já com poços perfurados. (O Estado de São Paulo/Folha de S.Paulo)
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