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63,318COTAÇÃO EM 27/12/2014
Bitcoin: o dólar da internet
A facilidade das compras online atrai cada vez mais clientes interessados em passar boa parte do tempo na frente do computador, recebendo os produtos na porta de casa. Não é à toa que sites como o PayPal conquistam cada vez mais usuários, que usufruem dos serviços para assegurar a facilidade do processo.
Porém, as compras digitais parecem estar prestes a receberem uma nova guinada, dessa vez em relação ao dinheiro gasto nas compras. Você já ouviu falar em “dinheiro digital”, não exatamente aquele que sai do cartão de crédito diretamente para a loja online, mas sim uma moeda web?
Bitcoin
Explicando em termos simples, a Bitcoin (BTC) é uma moeda digital criada por computadores e usada em transações na web. Porém, diferente do que acontece com o seu dinheiro, as moedas criadas não usam bancos, mas sim são passadas de mão em mão sem a ajuda de intermediários.
Logotipo do Bitcoin
Para isso, o sistema se utiliza de um programa de código aberto, que mostra todas as transações realizadas, porém, sem gerenciar o dinheiro (como acontece quando o Banco Central está envolvido). Da mesma forma, o sistema também não é capaz de controlar o câmbio, comprando-as quando estiverem desvalorizadas para conter qualquer tipo de crise.
Criando sua Bitcoin
Criada em 2009 por Satoshi Nakamoto – logo após a crise mundial que afetou boa parte das nações – a Bitcoin é criada usando o seu próprio computador, por meio de uma rede P2P (peer-to-peer). Basta instalar o programa das moedinhas no computador (seja ele Windows, Mac ou Linux) para iniciar o processo.
Uma vez funcionando, o sistema vai criar novas moedas usando o processamento do seu computador para isso. Pense que você está sendo “pago” pelo serviço realizado pelo computador, já que ele funciona para toda a comunidade adepta das Bitcoins.
Porém, a “mineração virtual” não será rentável para sempre, já que é preciso controlar as moedas de alguma forma. Por isso, quanto mais pessoas entrarem na criação das BTC, menos dinheiro o processo de criação de moedas vai render.
A rede conta com um banco de dados que se expande a intervalos de tempo determinados, usando cálculos matemáticos. O computador vai “resolver” os problemas numéricos, criando novas moedas e gerenciando as transações financeiras. Apesar de ser uma transação anônima, os usuários podem ver todo o “caminho” realizado por uma BTC, garantindo que ela não seja gasta duas vezes.
A carteira virtual
Quando você entra na comunidade monetária, seus ganhos serão armazenados em uma “carteira” virtual. Ela nada mais é do que um número arbitrário de chaves que vai “identificar” você quando realizar qualquer transação com bitcoins.
Apesar de não mostrar seus dados para outros usuários, você pode ter ainda mais privacidade criando diversas carteiras de identificação. Afinal, todas as trocas aparecem no Block Explorer, local que controla as transações.
As carteiras (também chamadas de chaves públicas) podem ser visualizadas por qualquer pessoa. Quando você quiser transferir uma quantia para outro usuário, basta ceder a propriedade das suas moedas, colocando-as na “carteira” daquela loja ou do local em que você quer adquirir produtos.
A seguir, a transação será comunicada por meio da rede P2P, que vai processar essa informação e validar tanto as assinaturas criptográficas quanto a quantia compartilhada entre os participantes. As transferências podem demorar um pouco para acontecer, já que os dados precisam passar pela corrente em blocos antes de se tornarem oficiais.
Isso previne que haja falsificação e gastos duplos por parte de cidadãos mal-intencionados, garantindo a segurança do sistema. Ao final do processo, o dinheiro sairá da sua chave pública e será passada para outra chave, garantindo a privacidade dos usuários.
Qual é o limite?
Porém se você pensa que só é preciso deixar o computador ligado para se tornar um “bitmilionário”, as coisas não funcionam bem assim. O sistema limita a criação de moedas a cada etapa em um máximo de 50, que são distribuídas de acordo com o processamento de cada participante.
Todavia, os criadores também estipularam um valor máximo de 21 milhões de bitcoins geradas no mundo, o que reduz as chances de um espiral inflacionário, como aconteceu na última crise mundial.
REDE BITCOIN |
PROGRESSÃO DOS BITCOINS |
O sistema reajusta o nível de dificuldade de criptografia de acordo com o processamento coletivo da rede, portanto, quanto mais perto chegar desse número, mais difícil será conseguir BTC na mineração virtual.
Em longo prazo, o que se espera é que a criação de bitcoins chegue à metade do total em 2013 e cerca de três quartos em 2017. A ideia é que, quando esse total for atingido, o incentivo para o uso das BTC esteja nas taxas de transação, em vez da mineração em si.
Onde gastar
Apesar de se tratar de um sistema relativamente novo, as bitcoins são aceitas em diversos mercados. De acordo com o os desenvolvedores, você pode comprar jogos, softwares, servidores, livros, música, roupas, doações e muito mais.
A página Wiki do projeto traz uma lista com todos os estabelecimentos comerciais que aceitam bitcoins como pagamento por bens de consumo e serviços da web. Como não poderia deixar de ser, as bitcoins também podem ser comercializadas entre pessoas, como forma de investimento.
Vantagens
Com a descentralização das transações de bancos e governos, a bitcoin promete algumas vantagens interessantes para quem procura fazer valer seu dinheiro. Antes de tudo, a transferência de dados diretamente entre usuários diminui os impostos a serem pagos, já que não há intermediários responsáveis pelas taxas no meio do “caminho”.
Por se tratar de uma moeda considerada “global”, a BTC aumenta as possibilidades de que qualquer lugar do mundo faça parte do mundo globalizado. Sem as fronteiras geográficas, aprovações de crédito ou congelamento de contas, as bitcoins ficam livres de restrições comumente associadas ao dinheiro, portanto, podem ser gastas em qualquer lugar.
Desvantagens
Claro que toda ideia diferente da web possui seu lado positivo, porém é preciso ver também o lado negativo das bitcoins. Uma das desvantagens está ligada exatamente à segurança, algo tão importante para um bom funcionamento do processo.
Em caso de roubos, por exemplo, não existe uma forma de rastrear as moedas perdidas ou “estornar” qualquer transação realizada. Mesmo que o Block Explorer mostre, de fato, todas as transações ocorridas, a privacidade das carteiras criptografadas também é vantagem para quem quer roubar sem ser identificado.
No início do mês foram relatados roubos de bitcoins na rede, usando um vírus de computador. Um usuário, que se identifica pelo nome “allinvain”, teve sua carteira roubada, perdendo cerca de 25 mil moedas (o equivalente a 800 mil reais). No mesmo dia, outro usuário veterano também relatou roubos, porém na Mt. Gox (entidade que realiza câmbio de bitcoins por dólares).
No último dia 20, uma conta roubada realizou uma manobra que movimentou negativamente o mundo das BTC. O cidadão vendeu todas as moedas da carteira roubada para a Mt. Gox, para depois comprá-las novamente e, em sequência, retirar as moedas. Porém, isso impactou negativamente na economia das bitcoins, culminando em uma venda em massa da moeda.
Para se ter uma ideia de toda a confusão, o valor de compra das BTC na Mt. Gox caiu de US$ 17,50 para apenas um centavo de dólar. Apesar de a perda ser de apenas 1.000 BTC (limite máximo por dia), a casa de câmbio afirma que vai reverter todas as transações realizadas após a grande venda da carteira roubada, assegurando que o erro não tenha um impacto profundo na economia das bitcoins.
A flutuação constante do valor das bitcoins, aliada à falta de segurança na troca das moedas por “dinheiro real”, transforma a economia em algo que desperta a desconfiança de muitos. Para alguns, as bitcoins representam uma bolha prestes a explodir, devido a sua irregularidade, à falta de uma centralização de “poder” e ao anonimato dos usuários.
É exatamente esse anonimato que trouxe outra polêmica para as bitcoins, já que as moedas estavam sendo usadas para compras ilegais de drogas e outros produtos ilícitos. Pode não ser esse o objetivo das bitcoins, porém é mais um ponto negativo a se considerar.
O futuro das bitcoins
Por se tratar de uma economia nova e pouco explorada, ainda não se sabe qual será o futuro das bitcoins. Enquanto alguns a colocam como um navio prestes a afundar, outros acreditam que ela pode revolucionar a economia da mesma forma que o Torrent influenciou a indústria musical.
Entretanto, o que se pode afirmar é que a BTC ainda precisa se firmar como uma moeda “forte” e estável, que não sofre ataques de vírus ou especulações de qualquer ordem. Ou que, pelo menos, consegue “escapar” desse tipo de atividade ainda mais valorizada, despertando o interesse por partes dos usuários.
A segurança das bitcoins
Uma bitcoin é uma informação criptografada. Não é um papel que se carrega no bolso ou se deposita em um banco. É apenas informação. Para que seja roubada há a necessidade de se ter acesso à essa chave criptografada, e é obvio que muita gente tenta e tem tentado o expediente de roubar essa informação.
Protegendo sua carteira
Assim como na vida real, sua carteira precisa ser protegida. Bitcoin torna fácil a transferência de valores para qualquer lugar do mundo e permite você controlar seu dinheiro. Essas funcionalidades geram grandes preocupações com segurança. Ao mesmo tempo, quando usado corretamente, Bitcoin oferece grandes níveis de segurança. Lembre-se sempre que é sua responsabilidade adotar boas práticas para proteger o seu dinheiro.
Tenha cuidado com serviços online
Você deve estar atento a qualquer serviço designado para a armazenar o seu dinheiro online. Muitas carteiras de troca e virtuais sofreram falhas de segurança no passado e a maioria dos serviços ainda não proporcionam seguro e segurança necessária para serem utilizados para guardar a moeda como os bancos fazem. Por consequência, você pode querer utilizar outros tipos de carteiras Bitcoinpara guardar sua moeda. Senão, você deve escolher estes serviços cautelosamente. Além disso, o uso da autenticação de dois fatores é recomendado.
Pequenas quantidades para uso diário
Uma carteira de Bitcoin é como uma carteira com dinheiro. Se você não deixaria 1.000 dólares em seu bolso, talvez você deva ter a mesma consideração com a sua carteira de Bitcoin. Em geral, é uma boa prática deixar uma quantidade pequena de bitcoin em seu computador, celular ou servidor para uso diário e deixar o restante dos seus fundos em um ambiente seguro.
Faça um backup de sua carteira
Armazenado em um lugar seguro, um backup da sua wallet pode lhe proteger contra falhas humanas e dos computadores. Ele também permitirá que você recupere sua wallet após ter seu celular ou computador roubado, se você mantiver sua wallet encriptada.
Faça o backup completo da sua carteira
Algumas carteiras usam muitas chaves privadas ocultas internamente. Se você só tem uma cópia de segurança das chaves privadas dos seus endereços Bitcoin visíveis, você pode não ser capaz de recuperar uma grande parte dos seus fundos com o seu backup.
Algumas carteiras usam muitas chaves privadas ocultas internamente. Se você só tem uma cópia de segurança das chaves privadas dos seus endereços Bitcoin visíveis, você pode não ser capaz de recuperar uma grande parte dos seus fundos com o seu backup.
Criptografe os backups armazenados online
Todo backup armazenado online é vulnerável a roubo. Mesmo computadores conectados à internet podem ser infectados por softwares maliciosos. Sabendo disso, criptografar os backups que estão expostos é uma boa prática de segurança.
Todo backup armazenado online é vulnerável a roubo. Mesmo computadores conectados à internet podem ser infectados por softwares maliciosos. Sabendo disso, criptografar os backups que estão expostos é uma boa prática de segurança.
Use muitos locais seguros
Pontos únicos de falha são ruins para a segurança. Se o backup não é dependente de um único local, é menos provável que qualquer evento ruim irá impedi-lo de recuperar sua carteira. Você também pode querer considerar o uso de diferentes mídias, como pendrives, documentos e CDs.
Pontos únicos de falha são ruins para a segurança. Se o backup não é dependente de um único local, é menos provável que qualquer evento ruim irá impedi-lo de recuperar sua carteira. Você também pode querer considerar o uso de diferentes mídias, como pendrives, documentos e CDs.
Faça backups regularmente
Você precisa regularmente fazer backup da sua carteira para ter certeza de que todas as recentes mudanças de endereços Bitcoin e todos os endereços que você criou estejam incluídos no seu backup. Porém, em breve, as novas carteiras só precisarão de um único backup.
Você precisa regularmente fazer backup da sua carteira para ter certeza de que todas as recentes mudanças de endereços Bitcoin e todos os endereços que você criou estejam incluídos no seu backup. Porém, em breve, as novas carteiras só precisarão de um único backup.
Encripte sua wallet
Criptografar sua carteira ou seu smartphone permite que você defina uma senha para que ninguém tente retirar seus fundos. Isso ajuda a proteger contra os ladrões, porém não pode proteger contra keylogging de hardware ou software.
Nunca esqueça a sua senha
Você deverá ter certeza que nunca esquecerá sua senha ou seu saldo será perdido permanentemente. Diferente do seu banco, existe um limite para as opções de recuperação de senha com Bitcoin. De fato, você deve estar hábil para lembrar sua senha depois de cada vários anos sem usá-la. Em caso de dúvida, você pode querer manter uma cópia da sua senha em um papel, guardado em um lugar seguro como um cofre.
Você deverá ter certeza que nunca esquecerá sua senha ou seu saldo será perdido permanentemente. Diferente do seu banco, existe um limite para as opções de recuperação de senha com Bitcoin. De fato, você deve estar hábil para lembrar sua senha depois de cada vários anos sem usá-la. Em caso de dúvida, você pode querer manter uma cópia da sua senha em um papel, guardado em um lugar seguro como um cofre.
Use uma senha forte
Senhas que contenham somente letras ou palavras de fácil dedução podem ser consideradas vulneráveis e fáceis de serem quebradas. Uma senha segura deve conter letras, números, sinais de pontuação e ter no mínimo 16 caracteres. As senhas mais seguras são as senhas geradas por programas designados específicamente para este intruito. Senhas fortes são geralmente mais difíceis de serem lembradas, então seja cuidadoso para lembrá-la.
Senhas que contenham somente letras ou palavras de fácil dedução podem ser consideradas vulneráveis e fáceis de serem quebradas. Uma senha segura deve conter letras, números, sinais de pontuação e ter no mínimo 16 caracteres. As senhas mais seguras são as senhas geradas por programas designados específicamente para este intruito. Senhas fortes são geralmente mais difíceis de serem lembradas, então seja cuidadoso para lembrá-la.
Wallet offline para poupanças
Uma carteira offline, também conhecida como cold storage (armazenamento frio), provê o mais alto nível de segurança para a sua poupança. Trata-se de armazenar uma carteira em local protegido que não está ligado à rede. Quando feito corretamente, pode oferecer uma boa proteção contra vulnerabilidades de computadores. Usando uma carteira offline em conjunto com backups e criptografia é também uma boa prática. Aqui está um resumo de algumas abordagens.
Assinando transação offline
Carteiras de hardware
Mantenha seu software atualizado
Utilizar a versão mais recente do software Bitcoin permite que você receba correções estáveis e seguras. As atualizações podem previnir problemas de várias severidades, incluindo novas funcionalidades e mantendo sua carteira segura. Instalar as atualizações para todos os outros softwares do seu computador ou dispositivo móvel também é importante para manter sua carteira em um ambiente seguro.
Proteja-se contra roubos usando Multi-assinaturas
Bitcoin inclue uma característica multi-assinatura que permite que uma transação requeira aprovações múltiplas independentes para serem usadas. Isto pode ser utilizado por uma organização para dar aos seus sócios acesso aos seus tesouro e somente permitir um saque se 3 a 5 sócios assinarem pela transação. Algumas carteiras web também fornecem carteiras multi-assinaturas, permitindo que o usuário mantenha controle sobre o dinheiro e ao mesmo tempo previna um ladrão de roubar fundos ao comprometer um único dispositivo ou servidor.
Pense sobre o seu testamento.
Seus bitcoins podem ser perdidos para sempre, se você não tiver um plano de backup para os seus amigos e familiares. Se o local de suas carteiras ou suas senhas não são conhecidos por ninguém, no caso de você falecer, não há esperança de que os seus fundos jamais serão recuperados. Tomando um pouco de tempo para pensar sobre estas questões podem fazer uma enorme diferença.
GRÁFICO DE VARIAÇÃO DO VALOR DE BITCOIN EM 28/12/2014 |
Uma das preocupações de quem deseja investir em bitcoins ou aceitar pagamentos com o dinheiro digital é a confiabilidade desse mercado. Somente em 2013, o valor da moeda em relação ao dólar teve alta gigantesca, pulando de US$ 47 (cerca de R$ 110) em abril para US$ 1.151 (R$ 2.711) em dezembro. Entretanto, em apenas um dia, chegou a cair cerca de 50% (de US$ 1.151 para US$ 576) para depois voltar a subir. Essas flutuações, além da segurança virtual, podem comprometer a moeda.
O universo dos bitcoins ainda é novo. Criado em 2009, esse método de pagamento se popularizou apenas no ano passado. Com isso, a moeda ainda é aceita em poucos lugares. No Brasil, de acordo com o site "Coin Map" (que exibe quais locais aceitam a moeda no mundo), estão registrados apenas 38 estabelecimentos que têm essa forma de pagamento. A maioria, no entanto, é composta por casas de câmbio, e não por serviços ou produtos tangíveis.
MAPA DOS LUGARES QUE ACEITAM BITCOINS - COMO PODE SER VISTO, NO BRASIL SÃO MUITO POUCOS, MAS NOS ESTADOS UNIDOS E EUROPA SÃO PROPORCIONALMENTE MAIORES. |
Essa falta de aceitação, segundo o economista Samy Dana, enfraquece os bitcoins e resulta em variações absurdas no preço da moeda. "Quando quase ninguém aceita a moeda em troca de algo físico, sua única funcionalidade vira a especulação em casas de câmbio. E quem usa a moeda para especular se beneficia com a flutuação de preços, podendo comprar em baixas e vender nas altas", explicou.
Dana compara ainda um bitcoin que não é aceito por quase ninguém com as milhas de viagem. "Quando você ganha milhas para viajar de avião, só é possível trocá-las em determinadas empresas. Se a moeda digital não for amplamente aceita, ela vai se transformar em só um vale", disse.
Outro fator para enfraquecimento da moeda é a descentralização de informações, que culmina na existência de várias Bolsas ao redor do mundo. "Um usuário pode comprar bitcoins em um país e revender em outro onde a cotação esteja mais alta, pois essa moeda digital não fica presa nas Bolsas, como acontece com as ações tradicionais. Isso é chamado de arbitragem", explicou Ricardo Rochman, professor de economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Fernando Ulrich, economista e escritor do livro "Bitcoin – a moeda na era digital", concorda que a possibilidade de se realizar arbitragem e a flutuação do preço são problemas da moeda, mas aposta em uma reviravolta. "Quando mais pessoas aderirem, o mercado se tornará estável. Isso vai diminuir as oscilações de preço. As variações são normais porque o mecanismo ainda é muito novo", defendeu.
No Rio de Janeiro alguns poucos estabelecimentos aceitam Bitcoins.
Clinica Dr. Pedro L Briggs *
Rua Voluntários da Pátria 445
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
A gigante da indústria de software, Microsoft, anunciou que passou a aceitar bitcoins como forma de pagamento em sua plataforma online para compras de apps, jogos de Xbox e conteúdo mobile. O anúncio é o resultado de uma integração com a americana BitPay, um dos gateways de bitcoins lideres no mundo.
A Microsoft segue uma crescente onda de empresas que aderem ao bitcoin, que inclui empresas como Dell, Expedia e Overstock.com.
Nunca o termo “Bitcoin” esteve tão popular como na atualidade. A criptomoeda que surgiu em 2008 alcançou no final de 2013 os seus índices mais altos de valor, chegando a valer mais de R$ 2.000 para cada bitcoin investido.
Mas como isso funciona exatamente e, principalmente, de que maneira pessoas comuns, como eu e você, podem comprar, vender, investir e utilizar esse dinheiro virtual? É o que vamos explicar neste artigo. Se você ainda não sabe exatamente o que são as bitcoins, recomendamos a leitura do artigo “Bitcoin: o dólar da internet”.
Entretanto, antes de efetuar qualquer transação envolvendo o seu dinheiro, lembre-se que o bitcoin ainda não é uma moeda regulamentada. Por conta disso, caso aconteça alguns imprevisto e os seus bitcoins sejam roubados, você não terá a quem recorrer, uma vez que nem o Código de Defesa do Consumidor e nem Código Civil dão algum respaldo para essas transações.
O primeiro passo: entendendo os riscos
Vamos reforçar novamente: esse é um artigo explicativo demonstrando como comprar e vender bitcoins no Brasil e não se trata de um guia de investimentos. Para a elaboração deste artigo, usamos quantias mínimas para as transações financeiras e não recomendamos que você invista o dinheiro das suas contas ou dos seus bens antes de consultar um especialista em negócios. Tenha certeza do que está fazendo e não aja por impulso.
Entendi. Estou pronto para começar
Assim como a Bolsa de Valores, todas as transações feitas envolvendo bitcoins são centralizadas em empresas financeiras autorizadas a operar com a moeda. Existem diversas companhias operando com bitcoins no país, mas a mais conhecida entre elas é a Mercado Bitcoin – companhia que utilizaremos como exemplo neste artigo.
No início do mês, a empresa esteve na Campus Party Brasil 2014 mostrando o primeiro caixa eletrônico de bitcoins da América Latina.
Efetuando o cadastro
O primeiro passo que você deve fazer é acessar o site do Mercado Bitcoin e efetuar um cadastro. No canto superior direito, selecione a opção “Novo usuário” e preencha os seguintes dados: usuário, email e senha. Concorde com os termos de serviço e aguarde um link de confirmação que será enviado para o endereço que você informou.
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