Os
trabalhadores estão em greve para defender direitos, empregos e
salários, para impedir a venda da Petrobrás e a entrega do pré-sal que é
o nosso passaporte para o futuro.
A
Petrobrás tem sido alvo de uma campanha difamatória sem precedentes. A
campanha cresceu depois de anunciada a província do pré-sal, maior
descoberta de petróleo dos últimos tempos. São bilhões de barris que
podem garantir o abastecimento do país nos próximos 50 anos.
A
descoberta do pré-sal só foi possível graças à retomada dos
investimentos pelo governo federal depois da eleição de LULA em 2002, e desde 2003, e à capacidade dos
trabalhadores brasileiros que desenvolveram tecnologia inédita no mundo.
Os avanços da tecnologia nacional nessa área vêm rendendo à Petrobrás
reconhecimento mundial. Tanto é assim que a companhia voltou a receber,
em 2014, prêmio internacional equivalente ao Nobel da indústria do
petróleo.
Mas o
mesmo governo do PT que retomou a indústria naval, reavendo milhares de
empregos que haviam sido sucateados por FHC; o mesmo governo que
alavancou a Petrobras, multiplicando o seu valor de mercado, agora está
propenso a adotar as políticas destrutivas de seus antecessores.
Os
governos petistas detiveram o fatiamento da Petrobrás, impedindo a venda
da empresa na forma de “Unidades de Negócios”, como pretendia FHC. Mas
agora está adotando a velha receita, com a venda de ativos lucrativos,
ou seja, esfacelando a companhia.
Em
2010, a Petrobrás fez a maior capitalização da história do capitalismo.
Em junho de 2015, numa demonstração da credibilidade da empresa
brasileira, foram vendidos instantaneamente na Bolsa de Nova Iorque
2,5 bilhões de dólares em bônus, a serem resgatados daqui a 100 anos!
Debaixo
dos ataques da Operação Lava Jato, a companhia conseguiu aumentar sua
capacidade de refino; chegou a ocupar a posição de primeira produtora de
óleo do mundo, dentre as empresas de economia mista, ultrapassando a
americana Exxon Mobil; e atingiu recordes de produção. O pré-sal já
produz um milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer, juntos,
todos os países do Mercosul.
Os inimigos da Petrobrás não descansam nunca
Nós,
trabalhadores da Petrobrás, não vamos aceitar sem resistência à
destruição desse patrimônio. Fruto da cobiça, principalmente do capital
internacional, a Petrobrás sempre enfrentou inimigos ferozes que
tentaram impedir a sua criação. Isso quando o petróleo era apenas um
sonho. Imaginem agora que é uma promissora realidade! Sua criação, em
1953, só foi possível graças à maior campanha cívica que esse país já
assistiu, “O Petróleo é Nosso!”.
A
Petrobrás chega aos 62 anos de idade sem jamais deixar faltar
combustíveis e derivados de petróleo em todo o território nacional. Esse
é um dos motivos que a tornam uma empresa estratégica e que deve ser
mantida sob controle do estado brasileiro.
Mas o
relevante papel da Petrobrás para o Brasil não é lembrado pela maior
parte da mídia. Ao contrário, cotidianamente só se fala em corrupção,
massacrando e fazendo uma verdadeira lavagem cerebral no povo, como se
na companhia só existisse sujeira.
Acordem,
brasileiros! Não se deve acreditar em tudo o que a mídia corrompida
diz. A imprensa é tão tendenciosa que a Petrobrás precisou pagar matéria
para divulgar um importante prêmio internacional que recebeu, por sua
excelência. Só viram manchete as notícias negativas sobre a empresa,
oriundas da Lava Jato. Fica pergunta: que sórdidos interesses se
escondem por trás dessas práticas?
Porque estamos em greve
-Porque
temos orgulho de trabalhar na empresa que impulsiona o crescimento do
país, financiando, com seus impostos, 80% das obras do PAC. Essa empresa
deve valorizar os seus trabalhadores, primeirizar os terceirizados,
garantir os empregos e direitos de todos nós para a superação das
dificuldades que o país atravessa.
- O
Brasil é o segundo maior canteiro de obras do planeta, só perdendo para a
China. A Petrobrás gera milhões de empregos diretos e indiretos. A
solução para o país não é botar o pé no freio nem andar de marcha à ré. É
apostar no avanço social e na empregabilidade.
-
Exigimos a conclusão das refinarias do Maranhão e do Ceará que
permitirão ao Brasil alcançar a autossuficiência no refino. Exigimos a
retomada do braço petroquímicos, um dos mais lucrativos do setor
petróleo. Se a Petrobrás, sozinha, é responsável por 13% do PIB
nacional, a expectativa é que esse percentual dobre com a conclusão
dessas obras.
-
Lamentavelmente, o governo Dilma segue na contramão da nossa autonomia.
Devia investir na Petrobrás, mas escolheu reduzir seu tamanho,
colocando em pauta a venda de ativos (ou seja, a venda de setores da
empresa altamente lucrativos, como dutos, terminais, a BR Distribuidora
e uma lista sem fim que vem sendo mantidas a sete chaves: o que estarão
negociando?
- A
redução dos salários e dos direitos dos trabalhadores petroleiros é
parte desse “pacote de maldades”, embora a Petrobrás gaste com a folha
de pagamento de seus empregados cerca de 4% de seu faturamento, o
equivalente à metade do que gastam suas concorrentes.
A greve
dos petroleiros é pela retomada dos empregos, do crescimento do país e
da nossa soberania. É uma greve que representa interesses maiores que os
da categoria. Precisamos do seu apoio e solidariedade. Exatos 20 anos
depois da célebre greve de 1995, que impediu a privatização da empresa
por FHC, retornamos com o mesmo slogan e a mesma luta:
Somos todos petroleiros!
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