familia espiritual |
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações.
Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem.
Muitas vezes, até, uns seguem a outros na vida terrena, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento.
Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento.
Recentemente assistindo ao seriado VIKINGs que conta a história de um povo conquistador como era Gengis Khan, acabamos por nos envolver com os personagens desse seriado e a conhecer o seu estilo e modo de vida, suas crenças, seus deuses, que eram diferentes dos Cristãos católicos da época.
Esses povos nórdicos eram grandes guerreiros, acostumados com a rudeza do trabalho pesado e com as lutas. Não tinham medo da morte pois acreditavam que ao morrerem iriam entrar em uma cidade espiritual chamada Valhalla que era o sonho de todos eles.
VALHALLA, a cidade dos VIKINGS. |
De fato todos os povos e costumes tem as suas cidades espirituais para onde vão quando no mundo espiritual, desde que mereçam isso, onde uma grande família espiritual os espera, reunidos pelas crenças e afinidades.
Por exemplo, a cidade prometida aos judeus é bem descrita no livro do Apocalipse.
Veja a projeção da Cidade Santa sobre o oriente médio, considerando que o centro da Jerusalém Celeste está sobre o centro da Jerusalém ... |
E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu.
E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.
E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel.
Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas, do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas.
E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro.
E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro.
E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais.
E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à medida de homem, que é a de um anjo.
E a construção do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro.
E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda;
O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.
E as doze portas eram doze pérolas; cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.
E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro.
E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.
E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.
E a ela trarão a glória e honra das nações.
E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.
Essa cidade descrita no Livro do Apocalipse é a Santa Jerusalém que irá descer dos céus e que tem os nomes das doze tribos de Israel, de onde depreendemos que será herdada pelos Judeus já convertidos nessa época, e segundo os Cristãos Evangélicos, por todos os salvos.
Mas existem outras cidades no mundo espiritual que são abrigos para espíritos com outras afinidades. Podemos por exemplo falar de Aruanda que abriga alguns espíritos vinculados a tradição Africana e Afro-Brasileira.
Aruanda seria a denominação de uma colônia espiritual, assemelhada à colônia Nosso Lar, descrita no livro Nosso Lar, de André Luiz (espírito), psicografado pelo médium Chico Xavier. Em Aruanda, porém, estariam presentes elementos magísticos da cultura africana, em sincretismo com simbolismos da cultura judaico-cristã.
As Cidades etéricas de ARUANDA e ASHAN
ARUANDA |
Ambos os lugares representam enormes cidades de luz etéricas que orbitam a estratosfera da TERRA, similares a cidade nórdica de ASGARD. ASHAN é uma outra cidade similar a ARUANDA, que órbita da mesma forma a Terra a milhares de anos e representa da mesma forma, um ponto como se fosse um Portal de acesso para o nosso plano.
Todas representam na verdade Merkabas (cidades) de luz entre a 5ª Dimensão e a 8ª Dimensão, onde diversos Mestres de luz e irmãos da espiritualidade desenvolvem suas atividades de ajuda a humanidade e a biosfera de uma forma geral. São enormes naves da Federação que tem a função de dar sustentação aos irmãos que já estão dentro da luz, que ainda tem um grande serviço a prestar a humanidade.
ARUANDA representa o foco direto dos trabalhadores que interagem em todos os planos da Terra, desde o foco humano ate o reino mineral, através de seres que já encarnaram na Terra e tem uma missão de resgate para com a mesma.
Aruanda possui um diâmetro estrutural de mais de 50Km e uma população media de 5 milhões de irmãos espirituais da Terra e do espaço, que estão a serviço da libertação e ajuda a humanidade e aos seres que ainda estão presos no Umbral e nos planos intra-terrenos.
Esses 5 milhões de irmãos atuam em diferentes áreas da Terra e se manifestam dentro de muitas linhas para poderem se comunicar com a nossa civilização, a mais conhecida é através do processo mediúnico, onde entidades supostamente desencarnadas, estão ajudando as pessoas dentro do espiritismo, mas existem muitas outras que atuam sobre a humanidade.
Aruanda representa uma ilha paradisíaca assim como muitas outras, que ajudam na repolarização da Barreira de Freqüência da Terra. Alem disso são as universidades de despertar dos filhos que desencarnam e passam a atuar na Terra através da espiritualidade, para darem continuidade as tarefas de ajuda a humanidade, que estão comprometidos com as hierarquias de amor e de luz de Sananda e dos outros mestres.
Aruanda possui diversos merkabas (cidades) menores ou OVNIS como nós da Terra denominamos, que atuam sobre diversos aspectos na ajuda planetária. Ela órbita da Terra de forma sistêmica, similar a Lua, para poder estar atuante em diversos pontos.
Esta cidade etérica da Federação possui cerca de 4 milhões de anos da nossa contagem e esta orbitando a Terra a mais de 475 mil anos.
Diversos merkabas ou cidades orbitais, que são na verdade grandes naves da Federação, foram colocadas ao redor da Órbita da Terra, para ajudar a sustentar o acoplamento da barreira de Freqüência e isolamento da Terra em relação as contaminações radioativas e de formas pensamento, que estavam sendo geradas pelos processos reinantes na Terra naquela época. Foram cerca de 33 Cidades ou naves Mães desse porte que foram estacionadas ao redor da Terra, sendo que hoje todas elas estão em plena atividades. Cada uma com suas respectivas funções, que são em parte muito similares, voltadas para culturas especificas de cada parte da Terra.
ASHAN por exemplo possui um diâmetro central de 64 Km e uma população de cerca de 3 milhões de seres. Representa um importante foco de ensino e templos de resgate para repatriamento das almas que são preparadas nela, para que possam ser redirecionadas para seus mundos originais, antes de iniciarem as encarnações na Terra.
Muitos dos mestres de Cura Quântica Estelar, que os alunos receberam, são dessa cidade, que a utilizam como portal de comunicação e acesso a Terra. Existe uma ligação direta entre Aruanda e Ashan, devido a conexão de seres que atuam em ambas as cidades e que representam importantes focos de luz para a humanidade.
COLÔNIA ESPIRITUAL NOSSO LAR |
Nosso Lar é um dos livros psicografados pelo médium brasileiro Chico Xavier, que compõem uma coleção intitulada A Vida no Mundo Espiritual, atribuída ao espírito André Luiz. No movimento espírita brasileiro essa coleção é também conhecida como Série Nosso Lar.
Clássico da literatura espírita brasileira, Nosso Lar é um romance que versa sobre os primeiros anos do médico André Luiz após sua morte, numa Colônia Espiritual Nosso Lar, espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. O romance levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de causa e efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.
A novelista Ivani Ribeiro teve o livro Nosso Lar entre suas bases para escrever a novela A viagem, que até agora teve produzidas duas versões, ambas com sucesso e impulsionando a venda de literatura relacionada ao tema.
Nosso Lar obteve o primeiro lugar entre os dez melhores livros espíritas publicados no século XX, segundo pesquisa realizada em 1999 pela Candeia Organização Espírita de Difusão e Cultura).
Desenhos minuciosos do mapa da cidade Nosso Lar assim como a arquitetura das edificações, ministérios e casas, foram criados pela médium Heigorina Cunha através de suas observações realizadas durante supostos desdobramentos (saídas do corpo) em março de 1979, conduzidas e orientadas pelo espírito Lucius. Estes desenhos serviram de inspiração para criar o visual arquitetônico da cidade que se vê na adaptação cinematográfica da obra, o filme Nosso Lar. Seus desenhos foram esclarecidos e confirmados por Chico Xavier de que se tratava realmente da cidade Nosso Lar. A obra de Chico Xavier, também ganhou versão para o teatro, com direção de Gabriel Veiga Catellani.
“Os espiritos estão por toda parte no espaço e ao nosso lado, vendo-nos e acotovelando-nos de contínuo.” Por isto, alguns espíritas acreditam que o além é “continuum”, ou seja, que não existem dimensões que possam separar ocasionalmente, os espíritos um dos outros, mas isto é um erro. Vejamos:
Apesar dos espíritos estarem por toda parte, isto não vale para todos, pois há lugares interditados aos inferiores. As regiões que os bons habitam estão interditadas aos Espíritos imperfeitos. O que pode separar as várias faixas evolutivas, não são apenas os planetas nos quais os espíritos pertençam, pois no próprio espaço, existem gradações, como ilustra a comunicação de um espírito (médico russo) neste trecho do livro O Céu e o Inferno de Kardec: “Tudo que não seja planeta constitui o que chamais Espaço e é neste que permaneço. O homem não pode, contudo, calcular, fazer uma idéia, sequer, do número de gradações desta imensidade.” “Os da mesma categoria se reúnem por uma espécie de afinidade e formam grupos ou famílias...”
Os espíritos não ficam a todo tempo misturados.
“A localização absoluta das regiões das penas e das recompensas só na imaginação do homem existe”. Porém, estes grupos ou famílias poderiam existir no espaço de maneira relativa, em algum lugar, enquanto fosse útil a reunião destes ou para atender alguma finalidade, como de socorro aos recém desencarnados.
A ideia intuitiva destas grandes famílias espirituais, ou grupos de espíritos afins (bons ou maus) talvez seja a origem de muitos mitos que dividem a realidade em Inferno, Terra e Céu.
Como podemos deduzir isto? Da constatação de que a ideia de vários níveis espirituais é bastante antiga, como nos mostra o filósofo das religiões Mircea Eliade, no livro Imagens e Símbolos: “Temos motivos para crer que a imagem de três níveis cósmicos é bastante arcaica; ela encontra-se, por exemplo, nos pigmeus Semang da península de Malaca”. E também por estas idéias não serem exclusivas do Catolicismo, da Idade Média ou mesmo do Mundo Ocidental, elas se encontram mesmo generalizadas, como ilustra outra vez Mircea Elíade, na mesma obra citada anteriormente: “A Índia de Veda, a China antiga, a mitologia germânica tal como as religiões «primitivas» conhecem, sob formas diferentes, esta Árvore Cósmica, cujas raízes mergulham até aos Infernos e cujos ramos tocam o Céu.
Nas mitologias centrais e norte - asiáticas, os seus sete ou nove ramos simbolizam os 7 ou 9 níveis celestes, ou seja os sete céus planetários” (Grifos meus).
Então, apesar destes mitos arcaicos descreverem muitas vezes visões distorcidas da realidade, com penas eternas, regiões rigidamente separadas uma das outras como o céu e o inferno na tradição cristã e outras interpretações possíveis, não está aí uma intuição da realidade espiritual?
Observamos que, juntamente com a lógica Doutrinária, há um embasamento histórico na crença em grupos, ou famílias reunidas por afinidade no plano espiritual quando trabalhamos com a hipótese que a nossa vivência pregressa em muitos destes grupos, contribuiu para a formação dos mais variados mitos sobre os “níveis celestiais”.
Entretanto, não são somente os encarnados que nos falam de níveis cósmicos, às vezes, são os próprios espíritos que nos revelam como seria estruturado o mundo dos espíritos.
Por exemplo, no livro psicografado, “Cartas de Uma Morta”, publicado em 1935 encontramos: “A terra é o centro, isto é, a sede de grande número de esferas espirituais que a rodeiam de maneira concêntrica”. Como nas Obras Básicas, não há menção que o mundo espiritual se estruture exatamente desta forma, então, devemos entender que, muitas vezes, os espíritos nos falam sobre coisas que estão limitadas as suas ou a nossa visão de mundo, ou como entendem a realidade.
Talvez isto decepcione os espíritas iniciantes, mas os espíritos não têm posse de toda a verdade, senão gradualmente, conforme o grau evolutivo a que pertençam. Assim, certas informações trazidas pelos espíritos, enquanto não tiverem maior embasamento, podem ser consideradas apenas como hipóteses mais ou menos prováveis.
Entretanto, muitas descrições do mundo espiritual, não tratam de questões escatológicas, ou das estruturas profundas do mundo espiritual, mas sim de coisas bem mais simples como flores, ruas e edificações, elementos que certamente independem de interpretação. A percepção, por exemplo, de um jardim no mundo dos espíritos, por ser um elemento praticamente universal, seria prontamente reconhecido por qualquer um, em qualquer época.
Desta forma, as descrições do além, com elementos universais são bastante comuns como ilustra a tese de doutorado de Fabio Luiz da Silva onde encontramos dois exemplos: Primeiro, numa obra do século VII intitulada, a “Vida dos Santos Padres de Mérida”, onde podemos encontrar o caso do menino Augusto, que ficando doente e de cama, teve algumas visões do plano espiritual, entre as várias descrições achamos: “No jardim havia uma corrente de água cristalina e ao longo desta corrente muitas árvores e flores perfumadas de muitas fragrâncias”.
Segundo, já no século XII, Fábio nos relata o caso das visões de Hildegarda de Bingen que nasceu em 1098, sua obra é conhecida como “Scivias”, sobre suas descrições temos os seguintes comentários: “Em uma de suas visões ela descreve uma cidade quadrada, cercada por três muros, referência às três ordens da sociedade medieval. Dentro destes muros ela mostra numerosos edifícios, igrejas, palácios, colunas e casas comuns.”
Já na Revista Espírita de abril de 1868 localizamos uma mensagem do espírito Makariosenagape do ano de 1798, que relata assim, uma cena no mundo espiritual: “Enquanto assim falávamos a nós mesmos, subitamente uma forma graciosa nos apareceu, saindo de um bosque encantador, e nos saudou amigavelmente” (Grifo meu).
Em 1913 no livro A Vida Além do Véu do REV. G. VALE OWEN, encontramos: “Nós temos montes, rios, belas florestas e muitas casas.”. Na década de 1920, YVONNE A. PEREIRA, começava a receber as mensagens do plano espiritual, que mais tarde ficaria conhecido como Memórias de um Suicida, deste livro o trecho:“Imenso parque ajardinado surpreendeu-nos para além dos marcos, enquanto amplos edifícios se elevavam em locais aprazíveis...” ou também: “A cada um de nós foi servido delicioso caldo, tépido, reconfortante, em pratos tão alvos quanto os lençóis...”.Em 1915 no livro Raymond: Uma Prova da Sobrevivência da Alma, de OLIVER LODGE:
“Eu vivo numa morada (diz ele) construída de tijolos – e há árvores e flores, e o chão é sólido.” E ainda: “Ele diz que agora não tem necessidade de comer. Mas vê pessoas que a têm”. No livro História do Espiritismo publicado em 1926 de ARTHUR CONAN DOYLE, há algumas mensagens interessantes como esta, sobre uma casa no mundo espiritual: “É bonita; nunca vi uma casa na Terra que se comparasse com ela. Tantas flores! – Um mundo de cores em todas as direções; e tem perfumes tão maravilhosos, cada qual diferente, mas tão agradáveis!”, ou esta, comentando sobre a alimentação no mundo espiritual: “Não no vosso sentido, mas muito mais fino. Tão amáveis essências e tão maravilhosos frutos, além de outras coisas que não tendes na Terra!”.
CAIRBAR SCHUTEL, em 1932, no livro A Vida no Outro Mundo, encontramos: "Muitos Espíritos que voltaram, descreveram suas casas e também outros edifícios vistos. As casas para convalescentes tornam-se uma necessidade real, como lugares de repouso para os que passaram pela morte e necessitam de "tratamento", pois, freqüentemente, as tristezas e provações da vida física deixam a sua impressão no perispírito”.
Em 1944, CHICO XAVIER no livro Nosso Lar: “Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos. Desenhavam-se montes coroados de luz, em continuidade à planície onde a colônia repousava” ou também, “A essa altura, serviram-me caldo reconfortante, seguido de água muito fresca, que me pareceu portadora de fluidos divinos”.
Em 1993 no livro Violetas na Janela de VERA LÚCIA M. CARVALHO:“Alimentava-me de frutas, pães e caldos ou sopas de legumes. Gostei muito de todos os alimentos, tudo muito saboroso e energético. A água cristalina é a maior fonte de energia”. E Também: “Abri a janela, que surpresa agradável! A vista dava para o pátio rodeado de árvores e flores.”
Do século VII ao XX quando acabei os exemplos das descrições, são 14 séculos. No entanto, é surpreendente a semelhança das descrições. Podemos apelar para explicar estas “coincidências’, na caluniosa tese de plagio, mas se assim fosse, teríamos toda uma quadrilha de plagiadores desde o ano 601 até os dias de hoje, o que me parece ridículo, além do mais, a moralidade inquestionável dos envolvidos torna a hipótese de plágio ainda mais absurda.
Também é interessante dizer que os livros citados não pertencem todos, a mesma editora, alguns inclusive são de língua original estrangeira, o que dificultaria a ideia fantasiosa da alteração das mensagens psicografadas.
Retirando a opinião pessoal, ou a visão de mundo dos espíritos ou às vezes do próprio médium sobre determinados aspectos da realidade, o que sobra é sempre a mesma coisa: rios, plantas, árvores, pássaros, edificações, enfim, um plano espiritual que é cheio de vida, e qualquer coisa em nós, diz, que não poderia ser diferente.
Termino este texto lembrando Arthur Conan Doyle que na introdução ao livro A Vida Além do Véu escreveu: “Como poderia dar-se essa concordância nas idéias gerais, se não fosse inspirada na verdade?”.
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