Ao ver aquela multidão compactada saudando Lula, com pessoas que vieram até do Acre, e de todo o norte Brasileiro, da Bahia inclusive me pego a pensar.
Qual o político Brasileiro, seria capaz de tanta demonstração de amor? Só Getúlio Vargas chegou perto disso, mas nem tanto. Lula hoje é amado, principalmente por causa da insana perseguição de que é vítima.
Muitos políticos Brasileiros devem ter muita inveja do cacife eleitoral de Lula, e se perguntam. Como poderíamos ter atingido isso?
Uma intervenção de Lula revela que ele é de fato honesto. Ele pede ao Juiz que interceda para que os ipods de seus filhos e netos sejam devolvido. Se ele tivesse milhões escondidos, não se preocuparia com essas quinquilharias.
A resposta está abaixo, e que sirva de reflexão para os políticos que pretendem atingir a popularidade de um dos maiores líderes políticos do mundo. Reflitam sobre o que está abaixo.
O grande príncipe
Um rei oriental, poderoso e sábio, achando-se envelhecido e doente, reuniu os três filhos, deu a cada um deles dois camelos carregados de ouro, prata e pedras preciosas e determinou-lhes gastar esses tesouros, em viagens pelo reino, durante três meses, com a obrigação de voltarem, logo após, a fim de que ele pudesse efetuar a escolha do príncipe que o sucederia no trono.
Findo o prazo estabelecido, os jovens regressaram à casa paterna.
Os dois mais velhos exibiam mantos riquíssimos e chegaram com enorme ruido de carruagens, mas o terceiro vinha cansado e ofegante, arrimando-se a um bordão qual mendigo, despertando a ironia e o assombro de muita gente.
O rei bondoso abençoou-os discretamente e dispôs-se a ouvi-los, perante compacta multidão.
O primeiro aproximou-se, fez larga reverência, e notificou:
— Meu pai e meu soberano, viajei em todo o centro do País e adquiri, para teu descanso, um admirável palácio, onde teu nome será venerado para sempre. Comprei escravos vigorosos que te sirvam e reuni, nesse castelo, digno de ti, todas as maravilhas de nosso tempo. Dessa moradia resplan-decente, poderás governar sempre honrado, forte e feliz.
O monarca pronunciou algumas palavras de agradecimento, mostrou amoroso gesto de aprovação e mandou que o segundo filho se adiantasse:
— Meu pai e meu rei! — exclamou, contente — trago-te a coleção de tapetes mais ricos do mundo. Dezenas de pessoas perderam o dom da vista, a fim de tecê-los. Aproxima-se da cidade uma caravana de vinte camelos, carregando essas preciosidades que te ofereço, ó augusto dirigente, para revelares tua fortuna e poder!...
O monarca expressou gratidão numa frase carinhosa e recomendou que o mais moço tomasse a palavra.
O filho mais novo, alquebrado e mal vestido, ajoelhou-se e falou, então:
— Amado pai, não trouxe qualquer troféu para o teu trono venerável e glorioso... Viajei pela terra que o Supremo Senhor te confiou, de NortE a Sul e de Leste a Oeste, e vi que os súditos esperam de teu governo a paz e o bem-estar, tanto quanto o crente aguarda a felicidade da Proteção do Céu... Nas montanhas, encontrei a febre devorando corpos mal abrigados e movimentei médicos e remédios, em favor dos sofredores. Ao Norte, vi a ignorância dominando milhares de meninos e jovens desamparados e instalei escolas em nome de tua administração justiceira. A Oeste, nas regiões pantanosas, fui surpreendido por bandos de leprosos e dei-lhes conveniente asilo em teu nome. Nas cidades do Sul, notei que centenas de mulheres e crianças são vilmente exploradas pela maldade humana e iniciei a construção de oficinas em que o trabalho edificante as recolha. Nas fronteiras, conheci inúmeros escravos de ombros feridos, amargurados e doentes, e libertei-os, anunciando-lhes a magnanimidade de tua coroa!...
A comoção interrompeu-o. Fez-se grande silêncio e viu-se que o velho soberano mostrava os olhos cheios de lágrimas.
O rapaz côbrou novo ânimo e terminou:
— Perdoa-me se entreguei teu dinheiro aos necessitados e desculpa-me se regresso à tua presença envolvido em extrema pobreza, por haver conhecido, de perto, a miséria, a enfermidade, a ignorância e a fome nos domínios que o Céu conferiu às tuas mãos benfeitoras... A única dádiva que te trago, amado pai, é o meu coração reconhecido pelo ensinamento que me deste, permitindo-me contemplar o serviço que me cabe fazer... Não desejo descansar enquanto houver sofrimento neste reino, porque aprendi contigo que as necessidades dos filhos do povo são iguais às dos filhos do rei!...
O velho monarca, em pranto, muito trêmulo, desceu do trono, abraçou demoradamente o filho esfarrapado, retirou a coroa e colocou-a sobre a fronte —dele, exclamando, solene:
— Grande Príncipe: Deus, o Eterno Senhor te abençoe para sempre! É a ti que compete o direito de governar, enquanto viveres.
A multidão aplaudiu, delirando de júbilo, enquanto o jovem soberano, ajoelhado, soluçava de emoção e reconhecimento.
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