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segunda-feira, 6 de abril de 2020

CORONA VIRUS GRIPE SUINA E GRIPE ESPANHOLA


O que é a COVID-19?

A COVID-19 é uma doença causada por um vírus da família do coronavírus, o SARS-Cov-2. Esse vírus, assim como outros dessa mesma família, é capaz de provocar infecções que afetam o sistema respiratório. Desse modo, ela pode facilmente ser confundida com uma gripe ou resfriado.


A COVID-19 é uma doença causada por um vírus da família dos coronavírus.

Os primeiros casos da doença ficaram conhecidos no final de 2019, quando a Organização Mundial da Saúde foi comunicada a respeito de vários casos de pneumonia, sem causa definida, ocorrendo na cidade de Wuhan, província de Hubei, na República Popular da China. No dia 7 de janeiro de 2020, as autoridades identificaram o agente causador da doença.

Rapidamente a COVID-19 espalhou-se por vários locais do planeta, levando a Organização Mundial de Saúde a classificar a doença como uma pandemia

Até o dia 31 de março de 2020, 846.577 casos haviam sido confirmados e 41.944 mortes haviam ocorrido no mundo.

Quais os sintomas da COVID-19?

Como a COVID-19 é uma doença que afeta o sistema respiratório, seus sintomas estão, principalmente, relacionados a esse sistema, o que a torna semelhante, muitas vezes, a uma gripe ou resfriado.  Até o momento, os principais sintomas conhecidos são febre, tosse e dificuldade para respirar. Mas outros sintomas podem ser observados, como dores, corrimento e congestão nasais, dor de garganta e diarreia.
Vale salientar que algumas pessoas podem ser assintomáticas, ou seja, estarem infectadas, mas não desenvolverem sintomas. Outras, no entanto, podem ter a doença de maneira grave. Essa última situação ocorre, principalmente, em pessoas idosas e naquelas que possuem outros problemas de saúde, como hipertensão, problemas cardíacos e diabetes.
Os principais sintomas da COVID-19 são febre, dificuldade respiratória e tosse.
Os principais sintomas da COVID-19 são febre, dificuldade respiratória e tosse.

Como é a transmissão da COVID-19?

A COVID-19 pode ser transmitida de uma pessoa para outra por meio de gotículas respiratórias eliminadas pelo doente ao espirrar ou tossir. Essas gotículas podem também contaminar superfícies, assim, uma pessoa pode adquirir a infecção ao tocar nessas superfícies contaminadas, pois pode transferir o vírus para os olhos, nariz ou boca. É por isso que devemos manter uma distância de pelo menos 1 metro de pessoas doentes e não tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos sem receber a devida higienização.






VIRUS DA GRIPE "INFLUENZA"

As três pandemias de influenza no século XX acarretaram impacto importante na morbimortalidade por influenza e pneumonia em todo mundo.

A pandemia de 1918 causou mortalidade mais importante do que a da Primeira Guerra Mundial e de outras epidemias, com estimativa de 20-40 milhões de óbitos em todo o mundo. As pandemias ocorrem quando surge um novo subtipo viral pouco conhecido ou desconhecido do sistema imune humano

A origem geográfica da pandemia de gripe de 1918-1919 é desconhecida. Foi designada de gripe espanhola, gripe pneumónica, peste pneumónica ou, simplesmente, pneumónica. A designação "gripe espanhola" deu origem a algum debate na literatura médica da época, que talvez se deva ao fato de a Espanha, não participando na guerra, ter noticiado que civis em muitos lugares estavam adoecendo e morrendo em números alarmantes.

A doença foi observada pela primeira vez em Fort Riley, Kansas, Estados Unidos da América em 4 de Março de 1918,[1] e em Queens, Nova Iorque em 11 de Março do mesmo ano.Os primeiros casos conhecidos de gripe na Europa ocorreram em Abril de 1918 com tropas francesas, britânicas e americanas, estacionadas nos portos de embarque em França.

Em Maio, a doença atingiu a Grécia, Espanha e Portugal. Em Junho, a Dinamarca e a Noruega. Em Agosto, os Países Baixos e a Suécia. Todos os exércitos estacionados na Europa foram severamente afectados pela doença, calculando-se que cerca de 80% das mortes da armada dos EUA se deveram à gripe.A pandemia desenvolveu-se em três ondas epidémicas:

A primeira, mais benigna, termina em Agosto de 1918;

A segunda inicia-se no outono e termina entre os meses de Dezembro e Janeiro, tendo sido de extraordinária gravidade, afetando uma grande parte da população e com uma taxa de letalidade de 6 a 8%;

A terceira e derradeira, começa em Fevereiro de 1919 e termina em Maio do mesmo ano.

A pandemia, caracterizou-se mundialmente pela elevada morbilidade e mortalidade, especialmente nos sectores jovens da população e pela freqüência das complicações associadas. Calcula-se que afetou 50% da população mundial, tendo matado 20 a 40 milhões de pessoas, pelo que foi qualificada como o mais grave conflito epidémico de todos os tempos. A falta de estatísticas confiáveis, principalmente no Oriente (como China e Índia) pode ocultar um número ainda maior de vítimas.
É provável que o vírus responsável pela pandemia esteja relacionado com o vírus da gripe suína, isolado por Richard E. Shope em 1920.
Em Portugal, verificou-se uma elevadíssima taxa de mortalidade, com duas ondas epidémicas e uma ocorrência muito marcada entre os 20 e os 40 anos, que terá causado cerca de 120 000 mortos[2]

VÍRUS DA GRIPE ESPANHOLA RECONSTITUIDO 
No Brasil foram registradas em torno de 300 mil mortes relacionadas à epidemia. A doença foi tão severa que vitimou até o Presidente da República, Rodrigues Alves, em 1919.

Atualmente, há o surgimento de casos humanos de influenza aviária (H5N1), com 307 casos e 186 óbitos, principalmente no continente asiático, além de epizootias em aves domésticas e silvestres em vários países do mundo.

Os casos humanos registrados decorrem de contato próximo com aves doentes e a transmissão entre humanos é nula ou muito esporádica.

Os países desenvolveram planos de contingência para uma nova pandemia de influenza, sob a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), no intuito de minimizar o impacto da disseminação global de um novo subtipo viral.

O estado da Filadélfia nos EEUU teve a taxa de mortalidade a mais elevada no país, com 250 mortes por 100.000 pessoas. Ocorreram 20 a 40 mortes por cada 100.000 pessoas nas cidades que tomaram providencias mais rigorosas.
Os peritos concordam que uma outra pandemia da gripe é inevitável em alguma epoca.

Acontecem, em média, três vezes em um século.
Virus Influenza
A ameaça atual e a mais grande é o vírus da gripe das aves H5N1, que matou 154 pessoas desde 2003. Os especialistas temem que poderia evoluir em uma onda que se espalhe e facilmente provoque uma pandemia.

Entre 40 milhoes e 100 milhoes de pessoas morreram na pandemia 1918 -- mais do que o número de mortos na Primeira Guerra Mundial. E existem semelhanças inquietantes ao vírus H1N1 de 1918, e o que os cientistas dizem.


Pandemia de gripe de 1918
Por: Juliana Rocha



Abrigados em trincheiras, os soldados enfrentavam, além de um inimigo sem rosto, chuvas, lama, piolhos e ratos. Eram vitimados por doenças como a tifo e a febre quintana, quando não caíam mortos por tiros e gases venenosos.
Parece bem ruim, não é mesmo? Era. Mas a situação naquela Europa transformada em campo de batalha da Primeira Grande Guerra Mundial pioraria ainda mais em 1918. Tropas inteiras griparam-se, mas as dores de cabeça, a febre e a falta de ar eram muito graves e, em poucos dias, o doente morria incapaz de respirar e com o pulmões cheios de líquido.

Em carta descoberta e publicada no British Medical Jornal quase 60 anos depois da pandemia de 1918-1919, um médico norte-americano diz que a doença começa como o tipo comum de gripe, mas os doentes “desenvolvem rapidamente o tipo mais viscoso de pneumonia jamais visto.

Duas horas após darem entrada [no hospital], têm manchas castanho-avermelhadas nas maçãs do rosto e algumas horas mais tarde pode-se começar a ver a cianose estendendo-se por toda a face a partir das orelhas, até que se torna difícil distinguir o homem negro do branco. A morte chega em poucas horas e acontece simplesmente como uma falta de ar, até que morrem sufocados. É horrível. Pode-se ficar olhando um, dois ou 20 homens morrerem, mas ver esses pobres-diabos sendo abatidos como moscas deixa qualquer um exasperado”.


A PANDEMIA CHEGA AO BRASIL

No Brasil, a epidemia chegou ao final de setembro de 1918: marinheiros que prestaram serviço militar em Dakar, na costa atlântica da África, desembarcaram doentes no porto de Recife. Em pouco mais de duas semanas, surgiram casos de gripe em outras cidades do Nordeste, em São Paulo e no Rio de Janeiro, que era então a capital do país.
As autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas de Portugal sobre os sofrimentos provocados pela pandemia de gripe na Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada do mal ao país. Mas, com tropas em trânsito por conta da guerra, essa aposta se revelou rapidamente um engano.
Tinha-se medo de sair à rua. Em São Paulo, especialmente, quem tinha condições deixou a cidade, refugiando-se no interior, onde a gripe não tinha aparecido. Diante do desconhecimento de medidas terapêuticas para evitar o contágio ou curar os doentes, as autoridades aconselhavam apenas que se evitasse as aglomerações.

Nos jornais multiplicavam-se receitas: cartas enviadas por leitores recomendavam pitadas de tabaco e queima de alfazema ou incenso para evitar o contágio e desinfetar o ar. Com o avanço da pandemia, sal de quinino, remédio usado no tratamento da malária e muito popular na época, passou a ser distribuído à população, mesmo sem qualquer comprovação científica de sua eficiência contra o vírus da gripe.

Imagine a avenida Rio Branco ou a avenida Paulista sem congestionamentos ou pessoas caminhando pelas calçadas. Pense nos jogos de futebol. Mas, ao invés de estádios cheios, imagine os jogadores exibindo suas habilidades em campo para arquibancadas vazias. Pois, durante a pandemia de 1918, as cidades ficaram exatamente assim: bancos, repartições públicas, teatros, bares e tantos outros estabelecimentos fecharam as portas ou por falta de funcionários ou por falta de clientes.


Pedro Nava, historiador que presenciou os acontecimentos no Rio de Janeiro em 1918, escreve que “aterrava a velocidade do contágio e o número de pessoas que estavam sendo acometidas. Nenhuma de nossas calamidades chegara aos pés da moléstia reinante: o terrível não era o número de casualidades - mas não haver quem fabricasse caixões, quem os levasse ao cemitério, quem abrisse covas e enterrasse os mortos. O espantoso já não era a quantidade de doentes, mas o fato de estarem quase todos doentes, a impossibilidade de ajudar, tratar, transportar comida, vender gêneros, aviar receitas, exercer, em suma, os misteres indispensáveis à vida coletiva”.

Durante a pandemia de 1918, Carlos Chagas assumiu a direção do Instituto Oswaldo Cruz, reestruturando sua organização administrativa e de pesquisa. A convite do então presidente da república, Venceslau Brás, Chagas liderou ainda a campanha para combater a gripe espanhola, implementando cinco hospitais emergenciais e 27 postos de atendimento à população em diferentes pontos do Rio de Janeiro.


Estima-se que entre outubro e dezembro de 1918, período oficialmente reconhecido como pandêmico, 65% da população adoeceu. Só no Rio de Janeiro, foram registradas 14.348 mortes. Em São Paulo, outras 2.000 pessoas morreram.

A EVOLUCAO DE UM VIRUS MORTAL

Ainda hoje restam dúvidas sobre onde surgiu e o que fez da gripe de 1918 uma doença tão terrível. Estudos realizados entre as décadas de 1970 e 1990 sugerem que uma nova cepa de vírus influenza surgiu em 1916 e que, por meio de mutações graduais e sucessivas, assumiu sua forma mortal em 1918.


Essa hipótese é corroborada por outro mistério da ciência: um surto de encefalite letárgica, espécie de doença do sono que foi inicialmente associada à gripe, surgido em 1916.


As estimativas do número de mortos em todo o mundo durante a pandemia de gripe em 1918-1919 variam entre 20 e 40 milhões. Para você ter uma ideia nem os combates da primeira ou da segunda Grande Guerra Mundial mataram tanto. Cerca de 9 milhões e 200 mil pessoas morreram nos campos de batalha da Primeira Grande Guerra (1914-1918). A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) responde pela morte de 15 milhões de combatentes.

A gripe espanhola – como ficou conhecida devido ao grande número de mortos na Espanha – apareceu em duas ondas diferentes durante 1918. Na primeira, em fevereiro, embora bastante contagiosa, era uma doença branda não causando mais que três dias de febre e mal-estar. Já na segunda, em agosto, tornou-se mortal.

Enquanto a primeira onda de gripe atingiu especialmente os Estados Unidos e a Europa, a segunda devastou o mundo inteiro: também caíram doentes as populações da Índia, Sudeste Asiático, Japão, China e Américas Central e do Sul.



Peste a bordo - Por isso, poucos deram atenção às pequenas notícias vindas da Europa sobre uma doença que já vitimara muitas pessoas. A epidemia se alastrou rapidamente pelos países em guerra, derrubando soldados de várias nacionalidades. A Missão Médica já estava em Dacar (Senegal) desde 5 de setembro, juntamente com outros navios do Brasil da divisão de guerra. Mais de 50 brasileiros, médicos inclusos, teriam morrido por causa da influenza. A reação foi de pavor quando o Demerara ancorou no Rio de Janeiro em 14 de setembro, depois de passar por Recife e Salvador trazendo mortos a bordo. A imprensa informava que outro navio, o Highland Glen, trazia jovens cujos pais morreram da doença em Portugal e que tinham como destino a cidade de São Paulo.


No dia 21 de outubro, São Paulo estremeceu: a espanhola fazia a primeira morte, um homem. Segundo Liane Bertucci, "a capital já havia começado efetivamente a parar". Fosse um filme, seria de tirar o fôlego. Repentinamente, as pessoas começam a tossir, suando febris, rostos azulando com a dificuldade respiratória. Os doentes que não são isolados correm desesperadamente para postos de socorro improvisados em escolas, clubes, igrejas, ou para as farmácias atrás de fórmulas que os tornem resistentes à peste - na forma pneumônica, é a morte. Autoridades distorcem e escamoteiam informações sobre a proporção da epidemia. Os médicos, atônitos com a letalidade da doença e a rapidez na propagação, desconhecem e divergem quanto a formas de tratamento.

A medicina popular ganha adeptos apaixonados, que discorrem sobre as propriedades do alho, cebola, canela, folhas de eucalipto e, sobretudo, do limão. O quinino vira produto cobiçado. Os jornais se enchem de anúncios de remédios que antes serviam apenas contra constipação e dor de dente, mas que pretendem revelar poder também contra a gripe espanhola. Um fabricante de cigarros anuncia: "Nada de pânico, fume Sudam!". Charlatões vendem suas alquimias, amuletos e feitiços.


O isolamento - Liane Bertucci escreve que "o tempo da epidemia é o da solidão, da suspeição generalizada, com o esgarçamento das relações humanas". Quem permanece imune tranca-se em casa, não recebe amigos nem parentes. Fecham-se bares, cinemas, teatros. Os guardas são aconselhados a evitar apertos de mãos, limitando-se à continência. Abraços e beijos são considerados quase que atos de traição. "As tragédias que aconteciam no delírio da febre se repetiam com freqüência", acrescenta a autora. Gente gripada tentava o suicídio ou matava o mais próximo. Doentes saltavam das janelas de suas casas ou dos hospitais.

Em poucos dias, 11.762 covas foram abertas e 8.040 utilizadas (não apenas de gripados). Os cemitérios do Araçá, Brás, Consolação e Penha ganharam iluminação noturna e o número de coveiros foi quadruplicado para dar conta da demanda. O próprio humor era mais negro, como na charge em que cocheiros disputam violentamente o cliente que quer transportar o caixão. O preconceito contra os pobres também aflorava: o bairro do Brás, por ser o mais populoso e habitado por operários, foi tido pelas autoridades e jornais como o mais sujeito à propagação do mal. "Agora, mais do que nunca, eles eram as classes perigosas", ironiza a historiadora.


O carnaval - A epidemia começou a declinar em fins de novembro. Enquanto os médicos prosseguiam nos debates sobre a causa e possíveis tratamentos da influenza, o número de hospitais provisórios foi diminuindo e os postos de socorro encerravam suas atividades. Suspendia-se a distribuição de alimentos e medicamentos. No dia 20 de dezembro, o jornal A Gazeta saudou em primeira página o fim da epidemia. Em janeiro pessoas ainda adoeceram na capital e, no interior, algumas morreram, mas quando fevereiro chegou a espanhola parecia ter ido embora definitivamente.

"O carnaval de 1919 foi extremamente alegre, explosivo. Além do fim da gripe espanhola, o país festejava o fim da Primeira Guerra com o armistício em novembro de 1918", lembra Liane Bertucci. Em plena quaresma, tosses e espirros voltaram a ser ouvidos em São Paulo. Foram detectados casos da moléstia aqui e em outros estados brasileiros, e todo o aparato para socorrer doentes começou a ser novamente armado. Entretanto, no Hospital de Isolamento, reaberto em 22 de março, apenas 11 leitos foram ocupados, como a historiadora registra em capítulo que intitulou de "ecos da gripe". A tragédia não se repetiu.

TAXA DE MORTALIDADE DA GRIPE ESPANHOLA POR IDADE.

PARIS, França (AFP) - A gripe suína, que causou 20 casos de mortes confirmadas no México e dez casos de infeção confirmadas nos Estados Unidos, vem sendo motivo de muitas interrogações entre a população ante o alerta das autoridades sanitárias.

P. O que é a gripe suína?
R. Trata-se de uma doença respiratória que começa em criadores de porcos, um vírus gripal do tipo A que pode se propagar rapidamente.

P. É transmissível ao ser humano?
R. Sim, começando, em geral, por pessoas que estejam em contacto com esses animais.

P. Pode-se contrair a doença comendo carne de porco?
R. Não, como recordou neste sábado em Paris o Ministério da Agricultura. "A gripe de origem suína no México não se transmite pela carne, mas por via aérea, de pessoa para pessoa".
A temperatura de cozimento (71º Celsius) destrói os vírus e as bactérias, precisam os Centros de Controle de Enfermidades dos Estados Unidos (CDC).


P. Trata-se de um novo tipo de gripe suína?
R. Assim como no ser humano, os vírus da gripe sofrem mutação contínua no porco, um animal que possui, nas vias respiratórias, receptores sensíveis aos vírus da influenza suínos, humanos e aviários.
Os porcos tornam-se, então, "crisóis" que favorecem o aparecimento de novos vírus gripais, através de combinações genéticas, em caso de contaminações simultâneas.
Esses tipos de vírus híbridos podem provocar o aparecimento de um novo vírus da gripe, tão virulento como o da gripe aviária e tão transmissível como a gripe humana.
Esse tipo de vírus que o sistema imunológico humano desconhece poderia ter as características necessárias para desencadear uma pandemia de gripe.

p. Quais são os países afetados até o momento?
R. Exceto México e Estados Unidos, únicos países em que se registraram casos, as autoridades de Peru, Chile, El Salvador, Honduras, Colômbia, Nicarágua, Brasil e Costa Rica ativaram planos de vigilância sanitária.
No Canadá, a ministra da Saúde, Leona Aglukkaq, pediu à população para manter-se alerta.

P. Existe vacina contra esta doença?
R. Só para os porcos. Não para o ser humano. Segundo as autoridades mexicanas, que citam a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacina existente para humanos é para uma cepa anterior ao vírus, com o qual não é tão eficaz. Mas "a produção de vacina pode tornar-se possível na medida em que o vírus tenha sido identificado".
O Tamiflu, o medicamento que contéme oseltamivir, utilizado contra a gripe aviária, é eficaz diz a OMS.
A vacina contra a gripe estacionária humana não protege contra a gripe suína.

P. Por que a OMS está em estado de alerta?
R. "Porque há casos humanos associados a um vírus de gripe animal, mas também pela extensão geográfica dos diferentes focos, assim como pela idade não habitual dos grupos afetados", explicou a OMS em comunicado.

sábado, 28 de março de 2020

SERIA O CORONA VIRUS PROPOSITAL?

SERIA O CORONA VIRUS PROPOSITAL?




Ainda não temos uma resposta para essa pergunta, e não podemos afirmar nada porque não temos provas, mas algumas questões não podem deixar de nos incomodar nessa questão e vamos comenta-la aqui.


1 - Sabemos que o capitalismo, e a doutrina NEOLIBERAL visa tirar dos ombros do estado os compromissos com a população menos assistida. Eles o denominam "PERDEDORES" em um mundo em que há ganhadores e perdedores. Os empresários e os ricos e poderosos seriam assim os "GANHADORES" e aqueles menos assistidos seriam os "PERDEDORES". Em última análise, o governo não deveria gastar dinheiro com os pobres, os velhos e os miseráveis. Antes deveria encontrar uma "SOLUÇÃO FINAL" ou quem sabe um "EXTERMÍNIO EM MASSA" para que assim esses não os perturbassem mais.

Se observarmos as ações dos governos TEMER e BOLSONARO, veremos que eles foram exatamente nessa direção, ao instituir "TETO DOS GASTOS" a "PEC DA MORTE" que reduz as despesas do estado com SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, e por outro lado a RETIRADA DE DIREITOS DOS TRABALHADORES com a reforma trabalhista, e DIFICULTANDO A APOSENTADORIA, ou até INVIABILIZANDO-A com a REFORMA PREVIDENCIÁRIA. Dessa forma buscam desonerar as empresas e os capitalistas, diminuir o peso das obrigações do estado, para que este favoreça o empresariado.

Esses senhores não prestam atenção em uma lei universal muito pertinente. A de que serão eles os miseráveis de amanhã, e que muitos miseráveis de hoje foram os empresários de ontem que buscaram oprimir e empobrecer a população trabalhadora. 

Muitos dos esqueléticos miseráveis da África foram os soldados NAZIFASCISTAS que deram suas vidas em troca de um ideal de usurpação e opressão da humanidade. Os que torturaram e mataram Judeus esses nem na Africa estão. Provavelmente levarão séculos antes que possam reencarnar e provavelmente não será mais aqui no planeta TERRA, porque esse está entrando na fase de planeta de regeneração e não comporta mais aqueles que definitivamente optaram por se tornar JOIO e não TRIGO.

Explicando melhor essas afirmações vamos aqui expor algumas passagens bíblicas que explicarão melhor o que afirmamos.

Propôs-lhes outra parábola, dizendo: O reino dos céus é semelhante ao homem que semeia a boa semente no seu campo; Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. 
E, quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. 
E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu, no teu campo, boa semente? Por que tem, então, joio? 
E ele lhes disse: Um inimigo é quem fez isso. E os servos lhe disseram: Queres pois que vamos arrancá-lo? 
Ele, porém, lhes disse: Não; para que, ao colher o joio, não arranqueis também o trigo com ele. 
Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas, o trigo, ajuntai-o no meu celeiro.

Mateus 13:24-30


Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.

Gálatas 6:7


E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. 

Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. 
Lucas 6:20,21

Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação.Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque vos lamentareis e chorareis.
Lucas 6:24,25


Comentando os trechos bíblicos acima, para os incrédulos, perguntamos. Não percebem bem claro a lei universal de CAUSA E EFEITO? A prova da riqueza nessa vida ocorre para que possamos fazer bom uso da riqueza no sentido de promover o bem geral. Implementar o progresso. Porque sem a riqueza o progresso seria mais lento. 

Então os que tem recursos tem o dever de promover o progresso da humanidade e de empregar seus bens no sentido de socorrer aqueles que tem mais carência, para que todos possam ter o mínimo necessário para viver. 

Entretanto alguns motivados por uma ambição descontrolada, querem que os pobres se lixem para que eles possam ficar cada vez mais ricos. 

Só que não conseguem perceber que chegará o dia em que terão que deixar para trás tudo o que acumularam e que não levarão nada consigo, e que chegando ao mundo espiritual, toda a riqueza que tiveram e que foi mal empregada lhes será cobrada. 

Todo o mal que produziram a qualquer um dos que sofreram com a sua ambição lhes será cobrado.

Invariavelmente poderão renascer em condições difíceis para que se tornem humildes e sofram na carne o resultado das políticas que implementaram em vidas passadas. Serão então suas próprias vítimas.

Ademais está na programação de todos passar pelas provas da riqueza e da pobreza. No primeiro caso para trabalharem a sua ambição, o seu orgulho, e o seu desprendimento. No segundo caso para trabalharem a sua resiliência, a sua abnegação e a sua conformação, sem queixa. Tudo ocorre pela vontade de Deus que recompensa cada um de forma justa. Alguém pode ser pobre de recursos materiais mas ser rico de amor e de paz que é o que faltará àquele que pensa ser rico mas que tem dentro de si um vazio depressivo. Por isso são eles as vezes os que mais tiram a própria vida.

Dessa forma a Riqueza é uma prova das mais perigosas porque exacerba o orgulho, a vaidade e a ambição que são as causas de TODOS OS MALES DA HUMANIDADE. Os ricos são por isso mesmo muitas das vezes os mais dignos de pena, porque poderão chegar ao Reino dos céus de forma lamentável. Como verdadeiros mendigos.





O relato de "UMA RAINHA DA FRANÇA" passado após a sua passagem para o mundo espiritual visto no vídeo acima relata o que lá acontece com aqueles que aqui na terra foram possuidores de riquezas e se julgavam melhores que os outros seres humanos.

É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus.
Marcos 10:25




Por fim a pergunta que não quer calar. Ressaltamos que não há aqui de nossa parte nenhuma afirmação. Apenas indagações. Perguntas para reflexão.

2 - Sabemos que algumas pragas como a AIDS e o vírus EBOLA podem ter sido criadas em laboratório e disseminados na população africana por meio de vacinas. 

Considerada a mais temidas das armas, a biológica tem efeitos devastadores e desconhecidos pela maioria dos médicos.

São vírus e bactérias transformados geneticamente em laboratórios para se tornarem resistentes aos tratamentos. Podem matar ou incapacitar um inimigo, ou animais e plantas de uma nação adversária.

O uso de armas biológicas, feitas com vírus e bactérias, é impossível de ser detectado por equipamentos de segurança. Armas que podem dizimar populações ao contaminar o ar, a água ou os alimentos e para as quais não há tratamento.

Uma forma de guerra biológica já era praticada na Antiguidade, quando os exércitos usavam cadáveres putrefatos para contaminar o abastecimento de água de uma cidade sitiada, ou atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de varíola.

Atualmente entre essas armas estão bactérias (ou as toxinas que produzem), vírus e fungos. Laboratórios de guerra bacteriológica foram criados pelas superpotências, EUA e a ex-URSS, durante a Guerra Fria. O único uso documentado de armas biológicas em combate foi pelos japoneses contra cidades chinesas no final da década de 30 e início da década de 40. Também foram atribuídos aos japoneses experimentos com agentes bacteriológicos em “cobaias” humanas (principalmente prisioneiros de guerra).

Esses micro-organismos são transformados em armas letais em laboratórios de vários países. Na lista de produtores de armas biológicas estão Iraque, Irã, Síria, Líbia, Índia, Paquistão e China. Além disso, o serviço de inteligência americano informou que países como Estados Unidos, Rússia, Irã, Iraque, Líbia, Coreia do Norte e Afeganistão mantêm esses laboratórios, onde cultivam as chamadas armas de destruição de massa.

Documento da Organização Mundial da Saúde, divulgado recentemente, alerta ser real a ameaça do uso de armas biológicas. Os especialistas da OMS constatam que “avanços em tecnologia tornaram possível aos terroristas matarem milhões de pessoas com armas biológicas e químicas”. Eles relatam, em 179 páginas, todos os conhecimentos disponíveis sobre o bioterrorismo. A OMS recebeu vários telefonemas de governos solicitando conselhos de como combater uma possível guerra biológica.

Anthrax, botulismo, varíola e vírus Ebola integram o arsenal do terrorismo biológico. Como o antraz, o botulismo e diversas pestes estão presentes na maioria dos continentes, suas toxinas são facilmente obtidas. Baratos de produzir e simples de transportar podem atingir com pequena quantidade área muito grande.

O Dr. Horowitz fala  em seu livro Emerging Viruses: AIDS and Ebola, citado anteriormente. O Dr. Horowitz usa quase 600 páginas para provar que os Estados Unidos deliberadamente criaram o vírus da AIDS como uma arma e então começaram a alastrá-lo na população africana por meio das vacinas "gratuitas" das Nações Unidas. As populações de homossexuais foram deliberadamente infectadas por meio de "testes de saúde" realizados nas principais cidades dos EUA. Nesse livro, o Dr. Horowitz fala como o médico que é, e é totalmente crível. As citações que faremos dele é somente de seu livro"Emerging Viruses: AIDS and Ebola".



"O ponto inicial de Strecker foi que a AIDS era inexistente na África antes de 1975, e tivesse ela sido conseqüência de mordeduras de macacos nos anos 1940, como alguns alegam, a epidemia deveria ter ocorrido nos anos 1960, e não no fim dos anos 1970, dado o período de tempo de 20 anos para a incidência de casos dobrar. Mais revelador, Strecker obteve documentos por meio da Lei de Liberdade de Informações, que mostraram que o Departamento de Defesa dos EUA obteve verbas do Congresso em 1969 para realizar estudos em agentes destruidores do sistema imunológico para a guerra biológica. Strecker alegou que, logo depois, a Organização Mundial de Saúde (OMS), com verbas do Departamento da Defesa, começou a experimentar com o vírus linfotrópico, que era produzido em vacas, mas que também poderia infectar o ser humano. A OMS, Stecker observou, também lançou uma grande campanha contra a varíola na África em 1977, que envolveu a população urbana..."

"A Organização Mundial da Saúde começou a injetar a vacina contra a varíola contaminada com o vírus da AIDS em mais de 100 milhões de africanos (redução populacional) em 1977. E mais de 2000 homens brancos jovens e homossexuais (cavalo de Tróia) foram infectados com a vacina contra a hepatite B pelo Centro de Controle de Doenças/Hemocentro de Nova York." [Horowitz, págs. 4-5].

Richard Horowitz, M.D. -Diplomate, American Board of Internal MedicineDr. Horowitz is a Board Certified Internist based in Hyde Park, New York, who specializes in the diagnosis and treatment of Lyme and other tick-borne diseases. A former Assistant Director of medicine at Vassar Brothers Hospital, he has over 20 years experience in treating more than 11,000 cases of persistent (late) Lyme disease. He is Vice President of the International Lyme and Associated Diseases 
Society, Inc.    www.ilads.org

3 - No Brasil, no início da pandemia, restringiu-se o número de ônibus em circulação. Qual o objetivo dessa medida? Se havia um número de pessoas que precisavam de meios de transporte para se dirigir ao seu trabalho, e que normalmente já tinham deficiência desses meios de transporte provocando dessa forma a superlotação dos meios já existentes, obviamente diminuindo-se o número de ônibus e trens, os poucos que ainda iriam circular ficariam superlotados, com pessoas próximas umas das outras. 

Para quê isso? Fica parecendo que eles desejariam que o vírus se disseminasse. Então disfarçado de  medida para restringir o transporte essa medida me parece desejava que o vírus se transmitisse com mais velocidade.

4 - Esse virus é muito conveniente aos objetivos do capitalismo Neoliberal, porque elimina os idosos e não os Jovens que são a força de trabalho que eles desejam explorar, mas elimina os idosos que imaginam que representará peso nos orçamentos do Estado.

Por que a França está escondendo uma cura antivírus barata e testada?



O governo francês está ajudando a Big Pharma (grandes empresas farmacêuticas) a lucrar com a pandemia de Covid-19

March 26, 2020

By Pepe Escobar

O que está acontecendo na quinta maior economia do mundo, parece apontar para um grande escândalo de conluio no qual o governo francês está ajudando a Big Pharma a lucrar com a expansão do Covid-19. Cidadãos franceses informados estão absolutamente furiosos com isso.

Minha pergunta inicial a uma fonte séria e irrepreensível de Paris, a jurista Valerie Bugault, foi sobre as ligações perigosas entre o Macronismo e a Big Pharma e especialmente sobre o misterioso “desaparecimento” – provavelmente roubo descarado – de todos os estoques de cloroquina em posse do governo francês.

O respeitado professor Christian Perronne falou sobre o roubo, ao vivo, em um dos canais de informação 24/7 da França: “A farmácia central dos hospitais anunciou hoje que eles estão enfrentando uma ruptura total de estoques, que foram pilhados”.

Com a contribuição de outra fonte anônima, agora é possível estabelecer uma linha do tempo que coloque em uma, para lá de necessária, perspectiva das ações recentes do governo francês.

Vamos começar com Yves Levy, que foi chefe do INSERM – Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica – de 2014 a 2018, quando foi nomeado conselheiro estadual extraordinário para o governo Macron. Apenas 12 pessoas na França atingiram esse status.

Levy é casado com Agnes Buzy, que até recentemente era ministra da Saúde de Macron. Buzy recebeu essencialmente uma “oferta que você não podia recusar” pelo partido de Macron de deixar o ministério – no meio da crise dos coronavírus – e concorrer à prefeitura de Paris, onde foi impiedosamente rejeitada na primeira rodada em 16 de março.

Levy tem uma briga violenta com o professor Didier Raoult – prolífico e frequentemente citado especialista em doenças transmissíveis, em Marselha. Levy negou o selo INSERM ao centro de pesquisa IHU (Hospital-University Institute) de renome mundial, dirigido por Raoult.

Na prática, em outubro de 2019, Levy revogou o status de “fundação” das diferentes IHUs para que ele pudesse assumir a pesquisa deles.

Raoult fez parte de um ensaio clínico em que a hidroxicloroquina e a azitromicina curaram 90% dos casos de Covid-19, se fossem testados muito cedo. (Testes massivos, em fase inicial, foram primordiais para a bem-sucedida estratégia sul-coreana.)

Raoult se opõe ao bloqueio total de indivíduos sãos e possíveis portadores – estratégia que ele considera “medieval”, em um sentido anacrônico. Ele é a favor de testes massivos (que, além da Coréia do Sul, tiveram sucesso em Cingapura, Taiwan e Vietnã) e um tratamento rápido com hidroxicloroquina. Somente indivíduos contaminados devem ser confinados.

A cloroquina custa um euro por dez comprimidos. E há o problema: a Big Pharma – que, crucialmente, financia o INSERM e inclui a “campeã nacional” Sanofi – prefere uma solução muito mais lucrativa. No momento, a Sanofi diz que está “se preparando ativamente” para produzir cloroquina, mas isso pode levar “semanas” e não há menção a preços.

Um ministro fugindo de um tsunami

Eis a linha do tempo:

Em 13 de janeiro, Agnes Buzyn, ainda ministra da Saúde da França, classifica a cloroquina como uma “substância venenosa”, a partir de então, disponível apenas mediante receita médica. Um movimento surpreendente, considerando que ele foi vendido diretamente das prateleiras da França por meio século.

Em 16 de março, o governo Macron ordena um bloqueio parcial. Não há um pio sobre a cloroquina. A polícia inicialmente não é obrigada a usar máscaras; a maioria foi roubada de qualquer maneira, e não há máscaras suficientes nem para os profissionais de saúde. Em 2011, a França possuía quase 1,5 bilhão de máscaras: 800 milhões de máscaras cirúrgicas e 600 milhões de máscaras para profissionais de saúde em geral.

Mas, ao longo dos anos, os estoques estratégicos não foram renovados, para agradar a UE e aplicar os critérios de Maastricht, que limitavam a participação no Pacto de Crescimento e Estabilidade a países cujos déficits orçamentários não excediam 3% do PIB. Um dos responsáveis ​​na época era Jerome Salomon, hoje conselheiro científico do governo Macron.

Em 17 de março, Agnes Buzyn diz que foi informada que a disseminação do Covid-19 será um grande tsunami, para o qual o sistema de saúde francês não tem solução. Ela também diz que, em seu entendimento, a eleição para a prefeitura de Paris “não aconteceria” e que era, em última análise, “uma farsa”.

O que ela não diz é que ela não foi a público na época em que estava concorrendo porque todo o foco político da máquina política de Macron estava em ganhar a “farsa”. O primeiro turno da eleição não significou nada, pois o Covid-19 estava avançando. A segunda rodada foi adiada indefinidamente. Ela tinha que saber sobre o desastre iminente da saúde. Mas como candidata da máquina Macron, ela não foi a público em tempo hábil.

Em rápida sucessão:

O governo Macron se recusa a aplicar testes em massa, como praticado com sucesso na Coréia do Sul e na Alemanha.

Le Monde e a agência de saúde estatal francesa caracterizam a pesquisa de Raoult como notícias falsas, antes de emitir uma retratação.

O professor Perrone revela no canal de notícias LCI 24/7 que o estoque de cloroquina na farmácia central francesa foi roubado.

Graças a um tweet de Elon Musk, o presidente Trump diz que a cloroquina deve estar disponível para todos os americanos. Portadores de lúpus e artrite reumatóide, que já têm problemas de suprimento com o único medicamento que lhes oferece alívio, incendiam a mídia social com seu pânico.

Os médicos e outros profissionais da área médica dos EUA fazem estoque do medicamento para uso pessoal e pessoal próximo, falsificando prescrições para indicar que são para pacientes com lúpus ou artrite reumatóide.

Marrocos compra o estoque de cloroquina da Sanofi em Casablanca.

O Paquistão decide aumentar sua produção de cloroquina para ser enviada para a China.

A Suíça descarta o bloqueio total de sua população; decide pelos testes em massa e tratamento rápido; e acusa a França de praticar “política do espetáculo”.

Christian Estrosi, o prefeito de Nice, tendo sido tratado com cloroquina, sem nenhuma contribuição do governo, liga diretamente para a Sanofi para que eles possam entregar cloroquina aos hospitais de Nice.

Por causa da pesquisa de Raoult, um teste de cloroquina em larga escala finalmente se inicia na França, sob a direção – previsível – do INSERM, que quer “refazer os experimentos em outros centros médicos independentes”. Isso levará pelo menos mais seis semanas – enquanto o conselho científico do Palácio do Eliseu pondera sobre a extensão do bloqueio total da França para … seis semanas.

Se o uso conjunto de hidroxicloroquina e azitromicina for definitivamente eficaz entre os mais gravemente enfermos, as quarentenas podem ser reduzidas em grupos seletos.

A única empresa francesa que ainda fabrica cloroquina está sob intervenção judicial. Isso coloca a estocagem pessoal de cloroquina e o roubo em plena perspectiva. Levará tempo para que essas estoques oficiais sejam reabastecidos, permitindo assim à Big Pharma a margem de manobra para ter o que deseja: uma solução dispendiosa.

Parece que os autores do roubo de cloroquina foram muito bem informados.

Enfermeiras ensacadas

Essa cadeia de eventos, surpreendente para uma nação do G-7 altamente desenvolvida e orgulhosa de seu serviço de saúde, faz parte de um processo longo e doloroso incorporado ao dogma neoliberal. A austeridade conduzida pela UE, combinada com a motivação do lucro, resultou em uma atitude muito relaxada em relação ao sistema de saúde.

Como Bugault me ​​disse, “kits de teste – muito poucos em número – sempre estiveram disponíveis, mas principalmente para um pequeno grupo conectado ao governo francês [ex-funcionários do Ministério das Finanças, CEOs de grandes corporações, oligarcas, magnatas da mídia e do entretenimento]. O mesmo para a cloroquina, que este governo fez de tudo para tornar inacessível para a população.

Eles não facilitaram a vida do professor Raoult – ele recebeu ameaças de morte e foi intimidado por ‘jornalistas’.

E eles não protegeram estoques vitais. Ainda sob o governo de Hollande, houve uma liquidação consciente do estoque de máscaras – que existia em grandes quantidades em todos os hospitais. Sem mencionar que a supressão de leitos e recursos hospitalares acelerou sob Sarkozy”.

Isso está relacionado com relatos angustiados feitos por cidadãos franceses de enfermeiras que agora precisam usar sacos de lixo, devido à falta de equipamento médico adequado.

Ao mesmo tempo, em outro desenvolvimento surpreendente, o Estado francês se recusa a requisitar hospitais e clínicas particulares – que estão praticamente vazios nesse estágio – mesmo quando a presidente desta mesma associação, Lamine Garbi, implorou por uma iniciativa de serviço público: “Exijo solenemente que sejamos requisitados para ajudar hospitais públicos. Nossas instalações estão preparadas. A onda que surpreendeu o leste da França deve nos ensinar uma lição. ”

A Bugault reconfirma a situação da saúde na França “é muito grave e se tornará ainda pior devido a essas decisões políticas – ausência de máscaras, recusa política em testar massivamente as pessoas, recusa de livre acesso à cloroquina – em um contexto de suprema angústia nos hospitais. Isso vai durar e a miséria será a norma”.

Professor versus presidente

Em uma explosiva evolução dos acontecimentos, na terça-feira, Raoult disse que não está mais participando do conselho científico de Macron, apesar de não desistir completamente. Raoult mais uma vez insiste em testes em massa, em escala nacional, para detectar casos suspeitos e depois isolar e tratar pacientes com resultados positivos. Em poucas palavras: o modelo sul-coreano.

É exatamente o que se espera do IHU em Marselha, onde centenas de residentes continuam na fila para testes. E isso está de acordo com as conclusões de um especialista chinês em Covid-19, Zhang Nanshan, que afirma que o tratamento com fosfato de cloroquina teve um “impacto positivo” em pacientes, com resultados negativos após cerca de quatro dias.

O ponto principal foi enfatizado por Raoult: Use a cloroquina em circunstâncias muito especiais, para pessoas testadas muito cedo, quando a doença ainda não está avançada e apenas nesses casos (grifo da tradução). Ele não está defendendo a cloroquina para todos. É exatamente o que os chineses fizeram, juntamente com o uso do Interferon.

Há anos, Raoult defende uma revisão drástica dos modelos econômicos da saúde, de modo que os tratamentos, curas e terapias criados principalmente durante o século XX são considerados patrimônio a serviço de toda a humanidade. “Não é esse o caso”, diz ele, “porque abandonamos medicamentos que não são rentáveis, mesmo que sejam eficazes. É por isso que quase nenhum antibiótico é fabricado no Ocidente. ”

Na terça-feira, o Ministério da Saúde francês proibiu oficialmente a utilização de tratamento à base de cloroquina recomendado por Raoult. De fato, o tratamento é permitido apenas para pacientes terminais do Covid-19, sem outra possibilidade de cura. Isso não pode deixar de expor o governo Macron a mais acusações de, pelo menos, ineficiência – adicionadas à ausência de máscaras, testes, rastreamento de contatos e respiradores.

Na quarta-feira, comentando as novas diretrizes do governo, Raoult disse: “Quando os danos nos pulmões são muito grandes e os pacientes chegam para reanimação, eles praticamente não abrigam mais vírus em seus corpos. É tarde demais para tratá-los com cloroquina. Estes são os únicos casos – os casos mais graves – que serão tratados com cloroquina sob a nova diretiva de Veran [ministro da Saúde da França]? ” Nesse caso, acrescentou ironicamente, “eles poderão dizer com certeza científica que a cloroquina não funciona”.

Raoult não estava disponível para comentar os artigos da mídia ocidental citando resultados de testes chineses que sugerem que ele está errado sobre a eficácia da cloroquina no tratamento de casos leves de Covid-19.

Os funcionários referiram seus comentários no boletim da IHU. Raoult diz que é “insultuoso” perguntar se podemos confiar nos chineses no uso de cloroquina. “Se fosse uma doença americana, e o presidente dos Estados Unidos dissesse: ‘Precisamos tratar pacientes com isso’, ninguém debateria isso”.

Na China, ele acrescenta, havia “elementos suficientes para que o governo chinês e todos os especialistas chineses que conhecem o coronavírus tenham assumido uma posição oficial de que ‘devemos tratar com cloroquina’. Entre o momento em que temos os primeiros resultados e uma publicação internacional aceita, não há alternativa confiável entre as pessoas com mais conhecimento do mundo. Eles tomaram essa medida no interesse da saúde pública. ”

Fundamentalmente: se ele tivesse coronavírus, Raoult diz que tomaria cloroquina. Como Raoult é classificado por seus colegas como o especialista número um do mundo em doenças transmissíveis, muito acima do Dr. Anthony Fauci nos EUA, eu diria que os novos relatórios representam interesses das grandes empresas farmacêuticas.

Raoult foi impiedosamente atacado e demonizado pela mídia corporativa francesa, controlada por alguns oligarcas intimamente ligados ao macronismo. Não por acaso, a demonização atingiu os níveis dos coletes amarelos, especialmente por causa da hashtag extremamente popular #IlsSavaient (“Eles sabiam”), com a qual os coletes amarelos enfatizam que as elites francesas “administraram” a crise do Covid-19, protegendo-se, enquanto deixavam a população indefesa contra o vírus.

Isso se amarra à controversa análise do excelente filósofo Giorgio Agamben em uma coluna publicada há um mês, onde ele já estava argumentando que o Covid-19 mostra claramente que o estado de exceção – semelhante a um estado de emergência, mas com diferenças importantes para os filósofos – tornou-se totalmente normalizado no Ocidente.

Agamben falava não como médico ou virologista, mas como mestre pensador, seguindo os passos de Foucault, Walter Benjamin e Hannah Arendt. Observando como um estado latente de medo se transformou em um estado de pânico coletivo, para o qual Covid-19 “mais uma vez oferece o pretexto ideal”, ele descreveu como, “em um círculo perverso e cruel, a limitação da liberdade imposta pelos governos é aceita em nome de um desejo de segurança induzido pelos mesmos governos que agora intervêm para satisfazê-lo. ”

Não havia estado de pânico coletivo na Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan e Vietnã – para mencionar quatro exemplos asiáticos fora da China. Uma combinação obstinada de testes em massa e rastreamento de contatos foi aplicada com imenso profissionalismo. Funcionou. No caso chinês, com a ajuda da cloroquina. E em todos os casos asiáticos, sem um motivo obscuro de lucro para o benefício da Big Pharma.

Ainda não apareceu a smoking gun que prova que o sistema Macron não só é incompetente para lidar com o Covid-19, mas também está arrastando o processo para que a Big Pharma possa criar uma vacina milagrosa rapidamente. Mas o padrão para desencorajar a cloroquina está mais do que o exposto acima – paralelamente à demonização de Raoult.
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Pepe Escobar é analista geopolítico e colunista do Asia Times. Leia seu artigo originalmente publicado em inglês.

Milena Brandão é psicóloga, expressonauta dedicada que atua no Coletivo de Tradução do Duplo Expresso.