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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Isenção trilionária é a cereja do bolo da entrega do pré-sal

04 Dezembro Escrito por João FilhoLido 1437 vezes

Na última quarta-feira, Michel Temer e seus comparsas empreenderam mais um ataque contra os cofres públicos.



A base governista aprovou uma MP que fará o país abrir mão de 1 trilhão em impostos em favor das petrolíferas estrangeiras que irão explorar o pré-sal brasileiro. Mas este é apenas um dos capítulos finais de um roteiro entreguista que começou a ser desenhado antes mesmo do golpe parlamentar.
Depois do fim do monopólio da Petrobrás em 1997, a exploração dos campos de petróleo passou a obedecer um regime de concessão. Empresas vencedoras de licitação passavam a ser as donas do petróleo e apenas pagavam royalties ao governo. Após a descoberta do pré-sal, o governo Lula propôs uma mudança no modelo de licitação: o vencedor teria que compartilhar com a União a produção do petróleo e a Petrobrás teria que ter obrigatoriamente no mínimo 30% de participação nos consórcios.


Logo após o surgimento das primeiras propostas para o novo marco regulatório, petroleiras internacionais começaram a atuar nos bastidores. Entre 2008 e 2009, telegramas trocados entre o consulado americano no Brasil e Washington, publicados pelo WikiLeaks, revelaram o lobby das petrolíferas para combater as novas regras da exploração do pré-sal. Em uma das mensagens, uma diretora da Exxon aparece preocupada porque a “Petrobrás terá todo controle sobre a compra de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos”. Em outra, uma diretora da Chevron diz que o governo está fazendo uso político do novo modelo e afirma que “as regras sempre podem mudar depois”. Ela ainda afirmou que a nova estratégia a ser adotada é “recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”.

Um desses parceiros foi revelado em um dos telegramas intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. Era o então pré-candidato à presidência José Serra (PSDB), que fez a seguinte promessa para a Chevron: “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”.
Em fevereiro de 2016, o então senador José Serra começa a cumprir a promessa feitas às petroleiras americanas. Uma proposta de sua autoria para derrubar a obrigatoriedade da presença da Petrobrás na exploração das camadas do pré-sal é aprovada no Senado. Estava plantada a sementinha da dilapidação do pré-sal brasileiro. A proposta também previa acabar com a exigência de contratação de conteúdo local na fabricação de equipamentos. O vice-presidente da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) acredita que esta medida afetará gravemente a indústria nacional e pode desempregar mais de 1 milhão de brasileiros. Ele ainda questionou: “Imagina um governo decidir a favor de seis petroleiras estrangeiras e virar as costas para 200 mil industrias do seu próprio país? Tem alguma coisa errada”.
Após a tomada de poder, Serra foi escolhido para ser ministro das Relações Exteriores. A raposa amiga das petroleiras internacionais foi escolhida por Temer para intermediar a venda da nossa galinha dos ovos de ouro. E ele tinha pressa em atender aos interesses do lobby internacional. Às vésperas de se confirmar na Câmara sua proposta aprovada no Senado, Serra recebeu no Itamaraty a cúpula da britânica Shell. Será que nosso ministro defendeu os interesses do Brasil nesse encontro? Se levarmos em conta os telegramas interceptados pelo Wikileaks, a resposta é não.
Com a porteira aberta, o governo brasileiro deu início aos primeiros leilões de áreas do pré-sal em outubro passado sob as regras desejadas pelas empresas estrangeiras. As vendas chegaram a ser suspensas pela Justiça Federal pelo potencial de prejuízo ao patrimônio público. É que o preço inicial, estipulado pelo governo, estava muito camarada. A decisão foi revertida e a caravana de Temer e Serra pôde desfilar normalmente na passarela do entreguismo.
Em novembro, o The Guardian publicou novas informações sobre o lobby internacional que ronda o pré-sal. Um telegrama obtido pelo Greenpeace revelou que o governo do Reino Unido atuou fortemente em nome de petroleiras britânicas (Shell, BP e Premier Oil) interessadas em se dar bem nos leilões do pré-sal. Greg Hands, ministro do comércio exterior daquele país, se encontrou pelo menos 3 vezes no mês de março com Paulo Pedrosa, secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia. Segundo a reportagem, Pedrosa garantiu ao ministro britânico que estava pressionando internamente o governo brasileiro para atender as demandas dos britânicos. Este lobby descarado em favor de interesses nacionais não ganhou status de escândalo, passou voando no noticiário e rapidamente caiu na vala do esquecimento.
O resultado das ações deste conluio não poderia ser diferente. Tanto as empresas britânicas quanto as americanas se deram muitíssimo bem nos leilões. A Shell, por exemplo, pode ser considerada a grande vencedora.
No lobby do ministro britânico estava também incluída a redução de impostos para os vencedores dos leilões. E como seu pedido é uma ordem, a base governista na Câmara aprovou uma isenção trilionária nesta semana, em plena crise fiscal. Não bastou vender o pré-sal a preço de banana, Temer e sua turma precisavam incrementar o sabujismo. E não se trata apenas de abrir mão de impostos, mas da soberania nacional e do nosso posicionamento na geopolítica mundial.
Numa época em as renúncias fiscais da Lei Rouanet causam revolta, essa isenção trilionária em favor de interesses internacionais não parece ter incomodado ninguém. Se somarmos as isenções fiscais da Lei Rouanet com todo o dinheiro roubado descoberto pela Lava Jato, por exemplo, não chegaremos nem perto do montante do qual o governo está abrindo mão. É um dos maiores assaltos aos cofres públicos que já se viu. Tudo feito dentro da lei, com a conivência de boa parte do povo brasileira e sob o silêncio da grande mídia.
Assim como as reformas trabalhista e previdenciária foram feitas sob medida para atender os interesses do mercado financeiro, todas as ações do governo Temer em relação ao pré-sal foram para atender os interesses internacionais. Os vendilhões da pátria estão depenando o país e o feirão não tem data para acabar. A entrega do pré-sal virou o grande símbolo da republiqueta de bananas que o Brasil voltou a ser dentro da geopolítica mundial.
Fonte: The Intercept



terça-feira, 21 de novembro de 2017

A DESCABIDA PERSEGUIÇÃO CONTRA LULA







Foi lançada nesta terça-feira, em Nova York, na Assembleia das Nações Unidas, uma campanha global em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; um de seus advogados, Geoffrey Robertson, afirmou: “O mundo está observando o Brasil. 

A comunidade jurídica internacional está chocada com as violações cometidas pelos promotores da Lava Jato contra Lula e sua família. 

Trata-se de uma perseguição a Lula e não de um processo. É por isso que levamos este caso à Comissão de Direitos Humanos da ONU em Genebra"; no mesmo dia, o juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra Lula, mesmo reconhecendo que algumas provas são questionáveis.


BIOMETRIA SERÁ OBRIGATÓRIO NAS ELEIÇÕES DE 2018


Você sabia que para votar precisará cadastrar o atendimento BIOMÉTRICO, pois senão terá seu título de eleitor suspenso?

Alguém sabe disso?

Será que isso é uma artimanha para que o eleitor de Lula não vote?

O QUE É BIOMETRIA?


Biometria é a identificação do eleitor por meio do reconhecimento da impressão digital por um leitor biométrico.

O sistema biométrico proporciona mais segurança ao processo eleitoral, garantindo que ninguém votará no lugar de outro. No cadastramento biométrico são coletadas a assinatura eletrônica do eleitor, sua foto e suas impressões digitais.

Na votação com identificação biométrica, o eleitor passa a ter a identidade confirmada ao colocar sua digital no terminal da urna eletrônica.

O cadastramento biométrico pode ser feito na maioria das zonas eleitorais do Estado do Rio de Janeiro, porém sem obrigatoriedade. Os cartórios eleitorais atendem somente mediante agendamento, para evitar filas e agilizar o atendimento ao eleitor. Os endereços dos cartórios eleitorais podem ser consultados aqui.

Mais informações:

Central de Atendimento Telefônico: 
3436-9000




O atendimento nos cartórios eleitorais é realizado exclusivamente por agendamento, que evita filas e agiliza os trabalhos. Nos postos eleitorais o eleitor é atendido por ordem de chegada, sem a necessidade de agendar. Esses postos atendem cidadãos de todo o Estado.

Para a solicitação de justificativa, pagamento de multa ou obtenção de certidão de quitação eleitoral, não é necessário o agendamento, bastando que o eleitor vá diretamente ao cartório. 

Se a sua situação está regular com a Justiça Eleitoral, emita aqui a certidão de quitação.


Mais informações:

Central de Atendimento ao Eleitor: 148* (não realiza agendamento para biometria)
*custo de ligação local em todo o Estado.


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

REGRA 1 - MANUAL DE COMO PRESERVAR O PODER.

ROBERT MUGABE E SUA ESPOSA.

Uma das coisas que os americanos fazem bem é estudar os países ao redor do mundo e influenciá-los de acordo com os seus interesses. Não sem justa razão focam agora seus holofotes no Zimbabwe e em matéria de manter e manipular o poder são professores.

Se estivéssemos escrevendo um manual para líderes autoritários, a Regra 1 seria "manter as elites felizes".

Todo líder, autocrático ou de outra forma, confia em elites - os principais agentes de poder político e econômico - para permanecer no cargo e no controle. Mas para os autócratas, que podem não ter um mandato popular ou a estabilidade das instituições democráticas, isso é particularmente importante, já que o seu poder depende do apoio de setores que controlam o poder político, e a força.

As especificidades das quais aplicamos a questão das elites variam de acordo com o país, mas muitas vezes incluem líderes militares, oligarcas e membros seniores do partido no poder.

Manter o apoio dessas elites parece simples. Os líderes precisam convencer essas elites de que o governo está protegendo seus interesses. Se os líderes não forem convincentes, as elites podem tiras-los do poder.

ROBERT MUGABE
Mas, na prática, como o presidente Robert Mugabe, do Zimbabwe, que está a quatro décadas no poder está descobrindo esta semana, privilegiar sua própria família pode trazer problemas.

Se o governo parece inclinado a beneficiar a família do líder em relação a todos os outros, isso pode acontecer às custas das elites existentes, que podem começar a procurar melhores opções. E se o suficiente deles se voltar contra o governo, este pode não sobreviver.

A experiência do Sr. Mugabe é instrutiva. Ele está atualmente sob custódia dos líderes militares do país depois de um golpe no início da manhã de quarta-feira. Embora os detalhes ainda estejam emergindo, parece que o exército o depôs porque parecia estar preparando sua esposa, Grace Mugabe, para sucedê-lo como presidente, em vez do candidato preferido dos militares.

Emmerson Mnangagwa
Poucos dias antes, o Sr. Mugabe havia demitido o vice-presidente Emmerson Mnangagwa, o principal rival de Grace Mugabe para suceder o marido e que gozava de um apoio considerável nas forças armadas. Sua expulsão foi amplamente vista como uma maneira de limpar o caminho da esposa para o poder.

Esse pode ter sido o erro que custou ao Sr. Mugabe sua influência no poder, que ele manteve por quase quatro décadas.

Mahinda Rajapaksa
E no Sri Lanka, o presidente Mahinda Rajapaksa perdeu o poder em 2015 depois que membros de seu próprio partido desertaram para a oposição. Os analistas acreditam que as elites cruciais o abandonaram porque ele havia concedido grande riqueza e poder a seus irmãos, seu filho e outros membros da família, dando a impressão de que ele serviu principalmente os interesses das pessoas que compartilhavam seu sobrenome.

Isso não quer dizer que o nepotismo foi a única objeção a esses líderes, é claro. O Sr. Mugabe, o Sr. Mubarak e o Sr. Rajapaksa são notórios por promover abusos brutais de direitos humanos, reduziras liberdades do país e oprimir o próprio povo.

Mas eles fizeram isso por anos, e ainda mantiveram o poder.
Uma vez que violaram a Regra 1, perderam esse poder.

QUEREM FORÇAR AS MULHERES ESTUPRADAS A TER OS FILHOS DOS ESTUPRADORES E PUNIR AS MULHERES QUE SOFRERAM ABORTO.




Alerta!!! Deputados acabaram de aprovar uma proposta para punir mulheres vítimas de estupro. Temos que agir agora! 

Para levar adiante o legado de Eduardo Cunha -- preso por corrupção -- eles querem forçar vítimas a terem os filhos dos estupradores e prender mulheres que sofreram um aborto. 

Vergonhosamente, 18 homens votaram contra as mulheres e apenas uma deputada defendeu essas vítimas.

Ainda falta uma votação e fontes em Brasília dizem que a pressão pública é DECISIVA: um apoiador crucial dessa proposta pode voltar atrás e desistir. 

Assine e compartilhe para pressionar os deputados a desistir dessa monstruosidade.


158.430 assinaram. Vamos chegar a 250.000

Assine clicando no link abaixo ou aqui

sábado, 18 de novembro de 2017

PARA ONDE MUDARAM A PETROBRAS?

A área em verde corresponde as áreas entregues e que estão sendo exploradas por empresas estrangeiras. A área em vermelho corresponde a que está sendo explorada pela Petrobras.
A liquidação de ativos da Petrobras, além de se constituir uma perda expressiva de valor dos ativos num momento de discrepância entre vendedores e compradores no mercado de petróleo, é uma estratégia equivocada que ignora mudanças importantes do cenário macroeconômico que devem permitir um maior controle da relação dívida líquida/LTM EBITDA”, revelam os economistas que assessoram a FUP.


Dívida líquida/Ebida é um múltiplo para analisar o endividamento de uma empresa. Existem várias maneiras de analisar o endividamento mas dívida líquida/Ebitda é o mais importante.
O numerador é a Dívida Total da companhia menos o caixa (do Balanço). E o denominador normalmente é o Ebitda acumulado nos últimos 12 meses.
Olhamos a dívida contra o Ebitda, pois o último representa a geração de caixa da empresa que pode ser usada para quitar dívidas. Quanto maior o múltiplo DL/Ebitda mais endividada está a companhia.
Consideramos um endividamento bastante confortável até 2x DL/Ebitda. Acima de 3,5x ou 4x consideramos que o endividamento está muito elevado.
Claro que o múltiplo depende de muitas variáveis, como o custo de dívida das empresas e o momento de mercado. Dado o cenário atual, nos preocupamos mais com empresas endividadas.


Não se deve utilizar o DL/Ebitda sem entender o que acontece com a empresa. Como todo múltiplo, por ser de simples medição, o DL/Ebitda esconde muito do que acontece com as companhias.
VOLUME DE RESERVAS MUNDIAIS DE PETRÓLEO. VÊ-SE QUE A ARABIA SAUDITA É DE LONGE A MAIOR PRODUTORA MAS QUE O BRASIL COMEÇA A APARECER NESSA DISTRIBUIÇÃO.


Para eles, essa “redução draconiana” imposta pelos gestores da Petrobrás força a venda de ativos operacionais, pois desconsidera completamente as mudanças do cenário atual. “Em primeiro lugar, com a queda da inflação, a política de repressão dos preços dos derivados não deve ocorrer. Em segundo lugar, a taxa de câmbio parece não ter espaço para uma nova desvalorização e os preços do petróleo, ao contrário dos últimos anos, devem apresentar um aumento gradual – estimativas apontam que devem se situar próximo a US$ 80 até 2020”, afirmam.




Além disso, a gestão da Petrobrás não leva em conta os efeitos das perdas de caixa nos médio e longo prazos, em função da venda de ativos operacionais lucrativos e da redução de sua participação na exploração do Pré-Sal.

Ao contrário do que afirma Pedro Parente, não seria necessário vender ativos rentáveis para fazer caixa no curto prazo, se a meta da relação dívida líquida/EBITDA fosse alterada para 3,1 em 2018, em vez de 2,5, como revelam estudos recentes. Somam-se a isso, as reservas que a Petrobrás detém no Pré-Sal e que a colocam à frente de outras petroleiras do mundo, em termos de médio e longo prazos, uma vez que detém novas áreas produtoras competitivas que poderão gerar fluxos de caixa futuros.

A decisão de forte des-alavancagem da Petrobrás parece ser uma necessidade não para resolver a situação financeira da companhia no longo prazo, mas para atender aos interesses estrangeiros no tabuleiro geopolítico do petróleo”, conclui o estudo da assessoria econômica da FUP.



16 Novembro
Escrito por Cláudio da Costa Oliveira

O lucro acumulado no período jan/set 2017 de R$ 5 bilhões, só foi possível graças ao resultado contábil com a venda da NTS de R$ 6,9 bilhões.

Meus amigos, pode até parecer brincadeira, mas o assunto é muito sério. Durante a entrevista de divulgação dos resultados da Petrobras no 3º trimestre de 2017, ocorrida nesta segunda-feira (13) o diretor financeiro Ivan Monteiro confirmou o que já sabíamos: “Um market share menor certamente fez com que tivéssemos uma margem menor o que impactou no balanço”. Aliás, temos falado sobre isto desde o ano passado.

O ARAUTO DO DESASTRE

O atual presidente da empresa Pedro Parente procurou disfarçar um pouco mais: “O país vive uma nova realidade que é positiva para o país, mas que sem dúvida impacta os nossos resultados que é o aumento das importações. O nosso market share neste período diminuiu”.

Como assim? Que a política de preços lançada em outubro de 2016 (vide anexo I) com grande estardalhaço midiático prometendo recuperar o market share só serviu para enganar, nós já comentamos muito. Mas, que a nova política iniciada na virada do semestre (exatamente em 30 de junho) prometendo corrigir os erros da primeira versão (vide anexo II) também não funcionou ficamos sabendo agora.

Os prejuízos para a Petrobras são enormes e temos escrito muito sobre isto (vide anexo III)

IVAN MONTEIRO
Até o momento tínhamos alertado que os principais beneficiados desta política eram a Ultrapar (Ipiranga) de onde é originário Ivan Monteiro e a Raizen (Shell).

Agora o blog “O Cafezinho” fez um estudo mostrando o espantoso crescimento das exportações de diesel e gasolina das refinarias americanas para o Brasil no governo Temer (vide anexo IV não deixe de ler).

No período jan/out 2015 os EUA exportaram US$ 1,41 bilhões em diesel e gasolina para o Brasil. Em 2017 neste mesmo período o valor subiu para US$ 4,11 bilhões. Diesel e gasolina passaram ser o principal item da pauta de exportação americana para o Brasil.

Ou seja, a Petrobras está exportando óleo crú, mantendo suas refinarias na ociosidade, e deixando para a Ipiranga e a Shell importarem derivados dos EUA, para distribuição no mercado interno. Com isto é óbvio, como disseram Ivan Monteiro e Pedro Parente, as margens de lucro da companhia diminuíram. Que negócio é este?

E não venham dizer que existe alguma dificuldade em estabelecer os preços internos para combater as importações de terceiros. As siderúrgicas brasileiras fazem isto a décadas sem nenhum problema. E notem que no Brasil existem diversas siderúrgicas, enquanto a Petrobras é uma só. Por outro lado, a logística para importação de aço é muito mais simples que para importação de derivados de petróleo.

A verdade é que isto é uma armação e não pode ser aceita por nenhum brasileiro.

A Petrobras, dentro de condições normais, é uma empresa estruturada para lucrar R$ 5 a 7 bilhões por trimestre.

Hoje o resultado da empresa depende de itens não operacionais.

O lucro acumulado no período jan/set 2017 de R$ 5 bilhões, só foi possível graças ao resultado contábil com a venda da NTS de R$ 6,9 bilhões. A receita e o lucro bruto da empresa só fazem cair (vide anexo V), e vão se estabilizar num patamar muito baixo. As vendas de ativos (Liquigas, NTS etc.etc.) todas empresas altamente lucrativas, não vão mais contribuir para o resultado da holding.

Ricardo Semler, insuspeito tucano, em seu livro “Nunca se roubou tão pouco” (vide ANEXO VI) explica que quando o Brasil não tinha petróleo e muito menos refinarias, a corrupção ocorria na importação da gasolina, onde os políticos recebiam uma comissão sobre tudo que era importado.

Será que a Petrobras está mudando para o passado?

Cláudio da Costa Oliveira

Economista da Petrobras aposentado