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sábado, 18 de abril de 2015

EPA e DHA: o ómega 3 que o cérebro precisa e o sistema imunológico também.

O que são os ómega 3?

Os ómega 3 são um conjunto de gorduras polinsaturadas que são anti-inflamatórios e fundamentais em diversas funções no corpo.


Muito se fala de ómega 3 porque o ácido linolénico (ALA) é uma gordura que o nosso corpo não consegue produzir, tendo de ser necessariamente consumido pela alimentação ou suplementação. Diz-se por isso que é um ácido gordo essencial.

A partir do ALA, o corpo produz EPA e a partir deste produz DHA, que são ambos ómega 3.

Apesar de o corpo produzir EPA e DHA, nem sempre a quantidade é suficiente.

O EPA é mais importante para produção de eicosanóides, substâncias que comunicam mensagens diversas no organismo. O DHA está em abundância nas células da retina e nos neurónios. Funções como relaxamento e contracção dos músculos, coagulação, digestão, fertilidade, divisão celular, crescimento, controle da inflamação estão dependentes dos ómega 3.
Qual será o que faz mais falta ao cérebro?

O DHA. Sabe-se que este ómega 3 é fundamental para o desenvolvimento cerebral, para a capacidade de trabalho e memória.Sabe-se que o DHA
  • - é crucial para a estrutura, desenvolvimento e funcionamento do cérebro. Nas grávidas por exemplo a suplementação é essencial;
  • - é fundamental para o cérebro adulto;
  • - a sua deficiência está ligada a desordens psicológicas como depressão e comportamentos agressivos;
  • - costuma estar em níveis baixos em crianças com hiperactividade ou sintomas semelhantes
  • -a sua ingestão adequada permite prevenir o declínio da memória e a doença de Alzheimer.

Porque corremos o risco de déficit de DHA?

Boas fontes de DHA são os peixes e algas. Assim seria se todos os peixes que comemos se alimentassem apenas de outros peixes, plâncton e algas. O que acontece com mais frequência nos dias de hoje é consumirmos peixes que foram alimentados com rações ricas em ómega 6 e por isso, não adquirimos o ómega 3 desejado.



Nos últimos anos, estudos revelaram a importância dos lipídios de peixes na alimentação humana, por serem uma fonte rica em ácidos graxos polinsaturados principalmente aqueles da família ômega-3.

Os AGI-w 3 são encontrados em concentrações mais expressivas em lipídios de peixes e animais marinhos, especialmente aqueles procedentes de regiões frias, e são considerados de grande importância no metabolismo, por exercerem funções biológicas específicas.

Estudos epidemiológicos correlacionaram a baixa incidência de doenças cardiovasculares nos esquimós e japoneses, devido ao consumo destes ácidos graxos provenientes de peixes marinhos. Na família AGI-w 3, os ácidos graxos EPA - C20:5 (Ácido Eicosapentaenóico) e o DHA - C22:6 (Ácido Docosahexaenóico) assumem uma posição de destaque e são atualmente objetos de vários estudos.
Pesquisas indicam que os ácidos graxos pertencentes à família AGI-w 3, particularmente o EPA, interferem na produção de prostaglandina trombótica e tromboxano ou são transformados em prostaglandinas antitrombóticas e devido aos estudos com os eicosanóides, têm se conhecido as suas ações vasculares e hemostáticas.
O ácido graxo DHA é o maior constituinte da porção fosfolipídica das células receptoras e está presente na retina, no cérebro humano e em diversos tecidos corporais.
Estudos relacionados com dietas suplementares de peixes ou óleos de peixes e derivados de ômega-3 mostraram os efeitos benéficos destes produtos e, nestes últimos anos vários medicamentos à base de óleo de peixes e/ou derivados surgiram no mercado, principalmente no mercado internacional. 
Estudos relacionados com composição de ácidos graxos de peixes brasileiros de água doce, de água doce e salgada e nas diferentes frações lipídicas de peixes de água doce foram realizados no Brasil.
O objetivo deste trabalho foi desenvolver estudos de composição que contribuam para a obtenção de maiores informações, com relação aos níveis de EPA e DHA, em diferentes espécies de peixes marinhos da costa brasileira, e de fornecer dados que hoje são inexistentes, principalmente com os níveis de EPA e DHA na porção do olho, um constituinte que juntamente com a cabeça é descartado durante o processo de filetagem, e que poderá ser usado como uma fonte de obtenção destes ácidos graxos.


2 – MATERIAL E MÉTODOS
Em seis espécies de peixes marinhos da costa brasileira foram analisados os teores de DHA e EPA, em 2 (duas) diferentes partes do corpo: olhos (órbita ocular e material gorduroso da cavidade ocular) e filés.

Amostras aleatórias de peixes congelados das espécies atum (Thunus tynnus), bonito (Katsuwonus pellanis), olho de boi (Seriola lalandi), cavalinha (Scomber japonicus), sardinha (Sardinella brasiliensis) e serra (Sarda sarda) foram adquiridas no comércio de Campinas (SP).
Das amostras de peixes, variando de 2 a 6 exemplares, foram obtidas aproximadamente 20g de filé de cada espécie. Os filés foram individualmente triturados à temperatura ambiente e submetidos ao processo de extração de lipídios utilizando o método de BLIGH e DYER. O extrato lipídico foi então concentrado em rotaevaporador com banho água à temperatura de 33-35oC. Os lipídios totais foram transferidos para pequenos frascos com atmosfera de nitrogênio gasoso e armazenados em freezer à temperatura de -18oC, para utilização posterior.
Os olhos, incluindo a órbita ocular e o material gorduroso da cavidade ocular, foram removidos das espécies atum, bonito, olho de boi, cavalinha, sardinha e serra nas quantidades de 4, 6, 2, 4, 10 e 4 unidades, respectivamente. Este material foi igualmente triturado e submetido aos mesmos processos de extração, remoção do solvente e armazenamento como descrito anteriormente para os filés.
No processo de transesterificação, o material lipídico extraído dos filés e olhos foi descongelado, homogeneizado e aproximadamente 100mg da amostra foram transferidos para tubos de ensaio com tampa rosqueável, e submetidos ao processo de saponificação e metilação. Em todas as etapas do processo de transesterificação e armazenamento dos metil ésteres, foi adicionado nitrogênio gasoso. Os ésteres metílicos foram armazenados em freezer (-18oC), para posterior análise cromatográfica. 
Os ésteres metílicos dos ácidos DHA e EPA foram isolados e analisados através de um cromatógrafo a gás Chrompack CP9001, equipado com detector de ionização de chama e coluna capilar de sílica fundida (30m x 0,25mm x 0,25mm) CPSIL b88 Chrompack. As temperaturas do detector e injetor foram de 280oC e 250oC, respectivamente. A temperatura de operação da coluna foi programada, com temperatura inicial de 190oC por 16 minutos, com um aumento gradual de 5oC/min. até a temperatura final de 220oC. O fluxo do gás de arraste H2 foi de 1,8mL/min e dos gases nitrogênio, hidrogênio e do ar foram de 30, 30 e 300mL/min, respectivamente. 
A identificação dos ésteres metílicos foi realizada por comparação dos tempos de retenção com os de padrões de ésteres metílicos da Sigma (EUA). 
A quantificação dos picos cromatográficos foi efetuada utilizando software integrador processador Mosaic 2.0 acoplado ao cromatógrafo, sendo a quantidade de amostra injetada equivalente à área total dos picos, e os resultados expressos em percentagens de DHA e EPA encontrados, em relação ao total dos ácidos graxos presentes nos lipídios. As análises foram realizadas somente para os ácidos graxos DHA e EPA.


3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO
A Tabela 1 apresenta a composição em percentagem de ácidos graxos DHA e EPA das diferentes espécies de peixes marinhos analisados.

Uma correcta ingestão de alimentos com DHA (peixe, algas) e a compensação com a suplementação deve ser ponderada por todos aqueles que procuram um cérebro activo e uma memória exemplar ao longo de toda a vida.

Se pretende adquirir um suplemento de ómega 3:
  • - Compre suplementos que discriminem as quantidades de EPA e DHA e não os que referem apenas a quantidade total de ómega 3.
  • - Opte por suplementos com a proporção correcta de EPA e DHA: 2/3 de EPA para 1/3 de DHA. Apesar de o DHA ser mais importante para o cérebro, os suplementos possuem mais EPA pois é a partir deste que se produz DHA.
  • - 500 mg de EPA+DHA são as recomendações para evitar deficiências; 1000mg de EPA + DHA são as recomendações para melhorar performance. Deverá usar quantidades superiores apenas quando tiver resultados laboratoriais que comprovem essa necessidade.
  • - Nas crianças até 7 anos, o DHA é de tal forma fundamental que a suplementação deve conter 2/3 de DHA para 1/3 de EPA.
  • - Se o seu objectivo é mesmo a questão cerebral procure o suplemento com a maior quantidade de DHA.
  • - Use suplementos de empresas que sabe terem cuidado com o grau de contaminação dos suplementos com metais pesados. Informe-se sobre a empresa.
Agora já sabe qual é o ómega 3 de que o seu cérebro precisa!

As composições de DHA mostraram valores variando de 28,35% para o atum (olho) a 10,37% para a espécie olho de boi (filé). Enquanto que para EPA, os valores variaram de 20,16% para a sardinha (olho) a 2,90% para o olho de boi (filé).

Após análise comparativa (Tabela 1) das médias dos ácidos graxos DHA e EPA, entre as partes de peixes das espécies atum, bonito, olho de boi, cavalinha, sardinha e serra, não foram observadas diferenças significativas ao nível de 5% apenas entre as partes: filé (atum) e olho (olho de boi), olho (cavalinha) e filé (sardinha), para o DHA. E para o ácido EPA, entre olho (cavalinha) e filé (serra).

Os teores de DHA de maior destaque foram aqueles obtidos dos olhos de atum, bonito e serra, 28,35%, 26,24% e 18,60%, respectivamente. Para os teores de DHA em filés, os maiores valores também ficaram com estas três espécies, mas a ordem entre os dois primeiros foi alterada, sendo o maior valor para o bonito seguido pelo atum e serra, 16,50%, 16,25% e 15,39%, respectivamente. Segundo GUZMÁN [18], as espécies de atum, bonito e serra representam alguns dos carnívoros superiores e, são esperados elevados níveis de DHA.

Os menores teores de DHA foram encontrados para filés das espécies olho de boi, cavalinha e sardinha e, mesmo apresentando os menores valores, estes são superiores a 13 espécies de peixes de água doce analisados por ANDRADE.

Para o ácido graxo EPA, os valores de maior destaque foram para a sardinha, no olho e no filé, com 20,16% e 18,68%, respectivamente. Estes valores foram superiores aos encontrados em óleo cru e farinha de sardinhas. Os valores subsequentes foram para as espécies bonito (filé) e olho de boi (olho) com 14,00% e 12,79%, respectivamente.

Os dois menores valores de EPA foram encontrados nos filés das espécies cavalinha e serra. Estes resultados são semelhantes aos obtidos para DHA. Apesar de apresentarem os menores teores, ainda são superiores aos encontrados por MAIA em frações lipídicas de 3 (três) espécies de água doce.

Tabela 2 apresenta os resultados das relações EPA/DHA para a mesma espécie e parte do corpo, além das relações DHA (olho/filé) e EPA (olho/filé) para uma mesma espécie.

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A relação EPA/DHA foi superior à unidade somente para a sardinha com 1,36 e 1,35 para o olho e filé, respectivamente, mostrando que de todas as espécies analisadas somente a sardinha apresenta maior teor de EPA em relação ao DHA. Valores médios de 1,37 foram encontrados em óleos industriais e lipídios totais de sardinhas .

As espécies bonito (filé) e olho de boi (olho) apresentaram os valores intermediários EPA/DHA com 0,85 e 0,79, respectivamente.

O atum (olho) apresentou o menor valor da relação EPA/DHA com 0,21, sendo este valor quase o dobro do encontrado no filé por ANDRADE, que foi de 0,11.
Neste experimento esta mesma relação no filé foi de 0,58.

A relação EPA/DHA encontrada para a espécie serra foi de 0,36 e 0,32, para olho e filé, respectivamente. Valor próximo (0,40) foi descrito por GUZMÁN.

Todos os resultados apresentados pela relação DHA (olho/filé) foram superiores à unidade, mostrando que os níveis de DHA no olho são sempre superiores aos níveis no filé, e os maiores valores foram para as espécies atum, bonito e olho de boi com 1,75, 1,59 e 1,56, respectivamente.

Os valores para a relação EPA (olho/filé) foram inferiores à unidade para as espécies atum e bonito, com 0,64 e 0,75 respectivamente. Desta forma, o filé destas espécies, parte mais utilizada na alimentação, é uma fonte desejável de EPA.

4 – CONCLUSÕES

Nas espécies estudadas, os teores de DHA totais (olho + filé) foram superiores para o atum e bonito, enquanto os teores de EPA totais (olho + filé) foram superiores para a sardinha e bonito.

Comparando-se a mesma espécie e parte do corpo dos peixes, podemos observar que os teores de DHA foram superiores aos teores de EPA, exceto para a sardinha.

Os teores de DHA para uma determinada espécie foram sempre maiores no olho que no filé, enquanto que o mesmo foi observado para os teores de EPA em quatro espécies: olho de boi, cavalinha, sardinha e serra. Tanto para DHA como para EPA, a região ocular pode ser uma fonte barata para obtenção destes ácidos graxos, uma vez que na maioria dos peixes processados a cabeça é descartada. Porém, os teores de EPA foram superiores no filé das espécies bonito e atum, uma fonte viável para obtenção deste ácido graxo através da alimentação.

A sardinha e o bonito apresentaram as maiores somatórias para os níveis de DHA e EPA em filés, mostrando serem uma boa fonte alimentar destes ácidos, especialmente a sardinha pelo preço acessível de comercialização no Brasil.


5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1 Recebido para publicação em 28/10/99. Aceito para publicação em 18/05/00.
2 Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Caixa Postal 6177, CEP 13081-970, Campinas-SP.
3 Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade São francisco, Bragança Paulista-SP.
* A quem a correspondência deve ser enviada.

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O QUE DIZ HENRY OKIGAMI
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PRINCÍPIO ATIVO
Ômega 3 de alta concentração de EPA (724mg) e DHA (482mg) e isento de mercúrio e metais pesados.

BENEFÍCIOS
Prevenção de doenças do coração e do cérebro
Trabalha na prevenção de alguns tipos de Cânceres
Ação anti-inflamatória
Diminuição da produção de VLDL, (proteína que aumenta os níveis de triglicerídeos no sangue quando em níveis elevados).
Redução de agregantes plaquetários no sangue, que aumentam o risco de complicações no sistema circulatório quando presentes em excesso;
Contribuição para funcionamento adequado do sistema nervoso;

POSOLOGIA
2 cápsulas ao dia.

APRESENTAÇÃO
120 cápsulas.

DURAÇÃO DO FRASCO
60 dias
Informações Nutricionais
 Porção 1,1g (1 cápsula)% VD (*)Porção 2,2g (2 cápsulas)% VD (*)
Valor Energético9kcal = 38kJ018kcal = 76kJ0
Gorduras Totais1g, das quais:1,82g, das quais:4
Gorduras Saturadas0,2g0,40,4g2
Gorduras trans0g**0g**
Gorduras monoinsaturadas0,3g**0,6g**
Gorduras poliinsaturadas0,7g, das quais:**1,4g, das quais:**
Ômega 3 Ác.Eicosapentanóico (EPA)362mg**724mg**
Ômega 3 
Ác. Docosahexanóico (DHA)
241mg**482mg**
Colesterol5mg210mg4
Vitamina E1,6mg163,2mg32
(*) %VD Valor Diário de referência com base em uma dieta de 2.00kcal ou 8.400kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
(**) VD não definido.
 
Ingredientes:
Óleo de peixe, vitamina E e cápsula (gelatina, glicerina e água purificada).
O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis.
Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando (nutrizes) deverão consultar o médico antes de usar o produto. 
Pessoas alérgicas a peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto. 
Este não é um alimento baixo em gorduras saturadas.
Rico em ômega 3.

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