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JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

terça-feira, 23 de junho de 2009

PREVIDENCIA COMPLEMENTAR NO BRASIL - O caso Aerus.

Eu nunca acreditei em fundos de Previdência Complementar no Brasil, porque entendo que Fundos de Previdência são uma idéia muito boa enquanto estão no início, uma vez que terão que sómente arrecadar dinheiro. De fato rápidamente montam uma montanha de dinheiro que é objeto de inúmeras jogadas, uma vez que os gestores dos fundos de previdência complementar tem a incumbência de gerir esses recursos.

Dessa forma aplicam em diversos tipos de negócios ao seu bel prazer. A tendência a que esses recursos sejam objeto de jogadas nem sempre convenientes para os verdadeiros donos desses recursos que são os trabalhadores e sua manipulação fraudulenta passa a ser uma coisa práticamente natural.

Os Governos os utilizam para salvar empresas com dificuldades e assim não precisar sacar dinheiro do governo para essas jogadas salvadoras, e oportunamente se utilizam seus recursos para uso na empresa que é patrocinadora, mesmo que o retorno não seja o melhor.

O governo de Fernando Henrique Cardoso, o antigo Ministro da Fazenda Delfin Neto cansaram de usar esses fundos como o do Banco do Brasil, da Petrobrás, e outros para compor grupos de compra das empresas privatizadas, quando tinham dificuldade para fechar grupos de compras dessas empresas, e principalmente as menos interessantes e que eram as que tinham mais dificuldade de fechar compras.

Os trabalhadores, esses ficavam sempe a margem e foram sempre os enganados e mais prejudicados.

O caso CAPEMI foi um dos mais rumorosos. Com um plano de previdência com o nome de Caixa de Pecúlio, Pensões e Montepios Beneficente, deu um calote em todos os seus contribuintes quando ficou evidente que a pensão a que tinham direito não incluia nas cláusulas contratuais, o ítem "CORREÇÃO MONETÁRIA". Dessa forma as pensões reduziram-se a pó.





  • A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça condenou a Capemi Caixa de Pecúlios, Pensões e Montepios Beneficente a devolver todas as parcelas de contribuição que o previdenciário Nelson Nunes Puente pagou durante 25 anos. A Capemi pretendia pagar somente uma pensão de 23 reais. Nelson se associou à empresa em agosto de 1968, com previsão de obter pensão correspondente ao soldo de um coronel do Exército brasileiro. Pagando uma prestação de 16 cruzados novos, o valor a ser recebido deveria ser 17 vezes maior, segundo o contrato. Como a Capemi se negava a pagar, ele entrou na Justiça, pedindo devolução das quantias pagas, mais perdas e danos. Em primeira instância, obteve a devolução dos valores pagos, mas o Tribunal de Justiça negou, alegando que não havia previsão contratual que viabilizasse a devolução. Nelson, então, recorreu ao STJ. Para o ministro Ruy Rosado de Aguiar, relator do processo, o associado que procurou proteger o seu futuro e teve as expectativas frustradas ao final de três décadas tem pelo menos o direito de receber o que pagou. O ministro afirmou também que, se a perspectiva é incentivar os planos de previdência privada no país, é conveniente que os resultados alcançados pelos atuais beneficiários sejam conhecidos e ponderados.


Esse caso da Capemi ao meu ver se constitui em um ESTELIONATO e se esse país fosse um país sério, toda essa quadrilha, deveria estar na cadeia com seus bens confiscados para ratear entre os prejudicados que foram aqueles que pagaram durante anos, acreditando que ao final da vida teriam o retorno que lhes era de direito.





Na verdade à alguns anos várias empresas de previdência privada que se propunham a complementar os salários dos funcionários das empresas patrocinadoras, estavam em dificuldades. A PETRUS que era patrocinada pela Petrobras era uma delas, assim como outras que se encontravam em posição falimentar, e até hoje cambaleiam a despeito de miraculosos planos engendrados para salva-las da quebra, sempre prejudicando os contribuintes.





Uma dos casos mais rumorosos e que causa grande indignação é o caso da AERUS, a Empresa de Previdência Privada dos funcionáios da VARIG.



Durante Décadas, os funcionáios da Várig contribuiram com quantias vultosas retiradas de seus salários, esperando ao final da vida ter uma complementação de suas aposentadorias. Com a quebra da Varig, uma empresa que era um emblema do Brasil, e que faliu por políticas lesivas à sua continuidade operacional, bem como por má gestão, e também por causa de interesses das empresas concorrentes, algumas com capitais estrangeiros, a primeira coisa que foi relegada foi o fundo de pensão AERUS cuja empresa patrocinadora era a Varig.







  • Para platéias que lotaram a subsede do SNA de São Paulo; o Auditório da OAB, no Rio; e a sede do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre, com mais de 250 trabalhadores em cada reunião, Maia fez uma detalhada explicação sobre a situação desses dois fundos, assinalando que a União foi omissa ao permitir desmandos administrativos que comprometeram a capacidade de geração de recursos para o pagamento de benefícios, aposentadorias e pensões. E também da importância das ações já tomadas pelo SNA que podem servir de jurisprudência para Ações futuras.



  • No que diz respeito ao Aerus (Varig e Transbrasil), Maia explicou que a ação do SNA, que pede a responsabilização da União pelos desmandos praticados no fundo de pensão, encontra-se na Vara Federal aguardando manifestação do Governo, que tem prazo de 20 dias para fazê-lo.
    “Conseguimos provar com documentos detalhados que a atuação da União foi criminosa no que diz respeito à fiscalização desse fundo de pensão. A mantenedora desse fundo usava os recursos do Aerus para se financiar, o que é absolutamente ilegal e criminoso. Temos acompanhado ações semelhantes em outros fundos de pensão e o que notamos é que a previdência complementar no Brasil, especialmente a relativa a fundos de pensão de grandes empresas privadas e também estatais, vive uma situação de descalabro total por falta de fiscalização por parte do Governo Federal”, assinalou Maia.


  • Segundo o advogado do SNA, se a União deixou de cumprir seu papel e fiscalizar a atividade das diretorias desses fundos, ela é responsável perante a lei pelos problemas que esses fundos estão enfrentando e que podem levar à falta de pagamento de pensões, auxílios doença e aposentadoria de milhares de trabalhadores. “Entendemos que a União deve honrar os compromissos desses fundos imediatamente e ir cobrar os prejuízos das empresas que lesaram os patrimônios desses fundos”, enfatizou Maia.


  • De acordo com Maia, o Procurador Público que está examinando o caso para o pagamento dos recursos que as empresas deixaram de aplicar nos fundos de pensão com a conivência da União, está sensibilizado com o assunto.


  • Em relação ao Aeros, fundo de pensão dos funcionários da Vasp, Maia assinalou que a situação de calamidade é ainda mais escandalosa. Ele lembrou que o empresário Wagner Canhedo ofereceu R$ 120 milhões pela empresa no leilão de privatização, tendo se apropriado dos R$ 380 milhões que existiam no Aeros.Nesse sentido, quem bancou a compra da Vasp pelo empresário Canhedo foi o fundo de pensão, uma atividade flagrantemente irregular e criminosa, que contou com a conivência do Governo Federal da época para ser levada a cabo”. O GOVERNO FEDERAL À ÉPOCA ERA FERNADO HENRIQUE CARDOSO.




  • Maia assinalou que as ações movidas pelo SNA em Brasília (DF) contra a União têm por objetivo reparar imediatamente os danos sofridos por esses fundos de pensão, obrigando a União a repor os recursos que foram criminosamente manipulados e que hoje deixam de complementar a aposentadoria e pensões de milhares de trabalhadores. Ele advertiu, no entanto, que os aeronautas devem evitar entrar com ações isoladas com essas mesmas finalidades porque se a ação for mal-conduzida, pode gerar a desculpa que a União espera para não ter que honrar os recursos que permitiu que fossem desviados desses fundos.




  • No que diz respeito ao Aeros (Vasp), Maia lembrou que esse fundo tinha um superávit maior do que o Previ, dos funcionários do Banco do Brasil. Tudo isso foi destruído por gente gananciosa, com a conivência dos órgãos de fiscalização da União.




  • “O fundo Aeros anunciou a suspensão dos benefícios. Entramos com uma notificação e a desembargadora mandou a União pagar. A União foi intimada a honrar os compromissos com os trabalhadores e simplesmente se recusou, alegando que a lei obriga a que pendências desse tipo sejam pagas através de precatórios. Mas a Justiça entende que há risco imediato às pessoas que deixem de receber esses benefícios, muitos aposentados, alguns órfãos e gente com problemas de saúde, por isso determinou o pagamento imediato, inclusive com o arresto de bens da União para cumprir sua determinação”, assinalou, acrescentando que, mesmo assim, o Governo Federal se recusa a cumprir a determinação da Justiça, em uma demonstração de profundo autoritarismo e desrespeito à sociedade.


Em uma reportagem na Radio CBN no Rio de Janeiro, foi manifesto a situação desesperadora em que se encontram inúmeros ex-funcionários da Varig, pessoas que deram suas vidas em prol de uma empresa que era o símbolo do Brasil e hoje estão à mingua sem recursos par pagar seus aluguéis e sustentar suas famílias.



É preciso um clamor social contra essa INIQUIDADE, contra esse descalabro, contra esse crime que esse governo imoral Fernando Henrique Cardoso praticou contra esses funcionários. Essa gente já estaria na cadeia se esse fosse um país sério, ma nós cidadãos não podemos deixar isso assim. Vamos clamar, gritar, espernear, pois amanhã sem dúvida seremos os proximos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

JOÃO GOULART - O MELHOR POLÍTICO BRASILEIRO - Resumindo o papo.

Antes de tudo quero deixar claro qual é o regime político que acho ideal. Esse é a SOCIAL DEMOCRACIA. A Social Democracia não é o COMUNISMO e nem é o CAPITALISMO. É na verdade o que há de melhor dos dois regimes. Os países que instituiram o Socialismo Democrático como a SUÍÇA, SUÉCIA e a FRANÇA e até PORTUGAL e alguns países Europeus, são em verdade o que mais poderíamos aproximar de SOCIEDADES IDEAIS. 

 O Século XX que já se encerrou, e o início do Século XXI que estamos vivendo, deixaram duas grandes lições. A primeira é a de que um Estado que tem poderes absolutos não é bom nem ideal. A queda do Muro de Berlin e o esfacelamento da UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS SOVIÉTICAS, marcam a falência da Ditadura do Proletariado que iniciou com o Golpe Bolchevique que derrubou a Monarquia na antiga Rússia, obrigando os integrantes da Realeza a fugirem para outros países e culminou com o crime do assassinato da família Real que não tinha mais lugar na nova ordem proletária. 

 Os crimes de Stalin contra o povo e contra os idealizadores da revolução Bolchevique, que se rivalizam com os crimes da Alemanha Nazista, mostraram que ditaduras nunca serão um bom regime, a partir do momento em que concentram na mão de um ditador todos os poderes, que normalmente só se mantém com a instauração do terror. 

 A outra grande lição que o início do Século XXI deixa para a humanidade é a de que a economia não se auto-regula como pregavam os profetas do NEOLIBERALISMO, e que é necessário que o ESTADO intervenha na economia para colocar as coisas nos eixos.


Se Barack Obama não tivesse intervido, salvando da falência alguns mega grupos de BANCOS, SEGUROS, MONTADORAS e outros de menor expressão da falência, poderíamos hoje estar vivendo o fim da economia de mercado que iria se desintegrar. Isso contraria evidentemente o interesse de várias nações que estão com todos os seus ativos ancorados nessa economia que dá sinais de podridão com o domínio económico da nação Norte Americana, e seu dólar que hoje não tem mais o lastro em ouro, requisito que o consolidou como moeda de transação do mercado internacional.

Dentro desse cenário ressurge a tese do Socialismo Democrático. Um regime político que não vê como prioridade o capital, mas o homem, é democrático e aceita a economia de mercado sempre dentro da perspectiva de que o homem é a prioridade, e não o capital.

Todo esse papo serviu de introdução para falar do político Brasileiro Ideal e que é aquele que eu admiro em uma época que se costuma colocar todos os políticos no mesmo saco.

Não é somente esse político de que falo que considero como ideal. Outros tem também a minha grande admiração. Falo por exemplo de Leonel Brizola e de Darcy Ribeiro. Poderia colocar nesse conjunto um outro grande político Brasileiro que foi Getúlio Vargas, mas esse ficou manchado com o episódio de Olga Benario, mulher de Luiz Carlos Prestes que foi enviada para morrer na Alemanha Nazista.

Getúlio tinha boas relações com a Alemanha Nazista o que o coloca sob suspeição, além de ter o concurso de um Alemão odiado pelo povo Brasileiro como chefe de sua polícia Secreta que foi Filinto Mueller. Muita gente adorou quando o seu avião caiu e ele foi prestar contas lá nas regiões das trevas que é para onde vão aqueles que matam e torturam outros seres humanos.

Pois é. Getúlio que era um dos ditadores do seu tempo, apesar de nacionalista, apesar de ter criado os direitos do trabalhador que vigem até hoje, tem contra si o fato de que a exemplo de outros seus colegas como Francisco Franco ou Salazar ou Hitler, ou Benito Mussolini ter feito uso do terror como instrumento de poder, como os militares viriam a praticar anos mais tarde, por sinal, seus inimigos.
Entretanto o grande político Brasileiro, aquele que eu mais admiro por suas posições, pela sua coragem, pelos seus ideais, pelas suas decisões e pela sua grandeza nos momento decisivos, esse foi João Belchior Marques de Goulart.

E justifico essa minha posição citando os porquês dessa minha admiração.

1 - Primeiramente João Goulart não precisava defender operários e nem trabalhadores, porque descendia de uma família de latifundiários, muito ricos do Rio Grande do Sul, mas a sua opção foi a política em defesa da causa operária, coisa rara vindo de quem deveria ter exactamente interesses contrários a esses.
2 - Foi além de um grande líder político um homem de muita coragem. Quando Getúlio Vargas o nomeou seu Ministro do Trabalho, João Goulart instituiu o aumento do salário mínimo em cem por cento, o que provocou a revolta da classe patronal e o que o levou a exoneração apesar de Getúlio ter conservado o aumento de cem por cento.

 

Quando por ocasião do golpe militar, João Goulart que tinha como amigo o General Amaury Kruel, chefe do Segundo Exército, pois o citado General era padrinho de casamento de sua filha, teve com o citado General um dialogo duro, quando o conclamou a apoia-lo, e o General obtemperou com duas exigências. Que João Goulart abrisse mão das Reformas de Base, e concordasse em prender alguns agitadores que eram líderes de movimentos, principalmente o movimento dos Sargentos. Jango nesse momento poderia concordar e assim reverter o direcionamento do Golpe. Poderia ter recuado, mas não concordou. Era um homem de princípios, e ali foi praticamente decidido o rumo da revolução de 1964.

Apesar de tudo não foi ai que as coisas foram decididas. Quando foi para o Rio Grande do Sul, o Terceiro Exército estava unânime em apoia-lo. Uma reunião da qual participaram Leonel Brizola e mais oito generais pretendiam iniciar uma reação. Leonel Brizola sugeriu que destituísse por ato de presidente os ministros existentes e o nomeasse outro Ministro da Guerra. Dessa forma iniciaria uma reação ao Golpe Militar em curso.

João Goulart não concordou, porque tal decisão levaria a um grande tributo em sangue o que não era seu desejo. Dessa forma João Goulart saiu do Brasil e asilou-se no Uruguai. (Entretanto essa decisão de João Goulart não tinha somente essa razão. comentaremos depois a outra e fundamental razão para essa sua decisão.)

Outro momento de muita coragem foi quando laçou as suas reformas de base. Se concordarmos que os homens lutam com mais fervor por aquilo que consideram como seus e com menos fervor por aquilo que podem vir a conquistar, entenderemos perfeitamente a revolta que sacudiu o Brasil de Norte a Sul quando Jango lançou as suas reformas de Base.
Eis as reformas de Base:
  • Reforma educacional: visava combater o analfabetismo com a multiplicação nacional das pioneiras experiências do Método Paulo Freire. O governo também se propunha a realizar uma reforma universitária e proibiu o funcionamento de escolas particulares. Foi imposto que 15% da renda produzida no Brasil seria direcionada à educação.
  • Reforma tributária: controle da remessa de lucros das empresas multinacionais para o exterior; o lucro deveria ser reinvestido no Brasil. Os imposto de renda seria proporcional ao lucro pessoal.
  • Reforma eleitoral: extensão do direito de voto aos analfabetos e aos militares de baixa patente.
  • Reforma agrária: terras com mais de 600 hectares seriam desapropriadas e redistribuídas à população pelo governo. Neste momento, a população agrária era maior do que a urbana.
  • Reforma urbana: foi estipulado que as pessoas que tivessem mais de uma casa poderiam ficar com apenas uma; as demais seriam doadas ao Estado ou vendidas a preço baixo.

Obviamente essas reformas deixaram muitas pessoas descontentes. Exatamente os mais poderosos, os latifundiários, os ricos que tinham mais de uma propriedade, e os donos de escolas particulares. A apoia-lo só tinha o povo que não tinha evidentemente toda essa disposição.

Os Estados Unidos da América por trás procurava insuflar não só os golpistas como também os políticos contrários a João Goulart. Hoje sabe-se que o golpe foi urdido e tramado nos bastidores da Embaixada Americana.

Além da coragem uma outra qualidade era admirável em João Goulart, ao contrário de Getúlio e de outros políticos. Ele não gostava de ferir nem matar ninguém. Quando as tropas de Mourão Filho saíram de Minas e marcharam para o Rio de Janeiro, o que foi a rigor uma aquartelada, pois não tinham nem munição, foi cogitado de se mandar aviões para bombardear essas tropas insurgentes, ao que JANGO não concordou, pois isso poderia ferir pessoas ou mata-las. Seria o início de uma guerra.

Finalmente quando no Rio Grande do Sul ele decidiu não reagir, o fez porque tinha informações privilegiadas que davam conta de que uma força tarefa Norte Americana estava nas costas do Brasil e se preparavam para intervir em apoio aos insurgentes. A intenção era dividir o Brasil em dois e portanto teríamos Brasil do norte e Brasil do sul como ocorreu na Coreia e no Vietname. Goulart não queria isso, além do enorme tributo de sangue que isso viria a cobrar do povo Brasileiro.

Fazendo um exercício de reflexão, pensemos o seguinte. Se João Goulart tivesse decidido resistir, o que aconteceria? Teríamos uma guerra civil. Quantas pessoas morreriam? O quer aconteceria com o Brasil? O Vietname hoje dividido levou 35 anos em guerra. Crianças nasceram e morreram e viveram em um país permanentemente em guerra. A Coreia também tem histórias terríveis para contar, e até hoje está dividido. Os Estados Unidos ampliariam seu domínio, a Rússia interviria a favor dos esquerdistas, e teríamos um conflito de dimensões mundiais.

A decisão de um só homem evitou tudo isso. Tal como a decisão de Getúlio Vargas quando se suicidou, a decisão de João Goulart em se exilar nos salvou a todos nós de viver em um país convulsionado por uma guerra, como queriam sem dúvida as trevas.

João Goulart seria depois assassinado por ato de um plano macabro de uma chamada Operação Condor. Quem lê essas minhas linhas há de perguntar. Mas ele não morreu de morte natural? E eu diria. Não. Ele a exemplo de Juscelino Kubitchec, e Carlos Lacerda, foi assassinado. Leia-se o livro "O BEIJO DA MORTE" de Carlos Heitor Cony. E com certeza não foi só Jango que foi assassinado nessa noite tenebrosa que se abateu sobre a nação Brasileira. Outras figuras como Tancredo Neves, Paulo Cesar Farias e sua esposa, Pedro Collor, e onde está por exemplo o médico legista que contestou o laudo pericial de Paulo Cesar Farias? Que fim levou?
  • As condições nos países do Cone Sul, nos meados dos anos 1970, não ofereciam também a menor segurança. No Chile, sangrento golpe de estado derrubara o governo constitucional e democrático do socialista Salvador Allende. Juan Domingo Perón, que voltara à presidência da Argentina (outubro de 1973) e mantinha excelente relacionamento com João Goulart[1], falecera em 1 de julho de 1974. Como vice-presidente, sua viúva, Isabel Perón (seu nome verdadeiro era Maria Estela Martinez) ocupou o governo da Argentina, cujas condições internas, tanto econômicas quanto políticas, voltaram a deteriorar-se, ao tempo em que atos de terror e violência se intensificavam, com as organizações paramilitares – Triple A (Alianza Anticomunista Argentina) e Comando de la Organización – a assassinarem militantes e líderes de esquerda, enquanto o Ejército Revolucionario del Pueblo (ERP), de origem trotskista, e as formaciones especiales da Juventude Peronista (Montoneros) realizavam seqüestros, atacavam quartéis e executavam ousadas operações de guerrilhas em Tucumán. Isabel Perón também fora deposta do governo da Argentina por um golpe de estado, em março de 1976. E diversos líderes latino-americanos, que se opunham aos regimes militares, morreram em Buenos Aires assassinados, e entre eles dois importante políticos uruguaios, o ex-ministro de estado e ex-senador Zelmar Michelini e o ex-presidente da Câmara de Deputados, Héctor Gutiérrez Ruiz, cujos cadáveres foram encontrados juntos, dentro de um automóvel, em 22 de maio de 1976[2], bem como o general Juan José Torres, que fora deposto do governo da Bolívia (1971) com o apoio do Brasil[3]. Àquela época, os órgãos de repressão da Argentina, Brasil, Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai haviam concertado um entendimento e desencadeado, conjuntamente e com a assistência da CIA, a Operação Condor, com o objetivo de eliminar toda e qualquer resistência aos regimes ditatoriais instalados naqueles seis países do Cone Sul [4].

  • Goulart, que montara uma empresa para a exportação de carne e arroz, em Buenos Aires, onde pretendia residir, recebeu também ameaça de morte e, segundo se informava, teve seu escritório, naquela cidade, na Avenida Corrientes, invadido, cofre e armários arrombados, por um comando cujo objetivo aparentemente fora seqüestrá-lo e matá-lo. Este fato é contestado por algumas fontes, mas algo estranho, de qualquer maneira, houve. E alternativa não restou a Goulart senão passar mais tempo em Mercedes (Argentina), onde possuía uma estância (La Villa) ou sua fazenda em Maldonaldo, perto de Punta del Este, no Uruguai. Mas, no Uruguai, onde fora recebido, em 1964, não como refugiado político e sim como presidente constitucional do Brasil, e obtivera até mesmo passaporte[5], negado pelo governo brasileiro[6], a situação igualmente se modificara. Depois do golpe de estado de 27 de junho de 1973, o governo autoritário de Juan Maria Bordaberry sujeitou-se ainda mais à influência do governo brasileiro, do qual dependia econômica e politicamente, e começou a criar as maiores dificuldades para todos os exilados, inclusive para Goulart. Seu filho, João Vicente Goulart, com 16 anos, foi preso, teve sua cabeça raspada e ficou três dias em um quartel. Sua mãe, Maria Tereza Goulart, sob a alegação de transporte irregular de carne[7]. O piloto, Rubem Rivero, foi também preso sob a acusação de militância subversiva. E o próprio Goulart, que tivera de mandar seus filhos – João Vicente e Denise – para a Inglaterra, com receio de que fossem seqüestrados[8], foi compelido pelo governo uruguaio a desistir do direito de asilo, dado que não o podia expulsar, devido aos seus grandes investimentos no país[9].

  • Goulart estava deprimido, ansiando voltar ao Brasil, o que constituía sua obsessão, e não tomava os devidos cuidados com a saúde, pois, embora fosse sabidamente cardíaco, continuava a comer sempre a gordura da carne, fumava e não dispensava algumas doses de whisky. E, em tais circunstâncias, ele decidiu fazer uma viagem à Europa, onde não apenas visitaria os filhos em Londres como verificaria as condições de mudar-se para a França[10] ou Espanha, onde ficaria perto de seus filhos que estudavam em Londres. Brizola, naquela ocasião, soube através do serviço secreto de Cuba, com qual desde 1965 nunca perdera contacto, da existência de um complô para assassinar Goulart quando ele passasse por Buenos Aires. Como não lhe queria diretamente falar, pois suas relações continuavam rompidas, procurou o escritor Edmundo Moniz, ex-diretor do Correio da Manhã, asilado em Montevidéu e amigo de ambos, e pediu-lhe que o avisasse do risco que correria[11]. Brizola, perguntado então porque ele, pessoalmente, não o fazia, inventou a desculpa de que Goulart o vira em um posto de gasolina e não o cumprimentara.
  • Diante dessa evasiva, Edmundo Moniz aceitou a incumbência e transmitiu a informação a Goulart, que tomou a iniciativa de ir apartamento de Brizola, a pretexto de visitar sua irmã Neuza, então adoentada, e despedir-se, dado que estava com a viagem marcada para a Europa. Brizola, ao saber da presença de Goulart no prédio, recolheu-se a um dos quartos do apartamento, mas o escritor e jornalista Josué Guimarães, que lá se encontrava, bem como outros amigos pressionaram-no para que aparecesse na sala, com o que ele a muito custo aquiesceu, reconciliando-se assim com o cunhado, após 12 anos de rompimento[12]. Mas os dois não conversaram sobre política. Só de assuntos pessoais, de família.

  • Pouco tempo depois, em setembro de 1976, Goulart realizou a viagem à Europa[13] e aproveitou para fazer exames no instituto cardiológico de Lyon, quando passou pela França, e após submeter-se a vários exames, recebeu uma advertência a respeito de seu estado de saúde, e escreveu uma carta a Cláudio Braga, que cuidava de seus negócios em Buenos Aires e a quem confiava assuntos políticos e pessoais, contando que os resultados foram “bem razoáveis”, considerando que não se sujeitara “nunca às prescrições médicas e regimes” [14]. Também comentou a situação no Brasil, onde “as cousas se esquentaram”, com a notícia de seu possível regresso, e se estavam “somando muita detonantes; eleições, situação econômica - social muito difícil, morte de JK, com repercussões de toda ordem e da maior magnitude (inesperada completamente para o governo), graves denúncias no campo moral etc. etc.”.[15]

  • Goulart tinha consciência de que não mais podia permanecer nem no Uruguai nem na Argentina, devido à insegurança que se instalara nesses dois países, onde recrudesceram os assassinatos dos líderes políticos, que se opunham aos regimes militares. Mas tinha dúvida sobre o que fazer. De um lado, excogitava morar em Paris. Do outro, pretendia regressar a Brasil, mesmo sem anistia política. Assim, logo após regressar da Europa a Montevidéu, solicitou a Cláudio Braga que ouvisse a Almino Afonso, que voltara a Buenos Aires uma viagem ao Brasil apesar de que estivesse exilado, sobre um possível retorno, mesmo sem anistia. Almino Afonso foi favorável. Mas nada de ir pela fronteira, nem de exílio dentro da pátria. Sua idéia era de que Goulart fizesse outra viagem à Europa, a fim de visitar o papa Paul VI, e aos Estados Unidos para um encontro com o senador democrata Edward Kennedy, irmão do ex-presidente John Kennedy e então o principal oponente das ditaduras militares instituídas na América Latina, após o que, com ampla divulgação, em New York tomaria um avião diretamente para o Rio de Janeiro, em franco desafio ao regime militar e correndo o risco de ser preso.[16] “Esta opinião foi por mim transmitida a Jango e conversamos várias vezes no Uruguai, mas ele sempre ordenava "absoluta reserva", ate sua definitiva autorização para deslanchar a operação retorno” – recordou Cláudio Braga.[17]

  • Por volta de 25 ou 26 de novembro, Goulart telefonou para Cláudio Braga, pediu-lhe que estivesse às 15 horas no bar do Hotel Columbia em Montevidéu. Após falar sobre seus interesses na Argentina, principalmente sobre um grande remate de gado que pretendia fazer em Mercedes-Corrientes, e orientá-lo sobre todas as providencias a tomar, Goulart disse a Cláudio Braga: “Agora vamos ao mais importante. Viajes primeiro a Bueno Aires e marques um jantar com Almino, transmitindo-lhe minha decisão de regressar ao Brasil; ele pode ir pensando na operação regresso, na qual, certamente, estará incorporando o Waldir (Pires)”[18].

  • Quando ambos caminhavam para o Hotel Alhambra, na parte velha e Montevidéu, Cláudio Braga ainda várias vezes lhe perguntou, se esta era uma decisão definitiva. E ele respondeu: "se não fosse, eu não estaria mandando tu falares com Almino. As conversas com Almino são conversas sérias... Ele é um homem sério. Irei antes conversar com Edward Kennedy, enquanto isso Almino irá ouvindo a quem ele considerar necessário a essa operação"

  • Cláudio Braga cumpriu a missão. Encontrou-se com Almino na confeitaria Richmond, na calle Florida em Buenos Aires, e transmitiu-lhe a decisão de Goulart. “Lembro-me que Almino Afonso disse – mais ou menos – o seguinte: ele prestará mais uma vez um grande serviço ao país.”[19] Goulart, diante de tal perspectiva, estava sob forte tensão. Dado sofrer de cardiopatia grave e haver-se ampliado sua afecção coronariana, ele havia parado de beber e começara a fazer violento regime, a fim de emagrecer, porém mal controlado, e continuou a fumar muito, não obstante a proibição do médico, e a comer ovos e carnes gordurosas, conforme o próprio depoimento de sua esposa, Maria Tereza Goulart[20]. Grande era, portanto, o perigo de que tivesse outro enfarte, como já sofrera no Uruguai, em 1969.

  • De qualquer forma, Goulart, consciente ou não deste problema, prosseguiu normalmente suas atividades. Foi encontrar-se com Maria Tereza, em Maldonado, a fim de irem juntos à fazenda em Tacuarembó e de lá partirem para Argentina, pelo interior, cruzando o rio Uruguai, pois não pretendia transitar por Buenos Aires, em virtude do clima de ameaças lá existente. E na manhã de 5 de dezembro, com a perspectiva de retornar em breve ao Brasil mesmo sem anistia[21], viajou com Maria Tereza para La Villa, a estância que possuía na província de Mercedes, Argentina. Fê-lo, sigilosamente. Mas a viagem fora, decerto, exaustiva, pois Goulart e Maria Tereza seguiram de avião apenas até Bella Unión, fronteira do Uruguai, atravessaram de lancha o rio Uruguai para Monte Caseros, prosseguiram de automóvel até Paso de los Libres, onde almoçaram com um negociante de gado no Hotel Alejandro I, após o que partiram para La Villa, distante cerca de 120 km de Uruguaiana, no Brasil.

  • Lá eles chegaram à tarde de domingo, dia 5 de dezembro, recebidos pelo administrador da fazenda, Júlio Passos. À noite, enquanto conversava com Julio Passos detalhes sobre o recolhimento do gado para vacinação, Goulart comeu um churrasco de ovelha e, depois de beber uma xícara de chá, recolheu-se por volta de 1h ao seu quarto para dormir. Às 2h40m, porém, Júlio Passos ouviu os gritos de Maria Tereza – a angústia dos gritos era tamanha que ele pensou que alguém invadira a casa – e correu até o quarto, onde viu Goulart, deitado, com a mão no coração, e ela a tentar abrir-lhe os braços para fazê-lo respirar. Cinco minutos depois, às 2h45m, Goulart estava morto. O médico, Ricardo Rafael Ferrari, que o motorista Roberto Ulrich, o “peruano”, correra para buscar, já nada mais pôde fazer. E, após examinar o corpo, diagnosticou no atestado de óbito, como causa da morte: enfarte do miocárdio.

  • Goulart “passara incólume por uma dezenas de inquéritos”, conforme Elio Gaspari salientou,[22] purgara doze anos de exílio, mas a ditadura, o regime autoritário, instituído pelo golpe de estado de 1964, mostrou a sua face cruel, desumana e mesquinha. O governo do general Ernesto Geisel, embora se propusesse a promover, gradativamente, a abertura política, não decretou luto oficial, o que obrigou José Magalhães Pinto, presidente do Senado, a mandar baixar a bandeira a meio-pau hasteada, em sinal de luto, no prédio do Congresso, e o Departamento de Censura proibiu a transmissão de comentários sobre a carreira política de Goulart, através do rádio e televisão, só permitindo “a simples nota do falecimento”, desde que não fosse “repetida sucessivamente”[23].

  • Mesmo a autorização para que o seu corpo fosse sepultado no Brasil, gerou sérias controvérsias, porque o general Sílvio Frota, ministro da Guerra, tentou anular a autorização dada pelo vice-presidente da República general Adalberto Pereira dos Santos, para que o féretro atravessasse a ponte presidente Justo que ligava a cidade de Paso de los Libres, na Argentina, a Uruguaiana, no Brasil[24]. Não conseguiu. Só assim, doze anos, oito meses e quatro dias após asilar-se no Uruguai, o presidente constitucional da República, já sem vida, teve permissão de regressar ao Brasil para ser enterrado em São Borja, onde nascera.
  • Em relação ao livro "O BEIJO DA MORTE", No ápice da tragédia estaria um assassinato de um ex-presidente do Brasil por um Presidente do Brasil, O General Geisel, um dos generais que exerceram poder ditatorial por quase vinte anos. No livro um capítulo inteiro escrito por Anna Lee aponta para um pelego uruguaio chamado de Mario Naira Barreiro, hoje prisioneiro em Charqueadas por delinqüência financeira e política, sustenta que tem umas 40 horas de fitas, onde muita gente, inclusive Jango fala sobre conteúdos ainda mais misteriosos do que os seus próprios assassinatos. Tais fitas ainda não foram lidas. O ex-agente de crimes políticos quer dinheiro para mostrar o que diz que tem. Mas, uma coisa parece estar coerente do que depreendeu da conversa de Anna Lee com o uruguaio: Goulart foi morto a pedido do Brasil. Segundo o uruguaio, a autorização para o envenenamento de Jango partiu do General Geisel (1908-1996) e foi transmitida a Fleury, que acertou os detalhes da criminosa operação chamada de “Escorpião”, com o serviço de inteligência do Uruguai, detalhes da operação, chamada Escorpião, que teria sido acompanhada e financiada pela CIA. Cony, Um dos mais respeitados escritores brasileiros, eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, dedicou-se á construção do texto “O Beijo da Morte” durante um ano em co-parceria dom a doutoranda em Jornalismo carioca, Anna Lee.
Por tudo isso é que eu admiro, que eu santifico um homem que foi para mim um exemplo de político, corajoso, comprometido, de princípios, um homem que por certo terá seu lugar na história ao lado daqueles que decidiram para melhor os destinos dos povos do mundo.





segunda-feira, 15 de junho de 2009

COMEÇOU A BAIXARIA - A carta que não foi publicada.




De Dilma Rousseff

Senhor Jornalista Carlos Eduardo Lins da SilvaOmbudsmann da Folha de São Paulo,
1. Em 30/03/2009, a jornalista Fernanda Odilla entrevistou-me, por telefone, a pedido do chefe de redação da Folha de São Paulo, em Brasília, Melchíades Filho, acerca das minhas atividades na resistência à ditadura militar.

2. Naquela ocasião ela me informou que para a realização da matéria jornalística, que foi publicada dia 05/04/09, tinha estado no Superior Tribunal Militar – STM. No entanto, eu soube posteriormente que, com o argumento de pesquisar sobre o Sr. Antonio Espinosa, do qual detinha autorização expressa para tal , aproveitara a oportunidade e pesquisara informações sobre os meus processos, retirando cópias de documentos que diziam respeito exclusivamente a mim, sem a minha devida autorização

3. A repórter esteve também no Arquivo Público de São Paulo, onde requereu pesquisa nos documentos e processos que me mencionavam, relativos ao período em que militei na resistência à ditadura militar. Neste caso, é política do Arquivo de São Paulo disponibilizar livremente todos os dados arquivados e, em caso de fotocópia, autenticar a cópia no verso com os dizeres “confere com o original”, com a data e a assinatura do funcionário responsável pela liberação do documento.

4. Os documentos pesquisados pela jornalista foram aqueles relativos ao Prontuário nº 76.346 e as OSs 0975 e 0029, sendo também solicitadas extrações de cópias.

5. Apesar da minha negativa durante a entrevista telefônica de 30/03 sobre minha participação ou meu conhecimento do suposto seqüestro de Delfim Neto, a matéria publicada tinha como título de capa “Grupo de Dilma planejou seqüestro do Delfim”. O título, que não levou em consideração a minha veemente negativa, tem características de “factóide”, uma vez que o fato, que teria se dado há 40 anos, simplesmente não ocorreu. Tal procedimento não parece ser o padrão da Folha de São Paulo.

6. O mais grave é que o jornal Folha de São Paulo estampou na página A10, acompanhando o texto da reportagem, uma ficha policial falsa sobre mim. Essa falsificação circula pelo menos desde 30 de novembro do ano passado na internet, postada no site www.ternuma.com.br (“terrorismo nunca mais”), atribuindo-me diversas ações que não cometi e pelas quais nunca respondi, nem nos constantes interrogatórios, nem nas sessões de tortura a que fui submetida quando fui presa pela ditadura. Registre-se também que nunca fui denunciada ou processada pelos atos mencionados na ficha falsa.

7. Após a publicação, questionei por inúmeras vezes a Folha de São Paulo sobre a origem de tal ficha, especificamente o Sr. Melchiades Filho, diretor da sucursal de Brasília. Ele me informou que a jornalista Fernanda Odilla havia obtido a cópia da ficha em processo arquivado no DEOPS – Arquivo Público de São Paulo. Ficou de enviar-me a prova.

8. Como isso não aconteceu, solicitei formalmente os documentos sob a guarda do Arquivo Público de São Paulo que dizem respeito a minha pessoa e, em especial, cópia da referida ficha. Na pesquisa, não foi encontrada qualquer ficha com o rol de ações como a publicada na edição de 05/04/2009. Cabe destacar que os assaltos e ações armadas que constam da ficha veiculada pela Folha de São Paulo foram de responsabilidade de organizações revolucionárias nas quais não militei. Além disso, elas ocorreram em São Paulo em datas em que eu morava em Belo Horizonte ou no Rio de Janeiro. Ressalte-se que todas essas ações foram objeto de processos judiciais nos quais não fui indiciada e, portanto, não sofri qualquer condenação. Repito, sequer fui interrogada, sob tortura ou não, sobre aqueles fatos.

9. Mais estranho ainda é que a legenda da ficha publicada pela Folha dizia: “Ficha de Dilma após ser presa com crimes atribuídos a ela, mas que ela não cometeu”. Ora, se a Folha sabia que os chamados crimes atribuídos a mim não foram por mim cometidos, por que publicar a ficha? Se optasse pela publicação, como ocorreu, por que não informar ao leitor de onde vinha a certeza da falsidade? Se esta certeza decorria de investigações específicas realizadas pela Folha, por que não informar ao leitor os fatos?

10. O Arquivo Público de São Paulo também disponibilizou cópia do termo de compromisso assinado pela jornalista quando de sua pesquisa, ficando evidente que a repórter não teve acesso a nenhum processo que tivesse qualquer ficha igual à publicada no jornal.

11. Mais ainda: a referida não existe em nenhum dos arquivos pesquisados pela jornalista, seja o STM, seja o Arquivo Público de São Paulo. O fato é que até o momento a Folha de São Paulo não conseguiu demonstrar efetivamente a origem do documento.

12. Considero ainda que a matéria publicada na sexta-feira,17 de março, em que a Folha relata as minhas declarações ao jornalista Eduardo Costa, da rádio Itatiaia, de Belo Horizonte, não esclarece o cerne da questão sobre a responsabilidade do jornal no lamentável e até agora estranho episódio: de onde veio a ficha que afirmo ser falsa?

13. Após 21 dias de espera, não acredito ser necessária uma grande investigação para responder à seguintes questões: em que órgão público a Folha de São Paulo obteve a ficha falsa? A quem interessa essa manipulação? Parece-me óbvio que a certeza sobre a origem de documentos publicados como oficiais é um pré-requisito para qualquer publicação responsável.

14. Transcrevo abaixo o texto literal do termo de responsabilidade assinado pela jornalista em 22/01/09:
“Declaro, para todos os fins de Direito, assumir plena e exclusiva responsabilidade, no âmbito civil e criminal, por quaisquer danos morais ou materiais que possa causar a terceiros a divulgação de informações contidas em documentos por mim examinados e a que eu tenha dado causa. Ficam, portanto, o Governo do Estado de São Paulo e o Arquivo do Estado de São Paulo exonerados de qualquer responsabilidade relativa a esta minha solicitação.
Declaro, ainda, estar ciente da legislação em vigor atinente ao uso de documentos públicos, em especial com relação aos artigos 138 e 145 (calúnia, injúria e difamação) do Código Penal Brasileiro.
Assumo, finalmente, o compromisso de citar a fonte dos documentos (Arquivo do Estado de São Paulo) nos casos de divulgação por qualquer meio (imprensa escrita, radiofônica ou televisiva, internet, livros, teses, etc).” (Cópia em anexo)

15. Por último, cabe deixar claro que a ficha falsa foi divulgada em vários sites de extrema direita, como: a) Ternuma (Terrorismo Nunca Mais), blog de apoio ao Cel. Carlos Alberto Brilhante Ustra, ficha falsa postada em 30 de novembro de 2008; b) Coturno Noturno – Blog do Coronel: ficha falsa postada em 27 de março de 2009 (a ficha está “atualizada” apresentando uma foto atual) (http://coturnonoturno.blogspot.com/2009/04/desta-parte-dilma-lembra-tudo.html). A partir daí, outros sites na internet também divulgaram a ficha: a) http://fórum.hardmob.com.Br/showthread.php; b) http:/www.viomundo.com.Br/blog/dilma-terrorista/

PORQUE UNS SÃO RICOS E OUTROS POBRES. Um ensaio sobre o dinheiro e o exemplo de Jorginho Guinle.

Você por certo já deve ter se perguntado o seguinte: Se Deus é justo e bom, porque dá a algumas pessoas a fortuna e a outros a miséria absoluta? Onde estaria nesse caso a justiça divina?


De fato Deus tem tudo sob controle e dá a fortuna a algumas pessoas para que façam bom uso dela.

Não só a fortuna. A família, a saude, o nosso corpo, tudo que existe e que possamos pensar que temos, na verdade não temos é emprestado por Deus para que possamos fazer bom uso.

Embora todos nós queiramos a fortuna, até eu e quem não quer? A fortuna nos coloca em desvantagem. Jesus falou sobre a fortuna e a riqueza algumas vezes, recapitulemos o que ele falou.

Mateus 19:23
  • Disse então Jesus aos seus discípulos: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus.

Mateus 19:24



  • E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.





Lucas 6:24


  • Mas ai de vós, ricos! porque já tendes a vossa consolação.

Lucas 12: 16 a 21


  • 16 - E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;
    17
    E ele arrazoava consigo mesmo, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
    18
    E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
    19
    E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
    20
    Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
    21
    Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.

Timóteo 3:17


  • Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;

Portanto pelo exposto acima, a riqueza do ponto de vista espiritual não é uma vantagem, mas uma desvantagem, porque propicia ao homem uma tendência a perder a vida eterna que é um bem muito maior do que um período de vida de apenas cem anos ou oitenta anos ou sessenta anos ou quarenta anos. Quem sabe?


Portanto quando Deus em sua infinita sabedoria nos poupa de sermos ricos, ele o faz porque provávelmente sabe que isso não será bom para nós, como o pai sabe o que é melhor para o seu filho.


Entretanto é necessário que alguns sejam ricos, porque a riqueza impulsiona o progresso. Se não fosse a riqueza na mão de alguns, não haveriao progresso que é um fim específico de Deus. Deus que tem tudo sob controle, também tem o progresso da humanidade entre seus objetivos, e para que haja progresso há que haver a concentração de riqueza na mão de algumas pessoas.


No entanto a concentração de riqueza pressupõe uma responsabilidade. Já que tudo é emprestado por Deus, um dia ele irá cobrar o que emprestou, e o que foi feito com o que emprestou. Jesus deixa isso bem claro na parábola dos TALENTOS. Vamos recorda-la.


Mateus 25



  • 14 - Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.
    15
    E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.
    16
    E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.
    17
    Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.
    18
    Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.
    19
    E muito tempo depois veio o senhor daqueles servos, e fez contas com eles.
    20
    Então aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que granjeei com eles.
    21
    E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
    22
    E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles granjeei outros dois talentos.
    23
    Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
    24
    Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;
    25
    E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
    26
    Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?
    27
    Devias então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.
    28
    Tirai-lhe pois o talento, e dai-o ao que tem os dez talentos.
    29
    Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.

Observando a parábola, veremos que O Senhor que na parábola representa DEUS, oferece seus talentos àqueles que julga terem capacidade para administra-los. Àquele que julga ter mais capacidade ele dá mais talentos, a outro que julga não ter a mesma capacidade mas ainda assim tem uma capacidade relativa, dá um número menor de talentos, e a outro que não tem tanta capacidade dá a menor quantidade, que é um talento. Na verdade esse um talento é uma oportunidade que está recebendo aquele servo que não tem capacidade administrativa, para que desenvolva essa capacidade.


De fato confirma-se que os que o Senhor julgou terem mais talentos, correspondem a sua confiança, e portanto acabam por receberem mais talentos para sua administração, e o servo que o Senhor julgou não ter capacidade confirmou sua incapacidade, não adminstrando bem o único talento que recebeu. Dessa forma até esse um talento lhe foi retirado e ficou sem nada.

Portanto se Deus confia a fortuna em algumas mãos é porque reconhece nessas pessoas capacidade para bem administra-la e com ela impulsionar o progresso, frutificando o que receberam.

O homem rico, no entanto em geral (Existem excessões) não quer saber de Deus. Esquece de Deus e com raras excessões, procura desfrutar dos bens que possui de forma extravagante. Deixa que lhe suba à cabeça, a idéia de que é mais merecedor que seus irmãos e que é um ser superior. Deixa que lhe exacerba o orgulho e a vaidade que por certo lhe conduzirão a ruina. à falta de paz.


No Rio de Janeiro viveu uma celebridade que encarna bem esse papel. Trata-se do PLAYBOY carioca Jorginho Guinle. Esse rapaz ainda solteiro, Herdou de sua família uma fortuna na época de 100 milhões de reais. Gabava-se de nunca jamais ter trabalhado em toda sua vida, e tornou-se célebre pelas festas regadas a bebidas e vinhos, por ser Ateu e ter vivido uma vida que muitos por certo invejariam. Casou-se tres vezes com mulheres monumentais, e namorou várias celebridades de hollywood, inclusive a célebre Marilyn Monroe. Gastou toda sua fortuna em farras até que ficou pobre vivendo de uma parca pensão de 1500 Reais do INSS, e da ajuda dos amigos ricos que o respeitavam pelo seu nome. Como todo moço rico, e soberbo, era ateu o que fazia questão de apregoar.


Apesar de tudo fez algumas coisa boas. Criou seus filhos, um dos quais tornou-se um célebre artista plástico, falava sempre bem de suas mulheres, mesmo que não se entendesse com elas, e era um homem fino e culto, tornando-se um símbolo Carioca do "way of life carioca". entendia tudo de Jazz e até escreveu o primeiro livro sobre Jazz no Brasil. Vinicius de Moraes dizia que ninguém entendia mais de Jazz do que ele. Ajudou muitos dos seus amigos ricos em diversas situações, inclusive nas dores de cotovelo. Era leve, despreocupado com o dinheiro quando muitos são por demais preocupados o que é um erro e ajudou muita gente.



Jorginho Guinle nunca soube o valor do dinheiro: ele só sabia gastar. Dois dias depois de ter passado a noite com a deslumbrante atriz Hedy Lamarr, considerada então a mulher mais bonita de Hollywood, recebeu dela uma cartinha dizendo que gostaria muito de ter, como recordação dos maravilhosos momentos que passaram juntos, um desenho de Picasso à venda numa determinada galeria.


O preço era US$ 70 mil -- isso nos anos 40 --, e ele achou tão normal que pediu o dinheiro emprestado a um primo para poder comprar.

Esse primo não emprestou, disse que ele estava louco, e Jorginho então mandou uma cartinha de volta dizendo que não havia comprado porque ela valia muito mais que isso. (Devia ser GASTOSO e não própriamente GOSTOSO)

Durante muitos e muitos anos sua vida foi dedicada a frequentar todas as festas no Rio, Hollywood, Nova York, Paris, e a conquistar todas as mulheres que pudesse. Sua preferência eram as atrizes de cinema, mas sua primeira mulher, Dolores, talvez tenha sido a mais bonita de todas elas. Bonita, não: deslumbrante -- e altíssima.


Baixinho, Jorginho não estava nem aí: usava uns sapatos feitos especialmente para ele, que tinha um salto interno com o qual ele ganhava uns 8 centímetros. Continuava mais baixo do que suas namoradas, mas um pouquinho menos.


Jorginho era um profundo conhecedor de música americana; sua coleção de discos era famosa, e quando ia a Nova York, dividia seu tempo entre as festas e os clubes de jazz. Além disso, estudava filosofia, mas não contava isso para quase ninguém. Era uma ótima companhia: leve, bem educadíssimo e sempre muito bem humorado.

Mesmo depois que perdeu tudo --e foi tudo mesmo, não sobrou absolutamente nada-- ele mudou. Nunca se queixou da vida com ninguém, e nunca deve ter entendido direito essa coisa estranha que é o dinheiro um dia acabar.

Esqueceram de ensinar a ele que isso às vezes acontece.
Nos últimos anos ele mudou de casa algumas vezes: morou com uma filha, com uma amiga, e corria o boato que um seu velho amigo lhe dava uma pequena mesada para seus também pequenos gastos. Alguns bons restaurantes da cidade não cobravam suas contas, em nome dos velhos tempos, e por isso Jorginho, sempre elegante, só os frequentava sozinho e muito raramente.


Nos seus 88 anos de vida Jorginho nunca trabalhou um dia sequer; ele nem imaginava o que era isso. Mas que ninguém ouse pensar que a falta de dinheiro em algum momento modificou o velho playboy no que ele levava mais a sério: a conquista das mulheres. Sempre com um risinho maroto, uma conversinha mole, quando elas viam, já era.

Em relação a elas, ele só tinha uma exigência: que fossem muito bonitas. Estou pensando e não lembro de ter visto, jamais, Jorginho acompanhado de uma mulher feia --ou baixa.
Ele foi o último de um tempo que se acabou para sempre e morreu onde passou grande parte de sua vida: no Copacabana Palace, que, aliás, pertenceu a seu tio Octavio Guinle.

Jorginho Guile, foi herdeiro milionário brasileiro.Viveu numa época áurea do Rio de Janeiro entre a década de 1930 a 1950, onde conheceu e acredita-se que tenha tido relações amorosas com diversas atrizes de Hollywood, como Marilyn Monroe e Hedy Lamarr.

Morou no hotel Copacabana Palace (fundado por seu tio, Octávio Guinle) até sua morte, gabando-se de nunca ter tido de trabalhar na vida.Gastou muito de sua fortuna com ininterruptas festas luxuosas, viagens pelo mundo, presentes e mulheres, entra elas Rita Hayworth, Romy Schneider, Kim Novak, Ava Gardner, Susan Hayward, Jayne Mansfield, Marlene Dietrich e Janet Leigh.

Jorge se orgulhava de ter gasto a fortuna de quase R$ 100 milhões que lhe foi deixada de herança. "Vivi o que quis, quando eu quis" frase sobre a qual ele mesmo se definia.Guinle também escreveu o primeiro livro ediatdo no Brasil sobre jazz ("Jazz Panorama"), uma de suas paixões. Sua autobiografia foi intitulada "Um século de boa vida". Era também declaradamente ateu.

Acabou se casando três vezes: com a norte-americana Dolores Sherwood, Lolita Salles , jovem criada em Ipanema, e Maria Helena, integrante da classe média baixa de Copacabana.


Jorge Guinle é enterrado no Rio


O corpo do playboy Jorge Guinle foi enterrado no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul), às 11h40, no jazigo da família.

A pedido dele não houve velório. A cerimônia foi simples, já que Guinle era ateu.

O enterro durou apenas 20 minutos e o corpo foi acompanhado por um grupo pequeno, de 30 pessoas.

Apenas duas coroas de flores foram enviadas: uma da direção do hotel Copacabana Palace e outra da empresa de aviação Varig e do grupo que apresenta o espetáculo Constellation, no Teatro da Arena Café Pequeno, que relata momentos da vida de Jorginho.



Amigos lembram o homem culto e refinado que ele foi:
Yonita Salles, ex-mulher - Jorge é uma lenda. Amou muito esse Rio de janeiro e deixou uma imagem de alegria. Ele foi felicíssimo. Morreu no lugar que mais gostava. Se todo mundo tivesse morrido como ele, morreria feliz.


Eduardo Guinle, ex-presidente da Riotur e primo de Jorginho - Ele era um playboy muito diferente do de hoje. Naquela época, ser playboy significava ter uma grande bagagem cultural, charme, glamour. E hoje isso está muito mais ligado ao dinheiro. Ao contrário do que acontece com grande parte dos playboys de hoje, ele nunca se promoveu. Foi o centro das atenções da mídia nacional e internacional de forma espontânea.


Vera Loyola, socialite - Ele nunca foi contra os emergentes. Jorginho não era um trabalhador na expressão da palavra, mas admirava quem era alguma coisa como fruto do seu trabalho. Ele não precisava suar, porque vinha de família rica, mas era uma espécie de promoter do Brasil. Foi o primeiro a convidar artistas estrangeiros para vir o Brasil. Um trabalho que ele fazia com o seu dinheiro, levando o nome do nosso país para fora. E ainda namorava muito, porque ninguém é de ferro. Acho que ainda não surgiu um playboy como ele.


Ruth de Almeida Prado, socialite - Ele já dizia que preferia morrer. Por isso não quis se operar. Acho que para ele foi a melhor solução, pois os riscos eram muito grandes. Além disso, tem uma hora que você já está cansado mesmo. Ele adorava muito a vida, mas não tinha nada contra a morte.

Narcisa Tamborindeguy, socialite - Ele era uma pessoa generosa, bondosa e nunca falou mal de mulher. Mesmo as ex-mulheres dele sempre foram deusas.



UM GUINLE DIFERENTE


Um exemplo totalmente oposto dentro da família Guinle é o do seu sobrinho que esse sim procurou administrar bem o dinheiro da família.



Veja o link em http://www.terra.com.br/istoedinheiro/345/negocios/345_guinle.htm






domingo, 7 de junho de 2009

Alternativa dos Fitoesteróides ou Fito-SERMS (moduladores seletivos de receptores estrogênios)*


A menopausa acomete mulheres na faixa dos 40 a 50 anos e produz vários efeitos desagradáveis.


Noites de insônia, ondas de calor, irritação constante e certo cansaço crônico. Não há dúvida: se isso ocorre depois dos 40 anos, é chegada a hora da menopausa ou climatério, período marcado pela diminuição gradativa da produção dos hormônios femininos no qual a menopausa é apenas um episódio - o da última menstruação. O xis da questão é saber como enfrentar essa fase, e nesse ponto duas correntes antagônicas se defrontam.


Alguns médicos não hesitam em prescrever, e suas pacientes em adotar, a reposição hormonal como forma de evitar os sintomas indesejáveis. Outros só indicam a reposição em casos extremos, após esgotadas outras terapias, por temer efeitos colaterais.


A partir dos 40 anos, em geral, os ciclos começam a ficar irregulares, muito curtos ou longos demais, as chances de uma gestação diminuem e a mulher pode menstruar sem ovular antes dos 48 ou 50 anos - quando o nível de hormônio é tão baixo que se instala a menopausa. Nos cinco anos seguintes, a vagina fica seca e a mulher está mais sujeita a sofrer dor e sangramento. Ocorre a insônia porque a falta de hormônio desregula o centro de vigília e do sono no cérebro. Também ocorrem os fogachos, como os médicos costumam chamar as ondas de calor, e geralmente vem associados de suores, rubor e taquicardia.


O "declínio biológico", é ocasionado pela queda do estrogênio, o qual é responsável pelos atos de procriar, amamentar ou se relacionar sexualmente, tem papel decisivo na manutenção do equilíbrio de quase todos os órgãos e das funções do corpo: do controle do humor à administração das gorduras, da conservação da elasticidade das paredes dos vasos sanguíneos à saúde do sistema nervoso, da aparência da pele à textura do cabelo. O efeito da queda do hormônio varia em cada caso e existem opções para amenizá-lo.


O tratamento por reposição hormonal.


Muitas mulheres escolhem a reposição hormonal como forma de combater os problemas aqui descritos. Mas a reposição hormonal traz uma série de riscos à saúde, como o sangramento vaginal, aumento de peso, além do aumento de risco de câncer de mama, de útero e mais recentemente as pesquisas apontam para o risco do câncer de pulmão.


Outros estudos têm também indicado que o estrogênio da reposição hormonal pode causar alterações na vesícula e apêndice, como mostra a publicação no Canadian Medical Association Journal, o aumento dos riscos de colecistectomia (cirurgia para a retirada da vesícula biliar) e de apendicectomia (cirurgia para a retirada do apêndice), nas mulheres que estão no climatério e fazem a reposição hormonal.



Estudo mostra que estrógeno não previne doenças do coração

Por muito tempo, pesquisadores acreditaram que mulheres na pós-menopausa - submetidas à terapia de reposição hormonal - acabavam obtendo uma redução no risco de desenvolvimento de doenças das artérias coronárias. No entanto, um estudo realizado em 1998 mostrou o oposto, e os cardiologistas não sabiam explicar o fato. Este trabalho, foi conduzido por Wendy Post e publicado no Cardiovascular Research Journal.



Para surpresa geral, não somente não houve proteção cardíaca para as mulheres que usaram reposição hormonal como houve maior incidência de infarto e morte no primeiro ano de uso, bem como uma incidência três vezes maior de trombo-embolismo venoso e 40% maior de doenças da vesícula biliar ao longo de quatro anos do estudo. Os resultados enganosos das dezenas de estudos prévios foram ocasionados pela constatação agora comprovada: a causa da menor mortalidade nas mulheres que optavam em usar a reposição hormonal era ocasionada por terem um padrão de vida prévio mais saudável, e não pela reposição hormonal em si.


A eficácia da Homeopatia

O recente trabalho apresentado no 7º Congresso Internacional de Homeopatia em Buenos Aires, Argentina, com o nome de "Estudo da Efetividade do Tratamento Homeopático de Mulheres portadoras da Síndrome do Climatério tratadas no Ambulatório de Ginecologia da Unidade de Homeopatia do Hospital do Servidor Público Municipal, em São Paulo, Brasil", e publicado na revista do Instituto Hahnemanniano do Brasil (IHB): Homeopatia Brasileira, vol. 3 nº1, 1997, mostrou que o tratamento homeopático apresentou resposta benéfica em 89% das pacientes estudadas com idades entre 42 e 61 anos, sendo que deste total, 42% apresentaram melhora total da queixa principal, necessitando para isso, em média 2,38 consultas. Além disso, ele monstrou que o tratamento homeopático é mais barato que o hormonal, além de ser isento de efeitos colaterais.


Alternativa dos Fitoesteróides ou Fito-SERMS (moduladores seletivos de receptores estrogênios)*


No meio da polêmica, estão os fitoesteróides, hormônios naturais extraídos das plantas que têm a mesma eficácia dos sintéticos, mas sem os seus efeitos colaterais. Eles podem ser muito úteis no tratamento de pacientes que não podem se submeter à terapia de reposição hormonal convencional. As mulheres que já tiveram câncer de mama são um exemplo.
Vários trabalhos científicos confirmam a eficácia dos fitoesteróides e a ausência de efeitos colaterais. Os fitoesteróides agem usando os receptores beta, diferentemente dos hormônios sintéticos que estimulam a capacidade de proliferação celular, desenvolvendo tumores, pois se ligam aos beta e aos alfa.
Para cada sintoma da menopausa existe um tipo de fitoesteróide mais adequado.
*Fitoesteróides é um grupo de compostos encontrados em vários vegetais que apresentam estrutura química semelhante aos hormônios sintéticos, conferindo a eles a capacidade de adesão aos receptores hormonais.


A BECEL