Existem variadas formas do governo assaltar o bolso dos cidadãos. O Ministro Paulo Guedes da Economia, por exemplo anuncia mais uma forma de retirar mais dinheiro de cidadãos que sofrem com uma das mais elevadas cargas tributarias do mundo, e esses não tem em contrapartida pelo estado os serviços que deveriam ser o resultado do confisco como ocorre nos países em que a carga tributaria é elevada.
Se você nunca sofreu confisco, provavelmente é porque não tinha recursos, porque há uma infinidade de formas do governo assaltar o bolso dos cidadãos, e ele faz isso sem publicidade e de uma forma em que o assaltado é que irá parecer o vilão. Uma dessas formas muito comuns é o famigerado BACENJUD. Com um simples apertar de um botão o governo confisca tudo que você possui em contas, aplicações em bancos etc... de tal forma que o Brasil se torna dessa forma um dos países mais inseguros do mundo. O Problema é que ninguém percebe e continua a ter contas em bancos sem se dar conta. Obviamente o Governo procura fazer isso com uma certa discrição porque se não assustaria a todos, e como a maioria não tem recursos mesmo, a coisa tende a cair no desconhecimento, até que seja tarde demais.
Com o Bitcoin, ninguém fica refém de algum plano maluco idealizado por economistas desconectados do mundo real e nem com as investidas de outras instituições de confisco. Ninguém fica sujeito a um experimento de laboratório social imposto por políticos iletrados e inconsequentes.
Aos olhos de muitos economistas, como Luiz Gonzaga Belluzzo, o plano era drástico, mas corretíssimo do ponto de vista técnico. A ideia brilhante era forçar uma dramática deflação monetária, o que obrigaria comerciantes e empresas a reduzir os preços para vender seus estoques. Preços menores, inflação menor. Esse era o racional dos economistas mentores do plano.
Nos últimos dias, porém, o banco central chinês disse para os maiores bancos e empresas de pagamento da China fiscalizarem com mais firmeza o comércio de criptomoedas, enquanto o governo intensificou a perseguição aos mineradores, que agora estão se mudando do país à força.
Apesar de não haver um dado oficial, até então alguns especialistas apontavam que cerca de 70% da mineração de Bitcoin vinha de computadores localizados na China, o que mostra o peso da perseguição chinesa no mercado.
Mineração é o processo essencial da criptomoeda em que computadores resolvem equações matemáticas para aprovarem as operações realizadas na rede do Bitcoin, registrando tudo na chamada blockchain. É por meio desse processo também que são criados novos bitcoins, já que a cada novo bloco de informações que é concluído, uma recompensa é gerada para os mineradores em forma de novas unidades da moeda digital.
Porém, apesar de parecer um grande problema para a rede, desde sua criação, o projeto do Bitcoin já prevê um ajuste de dificuldade nas operações de mineração conforme existem mais ou menos pessoas no mercado. Portanto, mesmo com esses mineradores precisando encerrar suas operações por um tempo até encontrarem um novo local para se fixarem, a rede se altera automaticamente de forma a garantir seu funcionamento normal.
Impacto positivo no Bitcoin
“A China pode representar menos de 50% da mineração de bitcoins no final do ano em relação aos 65% atuais”, disse à Bloomberg Dan Weiskopf, cogestor de portfólio do ETF Amplify Transformational Data Sharing, um fundo de índice de gestão ativa com US$ 1,1 bilhão em valor de mercado, composto por ações relacionadas ao blockchain, com cerca de 20% do portfólio em criptomoedas.
Essa saída derrubou em cerca de 40% o chamado hashrate, que mede a energia computacional usada na mineração de bitcoins, nas últimas duas semanas, de acordo com dados da BTC.com. “O declínio do hash é provavelmente um fenômeno de curto prazo e uma evidência de que os mineradores da China estão saindo do ar”, disse Weiskopf.
HASHRATE, o poder de mineração
No universo das criptomoedas o minerador é responsável por validar os blocos de informação que compõem o blockchain, este banco de dados descentralizado. Tanto o Bitcoin (BTC) quanto o Ethereum (ETH) utilizam a mineração, e este esforço computacional é medido através do hashrate.No primeiro ano de vida do Bitcoin era possível minerar utilizando um notebook comum, mas gradualmente esta competição foi aumentando, e novos dispositivos foram desenvolvidos. O poder de mineração da rede, ou hashrate, subiu tanto, que atualmente é necessário um equipamento especializado que custa mais de R$ 10 mil.Ficou um pouco confuso? Calma, iremos explicar mais adiante como funciona o processo de mineração, e porque o hashrate atua como indicador de segurança. Vamos aproveitar o gasto energético destes mineradores, além dos diferentes algoritmos de criptografia.
O que é hash?
Hash é um código compactado dentro de um padrão específico. Da mesma forma que uma imagem pode ser reduzida no formato JPEG, o processo de hash compacta uma sequência de dados.Abaixo temos o exemplo de uma imagem compactada através de um hash, reduzindo o tamanho, cores e resolução. Não é possível reverter este processo, já que a imagem da direita possui uma quantidade de dados infinitamente menor.
O importante é que o detentor deste hash não consegue recriar os dados originais, porém é possível testar o encaixe com a sequência anterior.O que é hashrate?
Hashrate é a velocidade que estes mineradores conseguem processar dados. Quanto maior o número de máquinas, ou mais potente os chips de processamento, maior será o hashrate.
O algoritmo utilizado é tão complexo que a única maneira conhecida é a tentativa e erro. O minerador que tiver o maior hashrate, ou poder de mineração, terá mais chances de encontrar hashes que conectem os novos blocos.
Já Bernardo Schucman, vice-presidente sênior de operações de Data Center na CleanSpark, aponta que esse cenário pode dar uma impressão de fragilidade, mas na verdade o hashrate está sendo migrado para outros países e pode até voltar a aumentar na China no futuro, mas de forma mais dividida.
“Para se ter uma ideia, no último ano o hash power era 60% chinês, hoje esse cenário vai mudar drasticamente chegando a apenas 30% em poder dos chineses, histórico para o ecossistema das criptomoedas e da mineração”, avalia.
Orlando Telles, sócio-fundador da Mercurius Crypto e diretor da Mercurius Research, por sua vez, ressalta que essa saída dos mineradores da China é positiva no médio e longo prazo porque estimula a descentralização do Bitcoin. Para um ativo que se propõe a não ter influência de grandes instituições e governos, ter uma concentração muito alta de mineração em apenas um local pode ser negativo para seu funcionamento.
Bom para o meio ambiente
Outro ponto positivo dessa mudança dos mineradores está no impacto ambiental, o que pode também agradar o CEO da Tesla, Elon Musk, que recentemente suspendeu o pagamento de carros da empresa usando Bitcoin ao criticar o impacto negativo que a mineração tem no meio ambiente por conta do alto uso de energia.
CEO da Tesla, Elon Musk |
Isso porque a China tem como principal fonte de energia o carvão, que polui bastante. “Uma vez que os mineradores de criptomoedas migrem para outros países que têm mais opções de energia limpa, automaticamente o processo de validação do Bitcoin e de outras criptomoedas passa a ser mais sustentável”, avalia Telles.
Já Safiri Félix, diretor de produtos e parcerias da Transfero Swiss, aponta que EUA, Canadá e países do leste europeu tendem a ser nesse primeiro momento os principais locais de atração de mineradores, já que são regiões que combinam custos competitivos, matriz energética limpa e segurança jurídica.
Além desses países, as regiões mais ao norte do planeta também estão entre as mais utilizadas para mineração, com destaque para países como Islândia, Suécia e Finlândia, que possuem não só um custo de energia melhor e legislações positivas para esta atividade, mas são mais gelados, o que ajuda naturalmente a manter a temperatura dos equipamentos de mineração mais baixas, necessitando de menos consumo de energia com resfriadores.
Safiri ainda destaca que o caso de El Salvador, que recentemente aprovou uma lei adotando o Bitcoin como moeda oficial, também é interessante e pode ajudar. “Como primeiro país do mundo a adotar o Bitcoin como moeda de curso forçado, as autoridades locais já estão negociando a instalação de grandes mineradores oferecendo energia geotérmica, uma fonte limpa e renovável”, explica ele.
Esse pode ser o primeiro passo para que mais países adotem legislações positivas para as criptomoedas no campo da mineração, em um movimento positivo também para o meio ambiente.
“2021 é o ano que simboliza o fim da hegemonia e dominação chinesa em relação ao blockchain do Bitcoin e passa a ser o ano da descentralização, o que é uma mudança extremamente positiva para o ativo”, conclui Schuman.
(As finanças descentralizadas (também conhecidas como DeFi) são uma forma experimental de finanças que não depende de intermediários financeiros centrais, como corretoras, exchanges ou bancos e, em vez disso, utiliza contratos inteligentes em blockchains, sendo a mais comum a do Ethereum. Plataformas DeFi permitem que as pessoas ofereçam ou recebam fundos de empréstimos umas das outras, especulem sobre os movimentos de preços em uma gama de ativos usando derivativos, negociem criptomoedas, assegurem-se contra riscos e ganhem juros em uma conta poupança. Alguns aplicativos DeFi promovem altas taxas de juros, com alguns provedores oferecendo taxas de três dígitos, porém sujeitos a alto risco. Em outubro de 2020, mais de 11 bilhões de dólares foram depositados em vários protocolos de finanças descentralizadas, o que representava um crescimento de mais de dez vezes durante o ano de 2020. Em janeiro de 2021, aproximadamente 20,5 bilhões de dólares já haviam sido investidos em DeFi.)., os NFTs estão se tornando cada vez mais populares. Ao negociar ou manter NFTs ou outros cripto ativos, usuários podem optar por serviços de custódia ou sem custódia. Um serviço custodial armazena a chave privada de sua carteira e mantém seus ativos sob custódia. O Marketplace de NFT da Binance, por exemplo, é uma plataforma custodial de NFTs a qual você pode acessar com uma conta registrada.
O mercado NFT representa mais de 600 milhões de dólares ou 3,2 bilhões de reais e se tornou uma febre entre artistas digitais, criadores de conteúdo, colecionadores de arte e entusiastas de criptomoedas. Por isso, fizemos esse texto aqui: queremos te explicar o que é NFT e como funciona o sistema NFT.
NFT – o que é e exemplosOs tokens não fungíveis ou non fungible tokens são um código que valida a propriedade digital x ou y. Basicamente, computadores rodam um script para encontrar um token válido de NFT. Depois de minerarem um NFT, ele é associado a uma peça de propriedade digital. Então, o código é vendido ou distribuído para pessoas que desejam ter o arquivo ‘original’ e ‘válido’ da obra digital.Vamos dar um exemplo. Você se lembra do vídeo do NyanCat? O gatinho que flutuava com um arco-íris através da internet com uma música repetitiva e se tornou um dos maiores fenômenos da internet mundial? O meme já havia sido esquecido há alguns anos pela maior parte dos internautas.
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Entretanto, os proprietários do NyanCat associaram a obra a um código tokenizado. O gif foi vendido através do sistema NFT por meio milhão de dólares. O comprador obteve o gif “original” do NyanCat e se tornou seu proprietário. Ainda existem cópias no mundo digital e o vídeo é replicado diariamente nas redes sociais? Sim. Mas assim como a Monalisa, cópias andam por aí e a original continua valendo muito.
Ou seja, os milhões de dólares que estão sendo canalizados para esse novo sistema pouco garantem em questão de exclusividade, especialmente para produtos que já circulam pela internet há um bom tempo.
Tampouco dá pra dizer que as NFTs tem algum valor legal. Por se tratar de um código baseado em criptomoedas, instituições estatais não costumam validar a sua propriedade.
Como funciona o sistema NFT – criptomoedas
Resumidamente, existem criptomoedas como a Ethereum ou a Tezos que permitem a criação de tokens não fungíveis. Então, o artista ou responsável pela criação da propriedade digital ‘lastra’ o arquivo digital à uma moeda. Basicamente, você troca com a própria rede de criptomoedas um pouco de dinheiro pelo token que valida sua propriedade digital e então ele pode ser vendido e trocado.
As principais criptomoedas usadas para NFT são a Tezos, a Flow e a Terra1. Resumidamente, as criptomoedas (NFT) mais utilizadas são as que usam o sistema de Proof of Work para construir confiança.
Por se tratar de um tecnologia que opera dentro do sistema de blockchain, a validação da sua propriedade é garantida. O monumental método de validação de segurança do blockchain cria uma corrente que permite verificar a validade de todas as propriedades e transações e dificilmente pode haver uma fraude.
Exceto se, por exemplo, algum artista NFT distribuir o mesmo arquivo com pequenas alterações como se ele fosse diferente para cada comprador. Ou se você tokenizar a obra de um artista sem seu consentimento e vendê-la na internet como se fosse sua. E isso está acontecendo. Entretanto, nenhuma fraude estará relacionada ao sistema de compra e venda, e sim à índole do vendedor.
Por isso, existem sites como o Nifty Gateway, o Async Art e o Makers Place que tentam validar a propriedade e verificar os criadores antes que eles vendam conteúdo através de suas plataformas.
NFT – arte e artistas conhecidos que já trabalham com a tecnologia
E se eu te dissesse que o Kings of Leon já lançou um disco em NFT? Ou que artistas como Grimes, Ja Rule, Lindsay Lohan e outros investiram nesse sistema?
Lindsay Lohan |
Essa grande quantidade de computadores ligados diariamente de forma ininterrupta acaba consumindo grandes quantidades de energia. Para se ter uma ideia, o BTC, hoje, consome 0,6% de toda a energia do mundo, mais do que todos os moradores da Argentina juntos.Por isso, muitas pessoas atentam para os perigos do crescimento do mercado de criptomoedas. Existem hoje alguns sistemas diferentes, como o staking, que requer uma capacidade menor de processamento para validar os processos, mas ainda é difícil ver uma reduçãno consumo de energia no mercado de criptomoedas.O sistema de blockchain promete afetar o mundo da economia, como já mudou, da propriedade intelectual e digital, como está mudando, e ainda vai estender suas garras para a forma como consumimos e produzimos energia e até para a nossa democracia. Portanto, é bom ficar de olho não só em o que é o NFT, mas como todo o modelo de criptomoedas vai mudar a nossa vida em futuro mais próximo do que imaginamos.