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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

AFUNDEM O BISMARK


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"AFUNDEM O BISMARK" Essa famosa frase foi dita por Winston Churchill, primeiro ministro da Inglaterra em 1941, quando desesperado viu que todos os navios mercantes que se dirigiam à Inglaterra para levar víveres e mantimento, assimcomo peças de reposição para a guerra que se desenrolava, estavam sendo sistemáticamente afundados.

Deus está no controle.


Quem estivesse no mundo em 1941 iria pensar que a Guerra estaria perdida. Sómente a Inglaterra resistia, e a Inglaterra que tinha
sido posta para correr de Dunquerque e que não tinha visto seus exercitos perecerem por milagre, estava agora cercada por um furioso tigre dos mares. O Bismark.
O Bismark afundava os navios mercantes indefesos, e ninguém era capaz de combate-lo, pois era rápido, resistente e poderoso. Seus canhões eram uma aberração para a época. Técnicamente a Inglaterra estava perdida.
A União Soviética tinha um pacto de não agressão com Hitler, e os Estados Unidos não queriam saber de guerra. No fundo, Estados Unidos e Alemanha acomungavam dos mesmos princípios. Ambos eram de direita, e Roosevelt não estava muito propenso a colocar seus soldados em campo para defender a esquerda. Suas ações ficav
am no campo diplomático e de uma retaliação
comercial sem consequencias mais diretas. Os outros países apressavam-se em se aliar à Alemanha, que era a potência emergente.
Nesse rastro a humanidade caminhava para a barbarie da eliminação de povos e raças por ideologias satânicas, inspiradas na Teosofia, e esquecendo de seus princípios Cristãos. A Suastica, que era um símbolo Nazista foi roubado de um símbolo da Teosofia, não por acaso. Toda a doutrina do Nacional Socialismo tinha inspiração de seitas ocultas e satanicas. Hitler o segundo anticristo, sabemos hoje, tinha sido preparado por um sacerdote de uma seita secreta para conduzir a humanidade.
Hitler a seu turno levou uma década para fazer uma lavagem cerebral nos seus novos dominados. Quem era contra, era sumáriamente fuzilado como inimigo da pátria. Hitler era o Fuhrer, o condutor do povo alemão, preso agora a sua filosofia de superioridade de raças, que encontrou eco no ogulho de um povo, orgulho que é o pior e o mais nocivo sentimento humano, responsável por todas as guerras e todas as mazelas da humanidade.

O que desejo demonstrar é que tal como DAVID e GOLIAS, a sucessão de acontecimentos que se sucedeu demonstra que Deus é que determina o destino da humanidade, e se permite que coisas ruins aconteçam é para que com elas o homem venha a corrigir seu direcionamento e seguir no caminho certo. Jamais a humanidade poderia retroagir tanto, isso é certo, mas o excesso de orgulho e paganismo teve que ser purgado.


O Orgulho da marinha alemã

Hitler visita o Bismarck
O Bismarck fazia parte de um conjunto de modernos encouraçados mandados construir por Hitler a partir de 1935 para recuperar o prestígio da Kriegsmarine, a marinha de guerra alemã. Além dele, saíram dos estaleiros da Blohm & Voss, em Hamburgo, o Scharnhorst, Gneisenau, o Prinz Eugen e o Tirpitz, caracterizados pela extrema concentração de tonelagem articulada com uma excelente artilharia de bordo que os colocaram na vanguarda das embarcações de guerra do seu tempo. Antes de tudo, os encouraça
dos eram um feito da engenharia naval alemã.
Operação "Rheinübung"

O Bismarck
A operação Rheinübung, "Exercício Reno", que decidiu a partida do Bismarck e do Prinz Eugen de dentro do Mar Báltico para o alto mar, era o seguimento de uma outra operação, a "Berlim", ambas determinadas pelo almirante Erich Raeder em abril de 1941, levada a efeito por dois outros encouraçados, o Scharnhorst e o Gneisenau. Estes haviam afundado 22 barcos com mais de 115 mil toneladas, mas não puderam seguir em missão devido a problemas mecânicos e o temor de vê-los perdidos num ataque concentrado de aviões da RAF.

Ao tempo em que o Alto Comando da Kriegsmarine recolhia os dois encouraçados para a proteção do porto francês de Brest (a França naquela altura estava ocupada pelos nazistas desde junho de 1940), o almirante Lütjens traçou as diretrizes para que o Bismarck e o Prinz Eugen se lançassem pela águas do Mar do Norte, dando continuidade ao objetivo de localizar e afundar os comboios anglo-americanos. O fim de tudo era deixar o Reino Unido carente de forças materiais para seguir na guerra. A estratégia de Hitler era isolar as ilhas britânicas, assolá-las pelo ar com os bombardeios e impedir que recebessem qualquer auxilio vindo pelo mar, promovendo um lento garrotear das suas energias para obrigar Churchill e o governo inglês à capitulação.




A Batalha do Estreito da Dinamarca foi um conflito naval entre a Royal Navy e a Kriegsmarine durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1941, a Grã-Bretanha ficara sozinha na sua luta contra a Alemanha. A Batalha da Inglaterra atrasara os planos de Hitler para invadir
a ilha de Churchill, mas o Führer acreditava que poderia ganhar a Batalha do Atlântico se cortasse as linhas de aprovisionamento marítimo entre a Grã-Bretanha e a América do Norte. Para esta partida de xadrez mortal, jogada no mar, os alemães dispunham da mais mortífera rainha: o couraçado Bismarck.



O início da caçada

Preparativos de combateNa primavera de 1941, a espionagem britânica sabia que o Bismarck estava pronto para zarpar, mas uma série de contratempos atrasou a sua saída do porto polonês de Gdynia até o mês de maio. O plano estratégico original previa que o Bismarck se juntaria ao Scharnhorst e ao Gneisenau no Atlântico, com o objetivo de destruírem os comboios de navios mercantes que iam para a Grã-Bretanha. Os dois navios, porém, estavam em reparos quando o Bismarck ficou pronto para ser lançado ao mar.
Dadas as dimensões e a potência de fogo do Bismarck, o comando naval alemão sabia que a marinha britânica (a Royal Navy) havia se preparado com todas as suas forças. Assim, o couraçado e o Prinz Eugen, seu companheiro na caça aos navios mercantes inimigos, deviam passar, sem serem descobertos, do Báltico para o Mar do Norte, para daí entraem no Atlântico. Assim, se o Bismarck conseguisse chegar a mar aberto, seria
impossível localizá-lo. A importância da missão era do conhecimento do almirante Günther Lütjens, comandante da força naval no Atlântico Norte, e do capitão Lindemann, comandante do Bismarck.

Livre para se mover
Às 2 horas da madrugada de 19 de maio de 1941, o Bismarck finalmente levantou ferro. Depois de se juntar ao Prinz Eugen, chegou às águas do Báltico e rumou para o Norte. Lütjens seguiu uma rota adequada para se manter fora do raio de ação dos bombardeiros ingleses, mas isso o obrigou a entrar em águas suecas. Às 12 horas de 20 de maio, um navio sueco avistou o Bismarck e cobriu-o (o que em linguagem náutica equivale
a seguir-lhe a pista por meio de marcações) até o Norte. Vinte e quatro horas mais tarde, um Spitfire da RAF (Royal Air Force, a força aérea britânica) localizou-o no fiorde de Bergen. Com liberdade para se movimentar, o Bismarck criava muitos problemas táticos ao almirante John Tovey, comandante da Home Fleet britânica em Scarpa Flow, nas ilhas Orcadas: os alemães pretendiam empreender uma ação contra a Islândia ou tentavam entrar no Atlântico. Esta última hipótese era a mais perigosa e, logo que foi informado da detecção feita pelo Spitfire, Tovey deslocou as suas forças para bloquear todas as saídas do Bismarck. O cruzador Suffolk foi juntar-se ao Norfolk no estreito da Dinamarca, enquanto se alertava o resto da frota, incluindo o HMS Hood e o Prince of Wales.
Na realidade, enquanto Tovey acreditava que o Bismarck ainda estivesse próximo do fiorde de Bergen, o couraçado alemão já navegava para o
Norte. Só na noite de 21 de maio o almirante britânico descobriu que o rastro do Bismarck desaparecera (de fato, ele voltara a navegar a 12 horas). Tovey deixou imediatamente Scarpa Flow para ir ao King George V, acompanhado do porta-aviões Victorius, quatro cruzadores e sete destroyers. O cruzador Repulse zarpou de Firth of Clyde (no canal do Norte) para juntar-se à força principal no Atlântico. Entretanto, Tovey tinha que esperar que o Bismarck fosse localizado.

O Bismarck é localizado
Os peões moviam-se às cegas no grande tabuleiro
que era o Atlântico e, devido à escassa disponibilidade de informações por parte dos serviços secretos alemães, Lütjens também se encontrava diante do dilema de ter que mover a rainha rumo ao perigo. Uma informação de reconhecimento, chegada a Lütjens na noite de 22 de maio, confirmava as suspeitas dos alemães de que a Home Fleet estivera fundeada em Scarpa Flow. Ordenou, então, uma mudança de rumo que, levando-o ao estreito da Dinamarca, colocaria o Bismarck no meio da frota britânica, que o julgava a centenas de quilômetros.
Os velhos cruzadores Norfolk e Suffolk tinham por missão patrulhar o Estreito da Dinamarca usando o radar do Suffolk para explorar a zona. Mas não foi o radar que localizou os dois cascos cinzentos que avançavam na névoa, às 17h22 de 23 de maio, e sim uma lancha desse navio. O Suffolk virou um pouco para estibordo, para controlar e seguir com o radar os navios alemães, e chamar o Norfolk para se juntar à caçada.Centenas de milhas mais longe, em pleno Atlântico, o almirante Tovey pôs-se imediatamente em ação assim que recebeu o sinal de rádio enviado pelo Suffolk informando-o da detecção. O HMS Hood, a maior e mais velha unidade da frota britânica, e o Prince of Wales, de contrução mais recente, receberam ordem para interceptar o inimigo.

A destruição do Hood
O vice-almirante Holland, comandante do Hood, sabia que a blindagem da coberta de seu navio era muito fraca para a batalha que era iminente e pensava que a melhor maneira de enfrentar o Bismarck seria fazê-lo de proa.
Às 5h53 de 24 de maio iniciou-se o combate. O Suffolk e o Norfolk mantinham-se afastados porque estavam conscientes do menor poder de fogo das suas baterias em relação às do navio adversário. O contato foi muito breve: o Hood e o
Prince of Wales foram os primeiros a disparar, mas a resposta do alemão foi mortal. Uma salva do Bismarck acertou o paiol de munições do Hood, provocando uma terrível explosão. O navio partiu-se ao meio antes de afundar com os 1.419 homens que constituiam a tripulação; apenas três sobreviveram.
O Bismarck e o Prinz Eugen manobraram para atacar o Prince of Wales, mas o comandante do navio britânico ficou tão transtornado com o naufrágio d
o Hood que prefeiru afastar-se.



Danos sofridos em combate (Na foto o Norfolk)
O Bismarck conseguira uma vitória rápida e decisiva, mas um projétil perfurara-lhe o casco junto à linha de flutuação e a água entrava em abundância. Agora era impossível dar caça aos navios mercantes que se dirigiam para a Grã-Bretanha. Lütjens decidiu rumar para a França para reparos, mas não conseguiu safar-se do Norfolk nem do Suffolk, que continuavam a vigiar o Bismarck.O afundamento do Hood obrigou o almirantado britânico a fazer entrar em ação outros navios. Foi dada a ordem à força H, constituída pelo porta-aviões Ark Royal, pelo cruzador Renown e por uma grande quantidade de embarcações menores, para que deixassem Gibraltar e rumassem para o Norte. Entretanto, durante as horas de luz do dia 24 de maio, os couraçados King George V e Rodney e o porta-aviões Victorius estavam no Atlântico para caçar o Bismarck, ao mesmo tempo que o Prince os Wales, o Norfolk e o Suffolk o vigiavam com uma determinação encarniçada.
Quando as condições meteorológicas pioraram, a missão dos perseguidores tornou-se mais difícil, o que representava uma vantagem para Lütjens. Às 18h30, os operadores de radar do Suffolk perceberam que tinham se aproximado com demasiada rapidez do Bismarck e que em pouco tempo o navio britânico ficaria ao alcance dos gr
andes canhões do gigante alemão. O Prince of Wales abriu fogo para defender o Suffolk antes que o Bismarck pudesse desaparecer no nevoeiro. Não houve perdas humanas, mas com esta ação Lütjens conseguiu cobrir a fuga do Prinz Eugen, que pôde seguir sozinho a rota até a França.

Os aviões Swordfish entram em cena
Para o almirante Tovey, 24 de maio foi um dia nefasto: o Hood perdido, o Prince of Wales atingido e o Bismarck ainda estava operacional. Mas a idéia de que o navio de Lütjens pudesse fugir levou-o a empreender outro ataque, desta vez aéreo, antes que a noite caísse.
Os aviões Swordfish, a bordo do Victorius, eram naquela noite os únicos meios ao dispor de Tovey capazes de atingir o Bismarck, e 9 aviões, cada um deles apenas com um torpedo, decolaram pouco depois das 23 horas. A mis
são era temerária. Na sua maioria, os aviadores tinham pouca experiência, e tiveram de decolar em condições muito precárias de luz e tempo para atacar a fortaleza flutuante. Milagrosamente, os aviões localizaram o alvo e, com temerários vôos picados, rasantes, lançaram os torpedos antes de regressarem ao Victorius sem qualquer perda.
Um dos torpedos atingiu o objetivo, mas só lhe causou danos ligeiros. Moderadamente satisfeito com os resultados da missão, Tovey decidiu desencadear outro ataque ao amanhecer, com o objetivo de enfraquecer o Bismarck até que os navios perseguidores de maior porte pudessem enfrentá-lo em combate.
De repente, pouco depois das 3 horas, o Bismarck desaparecia do radar do Suffolk. Com um golpe tático genial, Lütjens explorava o medo que os ingleses sentiam dos U-Boot. Durante a caçada, o Suffolk seguia o Bismarck, mas navegava em ziguezague de modo a tornar-se um alvo difícil para um eventual submarino. Assim que o Suffolk r
umou a bombordo, Lütjens virou o seu navio todo a estibordo. No intervalo de tempo que o Suffolk levou para voltar à sua rota média, o Bismarck desapareceu do seu painel de radar.
Para Tovey seguiram-se 30 horas frenéticas consumidas em distribuir pelo Atlântico as forças reunidos com o objetivo de voltar a localizar-se a presa e desfechar o ataque final ao Bismarck. Finalmente, uma mensagem de rádio do Bismarck captada pela frota britânica permitiu estabelecer a sua posição aproximada.
A frota passou a segui-lo numa busca vã, até perceber que a posição não estava correta e que, na realidade, se afastava do Bismarck. Mas a sorte interveio de forma decisiva a favor dos ingleses.

Um golpe de sorte
Às 10h30 de 26 de maio, um hidroavião Catalina, da
RAF, localizou o Bismarck navegando rumo ao leste, em direção a Brest, a uns 1.100km de distância.
Quando Tovey recebeu a notícia da nova localização, decidiu que era o momento de fazer entrar em ação a Força H, que estava à cerca de 150 km do Bismarck. O Renown e o Sheffield, os dois couraçados da Força H, poderiam ter o mesmo fim do Hood num confronto direto contra o Bismarck e, por isso, Tovey decidiu voltar a atacar pelo ar.
Uma esquadrilha de Swordfish decolou do Ark Royal, o porta-aviões da Força H, mas a formação deparou com condições meteorológicas adversas. Os pilotos aproximaram-se do Bismarck e lançaram seus torpedos antes de regressarem. Pelo menos dois atingiram o objetivo e um danificou o leme do navio alemão.



O Bismark no fundo do mar



O encontro final

O cruzador pesado Norfolk disparou por duas vezes contra o Bismarck; a primeira vez no estreito da Dinamarca e a segunda na batalha final que resultou na destruição do navio alemão. O papel de sentinela, a cargo do Norfolk e do Suffolk, outro velho cruzador, teve uma importância fundamental para que os ingleses conseguissem interceptar o Bismarck no Atlântico. Durante o confronto em que o Hood explodiu, o Norfolk foi obrigado a manter vigilância a distância por causa do maior potência de fogo dos canhões do navio alemão.
Ao anoitecer, uma força naval constituída por destroyers passou a vigiar o couraçado, enquanto o grosso da frota britânica se colocava na posição estabelecida para a batalha final.
Às 8h47 de 27 de maio, iniciava-se o encontro final com o Bismarck. O King George V e o Rodney começaram o ataque contra o navio alemão. O Norfolk também se juntou aos beligerantes, seguido pelo destroyer Dorsetshire. O Rodney conseguiu dar o primeiro golpe significativo quando um dos seus projéteis atingiu as torres de proa do Bismarck, deixando-as fora de ação. Gradualmente, os navios britânicos foram concentrando o tiro, decididos a dar o golpe de misericórdia.
Logo que o King George V e o Rodney se retiraram, o Dorsetshire dispara três torpedos contra o Bismarck, que não penetram no casco. Às 10h39, o couraçado afundou no Atlântico por acção voluntária da sua tripulação.

sábado, 5 de novembro de 2022

A MÃO DE DEUS COMANDA TODAS AS COISAS

Na segunda grande guerra mundial, em alguns momentos a mão de Deus intercedeu a favor da humanidade, e essa interseção mudou o rumo da história que esteve a todo o momento sob o controle de Deus.

Um dos momentos de capital importância foi quando o encouraçado Bismarck, a máquina naval invencível do regime Nazista foi atingida em seu leme por um torpedo enviado por um avião antigo da primeira guerra mundial. Um avião inglês sem muitos recursos, que tinha uma remota probabilidade de atingir o Encouraçado Bismarck.

Se o torpedo enviado atingisse a lateral do Maior e melhor Navio de guerra daquela época, nada aconteceria, porque ficou constatado anos depois, quando o navio foi descoberto no fundo do oceano por uma expedição, que a saraivada de tiros de canhão, torpedos e toda sorte de artefatos lançados contra o Bismarck não foi capaz de furar o seu casco que era impenetrável para os canhões e torpedos da época. Na verdade o Bismarck foi afundado pela própria tripulação que abriu as válvulas de fundo para que o Navio submergisse e assim cessasse a saraivada de tiros que fustigava todos que estavam a bordo do encouraçado.

Um torpedo enviado por um daqueles aviões antigos dificilmente atingiria o Bismarck e se atingisse não provocaria dano nenhum. Era uma tentativa desesperada de deter o Couraçado Bismarck antes que ele entrasse em águas protegidas da França. De fato vários aviões antigos da primeira guerra mundial cada um carregando um torpedo, que na primeira tentativa não explodiram por causa de um defeito nos acionadores, dispararam seus torpedos contra o Couraçado Bismarck, mas nenhum atingiu o navio. Apenas um atingiu e por um capricho inexplicável atingiu exatamente o único ponto onde poderia causar dano ao navio. Atingiu o leme do navio.

Com o dano o Couraçado Bismarck não conseguia andar em linha reta. Andava em círculos. Não poderia manobrar porque para isso teria que ter controle da direção, e assim não teria como apontar para os navios inimigos que agora o cercavam por todos os lados. Quando foi dado a ordem de fazer fogo, vários navios castigaram o Bismarck que agora estava cercado e indefeso.

Embora o casco fosse impenetrável como muitos anos depois veio a ser descoberto, todo o restante do navio foi destruído por mais de uma hora de intenso fogo de canhões que disparavam a curta distância, praticamente a queima roupa. No princípio o navio monstruosamente gigante tentou resistir, mas uma salva de canhões destruiu a ponte de comando, matando o comandante. A partir dai o navio foi simplesmente pulverizado.

Se uma série de coincidências não tivessem levado a esse desfecho, a sorte do mundo poderia ter sido outra, porque esse Navio gigantesco, indestrutível, que tinha a possibilidade de manter-se fora do alcance dos projéteis dos outros Navios da sua época mas tinha alcance suficiente para atingi-los iria dizimar os comboios que levavam suprimentos para a Inglaterra que era o único país da Europa que ainda resistia ao domínio Alemão. Nem os Estados Unidos e nem a União Soviética tinham entrado na guerra.

Avaliando esses fatos chegamos a conclusão que o desfecho dessa situação teve sim a mão de Deus que interviu para que a sorte da humanidade tivesse o desfecho que estava nos planos do Altíssimo.

Outro momento em que a vontade de Deus prevaleceu, foi quando Hitler decide invadir a União Soviética. Nesse momento, Hitler estava completamente sob o domínio das trevas, e quando as trevas dominam um ser humano, instala-se um processo de progressiva loucura e angustia. 

Praticamente uma depressão progressiva. O distanciamento de Deus provoca essa depressão que vai se agravando aos poucos. O indivíduo se torna aos poucos mais violento, mais desesperado e mais propenso a cometer crimes. Seu espírito torna-se repasto para uma espiritualidade trevosa e perversa que o domina e o dirige para o abismo.

Após a invasão da União Soviética, as decisões de Hitler o levam cada vez mais para decisões tresloucadas que destroem a capacidade de combate da Nação Alemã.

Outro momento em que percebemos a ação de Deus é quando por uma série de coincidências, a descoberta da Bomba Atômica não cai no domínio da Alemanha. Na verdade toda a tecnologia de lançamento de foguetes e as pesquisas nucleares estavam com os cientistas alemães. As pesquisas nesse campo foram paralisadas ou redirecionadas, de forma que acabaram por não cair no domínio da Alemanha Nazista. Alguns cientistas alemães, incluindo Albert Einstein sonegaram informações, cientes do perigo que existiria se essas informações caíssem no domínio do Estado Alemão Nazista.

ALBERT EINSTEIN

Mais de uma década antes de os nazistas tomarem o poder na Alemanha, o físico alemão e judeu Albert Einstein, já estava em fuga e temia pelo futuro de seu país. Tais receios foram registrados numa carta que acaba de vir à tona, escrita à mão por Einstein em agosto de 1922.

Na ocasião, o físico tinha acabado de saber que seu amigo de longa data e colega judeu Walther Rathenau, ministro do Exterior da Alemanha, fora assassinado por extremistas de direita e que, segundo a polícia, a sua própria vida poderia estar em perigo.

Foi então que Einstein fugiu de Berlim e refugiou-se no norte do país, onde escreveu a tal carta, endereçada à irmã mais nova do cientista, Maja. O documento foi redigido não apenas mais de uma década antes da chegada dos nazistas ao poder, em 1933, mas também um ano antes do Putsch de Munique, a primeira tentativa de golpe de Estado de Adolf Hitler e do Partido Nazista, ocorrida em 1923.

Até então desconhecido, o manuscrito foi apresentado por um colecionador anônimo e foi a leilão em Jerusalém, com um preço inicial de 12 mil dólares (cerca de 45 mil reais). Na carta, Einstein alertava Maja sobre os perigos de um crescente nacionalismo e antissemitismo.

"Aqui, ninguém sabe onde estou, e acredita-se que eu esteja viajando", escreveu o cientista. "Estão surgindo tempos econômica e politicamente sombrios, então, estou feliz de poder fugir de tudo isso."

Embora a carta não traga nenhuma informação sobre o endereço do remetente, acredita-se que  tenha sido escrita quando Einstein estava hospedado na cidade portuária de Kiel, no norte da Alemanha, antes de embarcar num tour de palestras pela Ásia. Mais tarde, naquele mesmo ano, o físico recebeu o Prêmio Nobel de Física.

Einstein continua: "Estou bem, apesar dos antissemitas entre meus colegas alemães. Estou muito recluso, sem barulho e sem sentimentos desagradáveis, e estou ganhando o meu dinheiro sobretudo independentemente do Estado, de forma que sou um homem livre de verdade."

"Estou prestes a me tornar uma espécie de pregador itinerante. Isso é, em primeiro lugar, agradável, em segundo, necessário", prosseguiu. 

Einstein viria a renunciar à cidadania alemã em 1933, depois de Hitler se tornar chanceler. O físico foi viver nos Estados Unidos, onde permaneceu até a sua morte, em 1955.

Quando os nazistas chegaram ao poder, começaram a promulgar diversas leis contra a comunidade judaica, com o objetivo, entre outros, de expulsar os cientistas judeus do país. O trabalho inovador de Einstein, inclusive sua famosa Teoria da Relatividade, foi rejeitado pelos nazistas, que o qualificaram de "Física Judaica".

O diretor assistente do Projeto Einstein, no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Caltech, nos EUA, Ze'ev Rosenkrantz, disse que a carta de 1922 não foi a primeira vez que Einstein alertou para o antissemitismo alemão, mas capturou o seu estado de espírito nesse momento importante da sua vida.

"A carta nos revela o que se passava na mente e no coração de Einstein num estágio preliminar do terror nazista", disse Meron Eren, coproprietário da Casa Kedem, a qual levará o documento a leilão.

"Hoje, com o antissemitismo crescendo novamente tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, podemos ver nesta carta que devemos refletir com muita antecipação sobre o que acontecerá dentro de dez anos ou talvez mesmo antes", concluiu.

 

Quando Adolf Hitler chegou ao poder em 1933, ele queria levar a Alemanha a uma nova era de glória. Ele resgatou a segurança e prosperidade do país, o exército alemão — orgulho nacional — foi recriado e seu programa de obras públicas era invejado em vários países. Mas após três meses como chanceler, cego pelo seu anti-semitismo, ele comete um erro: promulga as leis de ‘reconstrução da administração pública’, que proibiam pessoas de origem não ariana de trabalhar no serviço público. Cerca de 25% dos cargos em universidades públicas eram ocupados por judeus.

 

Sem poder continuar suas pesquisas, milhares de cientistas e acadêmicos buscam refúgio em outros países, sobretudo Grã-Bretanha e Estados Unidos. Em O presente de Hitler , a editora Jean Medawar e o médico David Pyke narram a história de alguns desses homens e mulheres, muitos dos quais construíram em ‘território aliado’ carreiras de sucesso.

É possível traduzir em números a perda do material humano: até 1932, a Alemanha havia ganho 33 dos 100 prêmios Nobel de ciência; nos 27 anos seguintes, esse número se reduziria a oito. Até então, a supremacia germânica era indiscutível: conjugava força militar e eficiência econômica, tendo a pesquisa científica como base para a indústria. Mas a ciência alemã sofre um grande golpe com o nazismo. Seu antiintelectualismo ditava que a universidade devia priorizar a ciência militar, além de formar a vontade e o caráter dos estudantes.

Apenas no primeiro ano de governo, cerca de 2.600 acadêmicos saíram do país. Diante das medidas alemãs, esforços para receber refugiados foram iniciados na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Associações de auxílio foram criadas, custeadas por doações, principalmente de judeus, pois uma das condições para os ‘salvamentos’ era que eles não gerassem custos adicionais ao Estado e às instituições que os recebiam.

A queima de livros em praça pública em 10 de maio de 1933 simboliza o anti-intelectualismo do regime de Hitler.
A fuga em massa de cérebros tirou da Alemanha alguns dos mais brilhantes nomes da ciência do século 20, como os físicos Erwin Schrödinger e Max Born ou o bioquímico Hans Krebs. O mais célebre de todos, porém, é o criador teoria da relatividade, Albert Einstein.

Quando Hitler assumiu, Einstein — que era judeu e pacifista — estava nos Estados Unidos e por lá ficou. Passou a trabalhar no novo Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton, onde seu único dever era pensar. O irônico é que sua contribuição não foi científica, mas política. Suas descobertas mais notáveis haviam sido feitas na juventude, ainda na Suíça e na Alemanha. Mas ao renunciar à cidadania alemã e à Academia Prussiana de Ciência, Einstein virou um símbolo mundial de oposição e desprezo ao nazismo.

Baseados em pesquisas e entrevistas, os autores retratam com fidelidade a história de coragem de pessoas que não tiveram outra opção a não ser deixar tudo para trás. Muitos reconheceram que os recursos dos países que os acolheram foram imprescindíveis para suas descobertas.

Iniciados no meio científico terão mais facilidade para reconhecer os nomes e teorias citados na obra. Mas o texto claro e fluido torna a leitura agradável, recomendada para quem quiser conhecer um outro lado da Segunda Guerra Mundial.

 

domingo, 17 de agosto de 2014

O BISMARCK E SEU CAPITÃO - Battleship Bismarck História de um Sobrevivente - Pelo Barão Burkard von Müllenheim-Rechberg Traduzido por Jack Sweetman



É um pouco incomum escrever um relato pessoal de algo que aconteceu quase 40 anos após o evento. No entanto, a idéia de escrever este relato nasceu quando eu ainda estava no andar superior do Bismarck afundado em 27 maio de 1941. 
Barão Burkard von Müllenheim-Rechberg
A ESQUERDA.

Já que não há idéia do que realmente aconteceu lá dentro, pensei, será que vai ser sempre possível para qualquer um, até mesmo uma testemunha,  reunir os inúmeros detalhes da batalha que termina em uma completa derrocada, e seu relato coerente? Se sim, quem iria fazê-lo e quando? Dada a incerteza do meu próprio destino e contra o pano de fundo da guerra, era um pensamento absurdo e ele saiu da minha cabeça tão rápidamente como tinha entrado. Mas não morreu. 

Eu tive que resistir à tentação de gastar o tempo sem fim que eu tinha em minhas mãos como um prisioneiro de guerra na Inglaterra e no Canadá fazendo anotações sobre as operações do navio enquanto ainda estavam frescas na minha memória.

Na situação em que eu me encontrava, não tinha meios de salvaguardar documentos secretos, ou até mesmo confidenciais. 

A única coisa que eu podia fazer era manter minhas lembranças tão intactas quanto possível e confiar nos meus escritos que poderia usar mais tarde.

Dr. Kurt Hesse
Em maio 1949, recebi uma carta do Dr. Kurt Hesse, um escritor em assuntos militares. Ele me escreveu por sugestão de Almirante Walter Gladisch, um dos nossos ex-comandantes da frota, pedindo-me para publicar a minha história única. Desse modo, ele me incentivou a fazer o que eu tinha pensado em fazer oito anos antes. Mas naquela época haviam várias razões pelas quais eu tive que adiar esse projeto. 

A Alemanha ainda estava em ruínas e não me parecia adequado o momento para escrever sobre um assunto militar. Era algo que me tocou muito profundamente. 

Eu estava estudando Direito na Universidade Johann Wolfgang Goethe. Eu tive que financiar não só a minha escolaridade, mas minha subsistência, e não foi fácil nos imediatos anos do pós-guerra, tendo ao mesmo tempo que me engajar na urgente e necessária busca de uma nova profissão. 

Durante meus anos de serviço no exterior como cônsul-geral e embaixador da República Federal da Alemanha, muitas pessoas, especialmente os estrangeiros me disseram, "Você deve escrever sobre o Bismarck" algum dia. "Mas não até 1975, quando me aposentei. Então eu tinha o tempo e outros pré-requisitos para lidar responsavelmente com o assunto.

Por esse tempo os britânicos haviam retornado os registros oficiais da Marinha alemã para o Arquivo Federal Alemão. 
Muito já fora escrito, tanto na Alemanha como no exterior, sobre as operações e o afundamento do Bismarck. 

Almirante Günther Lütjens
Naturalmente, nenhum dos escritores foi capaz de fornecer os detalhes fundamentais e as decisões táticas que o Fleet Commander, Almirante Günther Lütjens, fez durante o episódio ocorrido no Atlântico. Nem, é claro, eu poderia, mas nas páginas que se seguem, tentei me colocar no Lugar de Lütjens e no seu estado de espírito e eu acredito que, depois de ter sido um oficial do navio, eu pude dar uma contribuição para a história do Bismarck.

Almirante Günther Lütjens e Hitler passando em revista a tripulação do Bismarck.
Este relato é dedicado à memória de todos os que morreram como resultado do afundamento do Bismarck mas especialmente à memória de seu comandante, Kapitän zur See Ernst Lindemann. Como capitão de um carro-chefe, ele serviu na sombra de seu Fleet Commander, e não teve a 
oportunidade de demonstrar a notável liderança de que era capaz.


Agradecimentos 

Gostaria de agradecer ao Dr. Jürgen Rohwer e Vice-Almirante BB Schofield permissão para usar seus mapas de pista de Exercício Reno; Fregattenkapitän Paul Schmalenbach, segundo artilharia oficial do Prinz Eugen durante o exercício Reno, para fotografias de batalha ao largo da Islândia; Kapitänleutnant Herbert Wohlfarth, capitão do U-556 em maio de 1941, pela permissão de uso do certificado de autenticidade do U-556 como o guardião do Bismarck; e Herr Rolf Schindler, pela preparação das cartas de pista para publicação. 

Eu também gostaria de agradecer às seguintes pessoas e instituições para os seus conselhos e ações: Capitão Robert L. Bridges, USN (Ret.), Castle Creek, New York, EUA; Herr Joachim Fensch, Weingarten, República Federal da Alemanha; Sr. Daniel Gibson Harris, Ottawa, Canadá, que era assistente do adido naval britânico em Estocolmo em Maio de 1941; Herr Franz Hahn do Centro Histórico Militar de Formação, Escola Naval Mürwik, República Federal da Alemanha; Dr. Mathias Haupt do Bundesarchiv, Koblenz, República Federal da Alemanha; Herr Bodo Herzog, Oberhausen, Herr Hans H. Hildebrand, Hamburgo, Konteradmiral Günther Horstmann, Marinha Alemã (Ret.), Basel, Suíça; o Departamento de fotografias do Museu Imperial da Guerra, em Londres, Inglaterra; Mr. Esmond Knight, Londres, Inglaterra, que era um tenente da Royal Naval Volunteer Reserve a bordo do Príncipe de Gales maio 1941; Dr. Hansjoseph MAIERHOFER do Bundesarchiv-Militärachiv-Freiburg, Mr. Philip Mathias, Toronto, Canadá; Sra Maria Z. Dor, Londres, Inglaterra; Fregattenkapitan Dr. Werner Rahn, Mürwik, Dr. Hans Ulrich Sareyko, Aüswärtigen Amt, Bonn, Kapitän zur See Hans-Henning von Schultz, Marinha Alemã (Ret.), Ramsau, que era o oficial de inteligência a bordo do Prinz Eugen durante o exercício do Reno; Herr Torsten Spiller do Deutsche Dienststelle (Wast), Berlim e Mr. Tom Wharam, Cardiff, País de Gales. 

Quero transmitir os meus agradecimentos especiais àqueles que preparamos esta edição em língua Inglêsa. Agradeço ao meu tradutor, Dr. Jack Sweetman, que conseguiu admiravelmente manter o sabor e espírito de minha história; ao meu consultor técnico, Dr. Karl Lautenschlager, cuja perícia em assuntos navais, especialmente as que se referem à Marinha alemã, ganhou a minha grande admiração; a Mr. Thomas G. Webb, que fez uma excelente pintura do Bismarck que aparece na ilustração; e ao meu editor, a senhora Maria Veronica Amoss, Editora Sênior do Manuscrito do Naval Institute Press, que demonstrou rara habilidade em fazer a minha história aparecer como se tivesse sido escrita originalmente em Inglês. Outros do Instituto Naval de Imprensa, a quem gostaria de expressar minha 
gratidão são o Sr. Thomas F. Epley, Diretor Editorial, por muitas sugestões valiosas e pela sua gestão cuidadosa do meu livro do começo ao fim; Senhorita Beverly S. Baum, Gerente de Design, pelo cuidado meticuloso com que ela projetou o livro; Sra Marjorie B. Whittington, Assistente Administrativa e Editorial, por suas muitas tipagens do manuscrito em língua Inglêsa e seu manuseio consciente de todos os assuntos relacionados com fotografias e desenhos; e Miss Rita Connolly, Gerente de Produção, que, em face de grandes dificuldades, conseguiu manter um apertado cronograma de produção. 

Nota do Tradutor 
Para obter assistência na preparação desta tradução, é um prazer registrar os meus agradecimentos a: Tenente Comandante George L. Breeden III, USN, tenente Fred H. Arco-Íris, USNR, e Tenente Comandante Paul Stillwell, USNR, cuja consultoria especializada foi inestimável para lidar com questões técnicas; o autor, o Barão von Burkard Müllenheim-Rechberg, que gentilmente leu e comentou sobre a tradução de seu livro; Maria Veronica Amoss, Editor Sênior Manuscrito do Instituto Naval de Imprensa, que eliminou muitas infelicidades de expressão; e, por último, mas nunca menos, minha esposa, Gisela, que ajudou de inúmeras maneiras. 
J.S.

O BISMARCK E SEU CAPITÃO

Na Batalha entre a Inglaterra e a França, Churchill bombardeou a frota francesa. Eram as manchetes gigantes nos jornais diários estampadas nos quiosques em Hamburgo. 
Esta exibição sensacional induzia o público alemão a crer em um sangrento ataque por uma força naval britânica aos navios de guerra franceses que se encontram no porto em Oran, na Argélia, no início de julho de 1940. O ataque foi parte de uma determinada tentativa britânica de impedir que os alemães se apoderassem da Marinha Francesa. Uma ameaça tornada possível pela rendição Francesa no final de junho. Nominalmente, a frota estava sob o controle do governo Pétain, mas a maior parte dela se tinham refugiado em portos fora da França. 

Na manhã do dia 3 de julho, uma força naval britânica, composta por dois navios de guerra, um cruzador de batalha, um porta-aviões, dois cruzadores, destróieres e onze outras embarcações, apareceram na costa da Argélia.

O HMS Ark Royal (R09) era um navio -aeródromo da classe “Audacious” da Royal Navy.

Foi dado um ultimato ao almirante Francês conclamando-o a render seus navios. Quando o tempo alocado havia expirado e os franceses não tinham acenado com nenhuma ação, os britânicos abriram fogo. Mil e trezentos marinheiros Franceses foram mortos naquela tarde, e três navios de guerra Franceses foram destruídos ou danificados. Só o encouraçado Estrasburgo e cinco destróieres conseguiram fugir para Toulon. 
HMS Hood como era em 1921. Esse Cruzador
que era o mais importante da frota Inglêsa, foi
afundada pelo Encouraçado Bismarck em
um confronto entre as duas embarcações que durou
apenas 15 minutos, causando a morte de mais de 1500
embarcados.

Enquanto eu lia as notícias deste evento incrível, eu me lembrei da apreensão britânica da Frota dinamarquesa em Copenhagem, em meio a paz, no ano de 1807, mas este ataque, nos dias correntes e entre dois estados que tinham sido aliados até então, me impressionou tão profundamente que eu tomei nota de algumas das pessoas e navios envolvidos: O vice-almirante Sir James Somerville, Capitão Lancelot Holland, o cruzador de batalha Hood, e o porta-aviões Ark Royal. Ainda assim, eu não tinha nenhuma noção do papel que dentro de um ano esses homens e navios teriam no destino do encouraçado Bismarck, para que eu, um Kapitänleutnant com trinta anos, tivesse dado maior importância ao fato.

Em junho de 1940, eu vi pela primeira vez o Bismarck, que estava no estaleiro em Hamburgo de propriedade de seus construtores, Blohm &amp Voss, aguardando conclusão e aceitação pela marinha alemã. Portanto, o que eu vi foi um gigante de aço com pó, feito apressadamente para aquele cais e cheio de ferramentas, equipamentos de solda e cabos. 
Visão do Bismarck durante sua construção no pier do estaleiro Blohm & Voss.

Um exército de operários trabalhava freneticamente para concluir o trabalho, enquanto a tripulação já estava a bordo familiarizando-se com a nave e realizando o treinamento que era possível sob as circunstâncias. 


Mas, sob esse disfarce, as características distintivas, tanto tradicionais como novas, do futuro navio de guerra já eram evidentes. Lá estava ele evidenciando a curva elegante da silhueta do navio pela frente e por trás a partir da ponta da torre de mastro, que destacava uma característica de concepção do Navio alemão que por vezes, levou o inimigo a confundir nossos tipos de navios a longa distância. Outras coisas foram familiares para mim porque eu tinha servido no navio de guerra Scharnhorst, mas tudo sobre o Bismarck era maior e mais poderosamente evidente: Suas dimensões e especialmente sua enorme fachada, a alta superestrutura, seus 38 centímetros de armas principalmente  a bateria (Os primeiros desse calibre instalados na Kriegsmarine (MARINHA ALEMÃ)), o grande número de armas que tinha em suas baterias secundárias e antiaéreas, e a pesada blindagem de seu casco, torres de armas, e em frente da estação de comando e de controle de fogo.


Havia uma dupla catapulta para aeronaves, um avanço à época para a Kriegsmarine, e como fez o Scharnhorst e sua irmã o Gneisenau, os novos escudos dissidentes esféricos em suas estações antiaéreas posicionavam-se em ambos os lados de sua torre mastro. 

À primeira visão deste navio gigantesco, tão pesadamente armado e blindado, eu tinha a certeza de que ele seria capaz de suportar qualquer desafio, e que haveria um longo tempo antes de que ele pudesse ser totalmente dominado pela tripulação. A expectativa era de que seria uma embarcação que iria durar por muito tempo

Ainda assim, eu pensei, a frota britânica tinha numéricamente superioridade, e o resultado de qualquer ação dependeria da combinação das forças envolvidas. 

Eram questões que pareciam estar distante no futuro. Foi quando comecei o meu serviço no Bismarck. Eu tinha suprema confiança neste navio. Como poderia ser de outra forma? 

Quando a minha missão no encouraçado Bismarck iniciou em maio de 1940, 11 anos de serviço naval estavam no meu curriculo. Nasci em Spandau em 1910, em uma família que se originou na Baden mas alguns dos quais migraram para o leste. A profissão das armas era uma tradição familiar. Meu pai fora morto em ação como um grande no comando do 5º Batalhão Jäger no Argonne, em abril de 1916; meu único irmão, que era mais jovem do que eu e um capitão da Luftwaffe, foi morto em 2 de Setembro 1939, enquanto servia como comandante de esquadrão no Richthofen asa durante a Campanha Polonêsa. 

Em abril de 1929, eu me formei "com excelência" em uma escola clássica e entrei na Weimar 15.000-man Reichsmarine da República. No momento em que os vários milhares de candidatos tinha sido submetidos a um exame rigoroso, a classe de 1929, à qual eu pertencia. Eram cerca de oitenta homens. Um cruzeiro de um ano em um cruzador leve à África, Índias Ocidentais, e aos Estados Unidos em 1930 habituou-nos a vida a bordo do navio, e ao mesmo tempo amenizou nosso anseio de conhecer o mundo, o que naturalmente tinha desempenhado um papel na escolha da profissão. Fomos então através da Escola Naval fazer os cursos padrão em armas. No final de 1932, fomos dispersos entre os vários navios da Reichsmarine. 

Um ano mais tarde, juntamente com os meus colegas, eu me tornei um Tenente zur Seet e depois servi como um oficial subalterno em uma divisão da plataforma e como oficial na localização de alcance nos cruzadores leves

Depois da minha promoção para Oberleutnant zur, em 1935, passei um ano com um grupo diretor da Escola Naval Mürwik como aspirante de formação. No início de 1936, fiz um curso na Escola de Artilharia Naval, em Kiel no controle de fogo, que iniciou a minha especialização em artilharia naval. 
O autor ainda jovem.

Seguiram-se dois anos nos nossos destroyers então muito-modernos, primeiro como ajudante do comandante da 1 ª Divisão de Destroyer, em seguida, com uma divisão e como oficial de artilharia. No final desses passeios, eu fui promovido a Kapitänleutnant. 

No outono de 1938, o Oberkommando der Kriegsmarine enviou os primeiros assistentes ao Setor Naval nos países mais importantes. Havia muito pouco desses lugares e foi me oferecido um deles, e além disso, o mais importante, em Londres, não só eu me senti honrado, mas senti que um anseio interior estava sendo satisfeito. Eu aceitei e assumi o posto com grande prazer.

A eclosão da Segunda Guerra Mundial trouxe esta atribuição a um fim abrupto e, em outubro de 1939, eu comecei o serviço de dois meses como quarto oficial de artilharia do cruzador de batalha Scharnhorst. No mês seguinte, participei na varredura na passagem das Ilhas Faroé-Shetland, que foi liderada pelo Fleet Commander, o almirante Wilhelm Marschall, em sua flagship Gneisenau, e que culminou com o afundamento do cruzador auxiliar britânico Rawalpindi. Em seguida, o Scharnhorst tinha que ir para o estaleiro para uma extensa revisão e eu fui nomeado primeiro oficial do destróier Erich Giese. Como tal, participei de colocação de minas ao largo da costa leste da Grã-Bretanha, no inverno de 1939-1940 e na ocupação de Narvik, durante a campanha Norueguesa de abril de 1940. 

Todos os dez destróieres alemães envolvidos nesta operação foram perdidos, metade da Força destruidora da Alemanha. 

Eu teria que receber uma nova tarefa e, por causa da minha formação em armas, fui nomeado quarto oficial de artilharia. A minha estação de ação teria o pós-controle de incêndio da estação no Bismarck. Eu vislumbrei com interesse antecipado a possibilidade de servir neste maravilhoso novo navio. 

Antes de ir para o meu novo serviço, no entanto, eu levei um curto período de licença no silêncio de um posto na Alta Baviera por motivo de saúde, onde os visitantes eram poucos em tempo de guerra. Os meus pensamentos continuamente fixavam-se no meu retorno e nos meses movimentados que eu tinha passado em Londres apenas um ano antes. 

Verificava que mudanças tinham ocorrido nas relações anglo-alemães desde então, tão completamente em desacordo com as minhas esperanças e desejos! 

Muito cedo na vida, durante meus tempos de escola, eu adquirira um interesse especial na Grã-Bretanha, o seu povo, língua, história e sistema político. Minha própria história familiar me influenciou nesse sentido. 

Sir George Browne

No século XVIII, Sir George Browne, filho de João, Conde de Altamont, da casa de Neale O'Connor, uma família anglo-normanda que estabeleceu-se em Portugal e mais tarde se espalhou para a Inglaterra, prestando serviço francês. Posteriormente, ele transferido para o exército prussiano, lutou na Guerra dos Sete Anos. Depois da guerra, ele se tornou um camareiro e tesoureiro da Baixa Silésia. Sua filha, Franziska, casou-se com um dos meus antepassados ​​diretos. As Visitas a Grã-Bretanha ao longo dos anos tinha aprofundado o meu interesse por aquele país. Em 1936, aceitei um convite para a casa de amigos ingleses em Colchester, e agora eu não poderia esquecer as longas discussões que realizamos sobre a necessidade ardente de preservar a paz entre nossos dois povos. 

Infelizmente, o tempo que passei como assistente adido naval em Londres, pessoalmente foi muito agradável, sendo tragicamente ofuscada desde o início pela contínua deterioração das relações anglo-alemãs. A sucessão incessante de eventos internacionais era a responsável. 
Hitler em Saarbrücken

Lembrei-me com o coração pesado. No momento em que cheguei em Londres, em novembro de 1938, o público britânico tinha tudo, mas a esperança que a cessão dos Sudetos Alemães-ocupados para o Reich, que havia sido imposta ao governo Checo com o consentimento britânico e francês em Munique em setembro, iria produzir o relaxamento esperado das tensões internacionais. Um discurso agressivo de Hitler em Saarbrücken apenas duas semanas após a conferência em Munique havia enchido a Grã-Bretanha de ansiedade e desilusão que cresceu e tornou-se cada vez mais claro que a política de apaziguamento seria desastrosa para a Europa.

O ataque lançado pelas autoridades do estado alemão em 9 de novembro contra o povo Judeu e suas propriedades no território do Reich veio como outro choque e criou uma sensação de apreensão em todo o mundo. 
sinagoga no Fasanenstrasse.

Na noite antes da minha partida de Berlim para Londres, eu tinha testemunhado a súbita aparição na Kurfürstendamm de esquadrões organizados, armados com varas de pneus e pés de cabra. Foram destruidas e pilhadas as lojas de judeus. As chamas envolveram a sinagoga no Fasanenstrasse. Um alto-falante invisível constantemente admoestava a multidão subjugada que testemunhou este espetáculo, em silêncio ou murmurando sob sua respiração, "Vá em frente!", "Não fique ao redor!", "Não fotografe!" "Na cara feia desta força nua e brutal, eu havia reconhecido o prenúncio inconfundível de coisas ainda piores por vir. 

Logo no início da manhã de 11 de Novembro, cheguei de Londres em um vagão de trem britânico impecavelmente limpo. O artigo principal em The Times, "um dia negro para a Alemanha", condenou sem reservas a violência. Ele expressou exatamente minha opinião; Eu poderia ter assinado cada frase. Foi terrivelmente deprimente estar começando minha primeira missão no exterior sob estas circunstâncias, e eu estava grato aos meus amigos britânicos por serem tão discretos não falando sobre os eventos do Reich que deveriam envergonhar todos os patriotas alemães decentes. 

A Alemanha deu mais um passo politicamente significativo em dezembro de 1938, desta vez em relação ao programa de construção naval Germanico, então conformado com os termos do Tratado Naval anglo-alemão de junho 1935. 

Neste acordo, a Alemanha comprometeu-se a não aumentar a força de sua frota em mais do que 35 por cento da força da frota britânica. Esse percentual aplicado não só com a força total da frota, mas a categorias de navios individuais. 

Embora o tratado Alemão tivesse concedido o direito à paridade na força de submarinos, o Reich professou sua vontade em não ir além de 45 por cento da força de submarinos britânicos. Caso viesse haver necessidade de exceder essas limitações, o assunto deveria ser discutido. 

Na época em que foi assinado, o tratado foi aceito com satisfação na Alemanha, porque ele derrubou as limitações impostas pelo Tratado de Versalhes e tornou possível a construção de uma frota equilibrada e maior. 

Agora, em dezembro de 1938, o Reich chamou a atenção do governo britânico para a cláusula do tratado que permitiu à Alemanha exceder o limite de 45 por cento de sua força de submarinos se "uma situação que assim o exigisse surgisse", o que, na opinião da Alemanha, ocorreu tornando-se necessário fazê-lo. 

Tal situação, Berlim informaria a Londres, como agora tendo existido. O governo do Reich manifesta portanto, a intenção de construir a sua tonelagem de submarinos necessária para a paridade com os britânicos. Ao mesmo tempo, anunciou a sua intenção de armar os dois cruzadores em construção mais fortemente do que tinha sido inicialmente previsto.

Técnicamente, as reivindicações alemãs estavam perfeitamente em ordem. Mas elas estavam sendo feitas em um momento politicamente impróprio. Os britânicos, cientes da capacidade dos estaleiros navais da Alemanha, foram obrigado a saber que o Reich não teria sua maior tonelagem de submarinos disponível para vários anos. E a opinião política na Grã-Bretanha, já perturbada pelo Acordo de Munique, era tal que a apresentação das alegações da Alemanha, neste momento, só poderia funcionar como uma desvantagem política do Reich. 

Este ponto de vista foi expresso com freqüência em conversas em Londres naquele momento e amplamente expressa pela imprensa britânica. Portanto, por que não esperar com paciência o momento taticamente correto? 

Foram ações como esta que tornaram possíveis a leitura agressiva da intenção da Alemanha em tudo o que fez, mesmo quando ela não estava tão mau intencionada. 

A próxima crise veio na primavera de 1939, e foi grave. Em meados de março, Hitler forçou o governo checo a concluir um tratado no sentido de fazer as províncias da Boêmia e da Moravia um Protetorado alemão. Em violação ao Acordo de Munique, ele então ocupou essa área e incorporou ao Reich. 

A Checoslováquia, como tal, desapareceu do mapa. esta ação sacudiu a Europa como um terremoto. O governo britânico e o público foram os mais atingidos. A política de apaziguamento com a Alemanha parecia estar quebrada de uma vez por todas. 

Posteriormente, muitos círculos da sociedade britânica evitaram qualquer contato com os representantes oficiais do Reich. A Embaixada da Alemanha tentou desesperadamente encontrar uma maneira de interpretar o evento para o seu país de acolhimento. 

Eu percebi que um ponto de ruptura política e diplomática havia sido atingido.
HMS Calliope

No final de março, participei de uma reunião social no HMS Calliope. Este veleiro venerável foi utilizado para treinamento da Divisão de Tyne da Royal Naval Volunteer Reserve. Sua porta de casa foi Newcastle. O evento foi para comemorar o cinquentenário do furacão samoano de 1889, no qual a Calliope tivera a sorte de sobreviver. Porque um pouco de embarcações alemãs e Navios de combate norte-americanos também foram pegos no meio da tempestade, sendo que os adidos navais de ambos os países foram convidados para a cerimônia. O adido americano foi representado por seu assistente, Tenente Robert Lord Campbell, com quem viajou para Newcastle. No caminho, eu me perguntava sobre o efeito dos eventos na Checoslováquia em relação ao seu efeito sobre o encontro em HMS Calliope. 

Eu não precisava ter me preocupado. Eu tive uma noite agradável de boa camaradagem, apenas ligeiramente atenuada pelo tratamento Alemão de seu novo protetorado. Em seu discurso de boas-vindas, o anfitrião britânico falou de "tumultuosos tempos ", mas não entrou em detalhes, e os planejadores da noite articularam para que ninguém mais comentasse sobre tais assuntos.

"É uma vergonha", Campbell disse-me mais tarde: "Eu tinha pensado em algumas coisas a dizer e teria sido mais do que feliz em fazê-lo. " Eu não podia compartilhar exatamente o seu pesar. 

Apenas um mês após os eventos em Praga, sinais diplomáticos mais alarmantes vieram de Berlim. Em seu discurso no Reichstag em 28 de abril Hitler deu o aviso de que ele estava cancelando dois tratados: O Germano-polaco pacto de não agressão de 1934 e o Tratado Naval Anglo-Germânico de 1935 com a Grã-Bretanha. 

O cancelamento do tratado naval era visto como o prelúdio de uma desenfreada ampliação da frota alemã; enquanto que a do pacto com a Polônia parecia augurar outra aventura política perigosa. Hitler tinha mudado o curso dos assuntos europeus para outro patamar

Se os riscos internacionais tremendos que ele estava tomando levariam para a preservação da paz ou para a guerra, era uma questão sobre a qual os observadores em Londres tornavam-se cada vez mais contraditórios.

Durante os dias em que eu estava tentando encontrar a resposta para esta pergunta, muitas vezes eu pensei em um 
inesquecível encontro que tive em Londres, não muito tempo antes. No Almirantado britânico, o Diretor de Inteligência Naval, contra-almirante Troup, um escocês bastante taciturno, foi o responsável pela ligação com os adidos navais acreditados. Seu assistente neste dever era a cosmopolita, comandante suave Casper SB Swinley, que lidou com o dia-a-dia da ligação. 

Em uma rotina oficial em reunião logo após a minha chegada a Londres, Troup me disse: "Baron, um dia em breve eu e você vestiremos nossas cortes, colocaremos nossas cartolas, subiremos em um táxi e visitaremos Lady Jellicoe. 

Lady Jellicoe.

"eu respondi," Muito bem. Seria uma grande honra." 

Naquele tempo deveria ser dito o que Lady Jellicoe foi. Mas isso foi há muito tempo, então eu devo explicar que ela era a viúva do Almirante da Frota Lord Jellicoe, que morreu em 1935. Lord Jellicoe comandou a Grande Frota Britânica de Batalha da Jutlândia em maio de 1916 e foi mais tarde Primeiro Lorde do Mar. Ele gozava de grande estima em Círculos navais alemães, bem como no seu próprio país. 

O primeiro convite de Troup para visitar Lady Jellicoe entretanto não se confirmou, e eu quase esqueci isso. Em seguida, em outra reunião, Troup novamente disse: "Baron, logo você e eu iremos vestir nossas cortes, colocaremos nossas cartolas e iremos em um táxi visitar Lady Jellicoe.

"Eu disse: "Almirante, eu ficaria encantado". Mas, mais uma vez, parecia que nada iria acontecer. Então, um dia Troup 
me ligou: "Venha a minha casa com o traje designado que amanhã à tarde Nós vamos nos dirigir a Lady Jellicoe daqui."

E assim nós fizemos. 

Lady Jellicoe nos recebeu em seu bem decorado apartamento de Londres. A sala era decorada com muitas lembranças da longa e distinta carreira naval do marido, nomeadamente o modelo de prata de sua condecoração de Duque da bandeira Naval de ferro. 

"Estou muito contente que o almirante Troup tivesse a gentileza de trazê-lo para mim", Lady Jellicoe me disse, "e dou-lhe uma recepção cordial." Em seguida, discutimos as duas marinhas, os acontecimentos do mundo guerra no mar, o começo promissor para a compreensão anglo-alemã em torno da virada do século, a sua repartição, e a subsequente e claro, infelicidade dos eventos de então. Nós nos despedimos com um mútuo "Esperamos que a paz entre os dois países seriam preservadas", e o que era mais do que um desejo vazio. Eu pensei sobre esta visita por um longo tempo depois. Por que Lady Jellicoe queria me ver? Desde o fim da guerra mundial, o marido estava convencido de que uma política de liquidação com a Alemanha seria no melhor interesse da Grã-Bretanha. Ela havia trabalhado para ele com toda a sua força para esse objetivo, e esse foi o espírito com o qual Lady Jellicoe falou comigo.

Em uma base diária, a maioria das minhas funções como assistente do adido naval alemão foram realizadas no escritório. Minhas relações com a Royal Navy foram limitadas a ligação com o Almirantado. 

Eu não visitava qualquer navio britânico. Avaliei a imprensa diária e mensal, periódicos profissionais, e literatura sobre temas navais, e eu cultivei meus contatos com os adidos navais e assistentes de outros países. Eu ajudei a minha chefe em suas atividades de relatórios, um dos quais foi observar os efeitos da declaração de Franco sobre um bloqueio das áreas costeiras republicanas durante a guerra Civil Espanhola. A implementação do tratado naval de 1935 foi, naturalmente, um aspecto muito importante das anglo-
Relações alemães. Embora o principal negócio tratado não tivesse sido realizado no escritório do adido naval alemão em Londres, a correspondência sobre o assunto veio à nossa atenção. Nele, os dois governos informaram um outro dos dados mais importantes sobre  os navios de guerra que tinham em construção e que tinha terminado. Foi assim que nós aprendemos os nomes dos novos navios britânicos; por exemplo, os navios de guerra King George V e Príncipe de Gales e do porta-aviões Ark Royal e Vitorioso. Um relatório do nosso consulado em Glasgow no verão de 1939 declarou que as vinte e duas fabricas navais na Clyde estariam trabalhando com a capacidade de nova construção naval no inverno, e alguns deles por mais de dois anos. Quando o príncipe de Gales, foi lançado em Birkenhead em 3 de Maio de 1939, a agência de Londres do Notícias alemão Bureau relatou: 

"Esta manhã, em Birkenhead o encouraçado Príncipe de Gales deixou as calhas de construção, batizado pela irmã do rei. Esse é um dos navios mais rápidos e mais poderosos da frota britânica. Tem um deslocamento de 35.000 toneladas e está armado com dez canhões de 14 polegadas em três torres, dezesseis 5,25 polegadas, armas em oito torres, e inúmeras armas menores. A sua velocidade é maior do que a do encouraçado Nelson, que faz 23 nós. O Príncipe de Gales é o segundo navio da sua classe a deixar o estaleiro. O primeiro foi o rei George V, que deixou o estaleiro na presença do rei em fevereiro. Mais três navios da mesma classe se seguirão. "

É aí que as minhas reminiscências terminaram. Agora, esses "navios no papel" estavam prestes a assumir forma tangível, e meu navio, o Bismarck, certamente enfrentaria um ou outro deles no mar. 

Mas o véu do futuro ainda pairava sobre o quando e o onde. 
Minha lembrança voou ao passado, e no início de junho cheguei em Hamburgo, em uma típica chuva "Hamburg weather ". Registei-me em um hotel e esperava o dia seguinte, quando eu estava a relatar para o comandante do Bismarck, Kapitän zur See Ernst Lindemann.
Kapitän zur See Ernst Lindemann
Lindemann tinha 
reputação de um oficial naval que foi distinguido. Ele era conhecido como um especialista de tiro excelente, mas também como um superior rigoroso, e assim foi com algum nervosismo que eu antecipei o meu primeiro encontro com ele. 

Ernst Lindemann nasceu em Altenkirchen / Westerwald em 1894 e entrou para a Marinha Imperial Alemã em 1 de Abril de 1913. Porque ele não era muito forte fisicamente, ele só foi aceito "na prova." 

Com a tenacidade e a energia que já o caracterizou, no entanto, ele resistiu as dificuldades de um ano de treinamento de cadetes sob um oficial particularmente rigoroso no cruzador pesado Hertha, bem como alguns de seus companheiros. Mais tarde, um de seus colegas que serviram lado a lado com ele como cadete naval, me escreveu: "O seu zelo e seu conceito de dever eram exemplares, mas muito rigoroso." Recordamos que ele nunca caiu em desgraça ou despertou a ira do nosso oficial cadete. 

"Quando se pensa que delitos insignificantes poderiam expor os cadetes desse período de censura extrema, torna-se óbvio que Lindemann teve concentração e força de vontade incomum." No entanto, ele definitivamente não era um carreirista no sentido negativo, "ele era um ser humano altruísta, útil e popular ", escreveu o mesmo colega, que também elogiou o seu conceito rigoroso e intransigente em relação ao pessoal e obrigações profissionais de um oficial da Marinha. No entanto, ele não teve falta de ambição. 

Anos mais tarde, Lindemann, tinha entretanto se tornado um especialista de tiro reconhecido. 
Foi-me dito por um colega de classe que ele, Lindemann, certamente tornou-se Inspector da Naval Artilharia. Outro dia, ele respondeu: "Eu ainda espero pelo menos me tornar comandante do primeiro navio de guerra do esquadrão da Kriegsmarine. "Mas não havia tal esquadrão de novo em sua vida. 

Lindemann foi para a Escola Naval Mürwik em abril de 1914 Devido ao surto de guerra no mundo, esta tarefa teve de ser interrompida e o exame geralmente dado no final do treinamento não foi realizado. 

Como seus colegas, ele foi para o serviço no mar e em 1915 foi promovido a Tenente zur See. Na lista de classificação para 1918, ele ficou em quinto lugar entre os cerca de 210 colegas, e mais tarde no Reichsmarine e Kriegsmarine ele ficou em segundo lugar na sua classe. 

A maioria dos serviços de Lindemann foi em grandes combates, em equipes, e na artilharia naval da Escola em Kiel. No início de sua carreira, ele fez da artilharia sua especialidade e estudou todos os aspectos da profissão.

Em 1920, como um zur Oberleutnant, ele foi enviado para a seção da frota do Estado-Maior Naval em Berlim e, posteriormente, para o predreadnought Hannover. Em 1925, ele havia sido promovido a Kapitänleutnant e estava na equipe do almirante na Estação Naval do Mar Báltico em Kiel. Quando esse passeio terminou, ele foi segundo-oficial de artilharia na predreadnoughts Elsass e, mais tarde, 
Schleswig-Holstein. 

"Lindemann sempre exerceu as suas funções com a mesma presciência e a mesma consciência ", disse o colega citado acima," por exemplo, na segunda artilharia oficial da Alsácia.

Predreadnought foi geralmente considerado um trabalho relativamente suave. "Depois de uma turnê como um instrutor na Naval Artilharia School, em Kiel e depois de ter sido promovido a Korvettenkapitän em 1932, Lindemann tornou-se oficial de primeira artilharia no encouraçado de bolso Admiral Scheer. Foi por volta dessa época, quando mais de vinte anos de serviço muito sucesso por trás dele, que ele uma vez disse a alguns amigos que, na verdade, ele ainda estava "em liberdade condicional", porque ele nunca tinha sido avisado da sua última aceitação na marinha! Em 1936, foi designado como um Fregattenkapitänt às operações da seção do Estado-Maior Naval, e, em 1938, como Kapitän zur See, ele se tornou chefe da Naval Seção de Treinamento do Alto Comando Naval. Este posto foi seguido por um que era um alto ponto de sua longa e bem sucedida carreira como artilheiro, o comando da Artilharia da Escola Naval. 

Sem dúvida, dada a sua especialização em material bélico e suas qualidades profissionais e pessoais, ele estava destinado a ter o comando do mais novo, maior e mais fortemente armado Encouraçado alemão: o Bismarck. A nomeação chegou a ele na primavera de 1940. 

Na manhã seguinte à minha chegada em Hamburgo Lindemann me esperava na cabine do capitão a bordo donavio. Eu apareci, como era habitual nestes casos, em "vestido pequeno serviço", ou seja, um casaco azul com listras posicionado em torno do punho e calças azuis. Lindemann, de estatura mediana e construindo, com características nitidamente cinzeladas, levantou-se, vestindo-se do mesmo modo, antes de sua mesa e me olhou fixamente com seus olhos azuis como anunciei, "Kapitänleutnant von Müllenheim relatando a bordo para o serviço, como ordenada. "
"Eu agradeço seu relatório e oferecer-lhe boas-vindas a bordo", ele respondeu com um sorriso amigável e me deu a mão. "Meu objetivo", ele continuou, "é fazer com que este navio bonito, poderoso fique pronto para a ação o mais rápido possível, e espero a sua total cooperação. Por causa de sua formação em controle de fogo de armas pesadas, a sua estação de ação será a estação depois de controle de fogo, como você já sabe. Mas isso não será suficiente para mantê-lo ocupado antes do navio encomendado e por um tempo depois disso, então eu decidi fazer-te meu ajudante pessoal.

Você foi um ajudante antes e também tinha um interessante passeio em Londres. "Fiquei surpreso e muito satisfeito ao ouvir-que eu era para ser ajudante. Ele passou a explicar o que ele esperava de mim. "Este dever não ocupará mais do que suas manhãs e nas tardes você vai estar à disposição do primeiro tiro oficial, que vou te dizer exatamente o que ele quer que você faça. Esta será a sua agenda até a manutenção da prontidão de combate pois que o navio exigirá que você trabalhe o dia todo na artilharia. 

Como ajudante, seu trabalho principal será o de preparar os registros e relatórios, supervisionar correspondência, e realizar todas as ordens que eu poderia emitir. "Depois de uma breve pausa, Lindemann acrescentou:" Mais uma coisa. No futuro, eu preferiria ouvir pessoas a bordo usando a forma masculina quando falando do Bismarck. Tão poderoso um navio como este só poderia ser um ele, não uma mulher. 

"Resolvi aderir ao seu desejo e, apesar de eu ter tido alguns lapsos de linguagem que o fizeram desde então. 

[Por respeito para com o único e oficial apenas o domínio do Bismarck, esta regra também tem sido seguida na edição alemã do livro.] 

Então Lindemann me deu a mão de novo, me desejou boa sorte na minha nova tarefa, e a entrevista estava no fim. 

Quando fechei a porta da cabine atrás de mim, eu tinha certeza que eu tinha acabado de conhecer uma personalidade muito impressionante, um homem que iria realizar sua nova missão de forma inteligente e conscientemente. Forma de Lindemann foi em todos os aspectos profissionais. 

Sendo um ajudante era meu dever em qualquer circunstância, mas neste caso particular, seria também manter uma estreita relação de trabalho com um comandante obviamente ideal.