Menu

FILOSTEC
POLITICA FILOSOFIA SAUDE TECNOLOGIA ARTE ECONOMIA COMPORTAMENTO LIVROS COMUNS SEGUNDA GUERRA MUNDIAL FILOSTEC.COM.BR

JORNAIS QUE TEM INFORMAÇÃO REAL.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

LAVA JATO E O DESMONTE DO PRÉ SAL - A COMBINAÇÃO QUE LEVOU O RIO DE JANEIRO A FALÊNCIA.


O Estado enfrenta déficit orçamentário de R$ 19 bilhões neste ano, curva-se aos bancos para captar R$ 3,5 bilhões e já eliminou milhares de postos de trabalho desde que o golpe institucional e a Lava Jato tomaram conta do país.

Qual a relação entre o desmonte do setor de petróleo e gás no Rio de Janeiro, a falência financeira do estado e o avanço da Operação Lava Jato? Com déficit orçamentário de R$ 19 bilhões previsto para 2017 e obrigado a tomar emprestado agora em outubro recursos da ordem de R$ 3,5 bilhões junto a bancos internacionais para buscar uma momentânea recuperação fiscal, o estado é também a principal vítima de uma política que reverteu completamente as expectativas de desenvolvimento econômico e social do Rio – e do país – a partir do fortalecimento da cadeia produtiva do pré-sal. 


Já o rumo das investigações sobre a corrupção na Petrobras, segundo os críticos, aprofundou esse quadro de desmonte do setor ao perseguir deliberadamente o objetivo de enfraquecer a empresa. Isso afugentou investimentos e debilitou projetos importantes para a economia fluminense, como, por exemplo, o Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj).



“Há um impacto violento da Lava Jato na indústria de petróleo e gás, sobretudo no Rio de Janeiro. Foram fechadas centenas de empresas, desde companhias grandes da área naval, que estava indo muito bem até 2015, passando por empresas médias de equipamentos, bens e serviços e chegando a lojas comerciais, restaurantes e botecos que foram abertos, por exemplo, nos arredores do Comperj para atender a seus trabalhadores. Foi uma perda brutal para uma economia que já estava fragilizada. O ápice do emprego no Rio foi em 2014, quando começou a baixar. Aí, chegou a Lava Jato e arrasou tudo”, afirma o economista José Carlos de Assis, que este ano apresentou, em nome dos petroleiros, uma versão alternativa ao Plano de Negócios e Gestão elaborado pela atual direção da Petrobras.



Segundo o economista, o desmonte do setor de petróleo e gás é a razão central da atual crise do Rio de Janeiro: “O estado já enfrentava problemas para pagar uma injusta dívida com a União criada no governo Fernando Henrique Cardoso, quando houve a onda de privatizações de bancos estaduais, mas a recente crise do petróleo foi um golpe definitivo, porque a economia fluminense de alguns anos para cá foi estruturada para atender à indústria de petróleo e gás. Então, a base industrial do estado foi toda ela solapada pela crise nesse setor, sobretudo com a contribuição da Lava Jato”, diz.



Assis ressalta que o impacto foi ainda maior na medida em que tudo parecia ir muito bem no Rio há pouco mais de dois anos: “O colapso no setor de petróleo foi uma coisa súbita, a destruição de um setor inteiro da economia fluminense. Isso foi terrível, sobretudo, no caso do Comperj, que ia de vento em popa e tinha investimentos extremamente relevantes para a economia do estado e para a economia do Brasil. Houve danos não somente no investimento de ponta, mas também na cadeia produtiva, sobretudo no que se refere ao emprego. Milhares de empregos de qualidade foram destruídos pela Lava Jato”.



Segundo dados levantados pelo Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), cerca de 25 mil postos de trabalho já foram suprimidos no estado desde o início do desmonte do setor há três anos.

Setores desenvolvimentistas da sociedade afirmam que os rumos da Lava Jato, principalmente em relação à Petrobras, caminham de mãos dadas com o desmonte do setor de petróleo capitaneado pelo governo de Michel Temer. “Há claramente o intuito de interferir na política e na economia brasileiras”, diz o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ). “Já foi demonstrado por inúmeros economistas, por inúmeros estudiosos, que essa operação chamada Lava Jato, que se diz de combate à corrupção, tem tido um efeito devastador sobre o setor produtivo brasileiro, sobretudo na cadeia de petróleo e gás, o que atinge em cheio a economia do Rio de Janeiro. Empresas importantes como a Odebrecht foram quebradas e isso atingiu profundamente também a Petrobras”, diz.



Fernando Siqueira, que é vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), avalia que o rumo das investigações contribui para o desmonte do setor: “A Lava Jato é uma importante fonte de combate à corrupção, mas teve uma falha: deixou a entender que a Petrobras é um antro de corrupção. Confundiu a instituição com meia dúzia de gerentes fracos de caráter. E a grande mídia, que defende o interesse dos seus patrocinadores, as multinacionais do petróleo, exacerbou os fatos. Chegou a ponto de ignorar o terceiro prêmio internacional de melhor empresa de desenvolvimento de tecnologia em águas profundas do mundo, em fevereiro de 2015. Nesse aspecto, a Lava Jato contribuiu”, diz.



Namoro com a Exxon

E o desmonte do setor de petróleo no Rio e em todo o país deve continuar. Segundo previsões do mercado, a segunda e a terceira Rodadas de Licitação de Partilha de Produção do pré-sal, que serão realizadas simultaneamente e têm sua apresentação pública de ofertas prevista para 27 de outubro, deverão reduzir ainda mais a participação nacional em campos do pré-sal, o que traz consequências diretas às receitas fluminenses pelo enfraquecimento de uma cadeia que inclui siderúrgicas, estaleiros, fabricantes de peças e equipamentos e fornecedores de bens e serviços.



Sob o pretexto de reduzir a dívida da Petrobras, o Conselho Nacional de Política Energética aprovou o leilão de áreas do pré-sal. Elas acontecerão, já sob o regime de concessão e com participação reduzida da empresa, menor que os 30% de participação mínima obrigatória estabelecida pelo marco regulatório do pré-sal criado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.



Essa mudança foi explicitada na 14ª Rodada de Licitação, realizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em 27 de setembro, quando, tendo o ministro Moreira Franco como mestre de cerimônias, foram ofertados 287 blocos de exploração, entre eles três campos do pré-sal na Bacia de Santos e dois na Bacia de Campos. A nova política se materializou na formação de um consórcio entre a Petrobras e a petroleira norte-americana ExxonMobil, que arrematou os blocos CM-346 (R$ 2,2 bilhões) e CM-411 (R$ 1,2 bilhão).



Após a rodada, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, o mesmo que estava à frente entre 2000 e 2002, quando o governo FHC tentou privatizar partes da empresa e chegou a sugerir a mudança de seu nome para Petrobrax, comemorou a realização do consórcio: “Nosso parceiro é simplesmente a maior empresa de petróleo e gás do mundo. As conversas com a Exxon foram as mesmas que travamos com outras grandes empresas do setor. Não é surpresa que tenhamos construído essa parceria. Provavelmente outras virão nos próximos leilões, com outras empresas”, disse aos jornalistas.



Parente foi nomeado para a presidência da estatal após indicação do senador José Serra (PSDB-SP), que também é autor do Projeto de Lei 4567/2016, aquele que determinou o fim do regime de partilha na exploração do pré-sal. Em junho, ele anunciou o planejamento estratégico da Petrobras, que congela investimentos pelos próximos cinco anos e pretende arrecadar até o fim do ano que vem US$ 21 bilhões com a venda de ativos, de subsidiárias e da participação brasileira nos campos do pré-sal.

Privatização

O mercado tem reagido bem à nova orientação do governo brasileiro para o setor de petróleo e gás. Um de seus principais porta-vozes, a agência de análise de riscos Moody’s, elevou o conceito da Petrobras de B2 para B1, pois “a estatal brasileira apresenta maior liquidez e demonstra maior capacidade de honrar seus compromissos com investidores”.

Já os trabalhadores do setor de petróleo têm outra visão: “O senhor Parente foi nomeado presidente com o objetivo de entregar a Petrobras. Com carta branca, ele vem vendendo ativos altamente estratégicos como a malha de gasodutos do Sudeste, que escoa o gás do pré-sal, para um grupo canadense que tem fama internacional de corrupção, o grupo Brookfield, ex-Brascan, que na década de 80 vendeu a Light e a Eletropaulo para a União por US$ 1,5 bilhão no último ano da concessão”, diz Siqueira. O vice-presidente da Aepet ressalta que, na direção da empresa, “Parente, junto com Philippe Reichstul, dividiu a Petrobras em 40 unidades de negócio para serem vendidas gradualmente”.



Simbolicamente, o 17º Congresso Nacional da Federação Única dos Petroleiros (FUP), realizado em agosto, retomou a bandeira de luta “Privatizar faz mal ao Brasil”, que havia sido adotada pela entidade em 2000, ainda durante o governo FHC. Segundo a FUP, desde o início da Lava Jato e da instalação da “crise da Petrobras”, cerca de 55 mil postos de trabalho já foram desativados pela atual direção da empresa, grande parte no Rio de Janeiro.

De acordo com um levantamento feito pelo Grupo de Estudos Estratégicos de Propostas da FUP, a atual direção da Petrobras já vendeu US$ 13,6 bilhões em ativos da estatal. Também foram reduzidos, segundo a entidade, 75% dos investimentos realizados entre 2013 e 2016, saindo de US$ 48,8 bilhões para US$ 11,5 bilhões.



Os petroleiros também denunciam a venda de 74 unidades de exploração e produção de petróleo em cinco estados do país. Estimam que apenas na Bacia de Campos, que teve 14 áreas anunciadas na mais recente rodada e tem efeito direto sobre a economia do Rio, outros 10 mil empregos estão ameaçados. Além disso, segundo a FUP, “o governo Temer quer vender subsidiárias que sempre geraram lucro para a Petrobras, como é o caso da Liquigás, já vendida, e da BR Distribuidora”.

Carcará

A entrega de ativos teve início em julho do ano passado, com a venda da participação da Petrobras no bloco exploratório BM-S-8 no campo de Carcará, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, para a empresa norueguesa Statoil. Segundo um levantamento feito pela Aepet, desde que Parente assumiu a presidência, a Petrobras já vendeu 66% do campo, que tem capacidade estimada em cerca de dois bilhões de barris, por US$ 2,5 bilhões (US$ 1,25 por barril). Os cálculos apresentados pela Aepet mostram que o bloco valeria pelo menos dez vezes mais: “É o melhor campo do pré-sal, pois tem uma pressão maior que permite produzir mais tempo sem injetar água ou gás para restabelecer a pressão do reservatório”, diz Siqueira. A Aepet também denuncia a venda de parte dos campos de Iara e Lapa por cerca de US$ 2 por barril.



No final de setembro, no entanto, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF), em Recife, derrubou o processo de suspensão de segurança da União que permitia a continuidade da venda de Carcará. A decisão ocorreu após um pedido conjunto feito pela Federação Nacional dos Petroleiros e pelos sindicatos de petroleiros de Alagoas e Sergipe. O governo já recorreu.

Conteúdo nacional

Um dos instrumentos mais efetivos de desmonte do setor de petróleo e gás é a flexibilização das exigências de utilização de conteúdo local pelas empresas operadoras dos campos. Essa obrigatoriedade foi inicialmente estabelecida pelo marco regulatório do pré-sal aprovado no governo Lula, como forma de fortalecer as empresas brasileiras que integrassem a cadeia produtiva do pré-sal. Por intermédio da ANP, no entanto, o atual governo reduziu essa cota obrigatória a 25%, o que agradou as petroleiras estrangeiras: “Sem dúvida, as mudanças previstas nas regras de conteúdo local foram importantes para a formação do consórcio com a ExxonMobil”, disse Pedro Parente.



Após um período de consulta pública de dois meses, a ANP realizou em 3 de outubro uma audiência pública para discutir os critérios e procedimentos que devem ser utilizados pelas empresas para a isenção, mesmo nos contratos em vigor, do cumprimento das antigas exigências de utilização de conteúdo local. Essa redução já está sendo aplicada desde a sétima Rodada de Licitações realizada pela Agência. A flexibilização atinge os contratos vigentes desde 2005.

A oposição à redução da exigência de conteúdo local tem sido fortemente criticada até mesmo pelos setores empresariais ligados à cadeia de bens e serviços da Petrobras. Entidades como Fiesp, Firjan, Abemi, Abimaq, ABCE e Aço Brasil, entre outras que apoiaram as mudanças no governo e na Petrobras, querem agora que a ANP aumente para 40% a obrigatoriedade mínima de conteúdo nacional e já avisaram que pretendem levar essa disputa à Justiça.

Interesses

Mas, a quem interessa esse desmonte do setor de petróleo brasileiro? O deputado Wadih Damous se arrisca a responder, mais uma vez ressaltando o papel da Lava Jato: “Na verdade, há interesses estrangeiros por trás disso. Tanto o juiz Sergio Moro quanto o ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, têm ligações com o Departamento de Justiça norte-americano, então há algo por trás disso que obviamente não é só o combate à corrupção”.

Fernando Siqueira segue a mesma linha: “O desmonte do setor no Brasil interessa aos Estados Unidos e demais países hegemônicos que são altamente dependentes do petróleo e não têm reservas. E também ao cartel internacional do petróleo, que corrompe, depõe governos ou mata, como fez com Saddam, Jaime Roldós e Kadafi. Os Estados Unidos já dominaram 90% das reservas mundiais e, hoje, controlam menos de 5%. Sem petróleo, as suas empresas, as maiores do mundo, sucumbem. O pré-sal, segundo dois geólogos da Uerj, se situa entre a terceira e a quarta reserva mundial. Por isso, é altamente cobiçado”, diz.

Estes mesmos interesses obscuros levam ao enfraquecimento deliberado da Petrobras, diz Damous: “O que eles fizeram foi desmoralizar a empresa. Nós sabemos que o que aconteceu no ano passado, e que hoje chamamos de crise da Petrobras, se deveu à queda do preço do petróleo internacionalmente. Nada justifica o que a Lava Jato está fazendo com a Petrobras”, diz.

José Carlos de Assis também cita os EUA. “O combate à corrupção é uma atribuição da polícia, da Justiça. Mas, economia é outra coisa. Em termos econômicos, você tem que salvar as empresas. Nenhum país do mundo faz o que o Brasil está fazendo, que é destruir as empresas em nome de, supostamente, combater à corrupção. Em 2009, na fase mais aguda da crise das hipotecas nos Estados Unidos, os bancos Citigroup e Bank of America foram pegos em fraudes gigantescas no mercado imobiliário, mas o governo entrou em campo para que, apesar da corrupção, essas duas importantes instituições do sistema bancário americano não fossem destruídas. O governo sabia que a quebra dos dois bancos destruiria Wall Street e o próprio sistema financeiro do país”.

Já aqui no Brasil... “A Justiça resolveu punir as empresas junto com os empresários, o que é uma estupidez”, continua o economista: “Liquidamos a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. Por que punir desse jeito as maiores empresas de construção do Brasil, empresas que geram empregos em um país em desenvolvimento? Corruptas não são as empresas, corruptos são os empresários. Há que se punir os indivíduos. Não só o Rio de Janeiro, mas a economia brasileira como um todo está sendo vítima desse processo”.

Retomada?

Há luz no fim do túnel para o setor de petróleo no Rio e no Brasil? Não com essa orientação política e econômica que está no poder, concordam os críticos: “Haveria uma retomada desde que um governo nacionalista fosse instalado no país. Este governo que aí foi imposto, integrado por delinquentes, recebeu como orientação para governar uma coletânea de programas entreguistas”, diz Siqueira. Ele vai além: “A meu ver os atos desse governo corrupto, ilegítimo, criminoso e obstrutor da justiça têm que ser invalidados, pois criminosos não podem conduzir o futuro de uma nação”.

Damous concorda: “Para uma retomada, primeiro é preciso derrubar esse governo e colocar em seu lugar um governo desenvolvimentista e que vá novamente priorizar a Petrobras e entender o setor de petróleo e gás no estado como um instrumento de desenvolvimento econômico e social”, diz o deputado.

“O atual governo fulminou com uma parte relevante da economia”, diz Assis. “O investimento na Petrobras era em 2015 quase 70% do investimento do Brasil. Quando você liquida com esse investimento, liquida com a economia. Esse foi um efeito deletério da Lava Jato. Fechar o Comperj, como foi feito virtualmente, liquidando dezenas de milhares de empregos, é um crime contra a economia nacional e contra todo o povo brasileiro. Isso pode ser debitado na conta da Lava Jato, da inexperiência daqueles promotores e na arrogância daquele juiz. Simplesmente fulminaram com a economia do Rio e do Brasil. Estamos vivendo o terceiro ano seguido de contração. Isso é um absurdo”

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

LAWFARE - O USO DA LEI PARA PERSEGUIR LULA.


Os advogados do Lula deram um argumento para rebater as denúncias contra seu cliente: segundo eles, "Lula é vítima de ‘Lawfare’.


Mas o que é Lawfare? A grosso modo, é uma guerra travada por meio da manipulação das leis para atingir alguém que foi eleito como inimigo político. É o uso (muitas vezes) abusivo da lei como uma arma de guerra. É a estratégia de utilizar - ou abusar - do direito como um substituto de tradicionais métodos militares para obter sucesso em um conflito.

Ora, numa democracia é necessário que a lei seja obedecida; o Estado, dessa forma, se vale do uso da lei para atacar aqueles/aquilo que considera como inimigo. Desenhando: dar um ar de legalidade aos abusos. Sabe quando alguém diz que apesar do impeachment ter seguido os trâmites legais, ainda assim ele foi golpe? Tipo quando o diabo, para tentar Jesus, usou as palavras de Deus? Pois, quem defende isso defende que houve, no Brasil, uma Lawfare e que Dilma saiu derrotada...

Segundo os advogados do Lula, há a prática de Lawfare, pois, para deslegitimar o ex-presidente, há manipulação do sistema legal, abuso de direito, tentativa de influenciar a opinião pública, judicialização da política e promoção de desilusão popular. Isso porque uma "guerra legal" parte da ideia de que um grupo político vai tentar usar a lei para impedir ou punir a ação de outro grupo político - e esse argumento fornece a impressão de que a atuação do Ministério Público não é só jurídica, mas política também.

Não caindo no mérito sobre se os advogados do Lula têm razão ou não, o fato é que o uso da lawfare é mais eficiente e menos cansativo que ganhar uma eleição. Nada melhor que derrubar um opositor usando uma via mais destrutiva: de forma legal - ainda que camuflada.


O que posso afirmar é que a Lawfare é inerentemente negativa. Não é uma coisa boa. É o oposto da busca pela justiça, pois, por meio de apresentação de processos judiciais frívolos e do mau uso de processos legais, intimida e frustra os adversários. E ganha uma Lawfare quem tem mais poder: político e econômico - e essa guerra nunca foi novidade num cenário internacional. Se chegou ou não ao Brasil devemos, sim, discutir.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A CANALHICE IMPERA NO CONGRESSO


Assistimos mais uma vez um espetáculo que passará a história como o símbolo da patifaria, da canalhice, da traição ao povo Brasileiro.



Esses deputados que estão no congresso com raras e honrosas exceções não nos representam.






O odiado Michel Temer, o “presidente” dos 3% de aprovação, ainda tentava fingir que estava tranquilo com a votação na Câmara Federal da segunda denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Mas havia fortes sinais de que a situação não era tão cômoda assim. Os partidos da base governista não se entendiam. Além das bicadas sangrentas no próprio ninho, o PSDB estava em guerra contra o PMDB. Já as siglas mais fisiológicas trabalhavam para conseguir maiores benesses do poder. O jogo é sujo. O balcão de negócios é explícito, com a compra escancarada dos deputados. O que é isso senão um mensalão?


O presidente Michel Temer dedicava quase a totalidade de sua agenda para encontros com deputados no Palácio do Planalto. A blitz decorria de um monitoramento que apontava dez defecções em sua base de apoio em comparação com a votação em que a Câmara rejeitou a primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República contra ele. 


Eram, de acordo com o levantamento, 253 votos a favor de Temer na ocasião em relação a 263 de antes. A insegurança no Planalto era proveniente de pesquisa mostrando que a população apoiava a investigação contra o presidente. Em encontros com deputados, de acordo com um assessor palaciano, Temer perguntava aos deputados: ‘Como o governo pode ajudar o seu mandato?’. Temer precisava de 171 votos para não ser investigado no Supremo Tribunal Federal e estava batalhando por eles.


O balcão de negócios, informava o Jornal do Brasil, era vergonhoso. Somente na terça-feira (3), o usurpador recebeu ao menos 44 deputados ao longo do dia. Além das milionárias emendas, ninguém sabia ao certo o que prometeu aos “nobres” e venais parlamentares. 

“O presidente dizia que o diálogo com a base é uma rotina que sempre manteve e que é ‘fundamental para a harmonia entre os poderes’... Temer recebeu deputados no momento em que a segunda denúncia apresentada contra ele pela PGR estava na Câmara. 

No Twitter, ele disse que é preciso lidar com ‘mais uma denúncia inepta e sem sentido, proposta por uma associação criminosa que quis parar o país’”. Para quem considera a “denúncia inepta”, o Judas estava bem preocupado.


Em setembro de 2015, num convescote para os ricaços paulistas, o traidor comentou a queda de popularidade da presidenta eleita Dilma Rousseff. “Hoje realmente o índice é muito baixo. Ninguém vai resistir três anos e meio com esse índice... Se continuar assim, com 7%, 8% de popularidade, de fato é difícil passar por três anos e meio”, afirmou. 


Segundo as últimas pesquisas, Michel Temer é aprovado por apenas 3% dos brasileiros. Ou seja: é o pior “presidente” da história recente do país. Ele sabe que isto interfere na votação dos “nobres” deputados. Só mesmo muita grana e mutretas para salvar a sua pele! Mas será que compensa socorrer o odiado e ser escorraçado na próxima eleição?

EIS OS DEPUTADOS QUE SE ALINHARAM A FAVOR DE TEMER, IMPEDINDO-O DE SER INVESTIGADOS. GRAVE SEUS NOMES. ELES QUERERÃO SE REELEGER COM O SEU VOTO. ELES TENTARÃO TIRAR DE TI A APOSENTADORIA. ELES IRÃO QUERER TE TRANSFORMAR EM ESCRAVO.


  1. Zeca Cavalcanti PTB-PE
  2. Zé Silva SD-MG
  3. Zé Augusto Nalin PMDB-RJ
  4. Wladimir Costa SD-PA
  5. Wilson Filho PTB-PB
  6. Walter Ihoshi PSD-SP
  7. Walter Alves PMDB-RN
  8. Walney Rocha PEN-RJ
  9. Vinicius Carvalho PRB-SP
  10. Victor Mendes PSD-MA
  11. Vicentinho Júnior PR-TO
  12. Valdir Colatto PMDB-SC
  13. Vaidon Oliveira PROS-CE
  14. Toninho Wandscheer PROS-PR
  15. Toninho Pinheiro PP-MG
  16. Thiago Peixoto PSD-GO
  17. Tereza Cristina PSB-MS
  18. Tenente Lúcio PSB-MG
  19. Takayama PSC-PR
  20. Soraya Santos PMDB-RJ
  21. Simone Morgado PMDB-PA
  22. Simão Sessim PP-RJ
  23. Silas Câmara PRB-AM
  24. Sergio Souza PMDB-PR
  25. Sérgio Moraes PTB-RS
  26. Sebastião Oliveira PR-PE
  27. Sarney Filho PV-MA
  28. Saraiva Felipe PMDB-MG
  29. Rosangela Gomes PRB-RJ
  30. Rôney Nemer PP-DF
  31. Ronaldo Nogueira PTB-RS
  32. Ronaldo Martins PRB-CE
  33. Ronaldo Fonseca PROS-DF
  34. Ronaldo Carletto PP-BA
  35. Ronaldo Benedet PMDB-SC
  36. Rômulo Gouveia PSD-PB
  37. Rogério Silva PMDB-MT
  38. Rogério Rosso PSD-DF
  39. Rogério Peninha Mendonça PMDB-SC
  40. Rogério Marinho PSDB-RN
  41. Rodrigo De Castro PSDB-MG
  42. Roberto Sales PRB-RJ
  43. Roberto De Lucena PV-SP
  44. Roberto Britto PP-BA
  45. Roberto Balestra PP-GO
  46. Roberto Alves PRB-SP
  47. Ricardo Izar PP-SP
  48. Renzo Braz PP-MG
  49. Renato Molling PP-RS
  50. Renato Andrade PP-MG
  51. Remídio Monai PR-RR
  52. Reinhold Stephanes PSD-PR
  53. Raquel Muniz PSD-MG
  54. Raimundo Gomes De Matos PSDBCE
  55. Professora Dorinha Seabra Rezende DEMTO
  56. Professor Victório Galli PSCMT
  57. Pr. Marco Feliciano PSCSP
  58. Pedro Paulo PMDBRJ
  59. Pedro Fernandes PTBMA
  60. Pedro Chaves PMDBGO
  61. Paulo Pereira Da Silva SDSP
  62. Paulo Maluf PPSP
  63. Paulo Feijó PRRJ
  64. Paulo Azi DEMBA
  65. Paulo Abi-Ackel PSDBMG
  66. Pauderney Avelino DEMAM
  67. Paes Landim PTBPI
  68. Osmar Serraglio PMDBPR
  69. Osmar Bertoldi DEMPR
  70. Nilton Capixaba PTBRO
  71. Nilson Pinto PSDBPA
  72. Nilson Leitão PSDBMT
  73. Newton Cardoso Jr PMDBMG
  74. Nelson Padovani PSDBPR
  75. Nelson Meurer PPPR
  76. Nelson Marquezelli PTBSP
  77. Moses Rodrigues PMDBCE
  78. Missionário José Olimpio DEMSP
  79. Misael Varella DEMMG
  80. Milton Monti PRSP
  81. Miguel Lombardi PRSP
  82. Mendonça Filho DEMPE
  83. Mauro Pereira PMDBRS
  84. Mauro Lopes PMDBMG
  85. Maurício Quintella Lessa PRAL
  86. Marx Beltrão PMDBAL
  87. Mário Negromonte Jr. PPBA
  88. Marinha Raupp PMDBRO
  89. Marinaldo Rosendo PSBPE
  90. Maria Helena PSBRR
  91. Marcus Vicente PPES
  92. Marcus Pestana PSDBMG
  93. Marcos Reategui PSDAP
  94. Marcos Montes PSDMG
  95. Marco Antônio Cabral PMDBRJ
  96. Marcio Alvino PRSP
  97. Marcelo Squassoni PRBSP
  98. Marcelo Delaroli PRRJ
  99. Marcelo Aro PHSMG
  100. Marcelo Aguiar DEMSP
  101. Magda Mofatto PRGO
  102. Macedo PPCE
  103. Luiz Nishimori PRPR
  104. Luiz Fernando Faria PPMG
  105. Luiz Cláudio PRRO
  106. Luiz Carlos Hauly PSDBPR
  107. Luis Tibé AVANTEMG
  108. Lucio Vieira Lima PMDBBA
  109. Lúcio Vale PRPA
  110. Lucio Mosquini PMDBRO
  111. Luciano Bivar PSLPE
  112. Lucas Vergilio SDGO
  113. Lindomar Garçon PRBRO
  114. Leonardo Quintão PMDBMG
  115. Leonardo Picciani PMDBRJ
  116. Lelo Coimbra PMDBES
  117. Lázaro Botelho PPTO
  118. Laerte Bessa PRDF
  119. Juscelino Filho DEMMA
  120. Junior Marreca PENMA
  121. Julio Lopes PPRJ
  122. Júlio Cesar PSDPI
  123. Júlia Marinho PSCPA
  124. Jozi Araújo PODEAP
  125. Jovair Arantes PTBGO
  126. Josué Bengtson PTBPA
  127. José Rocha PRBA
  128. José Reinaldo PSBMA
  129. José Priante PMDBPA
  130. José Otávio Germano PPRS
  131. José Fogaça PMDBRS
  132. José Carlos Aleluia DEMBA
  133. Jorge Tadeu Mudalen DEMSP
  134. Jorge Côrte Real PTBPE
  135. Jones Martins PMDBRS
  136. João Rodrigues PSDSC
  137. João Marcelo Souza PMDBMA
  138. João Carlos Bacelar PRBA
  139. João Arruda PMDBPR
  140. Jéssica Sales PMDBAC
  141. Izalci Lucas PSDBDF
  142. Iracema Portella PPPI
  143. Hugo Motta PMDBPB
  144. Hiran Gonçalves PPRR
  145. Hildo Rocha PMDBMA
  146. Hermes Parcianello PMDBPR
  147. Herculano Passos PSDSP
  148. Heráclito Fortes PSBPI
  149. Hélio Leite DEMPA
  150. Guilherme Mussi PPSP
  151. Goulart PSDSP
  152. Gorete Pereira PRCE
  153. Giuseppe Vecci PSDBGO
  154. Giovani Cherini PRRS
  155. Gilberto Nascimento PSCSP
  156. Giacobo PRPR
  157. Geraldo Resende PSDBMS
  158. Genecias Noronha SDCE
  159. Franklin PPMG
  160. Francisco Floriano DEMRJ
  161. Francisco Chapadinha PODEPA
  162. Flaviano Melo PMDBAC
  163. Fernando Monteiro PPPE
  164. Fernando Coelho Filho PSBPE
  165. Felipe Maia DEMRN
  166. Fausto Pinato PPSP
  167. Fábio Ramalho PMDBMG
  168. Fabio Garcia PSBMT
  169. Fábio Faria PSDRN
  170. Ezequiel Fonseca PPMT
  171. Evandro Roman PSDPR
  172. Evandro Gussi PVSP
  173. Elmar Nascimento DEMBA
  174. Elizeu Dionizio PSDBMS
  175. Eli Corrêa Filho DEMSP
  176. Elcione Barbalho PMDBPA
  177. Efraim Filho DEMPB
  178. Eduardo Da Fonte PPPE
  179. Edmar Arruda PSDPR
  180. Edio Lopes PRRR
  181. Dulce Miranda PMDBTO
  182. Dr. Sinval Malheiros PODESP
  183. Domingos Sávio PSDBMG
  184. Domingos Neto PSDCE
  185. Dimas Fabiano PPMG
  186. Dilceu Sperafico PPPR
  187. Diego Andrade PSDMG
  188. Delegado Edson Moreira PRMG
  189. Dejorge Patrício PRBRJ
  190. Darcísio Perondi PMDBRS
  191. Danilo Forte PSBCE
  192. Daniel Vilela PMDBGO
  193. Dâmina Pereira PSLMG
  194. Cristiane Brasil PTBRJ
  195. Covatti Filho PPRS
  196. Cleber Verde PRBMA
  197. Claudio Cajado DEMBA
  198. Cesar Souza PSDSC
  199. César Halum PRBTO
  200. Celso Russomanno PRBSP
  201. Celso Maldaner PMDBSC
  202. Celso Jacob PMDBRJ
  203. Célio Silveira PSDBGO
  204. Carlos Melles DEMMG
  205. Carlos Marun PMDBMS
  206. Carlos Gomes PRBRS
  207. Carlos Henrique Gaguim PODETO
  208. Carlos Bezerra PMDBMT
  209. Cajar Nardes PODERS
  210. Caio Narcio PSDBMG
  211. Cacá Leão PPBA
  212. Cabuçu Borges PMDBAP
  213. Bruno Araújo PSDBPE
  214. Brunny PRMG
  215. Bruna Furlan PSDBSP
  216. Bonifácio De Andrada PSDBMG
  217. Bilac Pinto PRMG
  218. Beto Salame PPPA
  219. Beto Rosado PPRN
  220. Beto Mansur PRBSP
  221. Benjamin Maranhão SDPB
  222. Benito Gama PTBBA
  223. Baleia Rossi PMDBSP
  224. Aureo SDRJ
  225. Augusto Coutinho SDPE
  226. Átila Lira PSBPI
  227. Átila Lins PSDAM
  228. Arthur Oliveira Maia PPSBA
  229. Antonio Imbassahy PSDBBA
  230. Antonio Bulhões PRBSP
  231. Aníbal Gomes PMDBCE
  232. Andre Moura PSCSE
  233. André Fufuca PPMA
  234. André Amaral PMDBPB
  235. André Abdon PPAP
  236. Altineu Côrtes PMDBRJ
  237. Alfredo Nascimento PRAM
  238. Alfredo Kaefer PSLPR
  239. Alexandre Valle PRRJ
  240. Alexandre Serfiotis PMDBRJ
  241. Alexandre Baldy PODEGO
  242. Alex Canziani PTBPR
  243. Alceu Moreira PMDBRS
  244. Alberto Fraga DEMDF
  245. Aelton Freitas PRMG
  246. Adilton Sachetti PSBMT
  247. Ademir Camilo PODEMG
  248. Jhonatan De Jesus PRBRR
  249. Aluisio Mendes PODEMA
  250. Aguinaldo Ribeiro PPPB
  251. Arthur Lira PPAL


Como votaram os deputados do Maranhão.

DEPUTADOS DO PIAUI - COMO VOTARAM





Assis Carvalho - NÃO

"Não a privatização da Caixa Econômica Federal, não a privatização da Eletrobras, nosso voto é pelo Piauí e pelo Brasil, voto não".


Átila Lira - SIM

"Eu voto pela instabilidade política, pela retomada da economia e com o relatório do deputado Bonifácio de Andrada".

Capitão Fábio Abreu - NÃO


"Pela moralização desse país, pela transparência meu voto é não".

Heráclito Fortes - SIM

"Que o Pais cresça e acima de tudo prestando homenagem ao relator Bonifácio Andrada, que representa a quinta geração de políticos responsáveis e sério desse país meu voto é sim".

Iracema Portela - SIM

Júlio César - SIM
"Pela melhoria dos indicadores econômicos, pela queda da inflação de 9,28 para 2,41, pela queda dos juros de 14,25 para 7,50, pelo crescimento do PIB que está negativo 5.4 para positivos, eu voto sim".

Marcelo Castro - ausente

Paes Landim - SIM

"Presidente estamos aqui fazendo jus ao político, pela suspensão das investigações assim como aconteceu na França e ao relator esse eminente Bonifácio de Andrada, que fui colega na universidade de Brasília, voto sim".

Rodrigo Martins - NÃO

"Toda corrupção, toda formação de quadrilha merece ser investigada, independe do local de onde ela tem sido instalada, por isso eu voto não ao relatório".

Silas Freire - NÃO

"Não ao relatório, favorável a denúncia que é grave, é muito séria, porque enquanto eu estiver aqui eu não posso envergonhar o povo do meu Piauí". 

DEPUTADOS DA PARAÍBA - COMO VOTARAM



Os votos favoráveis foram do líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP), André Amaral (PMDB), Benjamin Maranhão (SD), Efraim Filho (DEM), Hugo Motta (PMDB), Rômulo Gouveia (PSD) e Wilson Filho (PTB).

Já os votos contrários foram de Damião Feliciano (PDT), Luiz Couto (PT), Pedro Cunha Lima (PSDB), Veneziano Vital do Rêgo (PMDB) e Wellington Roberto (PR).

O deputado Wilson Filho, que não compareceu à sessão que votou a primeira denúncia contra Temer, alegou que votou pela rejeição da denúncia para "não provocar um baque na economia do país".

O líder Aguinaldo Ribeiro apostou que o país dará seguimento a uma nova agenda após a votação de hoje.

O deputado Wellington Roberto (PR), voto contra Temer, acusou o presidente de praticar retaliações e de agir de forma irresponsável com prefeitos da Paraíba e do Brasil.

O tucano Pedro Cunha Lima afirmou que seu voto não foi em respeito ao povo paraibano.