1ª O mensalão sempre existiu. Desde épocas remotas. É notório por exemplo na época de Collor, Paulo Cesar farias entregando dinheiro em sacolas a deputados, e desde a época de João Goulart, os políticos recebiam vultosos recursos da organização denominada IPES / IBAD para fazer oposição ao Governo Federal.
2ª É notório que para governar o Presidente da República não pode faze-lo sosinho ou só com o seu partido, porque nesse caso não conseguiria aprovar nada. Tem que fazer composições políticas que envolvem disponibilização de cargos, como por exemplo presidência de empresas sob controle do governo e alguns ministérios. E para quê os partidos que se compõem com o governo querem esses cargos? Óbviamente é porque esses cargos envolvem uma verba que lhes é destinada, e cuja manipulação resulta sempre em caixa 2 para campanhas políticas ou para retirada de dinheiro para si e seus apaniguados. Senão para quê eles iriam querer ministérios? Isso no fundo não é compra de votos?
3ª Quem criou o mensalão não o fez com o fim de enriquecer, nem de obter vantagens porque para enriquecer, eles dispunham de mecanismos bem mais sofisticados. O esquema foi criado para aprovar projetos de altíssimo interesse para o país e que provavelmente se não fosse o mensalão esses projetos ficassem na gaveta como já estavam a muito tempo, como é o caso das reformas da previdência e a tributária. Portanto o interesse foi da causa pública e não com o fim de obter vantagens. Nesse caso o interesse foi beneficiar o país e seu povo e não rouba-lo. Por isso como disse a ministra Rosa Weber, não ocorreu "DESASSOSSÊGO" público como fez questão de enunciar o brucutu do ministro Joaquim "Brabosa".
4ª Os parlamentares que receberam o mensalão, se fossem eivados de espírito público, aprovariam os projetos de interesse do país sem precisar receber nada, mas ao contrário, leiloaram seus votos, e diante disso provavelmente o poder executivo com José Dirceu à frente não teve provavelmente alternativas.
5º Roberto Jefferson o denunciante do mensalão não fez a denúncia por espírito público. Ele o fez para desviar a atenção de sobre si, mas na minha opinião ele fez parte de um esquema previamente montado para detonar o Partido dos Trabalhadores, e nesse esquema ele funcionou como BOI DE PIRANHA, ou seja foi sacrificado para um objetivo muito maior.
Como tudo começou?
Era 14 de maio de 2005. A Revista Veja, ela mesma, divulgou um vídeo, desses feitos em câmera escondida, do pagamento de propina para dois funcionários dos Correios (manutenção dos meios de funcionamento da sociedade, lembra?), que em conversa apontam o então deputado Roberto Jefferson, do PTB, como diretamente envolvido num suposto esquema de desvio de dinheiro de contratos dos Correios, até então por motivos desconhecidos. A história do mensalão começou a surgir assim, como “peixe pequeno”: instaurada a CPI dos Correios para entender o que acontecia.
Acontece que “o que acontecia” viria fatalmente procedida de outra pergunta: “por que acontecia”. E antes de qualquer investigação mais aprofundada, o próprio deputado Roberto Jefferson, prevendo a merda, deu entrevista exclusiva à Folha de SP denunciando todo o esquema de compra de apoio político pelo PT, com detalhes que, à época, mostraram um esquema absurdamente maior de corrupção na Câmara dos Deputados que a simples CPI dos Correios apontaria.
Naquelas: a jogada do deputado foi um belíssimo esquema de “parem de olhar pra mim, tem coisa muito pior por vir”. E tinha. Uma hora ou outra a CPI dos Correios encontraria os desvios e, entendendo uma CPI como uma coisa séria, investigaria os detalhes e acabaria por descobrir todo o gigantesco esquema montado. Roberto Jefferson tentou se tornar um falso paladino da justiça brasileira, o que lhe rendeu cassação imediata do mandato e de todos seus direitos políticos e, como vocês bem se recordam, um belo “acidente doméstico”: um armário caiu sobre seu olho esquerdo…
Parabéns pela matéria! nosso ponto de vista converge pelo menos em 80% sobre tudo que escreveu acerca desse fenômeno que continuará delapidando o patrimônio público, até que os brasileiros voltem as ruas, desta vez enfurecidos, para promover um verdadeiro ato de selvageria para ver se assusta definitivamente essa cambada de vagabundos.
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