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sábado, 26 de março de 2016

A "COOPERAÇÃO" DA ODEBRECHT NÃO FOI ACEITA PORQUE INCRIMINA TODOS OS PARTIDOS.

A ultima fase da operação LAVA JATO, tinha um objetivo claro. Descobrir alguma coisa, algum documento, que levasse ao presidente Lula.
 
Os mentores do golpe estavam certos que nas listas da ODEBRESHT, deveria ter alguma citação ou alguma alusão a alguma vantagem concedida ao presidente Lula ou ao PT.
 
Não é possível que entre tantos inquiridos, conduzidos coercitivamente, ou presos temporariamente, alguém não iria abrir a boca e falar alguma coisa que eles queriam ouvir, porque convenhamos, o Sítio de Atibaia, o Pedalinho, o Barquinho e o Triplex do Guarujá são alusões muitíssimo fraquinhas depois de seis anos de investigações sem encontrar NADA.
 
Pois bem, foi um tiro que saiu pela culatra, porque a Odebresht resolveu cooperar e revelar o nome de vários partidos e parlamentares desses partidos. Nesse ponto, o que fez o JUIZ prepotente Nazi Fascista? Colocou a investigação sob sigilo. Afinal isso iria desviar o foco de sobre o PT.
 
Essa Gente pensa que o povo é BURRO. Que eles podem manipular a consciência e a cabeça da população ao seu bel prazer. No fundo o objetivo já ficou bem claro para todo mundo. Há uma operação de GOLPE em curso no país, mas a verdade está vindo a tona querendo ou não e se esse GOLPE for exitoso, se terá escrito uma página NEGRA na história desse país, em que uma cúpula de políticos comprometidos, corruptos e contrários a democracia, conseguiu derrogar a vontade expressa nas urnas pelo povo, por um suposto crime que na verdade não é crime.
 
É administração pública. Só porque Dilma pegou dinheiro emprestado com os bancos privados para fechar o seu caixa. Desde quando isso é crime?
 
O mundo está de olhos postos em nós, e essa página está sendo escrita. Os covardes e os golpistas terão seus nomes mostrados para as gerações futuras como aquilo que realmente são. GOLPISTAS.

por Tereza Cruvinel, no Brasil 247
A Operação Lava Jato desenrolou-se, nos últimos dois anos, seguindo uma narrativa com início, meio e fim. Uma história que devia terminar com Lula preso e responsabilizado pela montagem de um mega-esquema de corrupção para financiar a manutenção do PT no poder.
 
Caracterizado como podre e corrupto, o partido, no final da história, também poderia ter seu registro cassado e desaparecer de cena. De Dilma, cuidaria o Congresso com o impeachment. Alguns fatos recentes, entretanto, estão ameaçando o o curso da narrativa. Por isso a lista da Odebrecht agora foi posta pelo Juiz Moro sob sigilo, depois de ele ter autorizado a divulgação do grampo Dilma-Lula.
 
Por isso o Ministério Público praticamente dispensou a “colaboração definitiva” da empreiteira.




Em agosto do ano passado, quando José Dirceu foi preso às vésperas do protesto do dia 16 daquele mês contra Dilma e o governo, a narrativa fez uma forte inflexão. Registramos neste blog, no dia 25 de agosto: “Lava Jato muda narrativa para chegar a Lula”. Falando sobre a 17ª. Fase, em que Dirceu foi preso, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, porta voz mais frequente do comando de Curitiba, afirmou repetidas vezes em relação a Dirceu: "Chegamos a um dos líderes principais, que instituiu o esquema, permitiu que ele existisse e se beneficiou dele".
 
 
E estabeleceu a comparação com o mensalão de 2005: “O DNA é o mesmo: compra de apoio político”. Com muita insistência afirmou que o esquema “teve início no governo Lula” e perguntado se o ex-presidente também seria investigado respondeu: "nenhuma pessoa no regime republicano está isenta de ser investigada". A frase inteira em que ele responsabiliza Dirceu foi claramente insinuante: "Não descarto que existam outros cabeças mas chegamos a um dos líderes principais, que instituiu o esquema, permitiu que ele existisse e se beneficiou dele".

Vieram as outras fases. A Odebrecht foi a única empreiteira que, mesmo tendo seu principal executivo e herdeiro preso, recusou-se a fazer acordo de delação. Nas fases seguintes, não foram encontradas provas de que Lula era “o outro cabeça” ou a principal cabeça do esquema Petrobrás.
 
Ele então começou a ser investigado pelas obras no sítio de Atibaia e por reformas no apartamento que não chegou a comprar. Dava no mesmo, ou quase.

O cerco a Lula foi se fechando ao mesmo tempo que o Congresso avançava contra Dilma com o impeachment. Quando ela chama Lula para ajuda-la a resistir e a soerguer o governo, e o nomeia ministro, Moro dá o tiro de escopeta da divulgação ilegal dos grampos. Foi aí que a narrativa começou a sair dos trilhos. Moro expôs-se mais que o devido, para além do previsto no script.




O que aconteceu entre a delação ficcional e a ação do MP?
Quase 24 horas depois de a Odebrecht dar a entender que teria assinado a delação premiada e o assunto ter causado inquietação entre parlamentares e integrantes do governo, o MPF-PR divulgou uma nota negando o acordo.

Por ora não é possível saber o que a empresa conseguiu entre a delação que não aconteceu e a mensagem do MPF-PR. O fato é que políticos de 24 partidos – tanto da situação quanto da oposição – foram colocados sob suspeita. Sob o risco de enfrentar a Justiça, parte deles pode ter cedido a pressões de investigados na Lava Jato.

Enquadrada pelo MPF, a empresa divulgou uma lacônica nota de uma linha: "A Odebrecht, por meio de seu comunicado divulgado na noite de terça-feira (22), teve a intenção de manifestar à sociedade sua disposição em colaborar com as autoridades".


A base social de Lula e do PT também foi às ruas. A consciência jurídica manifestou-se contra o impeachment por razões políticas, que assim sendo, ganha outro nome, como disse Renan Calheiros. O nome de golpe.

E para completar, com a operação Xepa invandindo suas sedes em várias cidades, a Odebrecht informa em nota que está disposta a fazer uma “colaboração definitiva” sobre fatos que se relacionam com a existência “de um sistema ilegal e ilegítimo de financiamento do sistema partidário-eleitoal”. Opa, de um sistema? Na narrativa original estava escrito “um partido”.

As planilhas apreendidas pela Operação Lava Jato na casa do presidente de um dos braços da Odebrecht indicam que o grupo pode ter usado distribuidoras de cerveja para mascarar doações eleitorais a políticos. De acordo com a investigação, as contribuições podem ter superado a cifra de R$ 30 milhões.
Desde que as planilhas foram reveladas, na quarta-feira (23), políticos citados nas listas de beneficiários vêm negando ter recebido recursos de forma irregular. Ao justificar as doações da Odebrecht, alguns apresentaram recibos de doações oficiais em nome das empresas Leyroz de Caxias ou Praiamar. Agiram assim, por exemplo, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT). No entanto, as duas não são ligadas à maior empreiteira do País, mas, sim, ao grupo Petrópolis, que fabrica as cervejas Itaipava e Cristal.

Nas planilhas da empreiteira, a palavra "Itaipava" está anotada à mão ao lado de uma doação que indica um repasse de R$ 500 mil para Luís Fernando Pezão (PMDB), atual governador do Rio de Janeiro, atualmente em tratamento contra um câncer.

A mesma doação para Pezão está relacionada, no topo da coluna dos valores, a um certo "Parceito IT" (sic) – indício de "parceria" entre a Odebrecht e a Itaipava no financiamento eleitoral.
 
 
E começa o vazamento da lista com mais de 300 nomes do “sistema” que receberam dinheiro da empreiteira. Doações legais ou ilegais? Não importa, pois as doações das empreiteiras ao PT não são consideradas como “propinas”.

O “sistema”, segundo a lista, é antigo, remonta aos anos 1980. Opa, isso contradiz o procurador que afirmou sem sombra de dúvida que ele “foi instituído no governo Lula”.O Ministério Público então avisa que não tem interesse pela delação da Odebrecht. Ela poderia ser um tiro fatal na narrativa.

 
Jornal GGN - O juiz Sergio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato no Paraná, entrou com ação contra o blog Limpinho & Cheiroso, de Miguel Baia Bargas, pela publicação "Paraná: Quando Moro trabalhou para o PSDB, ajudou a desviar R$ 500 milhões da Prefeitura de Maringá", de fevereiro deste ano.
 
A postagem, contudo, é um compartilhamento de outra publicada pelo Plantão Brasil. O blogueiro notifica esse dado na própria publicação, indicando que houve acréscimo de outras informações de O Globo.
 
"Nascido em Maringá, no norte do Paraná, o juiz Sérgio Moro é um dos maiores 'especialistas' do país na área de lavagem de dinheiro. Formado em direito pela Universidade Estadual de Maringá, seu primeiro serviço foi no escritório do doutor Irivaldo Joaquim de Souza, o maior tributarista de Maringá. Doutor Irivaldo foi advogado de Jairo Gianoto entre 1997 a 2000, ex-prefeito de Maringá pelo PSDB, condenado por gestão fraudulenta. Via Plantão Brasil, com informações de O Globo", introduz a matéria.
 
No processo contra o blogueiro, Moro contestou as informações, avaliando que as pessoas mencionadas têm reputação ilibada e o "advogado Irivaldo Joaquim de Souza é um dos homens mais honrados que ele já conheceu".

 
A intimação motivada pelo juiz federal do Paraná contra o blogueiro, que foi entregue na própria casa de Miguel Baia, onde é a sede do Limpinho & Cheiroso, repercutiu em apoio e solidariedade de leitores e outros blogs.
 
 
Miguel deverá prestar "esclarecimentos em procedimento penal instaurado pela suposta prática de crime contra a honra de servidor público em exercício da função, de acordo com os fatos narrados nos documentos em anexo".
Mas aí vem Pedro Correa, um velho político das franjas do sistema, com uma delação em que espalha bala para todo lado. Afirma até que FHC comprou a emenda da reeleição com a ajuda do Banco Itaú.

Encalacra o PSDB, o TCU e todo mundo.

O país também tem direito à delação de Pedro Correa. Só falta ela ser protegida por sigilo, como nenhuma outra foi.

Definitivamente, a narrativa está saindo do script original.

Está se caracterizando a existência de um “sistema” de financiamento da política a partir do Estado mas não um financiamento público transparente e lícito. Tal sistema se baseia no financiamento pelo Estado a partir dos contratos com grandes empresas fornecedoras, e nele os operadores de dentro e fora do Estado embolsam uma boa parte. Baruscos e companhia. Um sistema que gera e realimenta a corrupção, qualquer que seja o partido no poder.

Esta verdade não interessa à Lava Jato e aos que dela se valeram para fomentar a crise. Não interessa ao “sistema”.

Mas é a partir dela que poderemos realmente passar o sistema político a limpo para o bem da democracia. Se ele for mantido, mesmo com Lula defenestrado da cena política, Dilma afastada e o PT banido para a terra do mal, mesmo com as empreiteiras sangradas, abrindo espaço para empresas estrangeiras, outras crises virão.

A palavra do momento é acordão. Faz-se o impeachment e na poeira todos escapam. Com isso, as ruas não podem concordar. Nem as que estão contra Dilma, nem as que combatem o golpe

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