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terça-feira, 15 de março de 2016

Conselho Universitário da UFRJ critica ação da PF na Lava Jato.

Data: 11/03/2016 
Fonte: Agência Petroleira de Notícias Autor: Agência Petroleira de Notícias


O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu uma nota oficial em que externa sua preocupação com a crise política e econômica por que atravessa o país. Para a entidade, há politização na forma de agir da Polícia Federal na Operação Lava Jato.


"O Conselho Universitário da Universidade Federal do Rio de Janeiro, reunido no dia 10 de março de 2016, manifesta preocupação com o agravamento da crise política e econômica no país e suas consequências para os direitos civis, políticos e sociais da maioria da população.


A relativização dos direitos fundamentais, como se os fins justificassem os meios, a inaceitável politização do modo de agir da Polícia Federal e a adoção de práticas autoritárias, verdadeiros atos antidemocráticos de força, como a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, justificada em nome da “ordem pública”, lembram a Lei de Segurança Nacional e aproximam setores do Judiciário das práticas de exceção a serviço de interesses políticos particularistas. A ameaça à democracia também está materializada nos intentos de Reforma da Previdência, de sobreposição do acordado sobre o legislado, como desejado pelo novo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e pelos cortes orçamentários que comprometem tanto o futuro da universidade pública quanto o de áreas estratégicas para o país, como a Ciência, a Tecnologia e a Cultura.


Os cortes orçamentários, realizados em favor do pagamento dos juros e serviços de uma dívida nunca examinada, como exige a Constituição (art. 26, DCT, CF), são incompatíveis com a garantia plena dos preceitos constitucionais que fundamentam os direitos cidadãos. A universidade, referenciada na afirmação do pensamento crítico, na indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, requer verbas públicas adequadas de custeio e capital para realizar as suas elevadas funções sociais.


A UFRJ expressa seu compromisso com a apuração dos fatos que motivaram as recentes intervenções do Judiciário, independentemente de posições político-partidárias, reafirma a sua defesa intransigente dos princípios constitucionais democráticos e republicanos presentes na Constituição Federal, e manifesta sua disposição viva de lutar pelas garantias democráticas individuais e do povo brasileiro.

Cidade Universitária, 10 de março de 2016"



Polícia Federal revela esquema milionário de suborno de jornalistas para desmoralizar o PT

A Polícia Federal prendeu na tarde de hoje três pessoas envolvidas com esquema de suborno de blogueiros que falavam mal do governo sistematicamente.



Segundo o delegado que comandou a operação, Dr. Toletão Barbalho, setores oposicionistas pagavam mensalmente um valor estimado em torno de 500 mil reais para que blogueiros atacassem e criticassem todos os avanços sociais que o Brasil obteve nos últimos anos.

Entre os presos, se encontra o blogueiro Joselito Müller, que ficou conhecido por espalhar mentiras sobre a secretária nacional de direitos humanos, Maria do Rosário, e que também foi processado pela senadora Ana Rita no ano passado.

Segundo o relatório apresentado pela polícia, Müller recebia dinheiro de uma empresa de construção civil que responde inúmeras ações na justiça do trabalho.

A presidente Dilma elogiou a ação da PF e disse que “é inadmissível que numa democracia como a nossa ainda haja pessoas que falem mal do governo”.

Segundo ela, “falar mal do governo é trabalhar contra o povo. Por isso bancamos milhares de bloguistas progresseiros para nos defender na rede”.

Maria do Rosário encaminhou ofício à PF solicitando que Joselito Müller seja transferido para o presídio de Pedrinhas, no Maranhão.

Questionada sobre a falta de segurança no referido estabelecimento prisional, Rosário declarou que “quero mais é que esse filho da puta tome no cu.”

Müller foi impedido de falar com a imprensa, mas disse, ao ser conduzido para o camburão, que assim que chegar na carceragem vai comprar um celular e revelar suas impressões sobre o caso.




O jornalista Claudio Tognolli, em seu blog na internet, afirma que o governo Dilma, para tentar evitar novos vazamentos de escândalos, roubos e tráfico de influência na Petrobras, editou na noite desta segunda-feira (13) medida provisória para tentar "enquadrar" a Polícia Federal. A medida altera e insere artigos na Lei nº 9.266, de 15 de março de 1996, que reorganizou a carreira dos policiais federais. Tognolli afirma que a MP assinada por Dilma vai dar poder total aos delegados de polícia e destruir as propostas do grupo de trabalho que visava reestruturar a Polícia Federal a partir das demandas de seus 15 mil agentes - que lutam por condições de terem o mesmo espaço dos delegados.



Na medida provisória, o governo reforça na lei a vinculação do diretor-geral da PF com o Palácio do Planalto, ao inserir parágrafo afirmando que "o Diretor-Geral da Polícia Federal será nomeado pelo Presidente da República dentre os Delegados de Polícia Federal da classe mais elevada da carreira.". Outra iniciativa com a MP é a de ampliar o domínio do governo sobre a instituição, ao reafirmar na Lei que a "Polícia Federal é um órgão permanente de Estado, organizado e mantido pela União, para o exercício de suas competências previstas no § 1o do art. 144 da Constituição, fundada na hierarquia e disciplina, e é integrante da estrutura básica do Ministério da Justiça".


Até quando seremos obrigados a engolir vazamentos criminosos da Polícia Federal?

Ou será que viramos um estado policial, em que a PF não presta contas a ninguém?

Quebrar o sigilo bancário de Lula e passá-lo logo a quem, a Veja, foi um golpe de extrema sordidez.

O objetivo foi apenas confundir uma parcela dos leitores incapazes de qualquer tipo de discernimento.

Não houve nada de interesse público na operação. Ao contrário, foi um ataque sinistro ao interesse público, dado que o estado não pode invadir a conta de ninguém e nem, muito menos, torná-la pública por vias escusas.

É, repito, uma manobra para manipular pessoas.

O que você esperar encontrar na conta de alguém que há quatro anos faz palestras na casa de 150 mil dólares?
Lula é um dos mais caros e mais requisitados palestrantes do circuito mundial.
Suponha que ele em determinado momento tenha feito duas palestras por semana. Vou até baixar o preço: 100 mil dólares.
Oito por mês —  o que configura uma agenda tranquila —  dariam 800 mil dólares, coisa de 2,5 milhões de dólares no câmbio de hoje.

Desconte impostos, taxa de agente, o dízimo petista e outras coisas.
Sobra muito dinheiro, 1 milhão de reais por mês, por aí.
Desde que Lula deixou a presidência, já se passaram meses suficientes para que ele montasse um patrimônio considerável.

Na última campanha, a Folha noticiou que Marina — que figura na segunda ou terceira liga das palestras — levantara com elas 1,6 milhão em três anos. E ela não tinha e não tem acesso ao roteiro internacional.
Fazer palestras milionárias ao fim da presidência se tornou comum com a globalização dos anos 1980.
Ronald Reagan e Margareth Thatcher foram os primeiros ex-líderes a ganhar fortunas com isso.

Seus sucessores, Clinton e Blair, se tornariam também estrelas das conferências.
(O colunista da Veja Reinaldo Azevedo conseguiu dizer que Thatcher morreu pobre, no pseudo-obituário que fez. Apenas uma casa que ela deixou em Mayfair, a área mais nobre de Londres, vale mais de 10 milhões de dólares.)
No Brasil, o primeiro a palestrar com cachês milionários foi FHC. Numa matéria da Piauí, algum tempo depois de deixar o Planalto, ele contou que comprou malas vermelhas para facilitar recolher a bagagem em suas múltiplas viagens internacionais para fazer palestras.

Lula seguiu os passos de FHC, e de tantos outros.
Uma questão honesta – e que valeria para todo mundo – é se os cachês não são absurdamente altos.

Ex-presidentes têm pensões vitalícias exatamente para prevenir dificuldades pós-poder.
Nos Estados Unidos, a pensão foi introduzida em 1955, por conta da precária situação financeira do ex-presidente Truman.

Mas é claro que nem a Polícia Federal e muito menos a Veja têm qualquer propósito honesto ao trazer à tona o saldo bancário de Lula.
O mais irônico é que as consequências práticas serão irrelevantes.



No DCM, em circunstâncias completamente diferentes, abordei criticamente o mercado de palestras milionárias para ex-presidentes.
Citei Lula, e vi depois qual era o tom com que os petistas reagiram. Imaginei que haveria algum tipo de indignação pelo menos em alguns.
Nada.

Os leitores diziam o seguinte: “Dos ricos, o Lula cobra muito. De nós, não cobra nada. Deixa ele em paz.”
De tudo isso, sobra que a direita quer, desesperadamente, pegar Lula.

Não há ninguém, entre os conservadores, capaz de enfrentá-lo em 2018. E então vale tudo para tirá-lo da disputa — incluído aí transformar o Brasil num estado policial.

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